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*junho/2021 Referência Industrial 230

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ENTREVISTA - Presidente da Abimóvel fala das articulações para a indústria moveleira no Brasil<br />

O FUTURO<br />

JÁ CHEGOU<br />

NOVOS SCANNERS GARANTEM<br />

EFICIÊNCIA, PRECISÃO E VELOCIDADE<br />

NA INDÚSTRIA DA MADEIRA<br />

THE FUTURE<br />

ALREADY ARRIVED<br />

NEW SCANNERS GUARANTEE<br />

EFFICIENCY, ACCURACY AND SPEED<br />

IN THE WOOD INDUSTRY


O MELHOR APROVEITAMENTO<br />

DA MADEIRA COM A MAIS<br />

ALTA PRODUTIVIDADE<br />

E CONFIABILIDADE<br />

NA AMÉRICA LATINA<br />

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EM DESEMPENHO E RENTABILIDADE<br />

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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

66<br />

<strong>2021</strong><br />

36<br />

62<br />

58<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

ABPM 49<br />

Alca Máquinas 13<br />

Auge Metal 71<br />

Benecke 23<br />

Cipem 11<br />

Contracto 31<br />

Dallabona Máquinas 47<br />

DRV Ferramentas 19<br />

Drytech 27<br />

Eletro Izidoro 45<br />

Franzói 33<br />

Gottert do Brasil 35<br />

H Bremer 04<br />

Impacto Máquinas 39<br />

Linck 07<br />

Mafercon 41<br />

Máquinas Águia 77<br />

Máquinas Dudi 43<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Metrisa 29<br />

Microtec 51<br />

Mill Indústrias 84<br />

MM Wood Brazil 37<br />

Montana Química 09<br />

MSM Química 15<br />

MSP <strong>Industrial</strong> 83<br />

Nazzareno 17<br />

Omil 21<br />

Polecola 25<br />

Prêmio REFERÊNCIA 61<br />

Tecnovapor 79<br />

Workshop Online 81<br />

XH Mar Bethlehem 65<br />

SUMÁRIO<br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

16 Notas<br />

38 Aplicação<br />

40 Frases<br />

42 Entrevista<br />

50 Coluna ABIMCI<br />

52 Principal O futuro da indústria chegou<br />

58 Madeira Tratada<br />

62 Marcenaria<br />

66 Mercado<br />

72 Artigo<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

06<br />

referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />

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Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


08<br />

EDITORIAL<br />

BRASIL,<br />

MOSTRA TUA CARA!<br />

D<br />

iferente de todo o apresentado caos ou bagunça<br />

causada, principalmente, pelos desmandos<br />

do STF (Superior Tribunal de Justiça), no cenário<br />

político, pandêmico e econômico do país, o<br />

segmento madeireiro vai muito bem, obrigado!<br />

Aliados junto à esquerda corrupta e comprovadamente maléfica<br />

ao país, cabe ao empresário brasileiro e à sociedade<br />

de bem, mostrar a cara do Brasil. Os números só comprovam<br />

aquilo que estamos sentindo no dia a dia. Na verdade,<br />

o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), no primeiro<br />

trimestre do ano, de 1,2%, um dos maiores índices de crescimento<br />

do mundo, é apenas a ciência dando voz à vivência<br />

prática que o mercado industrial madeireiro está passando.<br />

Mesmo com toda essa pandemia, não podemos parar de<br />

viver, muito menos, deixar de lutar contra as políticas dos<br />

contras, que insistem em retórica, sem apresentar nenhuma<br />

saída prática e consistente de como reagir ao momento<br />

trágico em que estamos passando. Lutar, esse sim é o verbo<br />

que precisamos praticar para que possamos ter vida longa.<br />

Contudo, não podemos nos esquecer de nos proteger, nos<br />

cuidar, nos vacinar. Precisamos deixar nossas diferenças de<br />

lado, focados na força do trabalho para um porvir melhor<br />

para todos. Vida longa ao Brasil e uma ótima leitura a todos!<br />

BRAZIL, SHOW YOUR FACE!<br />

U<br />

nlike all the presented chaos or mess caused,<br />

mainly, by the dismantling of the Supreme Court,<br />

in the political, pandemic, and economic scenario<br />

of the Country, the timber segment goes on<br />

very well, thank you! Although allies, along with<br />

the corrupt left, are demonstrably evil to the Country, it is up<br />

to the Brazilian businessman and society to show the face of<br />

Brazil. The numbers only prove what we’re feeling in day-to-<br />

-day life. GDP growth in the first quarter of the year, of 1.2%,<br />

one of the highest growth rates in the world, is only science<br />

giving voice to the practical experience that the industrial timber<br />

market is going through. Even within the whole pandemic<br />

scene, we cannot stop living, much less, stop fighting the<br />

policies of the cons, who insist on rhetoric, without presenting<br />

any practical way out of how to react to the tragic moment we<br />

are going through. We need to fight so that we can live longer.<br />

However, we must not forget to protect ourselves, take<br />

care of one another, and vaccinate ourselves. We need to put<br />

our differences aside, focus on the force of work to improve<br />

life for everyone. Long live Brazil and pleasant reading!<br />

referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong><br />

NA CAPA<br />

A CAPA DESTA EDIÇÃO DA<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

REMETE AO TRABALHO<br />

FEITO PELA MICROTEC NO<br />

ESCANEAMENTO DE MADEIRA<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>230</strong> - JUNHO <strong>2021</strong><br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°<strong>230</strong> •Junho <strong>2021</strong><br />

ENTREVISTA - Presidente da Abimóvel fala das articulações para a indústria moveleira no Brasil<br />

THE FUTURE<br />

ALREADY ARRIVED<br />

NEW SCANNERS GUARANTEE<br />

EFFICIENCY, ACCURACY AND SPEED<br />

IN THE WOOD INDUSTRY<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Jorge de Sousa<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

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O FUTURO<br />

JÁ CHEGOU<br />

NOVOS SCANNERS GARANTEM<br />

EFICIÊNCIA, PRECISÃO E VELOCIDADE<br />

NA INDÚSTRIA DA MADEIRA<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


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AND RIGID DRYING CONTROL FOR<br />

LOWER ENERGY CONSUMPTION<br />

MERCADO - Paraná e Santa Catarina lideram o cenário da exportação de madeira serrada no Brasil<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 229 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE MAIO DE <strong>2021</strong><br />

MARCENARIA<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°229 • Maio <strong>2021</strong><br />

MAIOR ECONOMIA<br />

SISTEMA UNE INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E<br />

CONTROLE RÍGIDO DE SECAGEM PARA<br />

MENOR CONSUMO DE ENERGIA<br />

INCREASED SAVINGS<br />

CASE<br />

Por Manoel de Freitas –<br />

Campinas (SP)<br />

Por Vinicius Teixeira –<br />

Santa Maria (RS)<br />

Acho a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

fantástica, 100%, conteúdo ótimo, muito bom<br />

mesmo.<br />

Sou assinante desde 2015<br />

e acho que a cada edição<br />

a Revista está sempre<br />

com uma diversidade de<br />

arquivos, reportagens<br />

muito boas e importantes<br />

para o setor. Sendo<br />

assim, a mesma é rica em<br />

informações.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

MERCADO<br />

Por Gabriel Marques –<br />

São Leopoldo (RS)<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Acho que é uma Revista<br />

muito voltada ao setor<br />

industrial da madeira e<br />

gosto muito das novas<br />

notícias que englobam o<br />

setor. Com ela sempre me<br />

mantenho atualizado.<br />

Por Cesar Seghetto –<br />

Lindoia do Sul (SC)<br />

Minha opinião é que a Revista REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL é muito boa, cheia de<br />

informações realmente importantes para o<br />

setor.<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Referência <strong>Industrial</strong> Madeira<br />

@referenciamadeira<br />

10 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


ENESF <strong>2021</strong>: Cipem reúne executivos florestais,<br />

capacita e premia melhores gestões sindicais<br />

O Encontro de Executivos do Setor de base Florestal de Mato<br />

Grosso (ENESF) de <strong>2021</strong> foi realizado nos dias 27, 28 e 29 de<br />

abril, no Hotel Taiamã, em que foram apresentados os temas<br />

Tributário, Fiscalização Ambiental e Melhoria no Atendimento<br />

respectivamente. Os três dias de Encontro proporcionaram a<br />

capacitação dos executivos sindicais ampliando conhecimento e<br />

fortalecendo a integração, conforme foi proposto pelo tema<br />

“Conhecimento que gera Desenvolvimento”. Participaram os<br />

executivos do Sindusmad, Simenorte, Sindinorte, Simava,<br />

Sindilam, Simas e Simno e do Cipem.<br />

De acordo com Rafael Mason, presidente do Cipem, a<br />

programação se baseou nas necessidades e dificuldades do<br />

setor. “Levem o aprendizado à sua rotina de atividades”, disse.<br />

Na oportunidade, Rafael agradeceu a presença de todos e<br />

anunciou outras novidades para a edição: palestras de<br />

aperfeiçoamento comportamental a premiação às melhores<br />

gestões sindicais.<br />

A programação do primeiro dia, que contemplou o tema<br />

tributário, contou com duas palestras: uma com o intuito de<br />

sanar dúvidas tributárias, ministrada pelo Dr. José Lombardi,<br />

advogado especialista em Direito Tributário e Consultor da<br />

FIEMT e, a segunda, voltada à disponibilização de dados<br />

relevantes ao Setor, conduzida por Pedro Máximo,<br />

coordenador do Observatório da Indústria da FIEMT. As duas<br />

palestras trouxeram importantes contribuições, enquanto<br />

o Dr. Lombardi explicou sobre documentos relacionados ao<br />

faturamento empresarial, o Sr. Máximo apresentou<br />

informações sobre geração de empregos e de renda<br />

relacionadas ao setor.<br />

O segundo dia trouxe os assuntos: Reposição Florestal, Plano<br />

de Suprimento Sustentável (PSS), ambos relacionados à<br />

Fiscalização e Melhoria no Atendimento. Conduziram as<br />

palestras Suely Bertoldi, Superintendente de Gestão Florestal<br />

da Sema/MT e também, os representantes do Ibama Gibson<br />

Costa Junior (Superintendente) e Allan Valezi Jordani (chefe de<br />

divisão técnico-ambiental). A presença de ambos os Órgãos foi<br />

amplamente apreciada pelos executivos, que tiveram a<br />

oportunidade de esclarecer diversas dúvidas e de aperfeiçoar<br />

as rotinas de trabalho.<br />

Para ampliar os cuidados com a saúde, a programação incluiu<br />

também exercícios de ginástica laboral aos executivos,<br />

ministrados por profissionais especializados do Sesi.<br />

O 2º dia de ENESF recebeu também Breno Isernhagen, do Sem<br />

mais Desculpas, empresa especializada em treinamentos. O<br />

especialista em Coaching Sistêmico palestrou sobre<br />

Comunicação de Alto Impacto e evidenciou o papel da<br />

comunicação efetiva na resolução de conflitos. Outro tema<br />

apresentado foi Gestão de tempo.<br />

Confira o texto na íntegra em nosso site:<br />

www.cipem.org.br<br />

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BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

CAPA<br />

EQUIPE DA REVISTA EM VISITA PARA CONHECER O SISTEMA DE<br />

SCANNER DA MICROTEC, NA SINCOL, EM CAÇADOR (SC). VITOR<br />

BALVEDI, DIRETOR DA SINCOL, JOSEANE KNOP E VINICIUS SANTOS<br />

(DA DIREITA PARA ESQUERDA).<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

VISITA<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO<br />

MACHADO, ESTEVE VISITANDO A EMPRESA MM WOOD<br />

BRAZIL, DO DIRETOR FELIPE MACEDO, MARIUS ZABORAS, DA<br />

VMG E CARLOS QUEIROZ DA MM WOOD BRAZIL.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

ALTA<br />

CONFIANÇA SOBE<br />

O Índice de Confiança da Indústria,<br />

medido pela FGV (Fundação Getulio<br />

Vargas), subiu 0,7 ponto na passagem<br />

de abril para maio deste ano.<br />

A alta veio depois de quatro quedas<br />

consecutivas. Com o resultado, o<br />

indicador chegou a 104,2 pontos,<br />

em uma escala de 0 a 200 pontos, e<br />

retornou ao patamar de março deste<br />

ano. O resultado foi influenciado<br />

pelo aumento do otimismo dos empresários<br />

da indústria brasileira em<br />

relação aos próximos meses, quesito<br />

medido pelo Índice de Expectativas,<br />

que subiu 2,1 pontos e chegou a 99<br />

pontos. Já o Índice da Situação Atual,<br />

que mede a confiança no presente,<br />

recuou 0,5 ponto e atingiu 109,5 pontos.<br />

O Nível de Utilização da Capacidade<br />

Instalada da indústria subiu 1,1<br />

ponto percentual, para 77,8%.<br />

BAIXA<br />

ESTIAGEM PRESSIONA TARIFA DE LUZ<br />

O SNM (Sistema Nacional de Meteorologia)<br />

emitiu no mês de maio um alerta de<br />

emergência hídrica entre junho e setembro<br />

para cinco Estados - Minas Gerais, Goiás,<br />

Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.<br />

A falta de chuvas é considerada crítica na<br />

região da bacia do rio Paraná, que concentra<br />

importantes usinas hidrelétricas,<br />

como Jupiá, Ilha Solteira, Porto Primavera<br />

e Itaipu. Dados divulgados em abril pelo<br />

CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor<br />

Elétrico) apontaram que, entre setembro<br />

de 2020 e março deste ano, as hidrelétricas<br />

do país receberam o menor volume de<br />

chuvas em 91 anos. Um reflexo direto dessa<br />

estiagem é que nas contas de luz enviadas<br />

aos consumidores em maio já constou<br />

o acréscimo da bandeira vermelha patamar<br />

1 acionada no início de maio pela ANEEL<br />

(Agência Nacional de Energia Elétrica).<br />

12 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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COLUNA<br />

