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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Museu Memorial da Balaiada: a educação museal e a preservação da memória...

No Morro do Alecrim, estão localizadas as denominadas Ruínas do Forte da Balaiada,

atual Centro Histórico de Caxias. Esse local também é conhecido por outras denominações:

“Ruínas do Forte da Guerra da Balaiada; Ruínas do Forte da Revolta da Balaiada; Ruínas do

Forte do Morro do Alecrim; Ruínas do Quartel do Morro do Alecrim; Ruínas do Quartel de

Fidié” (SANTOS, 2019, p. 67). No site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

informa que as Ruínas do Forte da Balaiada é umas das “poucas fortificações em terra

construídas no Brasil, cujos vestígios ainda são aparentes. Feito de pedra de calcário e cal,

em formato retangular, a construção do Forte é datada de 1840”. Essas Ruínas foram

inseridas ao “jardim do Memorial da Balaiada, museu responsável pela salvaguarda da

memória escrita e oral da Revolta maranhense” (IBGE, 2020). Segundo Santos, esses lugares

são concebidos como produtos, testemunhos do vivido, os quais deixam marcas indeléveis,

desse modo:

[...] o complexo cultural e educacional do Morro do Alecrim se configura como

a materialização do vivido e atualmente é uma parada obrigatória para as

escolas da cidade de Caxias. O espaço desempenha papel importante na

medida em que desconstrói um imaginário em relação ao movimento da

Balaiada, a tempos arraigado à memória coletiva. É interessante frisar que há

um contraponto entre a história materializado através do museu, espaço dos

vencidos, e da praça duque de Caxias, espaço dos vencedores que está

localizada em frente ao Museu (SANTOS, 2019, p. 69).

Além das ruínas, destacam-se, ao lado desse Memorial, os monumentos de várias

personagens da Balaiada (Fotografias 7-8), como Raimundo Gomes, vaqueiro e um dos

líderes da revolta; Cosme Bento das Chagas, o Negro Cosme, líder dos quilombolas; e do

coronel Luís Alves de Lima e Silva, Presidente da Província do Maranhão e Comandante das

Armas. Para Santos (2019), a representação desses líderes populares em frente a uma praça

que leva o nome do Duque de Caxias, é um meio de protestar e confrontar a memória oficial,

que relega a Balaiada como um movimento de baderna e banditismo.

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