História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus. Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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10.08.2021 Views

Adriana Zierer, Natasha Nickolly A. Sampaio Mateus, Reinilda de Oliveira SantosO ensino de História e as novas tecnologiasPara as autoras Sosa e Tavares (2013, p. 830), a inserção das Tecnologias deInformação e Comunicação (TIC’s) “no sistema educacional brasileiro se dá de maneirabastante acelerada, não só por políticas públicas, mas também, por que tais tecnologias estãocada vez mais incorporadas nas atividades cotidianas das sociedades atuais”. Assim, “écomum a relação que se estabelece entre os alunos que estão hoje nos bancos escolares e atecnologia”.O pesquisador Carlos Augusto Lima Ferreira chama a atenção para ensino de Históriae a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação, a saber:[...] o professor de História, como de resto o profissional das CiênciasHumanas, tem um certo desprezo pelo uso das tecnologias no ensino. Hajavista que, na maioria dos casos da prática pedagógica, o professor é um meroreprodutor das informações produzidas, tornando o ato de ensinar algodefasado e desconexo. Neste sentido, é necessário, portanto, que osprofessores de história passem a compreender que os processos de inovação,derivados do emprego dos recursos tecnológicos, servirão para oxigenar aprática docente. É evidente que estamos falando daqueles que permaneceremalheios a esta nova realidade (FERREIRA, 1999, p. 146).No século XXI, a informática se tornou indispensável no ambiente educacional, hajavista que as mudanças, sofridas nas últimas décadas, influenciaram diretamente a forma deconduzir uma aula e o trabalho do professor. Mas é importante ressaltar que mesmo com todasas possibilidades e auxílio tecnológico disponível para colaborar nas aulas, percebemos que autilização desses recursos ainda é um desafio no ambiente escolar, pois, muitos professoresainda sentem dificuldades em integrar os conteúdos de suas disciplinas atrelados às novasferramentas digitais, as quais podem tornar as aulas mais interessantes e produtivas.Com isso, a educação tem se direcionado para outros caminhos, buscando “inovar”os meios e levar para sala de aula uma aprendizagem mais significativa. A “nova geração”de estudantes influenciada pelos avanços do mundo tecnológico, não quer chegar a uma salade aula em que o professor use apenas quadro e pincel, pois, os alunos querem aprender,190

O Museu Afrodigital do Maranhão como recurso didático no processo de ensino...mas muitas vezes as aulas deixam de ser interessantes, visto que os professores deveriamaproveitar esse interesse dos estudantes aos recursos disponíveis e com isso enriquecer suasaulas. Vivemos em um momento de mudanças significativas, e isso influencia diretamentenas aulas, já que estamos falando de indivíduos que ao chegarem à uma sala de aula, namaioria das vezes, não se desligam do mundo virtual.Na Contemporaneidade, a inserção dos avanços tecnológicos no ensino de Históriapode contribuir de forma significativa para o processo do ensino-aprendizagem. Nessesentido, para o ensino de História um dos seus maiores desafios é compreender a forma comoos alunos se relacionam com as tecnologias, ou seja, e perceber como esses avançospossibilitam uma aprendizagem significativa.Por isso, é necessário aproveitar todos os recursos disponíveis, nesse sentido, osavanços da tecnologia 2 contribuem e não “roubam” de cena a figura do professor, muito pelocontrário, esses avanços ajudam na construção do conhecimento, assim como facilitam oprocesso de ensino e aprendizagem. Contudo, nem sempre é fácil romper com o modelotradicional 3 , buscar novas formas de aprendizagem, não é uma tarefa fácil, principalmentepara aqueles que estão engessados ao que parece mais fácil e acessível. Por isso, sair da zonade conforto, faz-se necessário e exige dedicação e esforço. Assim, acreditamos que a inclusãode novas tecnologias, especificamente a internet, na sala de aula, continua sendo um desafiopara o professor, sobretudo para aqueles que se recusam a aprender ou aderir a essas novasdemandas do cotidiano escolar.2“Mas o que é tecnologia? A definição de Naveda [...] pode ser ampliada e complementada, visto quemuitos autores utilizam o termo com referência aos instrumentos que foram, são ou serão criados paraauxiliar as pessoas a realizar uma determinada tarefa. Algumas definições foram geradas a partir dospróprios recursos; por isso, são vinculadas a períodos históricos. Sancho [...] define tecnologia comoo ‘conjunto de conhecimentos que permite a nossa intervenção no mundo’, o ‘conjunto de ferramentasfísicas ou de instrumentos, psíquicas ou simbólicas’, e as ferramentas ‘sociais ou organizadoras’; etecnologias educacionais como as ‘ferramentas intelectuais, organizadoras e de instrumentos àdisposição de ou criados pelos diferentes envolvidos no planejamento, na prática e avaliação doensino’” (apud KRÜGER, 2006, p. 76, grifos do autor).3Cf. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 64. ed. Rio de Janeiro: São Paulo: Paz & Terra, 2017.191

Adriana Zierer, Natasha Nickolly A. Sampaio Mateus, Reinilda de Oliveira Santos

O ensino de História e as novas tecnologias

Para as autoras Sosa e Tavares (2013, p. 830), a inserção das Tecnologias de

Informação e Comunicação (TIC’s) “no sistema educacional brasileiro se dá de maneira

bastante acelerada, não só por políticas públicas, mas também, por que tais tecnologias estão

cada vez mais incorporadas nas atividades cotidianas das sociedades atuais”. Assim, “é

comum a relação que se estabelece entre os alunos que estão hoje nos bancos escolares e a

tecnologia”.

O pesquisador Carlos Augusto Lima Ferreira chama a atenção para ensino de História

e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação, a saber:

[...] o professor de História, como de resto o profissional das Ciências

Humanas, tem um certo desprezo pelo uso das tecnologias no ensino. Haja

vista que, na maioria dos casos da prática pedagógica, o professor é um mero

reprodutor das informações produzidas, tornando o ato de ensinar algo

defasado e desconexo. Neste sentido, é necessário, portanto, que os

professores de história passem a compreender que os processos de inovação,

derivados do emprego dos recursos tecnológicos, servirão para oxigenar a

prática docente. É evidente que estamos falando daqueles que permanecerem

alheios a esta nova realidade (FERREIRA, 1999, p. 146).

No século XXI, a informática se tornou indispensável no ambiente educacional, haja

vista que as mudanças, sofridas nas últimas décadas, influenciaram diretamente a forma de

conduzir uma aula e o trabalho do professor. Mas é importante ressaltar que mesmo com todas

as possibilidades e auxílio tecnológico disponível para colaborar nas aulas, percebemos que a

utilização desses recursos ainda é um desafio no ambiente escolar, pois, muitos professores

ainda sentem dificuldades em integrar os conteúdos de suas disciplinas atrelados às novas

ferramentas digitais, as quais podem tornar as aulas mais interessantes e produtivas.

Com isso, a educação tem se direcionado para outros caminhos, buscando “inovar”

os meios e levar para sala de aula uma aprendizagem mais significativa. A “nova geração”

de estudantes influenciada pelos avanços do mundo tecnológico, não quer chegar a uma sala

de aula em que o professor use apenas quadro e pincel, pois, os alunos querem aprender,

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