HOMENAGEM AO EUCALIPTO<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

Publicado sem muito alarde no início deste ano,<br />

o livro intitulado: O Eucalipto e a EMBRAPA –<br />

Quatro décadas de pesquisa e desenvolvimento;<br />

contempla, em especial, um público formado<br />

por profissionais da área florestal e da indústria<br />

de base florestal. Resultado de uma iniciativa da EMBRAPA<br />

Florestas, contou com o apoio e colaboração de 105 autores<br />

vinculados às 20 Unidades da EMBRAPA e às empresas e<br />

instituições com as quais mantêm parcerias. Desde a publicação<br />

da edição comemorativa do livro mais conhecido de<br />

Edmundo Navarro de Andrade, intitulado: O Eucalipto; lançado<br />

durante a Conferência Mundial do Eucalipto, realizada<br />

em São Paulo, promovida pela FAO (Food and Agriculture<br />

Organization), não se via uma obra de tão ampla abordagem<br />

sobre o eucalipto. O livro de Navarro de Andrade,<br />

lançado em agosto de 1961, foi baseado na primeira edição<br />

publicada em 1939 e essa segunda edição, com 660 páginas,<br />

mostrava os frutos de um pioneirismo com importantes<br />

informações técnicas e práticas, em especial relacionadas<br />

à produção de madeiras para a fabricação de dormentes<br />

ferroviários e lenha para alimentar as locomotivas da época.<br />

Era um começo! Já, essa recente obra da EMBRAPA, vem<br />

com uma vasta oferta de informações atuais, evidenciando<br />

a importância de investimentos em inovação e tecnologia<br />

na geração de benefícios ambientais e econômicos para o<br />

país. Hoje o Brasil é modelo no que diz respeito à produtividade<br />

de plantios comerciais de eucaliptos, se destacando<br />

em mercados internacionais de produtos florestais em geral,<br />

fruto de mais de 40 anos de pesquisas geradoras de conhecimentos<br />

que efetivamente nos proporcionam retornos. Fica<br />

evidente a importância de articulações visando uma estruturação<br />

da entidade que fosse capaz de suportar, por todos os<br />

meios, as atividades de geração de conhecimento envolvendo<br />

todo o ciclo produtivo. Desde a sua fundação, em 1973,<br />

as ações da EMBRAPA voltadas a uma devida estruturação<br />

do setor florestal brasileiro mereceram a devida atenção,<br />

destacando a criação do PNPF (Programa Nacional de<br />

Pesquisas Florestais) e a posterior formação do Centro Nacional<br />

de Pesquisa de Florestas em 1984. Muita água rolou<br />

Foto: divulgação<br />

por debaixo da ponte, destacando a obtenção de recursos,<br />

com o apoio do Governo Brasileiro e dos Bancos Mundial e<br />

Interamericano de Desenvolvimento, que permitiram investimentos<br />

nas instalações administrativas e laboratoriais distribuídas<br />

por alguns Estados do Brasil e, principalmente, na<br />

contratação e capacitação de profissionais. A reintrodução<br />

do eucalipto no Brasil não teria alcançado a dimensão que<br />

hoje ostenta sem o apoio tecnológico da EMBRAPA. Hoje<br />

são quase 7,5 milhões de ha (hectares) de eucalipto plantados<br />

em solo brasileiro abastecendo as indústrias de celulose<br />

e papel, carvão vegetal e de produtos de madeira industrializada.<br />

Tudo isto sem contar com os benefícios ambientais<br />

advindos dessas florestas, destacando a mitigação dos efeitos<br />

das emissões de gases de efeito estufa e o sequestro de<br />

carbono, a significativa redução pela demanda de produtos<br />

madeireiros produzidos pelas florestas nativas e a contribuição<br />

marcante nos resultados positivos de nossa balança<br />

comercial pela exportação de papel e celulose, assim como<br />

de produtos madeireiros industrializados. Aliás, sempre é<br />

bom lembrar, o Brasil hoje ocupa o quarto lugar no ranking<br />

mundial dos produtores de celulose de fibra curta, e está<br />

caminhando rapidamente em direção à liderança. São 1.160<br />

páginas, distribuídas por 35 capítulos, muitos deles ricos<br />

em ilustrações, cada capítulo com inúmeras citações bibliográficas.<br />

Vale mencionar que os capítulos têm ampla abordagem,<br />

certamente uma obra de grande longevidade. Os<br />

assuntos contemplados são todos protagonistas, valendo<br />

destacar certa ênfase no tema relacionado às vantagens do<br />

sistema de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), sem<br />

dúvida muito interessante quando se considera produtividade<br />

e benefícios ambientais. Não se pode deixar de enfatizar<br />

a importância das interações da entidade com as empresas<br />

florestais privadas e outras instituições de ensino e pesquisa<br />

na busca de dados e mesmo na parceria para a elaboração<br />

de textos para os vários capítulos. Neste aspecto, o espírito<br />

de que o conhecimento deve transitar no interesse comum<br />

parece ter prevalecido ficando também bastante clara a valorização<br />

da EMBRAPA aos programas cross-border, quando<br />

menciona que, no início, um de seus maiores desafios era<br />

a composição de recursos humanos qualificados para seus<br />

quadros e para isto contou com programas de treinamento<br />

de recursos humanos no Brasil e no exterior. Claro que o<br />

poder de articulação junto aos representantes do governo<br />

também foi fundamental para o alcance desses objetivos.<br />

Enfim, todos ganham a indústria, as instituições de ensino e<br />

pesquisa e, principalmente o país, pois, não restam dúvidas<br />

dos benefícios à sua economia em possuir uma relevante cadeia<br />

produtiva baseada nesse gênero. Mais do que na hora<br />

de ver o eucalipto receber essa homenagem com abordagens<br />

variadas que contribuirão ainda mais para a expansão<br />

da sua cultura, cada vez mais com tecnologia agregada e<br />

contribuindo para a geração de empregos e renda. O livro<br />

tem acesso gratuito pelo download. Parabéns EMBRAPA!<br />

14 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


CIPERTRIN MD<br />

• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira,<br />

(compensados, aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />

• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />

a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />

• Base água, com baixa toxidade e baixo odor;<br />

• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />

industriais;<br />

• Compatível com resinas de última geração;<br />

• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />

serradas.<br />

TBP 90<br />

• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />

tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />

Química a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />

• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira<br />

suas características naturais.<br />

• Fácil diluição, não decantando ou criando borras dentro<br />

do tanque de imersão.<br />

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Hyva em Minas Gerais, realizou a venda, entrega técnica<br />

e treinamento teórico e prático de mais quatro guindastes<br />

para uma grande mineradora da região central do estado.<br />

Localizada no município de Contagem, a Planar atua no<br />

mercado de locação de equipamentos e em serviços de<br />

remoção industrial e logística há mais de 28 anos e como representante<br />

dos guindastes Hyva, realiza a venda, instalação<br />

e pós-vendas dos equipamentos da marca em Minas Gerais.<br />

Os guindastes adquiridos pela mineradora foram da linha<br />

HB, que oferece uma gama de guindastes articulados do<br />

tipo canivete conhecidos por sua abrangente versatilidade<br />

e facilidade de utilização, com capacidade de elevação de 3<br />

a 70m (metros). Foram entregues duas unidades do HB350<br />

E4+3 e uma do HB250 E4+3, equipados com 4 lanças hidráulicas<br />

e 3 lanças manuais e outra unidade do HB450 E6+3, com 6 lanças hidráulicas e 3 lanças manuais. A entrega técnica<br />

e o treinamento para operadores e técnicos foram realizados nas dependências da mineradora em dois dias consecutivos, 04<br />

e 05 de maio de <strong>2021</strong>, pelos técnicos da Planar sob a supervisão do gerente de manutenção, engenheiro Lúcio Rodrigues. A<br />

ação foi coordenada pelo engenheiro Maurício e contou com orientações práticas e teóricas da operação e manutenção dos<br />

guindastes Hyva, com destaque para o processo de implementação, incluindo a instalação dos guindastes e carrocerias, com<br />

transporte ida e volta dos caminhões. Lembrando que no Brasil os guindastes articulados são conhecidos popularmente de<br />

diversas formas como: guindastes rodoviários, guincho, guindauto, munck, muck, caminhão guincho, caminhão munck, guindaste<br />

montado sobre caminhão, entre outros exemplos.<br />

Foto: divulgação<br />

NOVA DATA<br />

A FORMÓBILE (Feira Internacional da Indústria de Móveis e<br />

Madeira) é um evento consagrado e referência, destinado aos<br />

profissionais e empresas do setor moveleiro de todas as partes<br />

do mundo e de toda a cadeia: do pequeno marceneiro ao grande<br />

industrial. A 9ª edição do evento acontecerá em uma nova<br />

data. Prevista anteriormente para o mês de agosto deste ano, a<br />

ForMóbile será realizada agora entre os dias 05 a 08 de julho de<br />

2022, no São Paulo Expo, com cerca de 600 marcas expositoras<br />

que apresentarão novidades em acessórios e componentes,<br />

máquinas e equipamentos, tecidos e materiais para colchões,<br />

ferragens, matérias-primas e insumos. O maior evento do setor<br />

moveleiro da América Latina apresenta todas as soluções do<br />

segmentos aos principais envolvidos no processo de criação<br />

e produção do mobiliário (arquitetos, designers de produtos,<br />

fabricantes de móveis em série, marceneiros, revendas e madeireiros).<br />

Mais informações sobre a ForMóbile podem ser encontradas<br />

no site: www.formobile.com.br/pt/home.html<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Falar é fácil, mas como seria um sistema de logística reversa na cadeia do papel que funcione de verdade? Com apoio<br />

da Green Mining, a Ibema hoje efetivamente traz de volta para sua unidade de Embu das Artes (SP) papel cartão utilizado, e<br />

reinsere o material em sua cadeia produtiva.<br />

“Sempre tivemos a sustentabilidade como um pilar forte em nosso propósito e, agora, encontramos ferramentas para<br />

potencializar isso e fechar o ciclo”, explica o Gerente de Estratégia e Marketing da Ibema, Diego Gracia. O resultado é o<br />

Ibema Ritagli, primeiro papel cartão tríplex pós-consumo do mercado brasileiro com rigidez competitiva. O produto tem<br />

50% de fibras recicladas em sua composição, sendo 30% vindas de pós-consumo.<br />

Na opinião do presidente da Green Mining, Rodrigo Oliveira, em matéria de logística reversa, não existem atalhos: é preciso<br />

comprovar que o material que retorna para ser reciclado vem do pós-consumo. “A Ibema cumpre a logística reversa de<br />

verdade porque conseguimos garantir que o material coletado são embalagens efetivamente utilizadas por consumidores.<br />

Isso é fundamental para quem deseja cumprir o que está na política nacional de resíduos sólidos”, afirma.<br />

A Green Mining conta com 24 funcionários registrados, entre ex-cooperados ou ex-catadores de rua que, agora formalizados,<br />

coletam papelão e papel cartão na cidade de São Paulo. Eles utilizam triciclos de carga – bicicletas adaptadas para<br />

transporte que evita o trânsito e as emissões de CO 2<br />

(Gás Carbônico) – e com elas fazem a coleta de materiais recicláveis em<br />

720 bares, restaurantes e condomínios da capital paulista.<br />

Esses pontos de coleta recebem o serviço da Green Mining sem custos. Quem financia o sistema são empresas como a<br />

Ibema, que assumiram a responsabilidade de colocar em prática o que a lei manda, ou seja, uma coleta independente do<br />

poder público. “O tema do lixo e da reciclabilidade passa a fazer parte do dia a dia das empresas por meio da Política Nacional<br />

de Resíduos Sólidos. Na ausência de um sistema e de infraestrutura pública que garantam a logística reversa, cabe a<br />

nós contribuirmos para a solução do problema. Como recicladores, queremos ajudar o Brand Owner”, conta Gracia.<br />

Nos estabelecimentos do setor de alimentação, são coletadas muitas caixas de ingredientes para cozinha e de bebidas.<br />

Já nos condomínios residenciais, existe o descarte desde papel sulfite limpinho até embalagens sujas – e aí entra o treinamento<br />

realizado com moradores e agentes de limpeza que segregam esses materiais recicláveis.<br />

Após a coleta, o material é levado para hubs, onde é prensado e devolvido às indústrias que apostam nesse serviço.<br />

Para garantir o controle das quantidades coletadas e sua procedência, a Green Mining utiliza um sistema de rastreabilidade<br />

de última geração. Num banco de dados sequencial, cada lote de resíduo é acompanhado do começo ao fim do ciclo,<br />

e assim se garante o peso e o tipo de material em cada local de coleta. A pesagem é feita in loco e fotografado. Cada etapa<br />

recebe um carimbo na forma de blockchain, ou seja, sem possibilidade de adulteração.<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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A QUALIDADE VAI TE SURPREENDER<br />

CONTROLE DE<br />

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NOTAS<br />

CONTROLE DE ODORES<br />

Foto: divulgação<br />

Um dos principais desafios das estações de tratamento de efluentes é o controle de odores, e é exatamente por essa<br />

razão que as reclamações, principalmente de vizinhos dessas estações, são constantes. Realizar o controle de odores na estação<br />

de tratamento de esgoto não é apenas uma questão de cumprimento de normas ambientais, mas também, uma questão<br />

de respeito com os moradores que vivem na região e com a saúde dos funcionários da empresa.<br />

A Fluid Feeder, tradicional empresa 100% nacional, que atua no fornecimento de equipamentos para tratamento de água<br />

e efluentes, trabalha com soluções de alta tecnologia para medição, transferência e dosagem de produtos químicos sólidos,<br />

líquidos e gasosos.<br />

De acordo com Francisco Carlos Oliver, diretor técnico e comercial da Fluid Feeder, a principal fonte de odores em uma<br />

estação de tratamento é originada da decomposição anaeróbica de compostos orgânicos.<br />

“São compostos que possuem baixa solubilidade em águas industriais e que, ao ser liberados na atmosfera, produzem<br />

aquele odor forte e bastante característico. O controle de odores pode ser feito através de processos químicos ou biológicos,<br />

de acordo com a necessidade do local que está gerando, ou seja, dependendo do perfil da indústria e dos tipos de<br />

rejeitos eliminados em seu esgoto”, explica Oliver.<br />

Desenvolvendo tecnologia visando fornecer soluções que possam sanar esse tipo de dificuldade, a Fluid Feeder desenvolveu<br />

complexos e eficazes sistemas de controle de odores industriais e de esgoto. De acordo com Oliver, para controle de<br />

odores, a Fluid Feeder trabalha com equipamentos projetados e fabricados sob encomenda, de acordo com a demanda do<br />

cliente.<br />

“Através de um sistema de exaustão que suga o ar contaminado e direciona-o à uma torre de lavagem de gases, a qual<br />

utiliza líquidos neutralizantes em contracorrente, fazendo com que os gases sejam neutralizados neste fluxo de ar versus líquido.<br />

Outra forma de se efetuar o controle de odores é através do processo de adsorção dos gases contaminantes através<br />

de mídia seca no fluxo de ar. Mais do que um produto, é uma situação que requer uma solução efetiva para controle de<br />

odores, seja no ambiente industrial ou na estação de tratamento de esgoto”, conclui Oliver.<br />

