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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Introdução

Amazônia amapaense. O estudo examina como as representações dominantes sobre a

natureza amazônica e as populações tradicionais formulam as bases da exposição a céu

aberto do museu. O trabalho evidencia ainda como o público avalia, através de depoimentos,

a experiência de visitar um museu calcado em artefatos e imagens da região.

Ao destacar a temática indígena, Tadeu Lopes Machado contribui com o capítulo O

museu vai à aldeia: desafios e possibilidades de educação museal na escola indígena. No

texto, o autor defende que os espaços museais devem ser democratizados. Contudo, em

contextos como os indígenas, para que a educação museal se efetive, há a necessidade de

proposição de outras alternativas, uma vez que muitos territórios indígenas não possuem a

presença do museu como instituição. Em vista disso, Tadeu Machado sugere que a escola

indígena seja utilizada como estratégia de aproximação dos saberes musealizados.

O autor explora a realidade da aldeia Kumenê, do povo Palikur, que habita a Terra

Indígena Uaçá, no estado do Amapá. Ele demonstra como a educação escolar ofertada nesse

espaço não permite uma percepção crítica e aprimorada sobre os conhecimentos museais

produzidos no ocidente, como também não garante aos próprios indígenas perceberem a

importância do patrimônio cultural do povo Palikur. O texto foi construído a partir de uma

análise etnográfica, considerando aspectos observados em pesquisas de campo realizadas

na aldeia Kumenê. A partir das descrições levantadas, o autor propõe os caminhos que

podem ser trilhados para garantir uma educação formal na aldeia Kumenê. Não uma

educação tradicional e uniformizadora, e, sim, uma educação que valorize a herança cultural

indígena; que estabeleça pontes para conhecimentos para além da aldeia, bem como que

habilite ainda mais os indivíduos para o usufruto de seus bens culturais.

De autoria de Diogo Jorge de Melo e Renata Croner Giguel da Silva, o capítulo

Decolonialismo e feminismo a partir da musealização da Dama de Cao se desenvolve em

torno da descoberta arqueológica de uma múmia da cultura Mochica, na localidade de El

Brujo, região Norte do Peru. Uma descoberta que ficou conhecida como a Dama de Cao.

Dentre outras coisas, o referido achado possibilitou a consolidação do que se conhece

como Complexo Arqueológico de El Brujo, composto por diversos sítios patrimonializados e

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