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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Museu Memorial da Balaiada: a educação museal e a preservação da memória...

(CHICARELI; ROMEIRO, 2014, p. 87). Outro aspecto, reside na explicação que tem início com

a “trajetória do objeto do lugar que foi encontrado ou adquirido até como chegou ao museu,

tornando-se, então, ‘peça de museu’. Essa atividade, advertem os especialistas, deve ser

realizada obrigatoriamente ou no início ou no final do trabalho” com os estudantes

(BITTENCOURT, 2012, p. 357).

Em relação ao papel educativo dos museus, como espaços possibilitadores para

práticas pedagógicas, fazem-se necessárias algumas mudanças que permitam maior

interação com o público visitante. Por essa razão, algumas críticas contemporâneas são

dirigidas ao modo como os museus expõem os seus acervos, como na apresentação de um

conjunto de “objetos em vitrinas com etiquetas informativas, o que concorre para uma total

dispersão e desinteresse do público visitante para formar a imagem dessas instituições,

consideradas como ‘lugar de coisas velhas/distantes’ e sem sentido para a vida dos

alunos[as]” (ALMEIDA; VASCONCELLOS, 2015, p. 106).

[...] uma instituição museológica oferece à sociedade começa com o

reconhecimento dessas representações acerca dos museus, da memória e da

História. Reconhecer, questionar e reconstruir significados e representações

do senso comum são procedimentos pedagógicos coerentes com os objetivos

e princípios há muito debatidos no âmbito da teoria da metodologia do ensino

de História (ABUD; SILVA; ALVES, 2010, p. 127-128).

Além disso, para que o ensino seja significativo, deve-se levar “em consideração as

emoções e sensibilidades dos sujeitos”, os quais devem encontrar no “espaço museal

recursos para a mobilização de saberes históricos e experiências com o passado ali

representado pelos objetos que constituem sua musealia”, ou seja, o seu conjunto de bens

culturais (MATOS, 2019, p. 14-15).

A seguir, para uma melhor compreensão do que foi a Guerra da Balaiada na então

Província do Maranhão, e as memórias desse conflito presentes nas abordagens

historiográficas, apresentam-se um breve resumo do movimento e as visões de alguns

historiadores que representam versões interpretativas tradicionais e revisionistas sobre essa

revolta.

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