20 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

NOVA FÁBRICA<br />

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos<br />

desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, anuncia<br />

a construção de uma nova fábrica com capacidade para<br />

produzir 2,3 milhões de t (toneladas) de celulose de eucalipto<br />

por ano. A unidade será construída no município<br />

de Ribas do Rio Pardo, a 100 km (quilômetros) de Campo<br />

Grande (MS), e deve iniciar a produção até o final do primeiro<br />

trimestre de 2024. O projeto prevê o investimento<br />

industrial de R$ 14,7 bilhões, o que representa um dos<br />

maiores investimentos privados em curso no Brasil.<br />

A iniciativa foi batizada de: Projeto Cerrado; em referência<br />

à sua localização geográfica em Mato Grosso do<br />

Sul, e amplia em aproximadamente 20% a atual capacidade<br />

de produção de celulose da Suzano, de 10,9 milhões<br />

de t. Além disso, a fábrica em Ribas do Rio Pardo será a<br />

unidade mais competitiva da empresa.<br />

“A nova fábrica representa um importante avanço em<br />

nossa estratégia de longo prazo. A Suzano já está presente<br />

na vida de mais de 2 bilhões de pessoas a partir de seus<br />

produtos e, como líder global, está comprometida em<br />

atender à crescente demanda global por produtos de origem<br />

renovável. Este projeto também trará uma relevante<br />

contribuição na geração de renda e emprego, bem como<br />

na capacidade de captura de carbono advinda da expansão<br />

da base florestal”, afirma o presidente da Suzano,<br />

Walter Schalka.<br />

Outro ganho a ser proporcionado pela nova unidade<br />

para mitigar os efeitos das mudanças climáticas está relacionado<br />

ao aumento da oferta de geração de energia renovável<br />

no Brasil. A planta terá capacidade para exportar<br />

aproximadamente 180 MW médios ao sistema elétrico nacional.<br />

A nova unidade caminha para ser a primeira fábrica<br />

do setor de papel e celulose no Brasil considerada livre de<br />

combustível fóssil, um novo marco da Suzano em ecoeficiência,<br />

que evidencia o compromisso com a sociedade e<br />

com o planeta.<br />

A efetivação do projeto, que resultará na maior planta<br />

de celulose em linha única do mundo, ainda depende de<br />

condições precedentes, como o atendimento aos parâmetros<br />

estabelecidos na Política Financeira da companhia e<br />

as negociações com fornecedores. O Projeto Cerrado terá<br />

como principal fonte de recursos a geração de caixa da<br />

Suzano, podendo ser complementado com financiamentos,<br />

desde que as condições sejam atrativas em termos de<br />

custo e prazo.<br />

Durante a construção, o empreendimento deve gerar<br />

cerca de 10 mil empregos diretos no pico da obra, além<br />

de milhares de empregos indiretos em toda a região.<br />

Quando concluída, a nova unidade deve empregar 3 mil<br />

pessoas entre colaboradores próprios e terceiros e movimentar<br />

toda a cadeia econômica regional.<br />

Foto: divulgação<br />

22 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

CENÁRIO NACIONAL<br />

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) apresenta as principais características da indústria nos 26 estados e no Distrito<br />

Federal, em comemoração ao dia da indústria em 25 de maio. A data simboliza a importância do setor para o desenvolvimento<br />

e riqueza para o país, geração de emprego e bem-estar social. De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga<br />

de Andrade, apesar de todas as oportunidades desperdiçadas pelo país ao longo dos anos, o Brasil continua dispondo de<br />

uma boa base industrial.<br />

Os salários mais altos são pagos pela indústria, R$ 7.556 para profissionais com nível superior, contra uma média nacional<br />

de R$ 5.887. Além disso, o setor tem forte poder de gerar crescimento. Para cada R$ 1 produzido pelo setor, são gerados R$<br />

2,43 adicionais na economia. Esse mesmo R$ 1 aplicado na agricultura rende R$ 1,75 e, no setor de serviços R$ 1,49.<br />

A indústria brasileira representa 20,4% de todas as riquezas produzidas no Brasil. Mesmo assim é responsável por 33% do<br />

pagamento dos tributos federais, 31,2% da arrecadação previdenciária, 69,2% das exportações brasileiras de bens e serviços<br />

e 69,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento.<br />

O setor industrial desempenha papel estratégico para a dinamização de todo o sistema produtivo nacional. As tecnologias<br />

que desenvolve são, em grande medida, responsáveis para que a agricultura brasileira seja uma das mais competitivas<br />

do mundo. O setor também agrega valor à produção agrícola, transformando-a em novos produtos e materiais, incluindo o<br />

emprego de biotecnologia e nanotecnologia.<br />

O presidente da CNI lembra que a indústria é responsável pelo desenvolvimento de serviços de alto valor agregado,<br />

como pesquisa e desenvolvimento, design, logística, marketing, entre vários outros. Tanto uma agricultura competitiva quanto<br />

um setor de serviços sofisticado dependem de uma indústria forte e moderna operando no país.<br />

“As boas práticas internacionais demonstram que nações bem-sucedidas na promoção da competitividade combinaram,<br />

de modo harmônico e coordenado, políticas industriais e macroeconômicas com iniciativas transversais, que se reforçam<br />

mutuamente para estimular o crescimento, a inserção internacional, as vantagens competitivas, o desenvolvimento de novas<br />

competências e a produção de bens de maior conteúdo tecnológico. O Brasil não pode permanecer alheio a esse movimento”,<br />

afirma Robson Braga de Andrade.<br />

O relatório completo com os perfis das indústrias em cada estado do Brasil pode ser encontrado no site (https://noticias.<br />

portaldaindustria.com.br/).<br />

Foto: divulgação<br />

24 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

PESQUISA<br />

O CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso) se reuniu em abril<br />

com representantes da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), da unidade EMBRAPA Florestas, para<br />

dialogar sobre pesquisas florestais. A reunião ocorreu de modo remoto e teve como pauta central a definição das próximas<br />

etapas para os estudos de Manejo Florestal e também, de elaboração de projetos que incentivem e deem maior<br />

visibilidade à prática e aos trabalhos derivados dela e dos respectivos estudos.<br />

Um dos assuntos que nortearam a reunião foi o estudo de MFS (Manejo Florestal Sustentável) do Ipê, que será utilizado<br />

como modelo para desenvolver MFS de outras espécies florestais autorizadas. Para isso, os participantes discutiram<br />

sobre a condução deste estudo, desde a metodologia empregada, à divulgação dos resultados e o encaminhamento<br />

para o Jardim Botânico. Outro ponto discutido foi sobre a necessidade de estruturar as questões burocráticas que envolvem<br />

os estudos sobre manejo florestal, para que os resultados sejam validados pelos órgãos ambientais competentes.<br />

Nesse sentido, a parceria firmada entre CIPEM e EMBRAPA objetiva apresentar à sociedade, o manejo florestal como<br />

atividade sustentável e essencial. Outro objetivo é o de fomentar a revisão e modernização de normas que regulam a<br />

atividade. Rafael Mason, presidente do CIPEM, agradeceu a parceria e reafirmou o compromisso em programar novas<br />

agendas técnicas para evoluir no conceito de produzir e conservar.<br />

Conforme apontou a EMBRAPA, não há forma mais eficaz de garantir a proteção às florestas, do que o aumento de<br />

áreas manejadas em todo País. Pois é o único uso do solo que não remove a cobertura florestal. Dessa forma, as próximas<br />

ações estabelecidas em conjunto, durante a reunião, consistem em somar esforços para ampliar os estudos e prática de<br />

MFS.<br />

São elas: Realizar agenda com o Jardim Botânico; solicitar e delimitar área para estudos de Manejo Florestal, definindo<br />

de 2 a 3 empresas que manejam Ipê, para serem amostradas; identificar proprietários para solicitar permissão de<br />

realização dos estudos; efetuar estes levantamentos com o apoio do CIPEM; verificar a disponibilidade das imagens das<br />

propriedades pelo estado; Planejar visita do Pesquisador Evaldo Muñoz Braz, responsável por gerenciar os estudos; desenvolver<br />

demonstrativo parcial do que foi executado no estudo de MFS do Ipê entre os dias 5 e 9 de abril e, identificar<br />

as principais demandas do setor para novos ajustes e pesquisas.<br />

A ampliação das pesquisas em torno do Manejo Florestal contribui diretamente para a continuidade e aprimoramento<br />

da atividade respeitando a legislação. Outro ponto é que, aprofundar no tema, também auxiliará na desconstrução de<br />

conceitos errôneos preestabelecidos e que prejudicam o setor, como a associação da produção florestal com o desmatamento,<br />

por exemplo. Assim, o CIPEM entende que se faz essencial a continuidade da parceria firmada com a EMBRAPA<br />

para executar esta importante tarefa com a manutenção da floresta em pé e a sociedade.<br />

Foto: divulgação<br />

26 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

TECNOLOGIA<br />

NO TRANSPORTE<br />

Uma startup recém-chegada ao mercado tem se destacado pela inovação e diferencial com que auxilia a cadeia logística<br />

nacional, oportunizando a quem compra pela internet receber seus produtos de um modo rápido, eficiente e com preços de<br />

fretes extremamente competitivos.<br />

Trata-se da TruggHub, constituída como um marketplace que une empresas e transportadoras na logística de cargas acima<br />

de 100 quilos, como autopeças, materiais de construção e móveis.<br />

A solução tecnológica da Logtech viabiliza cotações e leilões-relâmpagos (flash-bids), proporcionando o compartilhamento<br />

de espaços ociosos em caminhões, por preços diferenciados. Isso se dá tanto pelo complemento de cargas quanto<br />

pelo aproveitamento dos fretes de retorno.<br />

Desde que lançou seu serviço em fevereiro de 2020, a startup já movimentou mais de R$ 21 milhões em mercadorias<br />

transportadas. Nesse período cresceu 500% em faturamento, apresentando mais de 24 mil propostas para as transportadoras<br />

cadastradas e recebendo 6,4 mil ofertas de frete dos embarcadores.<br />

A TruggHub conta, atualmente, com mais de 60 mil veículos cadastrados em sua base. Entre os clientes da startup estão<br />

subsidiárias da Coca-Cola Femsa, Casa & Construção, Cimentos Votorantim, Ediouro e Tupperware. “Estamos realizando entregas<br />

em todo o território nacional. É um trabalho de coordenação que traz redução de custos, segurança e maior agilidade<br />

na gestão da cadeia de suprimentos”, salienta o CEO.<br />

Os fundadores da TruggHub já estão pensando nos próximos passos para a aceleração do crescimento, a partir do aporte<br />

recentemente conquistado junto ao Grupo Randon, que investiu na startup através do seu braço de corporate venture, a<br />

Randon Ventures.<br />

O valor investido será aplicado em novas funcionalidades da plataforma para o mercado de e-commerce de produtos<br />

pesados, envolvendo o conceito de mini-hubs com a utilização de smart lockers, algoritmos de inteligência artificial para<br />

montagem de cargas e predição de preços, e, também, entregas roteirizadas com veículos elétricos, visando reduzir o impacto<br />

ambiental da logística e aumentar o compliance com práticas de ESG (Environmental, Social and Governance).<br />

Foto: divulgação<br />

28 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

DESTINO<br />

MUNDO<br />

O Brasil registrou recordes para o mês nos<br />

números de exportações, superávit e corrente<br />

de comércio em maio. As importações – mesmo<br />

sem superar marcas históricas para o mês – também<br />

registraram alta expressiva. Os resultados<br />

refletem, em parte, a recuperação da economia<br />

nacional e dos principais parceiros comerciais do<br />

Brasil, na avaliação da Secretaria de Comércio<br />

Exterior (Secex), do Ministério da Economia, que<br />

divulgou os dados recentemente.<br />

A exportação no mês de maio foi de US$<br />

26,9 bilhões, valor recorde para o mês, com<br />

crescimento de 46,5% em relação a maio do ano<br />

passado. O último recorde foi registrado em<br />

maio de 2012, com US$ 23,1 bilhões. A importação<br />

também teve crescimento significativo, atingindo<br />

US$ 17,7 bilhões, com alta de 57,4%, mas<br />

ainda sem alcançar a máxima histórica de US$ 21<br />

bilhões, em maio de 2013.<br />

Dessa forma, o saldo comercial também bateu<br />

recorde para meses de maio, com US$ 9,3<br />

bilhões, subindo 29,4% e superando a máxima<br />

anterior, de US$ 6,8 bilhões em maio do ano<br />

passado. Com esses valores, a corrente de comércio<br />

– soma das exportações e importações –<br />

foi recorde no mês, subindo 50,6% e chegando a<br />

US$ 44,6 bilhões, superando o máximo anterior,<br />

também de 2012, com US$ 43,6 bilhões.<br />

O total exportado apresenta aumento de<br />

38,5% nos preços. “Essa tem sido a tônica do<br />

ano. Temos um crescimento das vendas externas,<br />

motivado tanto pelo aumento dos volumes<br />

quanto pelos preços, mas, principalmente pelo<br />

aquecimento dos preços internacionais dos<br />

produtos vendidos pelo Brasil”, observou o<br />

subsecretário de Inteligência e Estatísticas de<br />

Comércio Exterior, Herlon Brandão.<br />

Ele explicou que o crescimento da exportação<br />

no mês foi impulsionado por um forte<br />

aumento de vendas externas das três categorias<br />

de produtos – Agropecuária (+43%), Indústria<br />

Extrativa (+85,8%) e Indústria de Transformação<br />

(+34,6%) – em relação a maio do ano passado.<br />

30 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

PARCERIA NAS EXPORTAÇÕES<br />

Realizado entre os dias 18 e 20 de maio de <strong>2021</strong>, o Projeto Comprador Móvel Brasil Online alcançou mais uma vez ótimos<br />

resultados. Reunindo cerca de 60 empresas e 36 compradores internacionais, os números foram quase 25% superiores aos<br />

da última edição, que ocorreu em maio de 2019, comprovando a vocação cada vez maior da indústria moveleira nacional à<br />

exportação. Consequência, entre outros fatores, da constante profissionalização da gestão e da modernização da produção<br />

industrial no setor.<br />

Ao todo, foram realizadas 485 reuniões, que resultaram em mais de US$ 8,3 milhões em negociações - US$ 1,4 milhão em<br />

negócios imediatos e US$ 6,9 milhões em acordos já projetados para os próximos 12 meses.<br />

Participaram desta edição compradores de 21 diferentes mercados. São eles: África do Sul, Bélgica, Bolívia, Canadá,<br />

Chile, Colômbia, El Salvador, Emirados Árabes, Equador, Espanha, EUA (Estados Unidos da América), França, Índia, México,<br />

Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana e Uruguai.<br />

Organizado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e pela APEX-Brasil (Agência Brasileira de<br />

Promoção de Exportações e Investimentos), por meio do Projeto Brazilian Furniture, o Projeto Comprador Online é realizado<br />

em uma plataforma digital pensada para facilitar e promover parcerias qualificadas no âmbito internacional. Possibilitando,<br />

assim, que mesmo com o adiamento da edição física da feira Móvel Brasil, que deverá ocorrer entre os dias 17 e 20 de maio<br />

de 2022, as empresas possam fazer negócios com praticidade e segurança.<br />

Para isso, contamos também com o apoio do Ministério das Relações Exteriores e da sua Rede de SECOMs - Setores de<br />

Promoção Comercial espalhados pelo mundo. Para esta edição do Projeto Comprador, em especial, trabalhamos com as<br />

Embaixadas e Consulados brasileiros na Arábia Saudita, Chile, Colômbia, França, México, Londres, Moscou, Nova York, Panamá,<br />

