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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Elizabeth Sousa Abrantes, Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus

Haja vista que os museus exercem um papel fundamental como ponto

agregador da memória, em seu aspecto material, simbólico e funcional, como

espaços dedicados à compreensão do esquecimento, em sua dinâmica com a

experiência coletiva (VIEIRA, 2017, p. 140; 142).

A aprendizagem em museus, de acordo com Almeida e Martinéz (2014), acontece de

forma distinta da aprendizagem escolar, já que se caracteriza por fatores como:

[...] a relação com o objeto museal e o ambiente físico, o voluntarismo; a

ludicidade, a multisensorialidade e o apelo à emocionalidade; a autonomia de

escolha do aprendente sobre o que aprender e em que ritmo, e a nãosequencialidade,

entre outros. Com relação à educação em museus, destacase

a maior liberdade de seleção e organização de conteúdos, que podem ser

tratados de forma interdisciplinar e contextualizada à realidade do aprendiz; e

o desejo, em decorrência dos preceitos da educação patrimonial, por uma

educação que permita, aos sujeitos envolvidos, transcenderem os dados e

informações expostas de forma a adquirirem uma postura crítica e criativa

sobre as temáticas museais (ALMEIDA e MARTINÉZ, 2014, p. 722).

Assim, os museus tornam-se importantes para o ensino de História, como recurso

didático têm grande peso no processo de ensino e aprendizagem. Para isso, quando usados

em sala de aula, faz-se necessário, que se problematize os elementos expostos pelos museus.

O Museu é um espaço em que há memórias selecionadas, isto é, as escolhas não aconteceram

de forma aleatória, e nem isentas de intenções, entretanto, questões políticas, econômicas,

sociais e culturais pesam na criação de um acervo museológico. Nisto, incide a importância

de ser usado como recurso didático, pois ao “levantar argumentos e questionamentos,

quando é relacionado com a vida cotidiana do aluno[a], eleva em outro patamar as visitas e

consequentemente os saberes que dali são retirados, promovendo reflexões e inquietações”.

Igualmente, deve analisá-lo como lugar em que se pode achar a “memória de uma

comunidade, de um grupo social, demanda um processo de reflexão, bem como e

principalmente de um apelo político, visto que é uma memória eleita entre tantas que esse

local está preservando” (CHICARELI; ROMEIRO, 2014, p. 92).

um acontecimento ou uma experiência vivida por pequeno número uma maioria que deles não

participou”.

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