História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus. Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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IntroduçãoA coletânea que temos a satisfação de apresentar aos leitores e leitoras, reúne 27capítulos, com registros de experiências, pesquisas, saberes e práticas formativas emdiversos espaços, tempos e contextos históricos, reflexões acerca da História, Arqueologia eEducação Museal. Os artigos que compõe este material que, agora, vem a público por meioda EDUFPI, em formato de um e-book, estão divididos em três partes, a saber: 1: EducaçãoMuseal: Experiências Educacionais a partir do Piauí, Maranhão, Pará e Amapá; 2: Arqueologia:Estudos sobre a Cultura Material e 3: Patrimônio: Pesquisa, Memória e Ensino.Parte 1 - Educação museal: experiências educacionais a partir do Piauí, Maranhão, Pará eAmapáNa primeira parte, o primeiro capítulo denomina-se Educação museal promovida pelomuseu do açaí: seminários científicos, oficinas, exposições participativas e ciência. Escrito porLigia T. Lopes Simonian, ele apresenta as ações e estratégias do Museu do Açaí (MAÇAÍ)acerca da museologia em si, da produção científica e de projetos de natureza social. O textodescreve ações diversas do MAÇAÍ, tais como seminários científicos sobre o açaí em todasas suas dimensões materiais e imateriais, oficinas envolvendo a relação açaí, cultura esustentabilidade e a definição de projetos sociais que vêm sendo efetivados e/ouprogramados. Quanto à teoria e metodologia, o capítulo explora conceitos que permeiam asquestões da sustentabilidade ecológica, histórica, econômica e sociocultural. As análisesfeitas apontam para a existência de uma relação forte entre o açaí e os campos daarqueologia/mitologia, da história, do patrimônio e da educação museal.Na sequência, está o capítulo O Museu Ozildo Albano como espaço de práticas educativas,de autoria de José Petrúcio de Farias Júnior, Ana Paula Cantelli Castro e Igor Henrique Pereira deSousa. Os autores defendem que, no âmbito do ensino de História, a visita a instituições culturais,especialmente aos museus, instiga a importância da educação patrimonial; o papel da culturamaterial na construção de conhecimentos históricos e a relevância da memória na construção deidentidades sociais. Ao destacar o Museu Ozildo Albano, os autores exploram as possibilidades14

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memóriaseducativas do museu, de maneira a situar a potencialidade da visita de alunos para secompreender que a memória fabricada não é absoluta ou isenta de questionamentos, dado queos objetos musealizados resultaram de escolhas.Assim, o capítulo explora como a construção de uma memória e a suainstitucionalização através dos ‘lugares de memória’ resulta de uma fabricação intencional dopassado, eivada por conflitos, disputas e interesses. Isso posto, segundo os autores, para queos museus façam jus à sua função educativa e continuem a ser um local de produção deconhecimentos úteis à vida prática, o público deve ser convidado a construir narrativas sobreo passado. Isso pode ser feito a partir dos artefatos expostos e da indagação da versão dopassado que as exposições ‘contam’, considerando os ‘silêncios’ ou os objetos ausentes danarrativa museal. O diálogo e a interatividade são centrais no processo de aprendizagem. Éno interior desse processo que a percepção da alteridade das experiências humanas pretéritastorna-se a tônica dos espaços culturais em tela.Intitulado Museu Memorial da Balaiada: a Educação Museal e a Preservação daMemória Histórica da Guerra dos Bem-Te-Vis, o terceiro capítulo é de autoria de ElizabethSousa Abrantes e Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus. O texto tem como finalidadeapresentar o museu Memorial da Balaiada, localizado na cidade de Caxias – MA, comoferramenta para a preservação da memória histórica da Guerra dos Bem-te-vis, maisconhecida como a Balaiada (1838-1841). Organizado em três partes: a princípio, apresenta-sea importância da educação museal para o ensino de História. Em seguida, para acompreensão do que foi a Balaiada, faz-se um breve resumo do que foi o conflito e abordamsealguns autores que interpretam esse movimento sob as óticas tradicional e revisionista.Por fim, mostra-se o museu Memorial da Balaiada, na cidade de Caxias-MA, os seus artefatose a sua contribuição para as memórias sobre a Balaiada.No quarto capítulo, José Maria da Silva traz o texto Museu Sacaca: a experiência deum museu na Amazônia. O trabalho analisa a experiência museológica do Museu Sacaca,localizado na cidade de Macapá (Amapá). O museu foi criado com objetivo de apresentar aosvisitantes artefatos e informações sobre o modo de vida de populações tradicionais da15

Introdução

A coletânea que temos a satisfação de apresentar aos leitores e leitoras, reúne 27

capítulos, com registros de experiências, pesquisas, saberes e práticas formativas em

diversos espaços, tempos e contextos históricos, reflexões acerca da História, Arqueologia e

Educação Museal. Os artigos que compõe este material que, agora, vem a público por meio

da EDUFPI, em formato de um e-book, estão divididos em três partes, a saber: 1: Educação

Museal: Experiências Educacionais a partir do Piauí, Maranhão, Pará e Amapá; 2: Arqueologia:

Estudos sobre a Cultura Material e 3: Patrimônio: Pesquisa, Memória e Ensino.

Parte 1 - Educação museal: experiências educacionais a partir do Piauí, Maranhão, Pará e

Amapá

Na primeira parte, o primeiro capítulo denomina-se Educação museal promovida pelo

museu do açaí: seminários científicos, oficinas, exposições participativas e ciência. Escrito por

Ligia T. Lopes Simonian, ele apresenta as ações e estratégias do Museu do Açaí (MAÇAÍ)

acerca da museologia em si, da produção científica e de projetos de natureza social. O texto

descreve ações diversas do MAÇAÍ, tais como seminários científicos sobre o açaí em todas

as suas dimensões materiais e imateriais, oficinas envolvendo a relação açaí, cultura e

sustentabilidade e a definição de projetos sociais que vêm sendo efetivados e/ou

programados. Quanto à teoria e metodologia, o capítulo explora conceitos que permeiam as

questões da sustentabilidade ecológica, histórica, econômica e sociocultural. As análises

feitas apontam para a existência de uma relação forte entre o açaí e os campos da

arqueologia/mitologia, da história, do patrimônio e da educação museal.

Na sequência, está o capítulo O Museu Ozildo Albano como espaço de práticas educativas,

de autoria de José Petrúcio de Farias Júnior, Ana Paula Cantelli Castro e Igor Henrique Pereira de

Sousa. Os autores defendem que, no âmbito do ensino de História, a visita a instituições culturais,

especialmente aos museus, instiga a importância da educação patrimonial; o papel da cultura

material na construção de conhecimentos históricos e a relevância da memória na construção de

identidades sociais. Ao destacar o Museu Ozildo Albano, os autores exploram as possibilidades

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