Peru e República Dominicana. Uma construção de relacionamento e de imagem pelo mundo afora.<br />

Foto: divulgação<br />

32 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

CONSUMO AQUECIDO<br />

O Indicador IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de Consumo Aparente de Bens Industriais caiu 5,4% em<br />

abril, se comparado a março. No entanto, em relação a abril de 2020, o indicador, que mede a demanda interna por bens<br />

industriais por meio da produção industrial interna não exportada, somada às importações, cresceu 28,9%.<br />

O trimestre móvel registrou elevação de 15,6% em relação ao mesmo período de 2020. Em 12 meses, a variação acumulada<br />

ficou nula, mas a produção industrial - medida pela Pesquisa <strong>Industrial</strong> Mensal de Produção Física, do IBGE (Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística) - acumulou crescimento de 1,1%.<br />

A produção interna destinada ao mercado nacional apresentou queda de 2% em abril. Após uma alta de 10% em março,<br />

a importação de bens industriais recuou 10,6% em abril. Os dados foram divulgados, no Rio de Janeiro, pelo IPEA.<br />

O fraco resultado de abril em relação a março foi disseminado entre as grandes categorias econômicas e todos os segmentos<br />

tiveram queda na margem. A exceção ficou com bens de consumo duráveis: alta de 6%.<br />

Ainda segundo o indicador, nas classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação também<br />

recuou e registrou baixa de 5,6% sobre março. Movimento diferente da indústria extrativa mineral, que cresceu 7,1%,<br />

compensando a queda de 6,4% no período anterior.<br />

Oito dos 22 segmentos observados na análise setorial avançaram e mantiveram o índice de difusão, que compara o crescimento<br />

dos segmentos da indústria de transformação com o período anterior após o ajuste sazonal em 36%. O destaque<br />

ficou para os segmentos de veículos e alimentos, com altas de 3% e 2,8%, respectivamente.<br />

Já na comparação interanual dos setores, 21 segmentos acusaram crescimento, com destaque para os de veículos e outros<br />

equipamentos de transporte. Eles foram muito afetados pela pandemia em abril de 2020, e cresceram 742,4% e 170%,<br />

respectivamente. No acumulado em 12 meses, 14 segmentos tiveram variação positiva, entre eles, o grupo de outros equipamentos<br />

de transporte, com alta de 23,4%.<br />

Fonte: Agência Brasil<br />

Foto: divulgação<br />

34 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

DESBUROCRATIZAÇÃO<br />

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O GECEX (Comitê Executivo de Gestão), da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), do Ministério da Economia, publicou<br />

resolução que altera as diretrizes e condições para concessão de financiamento de exportação de bens ou serviços<br />

nacionais no âmbito do PROEX (Programa de Financiamento às Exportações). A medida tem o objetivo de simplificar e<br />

modernizar as normas, de forma a aumentar a competitividade das exportações brasileiras e melhorar a gestão da política<br />

pública de financiamento.<br />

A Resolução GECEX nº 166/<strong>2021</strong> revoga parte dos regulamentos anteriores sobre o tema e define critérios de elegibilidade,<br />

prazos e ações de monitoramento aplicáveis às operações de equalização de taxas de juros e de financiamentos das<br />

exportações brasileiras pelo PROEX. O texto – que entrou em vigor em 1º de abril – tem dois anexos com os códigos da<br />

NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) de bens e serviços elegíveis para o programa.<br />

No caso do PROEX-Financiamento – crédito direto, com recursos do tesouro nacional –, são elegíveis as exportações<br />

brasileiras de empresas com faturamento bruto anual de até R$ 600 milhões. Já o PROEX-Equalização – financiado por<br />

instituições financeiras, com o PROEX assumindo parte dos encargos financeiros – atende a exportações brasileiras de empresas<br />

de qualquer porte.<br />

Com a revisão das regras, o governo consolida as condições comerciais do programa em um único ato normativo e<br />

revisa os prazos e produtos elegíveis, tornando a prática brasileira mais próxima da internacional, o que inclui possibilidade<br />

de equiparação.<br />

Também aumenta a competitividade das exportações brasileiras, redesenhando o processo decisório e dando maior<br />

autonomia ao agente operador, a fim de agilizar a concessão do apoio, além de melhorar a gestão, com a estruturação de<br />

um sistema de monitoramento robusto, garantindo o acompanhamento da política pública pela CAMEX.<br />

Entre outros avanços, a reforma das regras do Proex promove uma importante aproximação das normas do programa<br />

brasileiro – em particular, dos prazos aplicáveis aos financiamentos – às previstas no Arranjo sobre Créditos à Exportação<br />

da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de maneira a facilitar a adesão do Brasil à Organização.<br />

Ainda reforça as balizas técnicas do PROEX, resolvendo problemas de insegurança jurídica no funcionamento<br />

efetivo.<br />

36 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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FRASES<br />

“O BRASIL TEM QUASE 310 MILHÕES DE HA (HECTARES)<br />

DE FLORESTAS PÚBLICAS, A MAIOR PARTE LOCALIZADA NA<br />

REGIÃO AMAZÔNICA. EM TORNO DE 30 MILHÕES DE HA ESTARIAM<br />

POTENCIALMENTE APTOS A SEREM INCLUÍDOS NA CONCESSÃO<br />

FLORESTAL”<br />

PAULO CARNEIRO, DIRETOR DE CONCESSÕES FLORESTAIS E<br />

MONITORAMENTO, DO SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO<br />

“POR<br />

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PRECONCEITO<br />

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FÓRUM NACIONAL<br />

DAS ATIVIDADES DE<br />

BASE FLORESTAL<br />

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CIPEM, CENTRO<br />

DAS INDÚSTRIAS<br />

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EXPORTADORAS DE<br />

MADEIRA DE MATO<br />

GROSSO, PARA<br />

A FOLHA DE SÃO<br />

PAULO<br />

“ESTAMOS NA LINHA DE SOLUÇÃO DA NOVA PROPOSTA<br />

DA LEI DE SANEAMENTO BÁSICO DE TRATAMENTO<br />

DE RESÍDUOS DE LIXO URBANO. E ESSE ARRANJO<br />

SOLUCIONARIA O PROBLEMA DA DESTINAÇÃO DO LIXO<br />

DE MUITOS MUNICÍPIOS VIZINHOS E EM OUTRAS REGIÕES<br />

DO ESTADO. POR ISSO, É PRECISO QUE O PROJETO SEJA<br />

PLANEJADO COM O MÍNIMO DE VALOR PARA AS OUTRAS<br />

CIDADES PODEREM REPLICAR E PODER GERAR A PRÓPRIA<br />

ESTRUTURA DE BIOGÁS”<br />

Foto: divulgação<br />

NILSON VIOLATO, SECRETÁRIO DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARAPONGAS,<br />

