História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus. Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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10.08.2021 Views

Elizabeth Sousa Abrantes, Yuri Givago Alhadef Sampaio MateusFotografia 3 - Peças do acervo do Memorial da BalaiadaFotos: Reinilda de Oliveira Santos (2018).Esse Memorial é resultado de escavações arqueológicas em que um grupo depesquisadores (universitários e historiadores), no ano de 1997, sob a liderança do professor earqueólogo Deusdedit Carneiro Filho, diretor do Centro de Pesquisa de História Natural eArqueologia do Maranhão, com apoio da UEMA, decidiram recontar a história da Balaiada por116

Museu Memorial da Balaiada: a educação museal e a preservação da memória...meio dos seus vestígios arqueológicos. Para tal escopo, instalaram-se “no Morro do Alecrim,palco final da revolta, e trabalharam durante seis meses em busca dos vestígios do conflito”.No decorrer das escavações, deparam-se com “restos de armamentos, foram encontrados atéfragmentos de ossos humanos, além de instrumentos de castigo dos escravos, como correntes,tesouras e gargalheiras usadas em castigos dos escravos” (MARANHÃO, 2016, p. 2-3).Atualmente, o Memorial integra o “museu-escola, biblioteca, centro de documentação e umlaboratório de restauração de textos antigos”, sendo “entendido como espaço de salvaguardae de divulgação de bens materiais representativos da identidade de um determinado grupo”(SOUZA, 2016, p. 69).O Morro do Alecrim (Fotografias 4-6) contém informações que atendem às diferentesóticas sobre o conflito, de acordo com Wybson Carvalho 12 , para o “turista, o pesquisador ouo visitante curioso ter a sua versão sobre essas duas partes, a Praça Duque de Caxias,retratando a história, o comportamento dos vencedores e o memorial da Balaiada é a outraparte, é a ótica sobre os vencidos”. Outro aspecto mencionado por Wybson Carvalho é queos “caxienses cotidianamente sentem-se representados quando olham para as ruínas doantigo forte que abrigou as forças legalistas do Norte no primeiro grande momento históricode Caxias”. Assim, a comunidade local e os visitantes, “ao olhar aquelas ruínas aguçam oque está afixado às suas memórias sobre esses dois momentos. A adesão dos portugueses aindependência do Brasil e a grande revolta política e social ocorrida no Maranhão no períodode 1838 a 1841 a revolta da Balaiada”.12Wybson Carvalho. Entrevista [30 de maio, 2018 ] Caxias, 2018. Entrevista concedida à Reinilda deOliveira Santos.117

Elizabeth Sousa Abrantes, Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus

Fotografia 3 - Peças do acervo do Memorial da Balaiada

Fotos: Reinilda de Oliveira Santos (2018).

Esse Memorial é resultado de escavações arqueológicas em que um grupo de

pesquisadores (universitários e historiadores), no ano de 1997, sob a liderança do professor e

arqueólogo Deusdedit Carneiro Filho, diretor do Centro de Pesquisa de História Natural e

Arqueologia do Maranhão, com apoio da UEMA, decidiram recontar a história da Balaiada por

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