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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Tadeu Lopes Machado

profunda do que elas representam para a história e memória dos próprios indígenas que ali

vivem. Esse é apenas um exemplo de como a cultura material pode ser trabalhada na aldeia.

No entanto, não há um espaço que fomente esse debate de maneira mais contundente.

Por fim, visualizamos a adoção criativa de plataformas e ferramentas cibernéticas –

disponibilizadas por muitos museus na atualidade – como um dos caminhos necessários para

uma educação museal na escola da aldeia. Trata-se de uma experiência valorosa para o

envolvimento de pessoas que por algum motivo, tal como o distanciamento geográfico dos

grandes centros urbanos, não conseguem ter acesso facilitado aos museus. Desse modo,

[...] muitos museus passaram a fazer uso das mesmas (plataformas virtuais,

websites, aplicativos) com vistas a ampliação da experiência comunicacional

e educacional de seus visitantes, por meio de participação ativa e de uma

variedade de meios de compartilhamento de informações” (MARTI; SANTOS,

2019, p. 54).

Sabemos que a era da informação trouxe a capacidade de alguns espaços

extrapolarem suas fronteiras físicas. Nesse caso, as informações do campo digital podem

fazer com que os espaços se complementem, a partir da fusão de informações. Desse modo,

é imperativo conceber que a “sociedade em rede”, defendida por Manuel Castells (2008), já

é uma realidade, e por isso é preciso avançar para que os saberes e outras formas de

conhecimento sejam acessíveis para todas as pessoas que deles reivindicam.

Entretanto, para acessar aos aplicativos de educação museal disponibilizados pelos

museus, é necessário que se tenham equipamentos suficientes e internet de qualidade. Isso

não tem na escola da aldeia Kumenê. Portanto, seria necessário que os investimentos

destinados para a educação na Escola Moisés Iaparrá fossem suficientes, ou mesmo

chegassem sem burocratização, para que fosse possível investir nessa forma de

aprendizagem museal por meio digital. Logo, é possível uma educação museal na escola

indígena, descentralizada dos grandes centros urbanos. Contudo, é preciso que sejam

garantidos os investimos necessários para que tal educação ocorra com sucesso.

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