SOBRE A IMPLANTAÇÃO DE UMA USINA DE TRANSFORMAÇÃO DE RESÍDUOS<br />

ORGÂNICOS EM ENERGIA RENOVÁVEL NO MUNICÍPIO<br />

“A GENTE JÁ TEM TODAS AS<br />

FERRAMENTAS PARA FAZER A<br />

IMPLEMENTAÇÃO DO CÓDIGO<br />

FLORESTAL, MAS O QUE EU ACHO<br />

QUE A GENTE NÃO TEM É UM PLANO<br />

DE IMPLEMENTAÇÃO DO CÓDIGO<br />

FLORESTAL. ISSO NUNCA FOI FEITO.<br />

NENHUM DOS GOVERNOS CONSEGUIU<br />

PROPOR A ELABORAÇÃO DE UM<br />

PLANO QUE SEJA CUMPRIDO PARA<br />

IMPLEMENTAÇÃO DO CÓDIGO”<br />

ROBERTA DEL GIUDICE, SECRETÁRIA-<br />

EXECUTIVA DO OBSERVATÓRIO DO<br />

CÓDIGO FLORESTAL, AO CANAL<br />

RURAL<br />

40 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

ARTICULAÇÃO<br />

PELO CRESCIMENTO<br />

ARTICULATION<br />

FOR GROWTH<br />

Apresidente da ABIMÓVEL (Associação Brasileira<br />

das Indústrias do Mobiliário), Maristela Cusin<br />

Longhi, tem trabalhado junto da diretoria da<br />

instituição em articulações com o Congresso Nacional<br />

para o desenvolvimento e desburocratização<br />

do setor. “Muitas medidas estão em pauta, com especial<br />

atenção àquelas que visam melhorar o ambiente de negócios<br />

e às reformas administrativas, como tributárias, fiscais, creditícias<br />

e de exportação, fundamentais para o desenvolvimento<br />

e a melhoria da competitividade brasileira”, explicou a presidente.<br />

Confira a entrevista completa:<br />

ENTREVISTA<br />

M<br />

aristela Cusin Longhi, the President of the Brazilian<br />

Association of Furniture Industries (ABIMÓ-<br />

VEL), has worked with its Board of Directors in<br />

articulations with the National Congress for the<br />

development and debureaucratization of the<br />

Sector. “Many measures are on the agenda, with special attention<br />

to those aimed at improving the business environment and<br />

administrative reforms, such as duties, taxes, credit, and export,<br />

fundamental for the development and improvement of Brazilian<br />

competitiveness,” explained President Longhi. Check out the<br />

interview below:<br />

MARISTELA CUSIN<br />

LONGHI<br />

CARGO: PRESIDENTE DA ABIMÓVEL (ASSOCIAÇÃO<br />

BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DO MOBILIÁRIO),<br />

Foto: divulgação<br />

FUNCTION: PRESIDENT OF THE BRAZILIAN ASSOCIATION OF<br />

FURNITURE INDUSTRIES (ABIMÓVEL)<br />

42 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

COMO TEM SIDO O TRABALHO DA ABIMÓ-<br />

VEL JUNTO AO CONGRESSO NACIONAL PARA<br />

AUXILIAR O SETOR DAS INDÚSTRIAS DO MO-<br />

BILIÁRIO?<br />

Desde a fundação, a ABIMÓVEL sempre desempenhou<br />

um trabalho junto às autoridades<br />

governamentais, ao Congresso Nacional e outras<br />

importantes entidades de classe, bem como, seus<br />

parceiros e associados. O que, em um momento de<br />

tantos desafios como o que estamos enfrentando<br />

desde a primeira onda da pandemia de Coronavírus<br />

no Brasil, torna-se ainda mais essencial para o fortalecimento<br />

e o crescimento sustentado da cadeia<br />

madeira e móvel em nosso país. Mesmo com as<br />

restrições impostas no atual período, a ABIMÓVEL<br />

vem se reunindo remota e fisicamente com as equipes<br />

técnicas do Governo Federal e do Congresso<br />

Nacional, por meio da Mesa Executiva do Setor e<br />

da FREMOB (Frente Parlamentar Mista em Defesa<br />

da Indústria do Mobiliário), para a proposição e<br />

defesa de políticas públicas para a resolução das<br />

demandas geradas pela pandemia. Muitas medidas<br />

estão em pauta, com especial atenção àquelas<br />

que visam melhorar o ambiente de negócios e às<br />

reformas administrativas, como tributárias, fiscais,<br />

creditícias e de exportação, fundamentais para o<br />

desenvolvimento e a melhoria da competitividade<br />

brasileira. Avançamos muito neste ano. Um exemplo<br />

é a MPAN (Medida Provisória do Ambiente de<br />

Negócios), anunciada pelo Governo Federal, que<br />

visa promover uma série de melhorias para o Brasil.<br />

Após a avaliação de 1055 sugestões de medidas<br />

levantadas junto à indústria, ainda, foram selecionadas<br />

e consolidadas 27 ações para atenuar a<br />

crise com 34% das medidas já implementadas e as<br />

demais em tramitação ou análise para reedição. E,<br />

claro, estes são apenas alguns passos, pois continuamos<br />

trabalhando permanentemente em prol da<br />

indústria e do setor moveleiro.<br />

HOW HAS ABIMÓVEL’S WORK BEEN WITH<br />

THE NATIONAL CONGRESS TO ASSIST THE FUR-<br />

NITURE SECTOR?<br />

Since its foundation, ABIMÓVEL has always worked<br />

with governmental authorities, the National Congress,<br />

other essential class entities, as well as their related<br />

parties and members. At a time of many challenges,<br />

after the first wave of the Coronavirus pandemic in Brazil,<br />

it becomes even more essential to strengthen and<br />

sustain the growth of the timber and furniture chain<br />

in our Country. Even with the restrictions imposed<br />

in the current period, ABIMÓVEL has been meeting<br />

remotely and physically with the technical teams of<br />

the Federal Government and the National Congress,<br />

through the Executive Bureau of the Sector and Mixed<br />

Parliamentary Front in Defense of the Furniture Industry<br />

(FREMOB), for the proposition and defense of public<br />

policies for the resolution of the demands generated<br />

by the pandemic.Many measures are on our agenda,<br />

focusing on improving the business environment and<br />

administrative reforms, such as duties, taxes, credit,<br />

and export, which are fundamental for developing and<br />

enhancing Brazilian competitiveness. We’ve come a<br />

long way this year. One example is the Provisional Measure<br />

of the Business Environment (MPAN), announced<br />

by the Federal Government, which aims to promote a<br />

series of improvements for Brazil.<br />

After evaluating 1055 suggestions raised with the<br />

industry, 27 actions were selected and consolidated to<br />

mitigate the crisis. Whereby 34% have already been implemented<br />

and the others being discussed or analyzed<br />

for revision. And, of course, these are just a few steps<br />

as we continue to work permanently in the interests of<br />

the industry and the Furniture Sector.<br />

COMO ESTÁ O MERCADO INTERNO E AS<br />

EXPORTAÇÕES DO SETOR DURANTE A PANDE-<br />

MIA DA COVID-19?<br />

Tanto em relação ao mercado interno quanto<br />

ao externo, considerando o impacto da pandemia<br />

na indústria e no comércio, havíamos previsto uma<br />

redução forte em um primeiro momento, seguida<br />

por uma recuperação nos dois anos seguintes, o<br />

que vem se confirmando desde o segundo semestre<br />

de 2020. Mesmo com queda de 4,5% no volume de<br />

peças produzidas em fevereiro sobre janeiro deste<br />

ano, o acumulado nos dois primeiros meses de <strong>2021</strong><br />

apresentou aumento de 5,5%. O consumo aparente<br />

de móveis e colchões no mercado interno seguiu o<br />

mesmo ritmo, com alta de 4,6% no acumulado do<br />

O CONSUMO<br />

APARENTE DE<br />

MÓVEIS E COLCHÕES NO<br />

MERCADO INTERNO TEVE ALTA<br />

DE 4,6% NO ACUMULADO DO<br />

PRIMEIRO BIMESTRE.<br />

DEMONSTRANDO UM INÍCIO<br />

DE ANO MAIS AQUECIDO DO<br />

QUE O USUAL NA INDÚSTRIA<br />

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ENTREVISTA<br />

primeiro bimestre. Demonstrando, assim, um início<br />

de ano mais aquecido do que o usual na indústria<br />

moveleira. Já as exportações de móveis e colchões<br />

brasileiros em março apresentaram crescimento de<br />

40,1% em relação a fevereiro deste ano. Seguindo<br />

uma trajetória positiva desde o início de <strong>2021</strong>, aliás,<br />

o acúmulo no primeiro trimestre foi de 34,5%, com<br />

todas as categorias (móveis de madeira, móveis de<br />

aço, estofados e colchões) apresentando avanço nas<br />

vendas no terceiro mês do ano. Esses dados são do<br />

último “Monitoramento das Exportações de Móveis”,<br />

estudo mensal realizado pelo IEMI – Inteligência<br />

de Mercado com exclusividade para as empresas<br />

associadas ao Projeto Brazilian Furniture — iniciativa<br />

da ABIMÓVEL em parceria com a Apex-Brasil.<br />

A PANDEMIA TAMBÉM TEM IMPACTADO NA<br />

OBTENÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS PARA A<br />

INDÚSTRIA DO MOBILIÁRIO?<br />

A explosão no consumo de móveis e colchões<br />

no início do segundo semestre (junho/julho) do ano<br />

passado, encontrou as empresas com baixos estoques,<br />

devido à interrupção do comércio físico e o<br />

fechamento de fábricas nos meses anteriores. Dessa<br />

maneira, tivemos um colapso na cadeia de suprimento,<br />

que não conseguiu dar conta da demanda<br />

crescente que se estabelecia. Deixando a indústria<br />

sem material suficiente para suprir a procura, gerando,<br />

assim, problemas no varejo e atrasando as<br />

compras realizadas pelos consumidores. Todo esse<br />

processo, o qual aconteceu mundialmente em todas<br />

as cadeias produtivas, vale ressaltar, provocou uma<br />

avalanche de aumento nos preços desses materiais.<br />

Entre as indústrias de móveis e colchões, os problemas<br />

mais significativos estiveram no fornecimento<br />

de ferragens; vidros; painéis de madeira, como<br />

MDF e MDP; papelão; plástico; bem como, aço e<br />

espumas; entre outros itens essenciais. Com muitas<br />

empresas, portanto, tendo de reduzir o ritmo de<br />

What is your evaluation of the Sector’s domestic<br />

and export markets during the Covid-19 pandemic?<br />

In terms of domestic and export markets, considering<br />

the impact of the pandemic on industry and trade,<br />

we had predicted a sharp reduction at first, followed by<br />

a recovery in the following two years, which has been<br />

confirmed starting the second half of 2020. Even with a<br />

4.5% drop in the volume of pieces produced in February<br />

from January <strong>2021</strong>, accumulated production in the<br />

first two months increased by 5.5%. The apparent consumption<br />

of furniture and mattresses in the domestic<br />

market followed the same pace, with a 4.6% increase in<br />

the first two months. Thus, demonstrating a more heated<br />

start to the year than usual in the furniture industry.<br />

Brazilian Exports of furniture and mattresses in<br />

March grew 40.1% compared to February this year. Incidentally,<br />

following a positive trend since the beginning<br />

of <strong>2021</strong>, the accumulation in the first quarter was 34.5%,<br />

with all categories (wood furniture, steel furniture,<br />

upholstery, and mattresses) over that in the third month<br />

of the year. These data are from the latest “Monitoring<br />

of Furniture Exports,” a monthly study conducted by<br />

Market Intelligence (IEMI) exclusively for companies associated<br />

with the Brazilian Furniture Project - an initiative<br />

of ABIMÓVEL in partnership with Apex-Brasil.<br />

HAS THE PANDEMIC ALSO IMPACTED THE<br />

SUPPLY OF RAW MATERIALS FOR THE FURNITURE<br />

INDUSTRY?<br />

The explosion in consumption of furniture and mattresses<br />

at the beginning of the second half (June/July)<br />

of last year found companies with low inventories due<br />

to the interruption of the physical trade and the closure<br />

of factories in previous months.<br />

Thus, we had a collapse in the supply chain as it<br />

could not account for the growing demand. Therefore,<br />

leaving the industry without enough material to supply<br />

demand, generating problems in retail, and delaying<br />

purchases made by consumers.<br />

AS EXPORTAÇÕES DE MÓVEIS E<br />

COLCHÕES BRASILEIROS EM MARÇO<br />

APRESENTARAM CRESCIMENTO DE 40,1% EM<br />

RELAÇÃO A FEVEREIRO DESTE ANO<br />

46 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


ENTREVISTA<br />

atividade pela falta de matérias-primas, o que aos<br />

poucos esperamos que volte a se estabilizar. Para<br />

isso, claro, trabalhamos continuamente em sinergia<br />

com fornecedores, fabricantes e o setor público, por<br />

meio de reuniões, comitês e negociações na busca<br />

por soluções tanto para o fornecimento quanto para<br />

a precificação. Um exemplo é o Comitê do Aço.<br />

Enquanto ainda enfrentamos escassez de matérias-<br />

-primas e preços por vezes inviáveis no mercado<br />

nacional, a importação desses materiais continua se<br />

fazendo necessária, claro. Acreditamos, no entanto,<br />

que olhar cada vez mais para a indústria nacional,<br />

buscando alternativas de fornecimento no mercado<br />

doméstico, seja um caminho essencial para o fortalecimento<br />

e autonomia das empresas brasileiras.<br />

Pensando em formas de criar oportunidades de<br />

negócios e conectar os diferentes elos da cadeia<br />

produtiva no Brasil, portanto, a ABIMÓVEL idealizou<br />

o Projeto Fornecedor. A edição piloto ocorreu no<br />

início de abril em conjunto com a Abit, Assintecal<br />

e o CICB, reunindo cerca de 40 empresas, entre<br />

compradores e fornecedores nacionais em uma plataforma<br />

digital. Os resultados e a repercussão foram<br />

bastante positivos, levando-nos a estabelecer o projeto<br />

em nosso cronograma de ações, com a próxima<br />

edição já estando sendo planejada, ainda maior e<br />

envolvendo outros segmentos também importantes<br />

da cadeia do mobiliário.<br />

Mais informações sobre as 27 ações da ABIMÓVEL<br />

para o setor moveleiro podem ser encontradas no<br />

endereço http://www.abimovel.com/<br />

It is worth mentioning, this whole process, which<br />

occurred worldwide in all production chains, caused an<br />

avalanche of increase in the prices for these materials.<br />

Among the furniture and mattress industries, the most<br />

significant problems were in the supply of hardware,<br />

glass, wood panels such as MDF and MDP, cardboard,<br />

plastic, steel, and foams, among other essential items.<br />

Therefore, many companies had to reduce the pace<br />

of activity due to the lack of raw material supply, which<br />

we hope will stabilize. For this, of course, we work continuously<br />

in synergy with suppliers, manufacturers, and<br />

the Public Sector, through meetings, committees, and<br />

negotiations to search for solutions for both supply and<br />

pricing. One example is the Steel Committee.<br />

While we still face shortages of raw materials with<br />

prices sometimes unviable in the domestic market,<br />

importing these materials continues to be necessary, of<br />

course. However, we believe that looking increasingly<br />

at the Brazilian industry, seeking alternatives for supply<br />

in the domestic market is an essential path for the<br />

strengthening and autonomy of Brazilian companies.<br />

Therefore, when thinking about ways to create business<br />

opportunities and connect the different links in the<br />

production chain in Brazil, ABIMÓVEL came up with<br />

the Supplier Project. In early April, the pilot meeting<br />

took place in conjunction with Abit, Assintecal, and<br />

CICB, bringing together about 40 companies, including<br />

national buyers and suppliers, on a digital platform.<br />

The results and the repercussion were very positive,<br />

leading us to establish the project in our plan of action.<br />

The next meeting is already being planned, even more<br />

extensive, involving other important furniture chain<br />

segments.<br />

MUITAS MEDIDAS ESTÃO EM PAUTA, COM ESPECIAL ATENÇÃO<br />

ÀQUELAS QUE VISAM MELHORAR O AMBIENTE DE NEGÓCIOS E<br />

ÀS REFORMAS ADMINISTRATIVAS, COMO TRIBUTÁRIAS, FISCAIS,<br />

CREDITÍCIAS E DE EXPORTAÇÃO, FUNDAMENTAIS PARA O<br />

DESENVOLVIMENTO E A MELHORIA DA COMPETITIVIDADE BRASILEIRA<br />

48 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


www.abpm.com.br<br />

LEGALIDADE E QUALIDADE<br />

DA MADEIRA TRATADA<br />

NOVO FORMATO<br />

Ouro<br />

Prata<br />

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COLUNA ABIMCI<br />

EXPECTATIVAS PARA O FUTURO<br />

EM ANO MARCADO POR INCERTEZAS, MERCADO INTERNACIONAL NO SEGUNDO SEMESTRE TERÁ<br />

PESO NO SETOR DE PRODUTOS MADEIREIROS NO BRASIL<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

O SEGMENTO DE MADEIRA<br />

PROCESSADA PRECISA<br />

EQUALIZAR SUAS DEMANDAS E<br />

POSSIBILIDADES DE REAL<br />

DESENVOLVIMENTO PARA SE MANTER<br />

COMPETITIVO AGORA E NO FUTURO<br />

C<br />

hegamos a metade do ano diante de uma<br />

série de incertezas: como seguirá o enfrentamento<br />

da pandemia no Brasil e no mundo,<br />

como as mudanças econômicas, políticas<br />

e de consumo nos principais mercados<br />

de destino dos produtos madeireiros afetarão os negócios<br />

por aqui, qual será o ritmo do PIB (Produto Interno<br />

Bruto) mundial pós-pandemia? Nossa economia conseguirá<br />

mostrar fluidez e manter a recuperação?<br />

O acesso a informações confiáveis e uma dose<br />

de cautela diante desse cenário devem nortear as<br />

decisões dos empresários nos próximos meses. As<br />

projeções para as exportações de produtos brasileiros<br />

de madeira indicam consolidação dos volumes embarcados,<br />

embora alguns produtos ainda apenas estão<br />

recompondo bases que estavam aquém do patamar<br />

histórico. Assim, será preciso acompanhar como decisões<br />

internacionais afetarão os negócios mundiais.<br />

É o caso, por exemplo, da probabilidade da Rússia<br />

mudar a sua política de exportações de toras in natura,<br />

com previsão de um regramento mais restritivo a partir<br />

Foto: divulgação<br />

do próximo ano, mas que, de antemão, tem gerado<br />

reações na dinâmica do suprimento mundial de toras,<br />

em especial nos movimentos para o mercado chinês,<br />

país ávido por repor o volume normalmente importado<br />

de toras da Rússia e que começa a buscar em vários<br />

outros mercados suprimento para a sua produção. Há<br />

ainda a possibilidade de taxações por parte dos EUA<br />

(Estados Unidos da América) a produtos de madeira<br />

canadense. Movimentações que podem afetar a competitividade<br />

de grandes players madeireiros e impactar<br />

países exportadores como o Brasil.<br />

No mercado interno, a expectativa de que o setor<br />

da construção civil continue aquecido com novos<br />

investimentos em empreendimentos, de aumentar o<br />

número de financiamentos, assim como, o consumo de<br />

produtos para reformas residenciais e as vendas positivas<br />

do setor moveleiro. Um cenário que certamente<br />

depende da manutenção de empregos, geração de<br />

renda e estabilidade econômica e política. O índice de<br />

confiança do consumidor tem mostrado sinais de recuperação,<br />

sendo um bom termômetro para os negócios<br />

na construção civil.<br />

Como pano de fundo do cenário econômico interno<br />

e externo, o setor de base florestal brasileiro enfrenta<br />

desafios nas tratativas de suprimento florestal.<br />

A condução das florestas plantadas nacionais com as<br />

características necessárias e adequadas para o uso no<br />

segmento de processamento mecânico e para uso estrutural<br />

está em níveis satisfatórios para atender a atual<br />

e, especialmente, a demanda futura? Como as empresas<br />

irão atuar para melhorar esse cenário, manterem-se<br />

competitivas e rodando suas operações fabris diante<br />

do aumento dos custos e disponibilidade de matéria-<br />

-prima, é um dos grandes desafios de todos da cadeia<br />

produtiva.<br />

Pensar a cadeia de base florestal de forma integrada<br />

não é tarefa simples diante de tantos interesses envolvidos,<br />

da diversidade de segmentos e produtos fabricados<br />

e do timing de cada negócio, reforçado pela<br />

amplitude das dimensões continentais do Brasil. São<br />

desafios para os quais não há uma resposta pronta e é<br />

necessário um conjunto de ações com viés de desenvolvimento,<br />

investimentos e aumento efetivo da área<br />

plantada de florestas. Sabemos que a questão do suprimento<br />

é sensível à demanda e aos cenários futuros.<br />

O segmento de madeira processada precisa equalizar<br />

suas demandas e possibilidades de real desenvolvimento<br />

para se manter competitivo agora e no futuro.<br />

50 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


Uma nova era no mundo de scanners<br />

Microtec apresenta uma nova geração<br />

de scanners longitudinais<br />

A partir de 3 de maio, os três fabricantes de sistemas de scanners Microtec, FinScan e WoodEye se uniram em uma<br />

marca: MiCROTEC.<br />

Combinamos a experiência e a habilidade de empresas líderes mundiais em uma marca consolidada, aumentando<br />

nossa presença no mercado. Forneceremos suporte ao produto ainda melhor e vamos conseguir agregar ainda<br />

mais valor aos nossos clientes. Juntos, apresentamos uma nova linha de Scanners Longitudinais, desenvolvidos<br />

por uma equipe conjunta nas sedes da Itália e Suécia. Baseados em uma plataforma comum, nossos novos<br />

Scanners representam o melhor dos dois mundos da GOLDENEYE e da WOODEYE.<br />

microtec.eu


PRINCIPAL<br />

O FUTURO<br />

DA INDÚSTRIA<br />

CHEGOU<br />

Fotos: divulgação<br />

NOVA GERAÇÃO DE SCANNERS LONGITUDINAIS CONSEGUE<br />

VERIFICAR E ANALISAR TODAS AS CARACTERÍSTICAS DA<br />

MADEIRA EM CENTÉSIMOS DE SEGUNDOS<br />

THE FUTURE OF THE<br />

INDUSTRY HAS ARRIVED<br />

A NEW GENERATION OF LONGITUDINAL<br />

SCANNERS CAN VERIFY AND ANALYZE ALL WOOD<br />

CHARACTERISTICS IN HUNDREDTHS OF A SECOND<br />

52 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


Aeficiência da indústria madeireira está aliada<br />

diretamente a inovação tecnológica e respostas<br />

que possam garantir que a produtividade e a<br />

qualidade de produção sempre caminhem juntas.<br />

Baseada nesses preceitos a Microtec, líder<br />

mundial em soluções para scanners de madeira, apresenta<br />

uma nova linha de scanners que irá aperfeiçoar e facilitar o<br />

trabalho na indústria. Para conhecer o funcionamento desse<br />

sistema de avalição de madeira, a reportagem foi até a fábrica<br />

da Sincol, em Caçador (SC).<br />

The efficiency of the sawmilling industry is connected<br />

directly with technological innovation<br />

and responses that can ensure that productivity<br />

and production quality always go hand in hand.<br />

Based on these precepts, Microtec, the world<br />

leader in solutions for wood scanners, presents a new<br />

line of scanners that will improve and facilitate work in<br />

the industry. To get to know the operation of these wood<br />

evaluation systems, REFERENCIA <strong>Industrial</strong> went to the<br />

Sincol factory in Caçador-SC.<br />

JUNHO <strong>2021</strong> 53


PRINCIPAL<br />

Em meio a um ambiente rústico, dominado pelas estruturas<br />

de madeira e metal das ferramentas, o scanner se destaca<br />

no cenário parecendo não pertencer ao lugar em que está<br />

instalado. Mesmo assim, ele é peça chave na produtividade<br />

da indústria. Sua função é acelerar a produtividade, evitando<br />

que a excelência seja perdida no processo, trazendo otimização<br />

de produção.<br />

TECNOLOGIA QUE GARANTE RESULTADO<br />

O segredo está na capacidade de análise da madeira<br />

que é muito mais veloz e efetiva do que a realizada por uma<br />

pessoa. O processo estabelecido pelo scanner é de peritagem<br />

em 360° (graus) em apenas alguns décimos de segundos. A<br />

madeira em tábua passa pelo scanner e rapidamente é avaliada<br />

se as condições do produto atendem as necessidades<br />

da indústria e a finalidade do processo específico.<br />

Por mais robusto que o scanner se pareça, é sua análise<br />

minuciosa e detalhista que faz a diferença para quem o<br />

utiliza. Quando a matéria-prima passa pelo aparelho, que<br />

pode verificar de 1 a 1200m (metros) de madeira linear por<br />

Amid a rustic environment, dominated by timber<br />

structures and metal for tooling, the scanner stands out in<br />

the background and doesn’t seem to belong. Even so, it is<br />

a fundamental part of sawmill productivity. Its role is to accelerate<br />

production, avoiding excellence from being lost<br />

in the process, providing process optimization without the<br />

excellence required by the market being left aside.<br />

TECHNOLOGY THAT ENSURES RESULTS<br />

The secret lies in analyzing wood much faster and<br />

more effectively than could be performed by a person.<br />

The process established by the scanner is a 360° analysis<br />

in just a few tenths of a second. The plank passes through<br />

the scanner, where it is quickly evaluated as to whether<br />

the conditions of the product meet the needs and the requirements<br />

for its specific use.<br />

As robust as the scanner looks, it is its thorough and<br />

detailed analysis that makes the difference for those who<br />

use it. When the raw material passes through the device,<br />

it can check from 1 to 12 hundred meters of linear wood<br />

COM A NOVA PLATAFORMA<br />

COMUM PARA<br />

ESCANEAMENTO LONGITUDINAL,<br />

LEVAREMOS AS SOLUÇÕES DE<br />

ESCANEAMENTO DE MADEIRA A UM<br />

NÍVEL TOTALMENTE NOVO<br />

STEFAN NILSSON, CSO DA MICROTEC<br />

54 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


minuto, dependendo do modelo escolhido, todos os dados<br />

são coletados, analisados e automaticamente, de acordo<br />

com as indicações escolhidas pela empresa, direcionam o<br />

que poderá ou não ser feito com aquela madeira.<br />

Vitor Hugo Balvedi, diretor de Recursos Florestais e Suprimentos<br />

da Sincol, comenta que o scanner consegue entregar<br />

um resultado tão bom quanto um funcionário treinado e<br />

motivado, porém com uma velocidade até dez vezes maior.<br />

“Madeira não é uma ciência exata, tem muito de feeling envolvido”,<br />

explica Balvedi, valorizando a qualidade do scanner,<br />

sobre a constância de desempenho.<br />

Por ser o substituto de uma função realizada por um funcionário,<br />

que conta não apenas com a visão, mas também<br />

tato e o feeling humano para fazer o controle de qualidade e<br />

avaliação técnica, o scanner precisa receber ajustes precisos<br />

conforme a finalidade da madeira. Para que isso aconteça<br />

com perfeição, um dos serviços oferecidos pela Microtec é<br />

o de treinamento para os operadores. Uma tecnologia de<br />

alta precisão, que faz parte da chamada indústria 4.0 exige<br />

qualificação de mão de obra para que os resultados sejam<br />

sempre os melhores.<br />

Genésio Recalcatti, supervisor de produção da Sincol, é<br />

um dos funcionários que foi até Linköping, na Suécia, onde<br />

está sediada uma filial da Microtec, para receber o treinamento<br />

para a operação do scanner. Ele ressalta a experiência de<br />

quase um mês de aprendizado a respeito dessa nova tecnologia<br />

que foi trazida para dentro da empresa. “É trocada a<br />

mão de obra pela tecnologia, então temos a otimização da<br />

qualidade, do corte e da rentabilidade da madeira, de acordo<br />

com o que se pretende”, valoriza Recalcatti.<br />

Os resultados do scanner estão diretamente ligados a<br />

todas as formas de avaliação realizadas pelo aparelho em<br />

apenas alguns décimos de segundos. O scanner conta com<br />

até cinco funções diferentes para análise da madeira, de<br />

per minute, depending on the chosen model. All data<br />

are collected, analyzed, and, according to the indications<br />

selected by the company, automatically directed as to for<br />

what the wood may or may not be used.<br />

Vitor Hugo Balvedi, Director of Forest Resources<br />

and Supplies for Sincol, comments that the scanner can<br />

deliver a result as good as a well-trained employee but<br />

at a speed up to ten times faster. “Wood is not an exact<br />

science. There is much feeling involved,” explains Balvedi,<br />

valuing this quality of the scanner: the consistency of performance.<br />

Because it is the substitute for a function performed<br />

by an employee, which relies not only on vision but also<br />

touch and “feeling” to make quality control and technical<br />

evaluation, the scanner needs to receive precise adjustments<br />

according to the purpose of the timber. For this to<br />

happen ideally, one of the services offered by Microtec is<br />

training for operators. A high-precision technology that is<br />

part of the so-called industry 4.0 requires qualification of<br />

human resources so that results are always the best.<br />

Genésio Recalcatti, the Production Supervisor for<br />

Sincol, is one of the employees who went to Linköping in<br />

Sweden, where the Microtec Sincol subsidiary is based, to<br />

receive training for the scanner’s operation. He points out<br />

that it was the experience of almost a month of learning<br />

about this new technology that became part of Sincol.<br />

“Manual labor is exchanged for technology, so we have<br />

wood quality, cutting, and profitability optimization, according<br />

to what is intended,” values Recalcatti.<br />

The scanner results are directed to the evaluation performed<br />

by the device in just a few tenths of a second. The<br />

JUNHO <strong>2021</strong> 55


PRINCIPAL<br />

acordo com o modelo escolhido pela empresa, o que garante<br />

a capacidade de suprir as necessidades com maestria.<br />

O SEGREDO DO SUCESSO<br />

A nova linha de scanners oferecida pela Microtec se<br />

divide em dois grupos: Goldeneye e Woodeye. O primeiro<br />

foi desenvolvido e dedicado a avaliação de madeira mole<br />

(de reflorestamento) e o segundo tem seu foco em madeira<br />

dura (nativa ou tropical). Stefan Nilsson, CSO da Microtec<br />

Linköping, valoriza o trabalho realizado junto com a equipe<br />

sediada na Itália para que a nova linha de scanners fosse<br />

lançada. “Com a nova plataforma comum para escaneamento<br />

longitudinal, levaremos as soluções de escaneamento de<br />

madeira a um nível totalmente novo”, enfatiza Nilsson.<br />

A linha Goldeneye conta com até cinco métodos de<br />

avaliação da madeira em seus seis modelos de scanner. O<br />

primeiro é o sistema de triangulação a laser, que consegue<br />

fazer a análise de toda a tábua, em todos os ângulos. Este<br />

processo é o mais simples e visual da máquina, pois é a<br />

verificação superficial, que mede a tábua com precisão e<br />

verifica se existe algum tipo de curvatura ou outros defeitos<br />

relacionados às dimensões da madeira.<br />

scanner has up to five different functions for wood analysis,<br />

according to the model chosen by each company, which<br />

ensures the ability to meet needs with mastery.<br />

THE SECRET OF SUCCESS<br />

The new line of scanners offered by Microtec is divided<br />

into two groups: Goldeneye and Woodeye. The first<br />

was developed and dedicated to the evaluation of softwood<br />

and the second has its focus on hardwood. Stefan<br />

Nilsson, Chief Sales Officer for Microtec Linköping, values<br />

the work done with the team based in Italy to launch the<br />

new line of scanners. “With the new common platform for<br />

longitudinal scanning, we will take wood scanning solutions<br />

to a whole new level,” Nisson emphasizes.<br />

The six-scanner model Goldeneye line has up to five<br />

methods of wood evaluation. The first is the laser triangulation<br />

system, which can analyze the entire board from all<br />

angles. This process is the simplest and most visual because<br />

it is a surface check, which accurately measures the<br />

board and verifies if there is any kind of curvature or other<br />

defects related to the board’s dimensions.<br />

The second process is the analysis of the longitudinal<br />

wood fibers. This procedure also uses high-precision lasers<br />

to observe whether or not the tree’s natural fiber has<br />

been followed when cut, which facilitates use and ensures<br />

a more pleasant visual result in the final product, as well as<br />

helping manufacture.<br />

Following comes the third process, where the wood<br />

coloration is evaluated, indicating some structural problems,<br />

such as knots, cracks, or even some colored part<br />

that departs from the rest of the board.<br />

The fourth is the Multi-View X-ray system. Federico<br />

Giudiceandrea, Founder and President of Microtec, points<br />

out that this new system can verify the internal timber<br />

structure and density, or strength, accurately determining<br />

defects and heartwood displacement size for a knot in the<br />

lumber. “This allows for the detection of ultra-thin division<br />

and unprecedented levels of accuracy in automated classification<br />

according to the Grading Rule for Dimension<br />

Lumber,” highlights Giudiceandrea.<br />

SERMOS AINDA MAIS<br />

FORTES JUNTOS PARA<br />

NOSSOS CLIENTES E PARCEIROS,<br />

PARA ATUAR GLOBALMENTE,<br />

ENQUANTO MANTEMOS UMA<br />

PRESENÇA LOCAL E REGIONAL<br />

FRANK JÖST,<br />

CEO DA MICROTEC EM BRESSANONE<br />

56 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


O segundo processo é a análise das fibras longitudinais<br />

da madeira. Esse procedimento também utiliza lasers de alta<br />

precisão para observar se no momento do corte foi seguida<br />

a fibra natural da árvore, que facilita o uso e garante um resultado<br />

visualmente mais agradável no produto final, além de<br />

facilitar a manufatura. Na sequência vem o terceiro processo,<br />

onde é avaliada a coloração da madeira, que pode indicar<br />

algum problema estrutural, como nós, rachaduras ou mesmo<br />

alguma parte com coloração que destoa do restante da tábua.<br />

O quarto é o sistema de Raio-x Multi View. Federico Giudiceandrea,<br />

fundador e presidente da Microtec, ressalta que<br />

esse novo sistema pode verificar a estrutura interna e a densidade,<br />

ou resistência da madeira, determinando com precisão<br />

defeitos, medula/tamanho/deslocamento do nó na madeira<br />

serrada. “Isso permite a detecção de divisão ultrafina e níveis<br />

sem precedentes de precisão na classificação automatizada<br />

de acordo com a Regra Dimensional de Classificação para<br />

Madeira serrada”, destaca Giudiceandrea.<br />

Por último está o sistema de verificação de frequência de<br />

ressonância. O sistema possibilita a avaliação do potencial<br />

de elasticidade da madeira, que aliado ao sistema de raio-x<br />

garante para a indústria saber com precisão qual o melhor<br />

uso para a madeira e se ela atende a todos os requisitos necessários<br />

para a linha de produção. Todos os processos são<br />

realizados ao mesmo tempo e com precisão milimétrica, garantido<br />

resultados que só a inovação tecnológica pode trazer<br />

para esse novo patamar que a indústria madeireira alcançou.<br />

Já a linha Woodeye tem 4 modelos de scanner de acordo<br />

com a necessidade final para o corte da madeira. O principal<br />

modelo é o Parquet, que nessa nova geração garante um<br />

nível ainda maior de capacidade de avaliação estética da<br />

madeira, que normalmente será utilizada na produção de<br />

pisos. O segundo modelo é o Crosscut, que tem seu foco<br />

em produtividade, podendo verificar até 650m de madeira<br />

por minuto e com sistema de otimização de corte e seleção<br />

de madeira para móveis.<br />

O modelo RIP tem como principal característica a avaliação<br />

de madeira em tábuas largas, com até 700 mm (milímetros),<br />

otimizando sua produção, selecionando o melhor fim<br />

para cada tábua ou parte dela. Por último, o modelo Woodeye<br />

Sortcut foi desenvolvido para a realização de um segundo processo<br />

de refino da madeira, focando na otimização baseada<br />

em valor para madeira que será utilizada para revestimento,<br />

decks, painéis internos e molduras.<br />

Last but not least is the resonance frequency checking<br />

system. This system allows the evaluation of the potential<br />

wood elasticity, which, combined with the X-ray system,<br />

ensures the company precisely knows the best use for the<br />

wood and whether it meets all the requirements for the<br />

production line.<br />

All processes are carried out simultaneously and with<br />

millimetric precision, guaranteeing the results that only technological<br />

innovation can bring to this new level that the<br />

timber industry has reached.<br />

The Woodeye line has four scanner models according<br />

to the final need for cutting the wood. The primary model<br />

is Parquet, which in this new generation guarantees an<br />

even higher level of aesthetic evaluation capacity of the<br />

wood, which will usually be used in the flooring production<br />

process.<br />

The second model is Crosscut, which focuses on productivity,<br />

checking up to 650 m of wood per minute, and<br />

with a wood cutting and selection optimization system for<br />

furniture production.<br />

The Rip model has the main characteristic of evaluating<br />

wood on wide boards, with up to 700 mm, optimizing<br />

production, selecting the best end-use for each board or<br />

part.<br />

Finally, the Woodeye Sortcut model was developed<br />

to carry out a second wood refining process, focusing on<br />

value-based optimization for wood used for coverings,<br />

decks, internal panels, and moldings.<br />

A NEW ERA<br />

Just days before the launch of the Longitudinal Scanners,<br />

Microtec announced the integration and inclusion of<br />

the Woodeye and FinScan brands. The companies based<br />

in Sweden and Finland will now operate under the Microtec<br />

label. Frank Jöst, Chief Executive Officer of Microtec<br />

Bressanone, says the goal is to get the three brands to<br />

work with a common goal. “We will become even stronger<br />

working together with our customers and business<br />

relationships, acting worldwide while maintaining a local<br />

and regional presence,” values Jöst.<br />

UMA NOVA ERA<br />

Poucos dias antes do lançamento dos scanners longitudinais,<br />

a Microtec anunciou a integração e inclusão das marcas<br />

Woodeye e FinScan. As companhias sediadas na Suécia e<br />

Finlândia agora atuarão sob o selo da Microtec. Frank Jöst,<br />

CEO da Microtec em Bressanone, diz que a meta é fazer as<br />

três marcas trabalharem com um objetivo em comum. “Sermos<br />

ainda mais fortes juntos para nossos clientes e parceiros,<br />

para atuar globalmente, enquanto mantemos uma presença<br />

local e regional”, valoriza Jöst.<br />

JUNHO <strong>2021</strong> 57


MADEIRA TRATADA<br />

PARCERIA<br />

PROMISSORA<br />

Fotos: divulgação<br />

58 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


ABAF FECHA NOVA PARCERIA DE<br />

REPRESENTAÇÃO COM EMPRESA<br />

DO SETOR DE CONSTRUÇÃO COM<br />

MADEIRAS DE EUCALIPTO E PINUS<br />

JUNHO <strong>2021</strong> 59


MADEIRA TRATADA<br />

ACruzetas e Madeiras Venturoli Ltda.<br />

acertou parceria para ser associada<br />

da ABAF (Associação das Empresas<br />

de Base Florestal). A empresa atua no<br />

mercado de peças de eucalipto e pinus<br />

cultivados, beneficiadas e tratadas, para a construção<br />

civil, cercas e estruturas pré-fabricadas para o setor<br />

rural, cruzetas e dormentes para linhas elétricas e férreas,<br />

desde 1988.<br />

“Acreditamos que essa parceria irá gerar bons<br />

frutos. Trabalho em grupo é muito produtivo e contar<br />

com uma representação tão atuante e abrangente<br />

como a da ABAF criará muitas oportunidades. Agradecemos<br />

o convite, nos associarmos à ABAF é uma<br />

grande satisfação”, explicou Maíra Venturoli, representante<br />

da área comercial da empresa.<br />

Localizada em Camaçari (BA), numa área de<br />

38.000m² (metros quadrados), sendo 3.000m² de área<br />

coberta com estrutura dividida em administrativo,<br />

produção e estoque, a Venturoli também possui<br />

650 ha (hectares) de floresta de eucalipto plantada<br />

na Bahia. A empresa utiliza um moderno processo<br />

industrial na preparação e tratamento da madeira<br />

cultivada, empregando máquinas e equipamentos<br />

de alta tecnologia e atendendo às normas técnicas e<br />

ambientais.<br />

“Somos especializados no aparelhamento e beneficiamento<br />

de madeiras e temos o propósito de oferecer<br />

uma alternativa sustentável, economicamente<br />

viável e complementar em relação a outros materiais<br />

construtivos como o concreto, o aço e o vidro, entre<br />

outros. Assim, oferecemos uma alternativa construtiva<br />

inovadora em madeira renovável com qualidade<br />

e durabilidade, buscando a satisfação dos clientes,<br />

respeitando o meio ambiente e contribuindo para o<br />

bem-estar da comunidade”, completou Maíra.<br />

A Venturoli ainda se compromete com a melhoria<br />

contínua do seu processo de produção. As análises<br />

dos preservativos e materiais tratados são efetuadas<br />

em laboratório próprio, onde executam testes de<br />

concentração do produto preservante, penetração,<br />

balanceamento, quantidade do produto absorvido<br />

pela madeira, resíduos hidrossolúveis e outros.<br />

Um dos objetivos da parceria é buscar avançar no<br />

processo de certificação, algo que cada vez mais tem<br />

sido tendência entre as empresas do setor de tratamento<br />

de madeira, porque permite maior garantia ao<br />

consumidor desses produtos no Brasil.<br />

Uma dessas certificações é a do Programa de<br />

Autorregulamentação – Qualitrat, que permite comprovar<br />

a qualidade e a legalidade ao consumidor da<br />

madeira preservada. A iniciativa é desenvolvida pela<br />

ABPM (Associação Brasileira de Preservadores de Madeira)<br />

em parceria com o IPT (Instituto de Pesquisas<br />

Tecnológicas) e o Instituto Totum.<br />

Segundo o presidente da associação, Gonzalo Lopez,<br />

o programa foi criado para que o setor pudesse<br />

ter um padrão para a qualidade, tanto dos produtos,<br />

como a comprovação de legalidade da empresa de<br />

seus associados.<br />

Com a certificação, o cliente final sabe quem efetivamente<br />

seguiu todas as regras e cumpriu a legislação<br />

vigente”, defendeu Maíra Venturoli.<br />

Maíra acredita que a certificação é muito importante<br />

para demonstrar ao cliente final a posição<br />

da empresa no compromisso com a qualidade. A<br />

representante da Venturoli salienta ainda que passar<br />

pelo processo do Qualitrat também trouxe outros<br />

benefícios para a empresa, como rever a organização<br />

interna e a área de documentação, além de outros<br />

rituais que não são visíveis aos olhos do consumidor,<br />

mas que são essenciais para o resultado final.<br />

De acordo com Fernando Lopes, presidente do<br />

Instituto Totum, responsável pela gestão e auditoria<br />

do programa, a certificação considera critérios de habilitação<br />

e idoneidade jurídica, gestão da qualidade<br />

de processos, gestão ambiental, regularidade social,<br />

trabalhista, gestão de saúde e segurança, além de<br />

compromissos éticos e de responsabilidade social.<br />

Na avaliação do presidente da ABPM, este é apenas<br />

o começo de um processo sem volta no campo<br />

da certificação. “Cada vez mais o mercado vai exigir<br />

comprovação de qualidade e compromisso com a<br />

legalidade. O objetivo é ampliar a participação das<br />

empresas associadas, para que o setor dê mais segurança<br />

ao mercado e, consequentemente, aos consumidores,<br />

aumentando o uso de produtos de madeira<br />

preservados”, completa Lopez.<br />

CADA VEZ MAIS O<br />

MERCADO VAI EXIGIR<br />

COMPROVAÇÃO DE QUALIDADE<br />

E COMPROMISSO COM A<br />

LEGALIDADE<br />

FERNANDO LOPES, PRESIDENTE DO<br />

INSTITUTO TOTUM<br />

60 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

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62 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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EM CASA<br />

O CONCEITUADO MARCENEIRO ALEXANDER VINCENZ SE DESTACA NA<br />

PRODUÇÃO ARTESANAL DE PEÇAS EXCLUSIVAS E PERSONALIZADAS EM MADEIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

JUNHO <strong>2021</strong> 63


MARCENARIA<br />

Alexander Vincenz tem cada vez mais conseguido<br />

espaço entre os marceneiros do Sul do<br />

Brasil. Natural da Alemanha e morador em<br />

Florianópolis (SC) há 14 anos, Vincenz começou<br />

a produzir móveis para a própria casa e a<br />

partir daí ganhou espaço dentro do mercado.<br />

“As pessoas vêm na minha casa e veem como eu<br />

uso meu mobiliário, dá para dizer que minha casa é meu<br />

showroom, e pretendo manter dessa forma. E assim a maioria<br />

dos meus clientes acaba se tornando amigo”, explicou o<br />

marceneiro.<br />

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA:<br />

QUAL FOI A SUA MOTIVAÇÃO PARA INICIAR NA<br />

MARCENARIA E COMO ESCOLHEU A MATÉRIA-PRIMA<br />

IDEAL PARA SEU TRABALHO?<br />

Depois que finalizamos a construção da minha casa, comecei<br />

a fazer meu próprio mobiliário. Aconteceu que meu<br />

ciclo social começou a me contratar para fazer móveis para<br />

eles. Assim que se iniciou a comercialização das minhas<br />

peças. Inclusive até hoje, é assim, as pessoas vêm na minha<br />

casa e veem como uso meu mobiliário, dá para dizer que<br />

minha casa é meu showroom, e pretendo manter dessa forma.<br />

E assim a maioria dos meus clientes acaba se tornando<br />

amigo. Sobre a matéria-prima, a madeira sempre me atraiu,<br />

naturalmente, para mim é o mais belo material do mundo.<br />

COMO SE DÁ A SUA ROTINA E TEMPO DE TRABA-<br />

LHO, ENTRE A ESCOLHA DA MATÉRIA-PRIMA, ELABO-<br />

RAÇÃO, ATÉ A FINALIZAÇÃO DE SUAS PEÇAS?<br />

Procuro sempre equilibrar entre as encomendas, muitas<br />

vezes trabalho em duas ou três peças ao mesmo tempo,<br />

porém também me dou a liberdade de criar algo novo, pois<br />

eventualmente acontece de acordar com uma ideia, quando<br />

isso acontece procuro tirar pelo menos umas horinhas para<br />

dar início em algo novo.<br />

ATUALMENTE QUAL O SEU PORTFÓLIO DE PE-<br />

ÇAS? TERIA INTERESSE EM AMPLIAR OS PRODUTOS<br />

DISPONIBILIZADOS?<br />

Meu portifólio atual pode ser visto no Instagram e no<br />

site. Em princípio estou ampliando o meu portfolio constantemente.<br />

Já tenho inúmeros trabalhos realizados. Não me<br />

preocupo com o portfólio, mas sim em desenvolver peças<br />

exclusivas e personalizadas de acordo com cada cliente.<br />

COMO ACONTECE O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE<br />

CADA PEÇA?<br />

Tenho muitas ideias de móveis que ficam amadurecendo<br />

na minha cabeça, até que um dia tenho uma imagem bastante<br />

clara, tanto da aparência, como da construção. A partir<br />

daí começo a executar em madeira. Como já falei, procuro<br />

umas horas vagas ou mesmo as vezes interrompendo um<br />

64 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


trabalho para colocar uma ideia em prática. Não sou o cara<br />

que desenha, amadureço as ideias mentalmente e vou direto<br />

para a execução na própria madeira. As vezes tenho uma<br />

ideia inicial, e a madeira se mostra tendo vida própria. E ao<br />

final, quando a peça está pronta, ela se torna única.<br />

É O CONCEITO OU O MATERIAL DE FABRICAÇÃO<br />

QUE NORTEIA O PROCESSO DE CRIAÇÃO?<br />

Geralmente ofereço as minhas peças em uma variedade<br />

de madeiras, dependendo também do gosto do cliente.<br />

Madeira mais clara ou escura, por exemplo. Mas com certeza<br />

a madeira com toda sua beleza influencia bastante no<br />

meu processo criativo.<br />

É DESAFIANTE COMERCIALIZAR OS SEUS TRABA-<br />

LHOS NO BRASIL?<br />

Não acredito que seja mais difícil do que em qualquer<br />

outro lugar do mundo. Mas com certeza temos aqui uma<br />

riqueza incrível de espécies bonitas de madeira, difíceis de<br />

encontrar em outros países.<br />

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constante busca por melhorias e evolução do produto no<br />

mercado. Por aqui a ordem é inovar e trazer sempre a melhor<br />

tecnologia disponível para apresentar aos nossos clientes a<br />

melhor eficiência que uma caldeira pode oferecer.<br />

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JUNHO <strong>2021</strong> 65


MERCADO<br />

CONSTRUÇÃO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

Fotos: divulgação<br />

EVENTO MY WOOD HOME<br />

REUNIU ESPECIALISTAS PARA<br />

DEBATER O PRESENTE E O<br />

FUTURO DO USO DA MADEIRA<br />

NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

66 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


JUNHO <strong>2021</strong> 67


MERCADO<br />

E<br />

ntre os dias 19 e 21 de maio, aconteceu<br />

o Congresso My Wood Home, uma realização<br />

da Paulo Cardoso Comunicações<br />

e do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos<br />

Florestais), que contou com a ABPM<br />

(Associação Brasileira de Preservadores de Madeira)<br />

como uma das patrocinadoras e palestrantes no<br />

evento.<br />

O evento foi realizado 100% online e apresentou<br />

os principais sistemas de uso da madeira na construção<br />

sustentável: o sistema woodframe; madeira roliça<br />

de eucalipto tratado; e madeira engenheirada. O<br />

objetivo do congresso, desde a sua primeira edição,<br />

é fomentar e capacitar os profissionais da cadeia<br />

produtiva da madeira e da construção nesse sistema,<br />

a fim de consolidá-lo no Brasil.<br />

Paulo Cardoso, idealizador do congresso, aponta<br />

que o evento apresentou informações privilegiadas<br />

e abriu um espaço importante para se discutir o uso<br />

da madeira, além de apresentar cases de sucesso e<br />

O MERCADO DE<br />

USO DA<br />

MADEIRA PRESERVADA<br />

ESTÁ EM CONSTANTE<br />

CRESCIMENTO<br />

GONZALO LOPEZ, PRESIDENTE DA ABPM<br />

68 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


principalmente desmistificar alguns pontos que são<br />

tabus em relação ao uso da madeira na construção<br />

civil.<br />

“Ainda não fechamos os números totais de participantes,<br />

mas tivemos a participação de estudantes<br />

de arquitetura e engenharia civil, passando por silvicultores,<br />

arquitetos, engenheiros, profissionais da<br />

construção civil, de proteção da madeira, de entidades<br />

e universidades”, comenta o idealizador sobre a<br />

abrangência e sucesso do projeto.<br />

O encontro também contou com a parceria da<br />

ABPM (Associação Brasileira dos Preservadores de<br />

Madeira), resultando em bate-papos fundamentais<br />

sobre a proteção do item. “As palestras sobre proteção<br />

de madeira tiveram muitas intervenções dos espectadores<br />

e geraram muitas perguntas. Foram muito<br />

esclarecedoras, porque é um ponto fundamental<br />

em toda a construção civil: que tenha madeira na<br />

sua estrutura e composição”, finaliza Paulo.<br />

Para Gonzalo Lopez, Presidente da ABPM, que<br />

ministrou palestra sobre normas técnicas envolvendo<br />

a madeira tratada, o evento foi uma oportunidade<br />

excepcional da atualização de novos conceitos e<br />

tecnologias em projetos construtivos envolvendo a<br />

madeira.<br />

“O mercado de uso da madeira preservada<br />

JUNHO <strong>2021</strong> 69


MERCADO<br />

está em constante crescimento. Essa evolução está<br />

sempre ligada a elaboração, discussão técnica, e a<br />

implantação de normas específicas, as quais apresentam<br />

os requisitos necessários para o adequado<br />

desempenho dos produtos feitos com madeira<br />

preservada”, explica. Além de Gonzalo, o congresso<br />

contou com a participação de Guilherme Stamato,<br />

diretor da Stamade Projetos e coordenador da Comissão<br />

da Madeira Tratada na Construção Civil da<br />

ABPM.<br />

Em sua palestra: Projetos em estrutura de madeira;<br />

Stamato trouxe informações sobre as construções<br />

em woodframe, bem como as estatísticas de como<br />

esse sistema construtivo têm ocupado cada vez mais<br />

espaço no mercado. “O woodframe naturalmente<br />

é um sistema que possui um ótimo desempenho<br />

térmico, acústico e alta durabilidade. São diversas as<br />

qualidades que o woodframe apresenta, mostrando<br />

ser um dos sistemas mais vantajosos para a construção<br />

civil”, constata Stamato.<br />

É UM RECURSO<br />

RENOVÁVEL<br />

QUE PODE SER<br />

REAPROVEITADO E<br />

RECICLADO E SEU USO<br />

CONTRIBUI PARA<br />

NEUTRALIZAR O EFEITO<br />

ESTUFA<br />

HUMBERTO TUFOLO NETTO, DIRETOR<br />

ADJUNTO DE RELAÇÕES COM<br />

MERCADO DA ABPM<br />

70 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


A palestra do diretor adjunto de relações com<br />

mercado da ABPM, químico industrial, consultor<br />

e especialista em preservação e acabamento em<br />

madeira, Humberto Tufolo Netto, debateu que é<br />

preciso agregar maior valor à madeira, e também<br />

comentou sobre os cuidados e a manutenção do<br />

produto, para toda e qualquer condição de uso na<br />

construção civil.<br />

“É um recurso renovável que pode ser reaproveitado<br />

e reciclado e seu uso contribui para neutralizar<br />

o efeito estufa. Contribui também para um clima<br />

interior saudável, regula a umidade e a temperatura,<br />

tem ótimas propriedades acústicas e isolantes”,<br />

compara.<br />

Os participantes do evento também puderam<br />

acompanhar temas como oportunidades para a<br />

construção com madeira, construção off-site, arquitetura<br />

com madeira, construção de edifícios em<br />

madeira, projetos, modelos de negócios, tecnologia,<br />

desafios, tratamento de madeira, construções híbridas,<br />

entre outros assuntos. Em breve, o organizador<br />

do evento pretende disponibilizar o conteúdo nas<br />

redes sociais.<br />

O<br />

WOODFRAME<br />

NATURALMENTE É UM<br />

SISTEMA QUE POSSUI<br />

UM ÓTIMO<br />

DESEMPENHO TÉRMICO,<br />

ACÚSTICO E ALTA<br />

DURABILIDADE<br />

GUILHERME STAMATO, DIRETOR DA<br />

STAMADE PROJETOS E COORDENADOR<br />

DA COMISSÃO DA MADEIRA TRATADA<br />

NA CONSTRUÇÃO CIVIL DA ABPM<br />

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ARTIGO<br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

USO DA MADEIRA<br />

COMO MATERIAL DE<br />

CONSTRUÇÃO NO MUNICÍPIO<br />

DE MOSSORÓ (RN)<br />

Fotos: divulgação<br />

JULIO CESAR DE PAIVA FILHO<br />

UFERSA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO), MOSSORÓ (RN)<br />

LAURY ARAUJO ALMEIDA<br />

UFERSA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO), MOSSORÓ (RN)<br />

VINICIUS GOMES DE CASTRO<br />

UFERSA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO), MOSSORÓ (RN)<br />

MARCO ANTONIO DIODATO<br />

UFERSA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO), MOSSORÓ (RN)<br />

72 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


RESUMO<br />

Amadeira como material de construção<br />

sempre esteve presente no desenvolvimento<br />

da sociedade. É um material<br />

que se encontra praticamente em todas<br />

as etapas da obra e a construção civil<br />

é um dos setores que mais consome esse recurso.<br />

Em Mossoró (RN), a construção civil é um importante<br />

setor da economia em crescimento, acarretando um<br />

intenso consumo de madeira. É possível evidenciar<br />

o crescimento urbano da cidade ao se passear pelos<br />

principais bairros em desenvolvimento, que são verdadeiros<br />

canteiros de obra. Esse trabalho teve como<br />

objetivo realizar uma avaliação sobre os principais<br />

usos da madeira na construção civil de Mossoró, as<br />

principais espécies vegetais utilizadas e o destino<br />

final dos rejeitos gerados. As informações foram coletadas<br />

através de levantamento de dados junto com as<br />

empresas que comercializam a madeira e as empresas<br />

construtoras da cidade. Foi possível observar que<br />

a madeira é mais utilizada como item temporário nas<br />

obras do que como material permanente, quando<br />

a madeira é usada quase que exclusivamente como<br />

material de cobertura e esquadrias. O consumo de<br />

madeira na construção civil de Mossoró tem uma preferência<br />

pelo uso da espécie tropical Maçaranduba<br />

(Manilkara sp), proveniente do Pará, embora algumas<br />

madeireiras já comercializarem madeira proveniente<br />

de florestas plantadas em Minas Gerais e Paraná.<br />

Atualmente os resíduos de madeira da construção<br />

são coletados por empresas especializadas. Ainda<br />

não há uma consciência sobre o reaproveitamento ou<br />

reciclagem desse material dentro das construtoras no<br />

município.<br />

ABSTRACT<br />

W<br />

ood as a building material has<br />

always been present in the<br />

development of society. It is a<br />

material that can practically be<br />

found during all stages of the<br />

construction and the construction industry is one<br />

of the sectors that has higher consumption of this<br />

feature. In Mossoro-RN, the construction industry<br />

is an important sector of the economy, causing an<br />

intense wood consumption. It is possible to see the<br />

urban growth of the city just walking through the<br />

main neighborhoods in development, which are real<br />

construction sites. This research aims to evaluate the<br />

main uses of wood by the civil construction of the<br />

city of Mossoro-RN, the main wood species used<br />

and the final destination that is given to the waste<br />

generated by its use. The information was collected<br />

through survey data with companies that sell wood<br />

and construction companies in the city. It was observed<br />

that the wood is used more as a temporary item<br />

than a permanent item in the construction, where it<br />

is applied almost exclusively as material for roofing<br />

and wood frames. The wood consumption for construction<br />

in Mossoró has a preference to the use of<br />

Maçaranduba wood (Manilkara sp), a tropical wood<br />

originating from the Pará state, however some wood<br />

shops had already start to negotiated wood from<br />

planted forests from Minas Gerais and Paraná states.<br />

Nowadays, the wood waste is collected by specialized<br />

companies. Still, there isn’t an awareness about<br />

recycling and reuse of this kind of material, especially<br />

among the construction companies in Mossoró.<br />

JUNHO <strong>2021</strong> 73


ARTIGO<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A madeira como um material de construção sempre<br />

foi utilizada pelo homem desde épocas pré-históricas.<br />

Até o século XX, as mais importantes obras de<br />

engenharia eram construídas com pedra ou madeira,<br />

combinando-se frequentemente os dois materiais.<br />

Abundante na natureza, a madeira é um recurso insubstituível.<br />

Desde os primórdios da civilização, ela<br />

sempre desempenhou papel decisivo em todos os<br />

aspectos da vida. Através da construção de casas,<br />

silos, estradas, pontes, teatros, templos e barragens,<br />

a humanidade desde a antiguidade vem moldando a<br />

natureza de forma a desenvolver sua capacidade em<br />

edificar.<br />

No Brasil, a madeira é empregada para diversos<br />

fins, tais como, em construções de igrejas, residências,<br />

depósitos em geral, cimbramentos, pontes,<br />

passarelas, linhas de transmissão de energia elétrica,<br />

na indústria moveleira, construções rurais e, especialmente,<br />

em edificações, em ambientes altamente<br />

corrosivos, como à beira-mar, nas indústrias químicas,<br />

curtumes, etc. A madeira é um produto presente em<br />

quase todas as etapas das obras de construção civil<br />

no Brasil. Seja em formas, estruturas, escoramentos,<br />

esquadrias, pisos, forros, revestimentos até a mobília<br />

final, o uso da madeira ainda é indispensável para<br />

muitos arquitetos e engenheiros, por ser um diferencial<br />

de beleza e sofisticação.<br />

Porém, a madeira como material de construção<br />

ainda apresenta pouca aceitação no Brasil, não somente<br />

por questões técnicas, mas simbólicas, isto é,<br />

devido às associações da casa de madeira como se<br />

74 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


fosse de baixa qualidade ou de baixa durabilidade,<br />

sendo este um dos principais empecilhos ao seu<br />

emprego. O preconceito em relação ao emprego da<br />

madeira se deve ao desconhecimento do material, à<br />

falta de projetos específicos e bem elaborados e devido<br />

a questão cultural. As construções em madeira<br />

geralmente são idealizadas por carpinteiros que não<br />

são preparados para projetar, mas apenas para executar.<br />

Consequentemente, as construções de madeira<br />

são vulneráveis aos mais diversos tipos de problemas,<br />

o que gera uma mentalidade equivocada sobre esse<br />

material.<br />

Os engenheiros brasileiros, em sua grande maioria,<br />

não recebem uma capacitação adequada sobre o<br />

uso da madeira. Devido a essa falta de capacitação,<br />

há uma fuga da elaboração de projetos de estruturas<br />

de madeira ou, quando há um projeto, não é dimensionado<br />

corretamente, ocasionando um comprometimento<br />

da estrutura. Assim, é muito comum ver estruturas<br />

de madeira apresentando flechas excessivas,<br />

com empenamentos, torções, instabilidades, etc.<br />

Nos dias atuais, a engenharia de madeira está se<br />

tornando muito comum em países que tem a cultura<br />

de construções em madeira como os EUA (Estados<br />

Unidos da América, Canadá e Noruega. Já há no Brasil<br />

cursos específicos de engenharia voltados exclusivamente<br />

para o uso e exploração desse recurso. Mas<br />

em cursos mais tradicionais, como engenharia civil e<br />

arquitetura, são oferecidos em seus currículos carga<br />

horária de apenas um período ao estudo da estrutura<br />

de madeira, sendo raros os cursos livres oferecidos<br />

e escassa a literatura especializada existente sobre o<br />

assunto.<br />

No município de Mossoró (RN) a madeira na<br />

construção civil é amplamente utilizada nas diversas<br />

etapas da obra. É possível observar ao passar ao lado<br />

de um canteiro de obras em Mossoró diversas formas<br />

de utilização da madeira na construção como em barracos,<br />

tapumes, escoramentos, formas, etc. Foi observando<br />

esses diversos usos da madeira nos canteiros<br />

de obra da cidade e a pouca ou quase inexistente<br />

pesquisa sobre o seu uso no município que surgiu a<br />

necessidade de realizar esse trabalho. Com isso, o<br />

presente estudo teve como objetivo a realização de<br />

uma análise sobre o uso da madeira pelo setor da<br />

construção civil no município de Mossoró (RN). Essa<br />

análise levou em consideração diferentes aspectos<br />

como a origem geográfica da madeira, principais<br />

JUNHO <strong>2021</strong> 75


ARTIGO<br />

espécies comercializadas, de que forma é utilizada a<br />

madeira, suas principais vantagens e desvantagens,<br />

entre outros.<br />

2. MATERIAIS E MÉTODOS<br />

O estudo foi realizado no município de Mossoró<br />

(RN), na região nordeste do Brasil. O município está<br />

localizado em uma região estratégica entre duas<br />

importantes capitais do nordeste, Fortaleza e Natal,<br />

às quais são ligadas pela BR-304. Em 2015 sua população<br />

foi estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística) em quase 290 mil habitantes,<br />

caracterizando como segundo município mais populoso<br />

do estado.<br />

O presente estudo englobou o mercado da construção<br />

civil de Mossoró (RN), com a participação de<br />

empresas construtoras e o comércio fornecedor de<br />

madeira como matéria prima para este mercado.<br />

Foram realizados levantamento de dados em quatro<br />

madeireiras, que representa 40% das empresas comerciais<br />

do ramo em funcionamento no município de<br />

acordo com o levantamento do site telelist.net, empresa<br />

brasileira da internet especializada em editoras<br />

de listas telefônicas, de empresas e catálogos, no<br />

mês de junho de 2015.<br />

Baseado no número de madeireiras, quatro empresas<br />

do setor da construção civil atuantes no município<br />

contribuíram com o estudo. Com base na lista<br />

de construtoras associadas ao Sindicato <strong>Industrial</strong> da<br />

Construção Civil de Mossoró, o número de empresas<br />

amostradas representou 11,4% do total de empresas<br />

associadas.<br />

As empresas (tanto madeireiras quanto construtoras)<br />

do levantamento de dados estão distribuídas de<br />

forma heterogênea na cidade de Mossoró (RN), tendo<br />

em vista que eles estão localizados em bairros diferentes.<br />

O levantamento de dados foi realizado durante<br />

o período de Julho de 2015 à Outubro de 2015.<br />

O objetivo desse levantamento foi obter informações<br />

sobre a forma na qual a madeira é utilizada pelo setor<br />

da construção civil no município de Mossoró (RN).<br />

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

No que tange os itens permanentes, o estudo<br />

revelou que metade das empresas utilizam a madeira<br />

para construção de coberturas (telhados) devido ao<br />

fato deste tipo de material apresentar boa trabalhabilidade,<br />

resistência e aparência estética. A empresa<br />

no qual foi constatada a utilização de madeira em esquadrias<br />

(portas e janelas) também justificou seu uso<br />

pelos mesmos motivos. Porém, diferente da cobertura,<br />

existem no mercado bons materiais concorrentes<br />

para produção de esquadrias como vidro, alumínio,<br />

ligas metálicas e até mesmo plásticos, o que provavelmente<br />

refletiu no fato do estudo constatar que<br />

apenas uma das empresas usa madeira para este fim<br />

específico.<br />

De acordo com Zenid et. al., forros, pisos e esquadrias<br />

foram o terceiro grupo de maior consumo de<br />

madeira na construção civil em levantamento realizado<br />

no Estado de São Paulo no ano de 2001. Porém, a<br />

utilização de produtos de madeira para pisos não foi<br />

observada em nenhuma empresa. Isso ocorreu provavelmente<br />

devido a questão cultural, uma vez que<br />

a região nordeste apresenta elevadas temperaturas<br />

durante todo o ano, assim o mercado tende a preferir<br />

o piso cerâmico, por ser mais frio do que o piso de<br />

madeira, e resultar em um maior conforto térmico.<br />

A utilização da madeira nas construções de Mossoró,<br />

nos itens temporários, foi observado que é mais<br />

comum como formas para concretagem de elementos<br />

estruturais (pilares, vigas, sapatas, etc), seguida de<br />

sarrafos. A forma foi o item mais notável durante o levantamento,<br />

sendo utilizada por 100% das empresas,<br />

devido ao fato do concreto ser o material de construção<br />

mais utilizado tanto no Brasil como no mundo, o<br />

que gera a necessidade de formas para moldá-lo e a<br />

madeira ser um bom material para esse fim.<br />

Também foi constatada a utilização de sarrafo de<br />

madeira em 75% das empresas, por ser uma peça<br />

de madeira versátil, ou seja, pode ser utilizada de<br />

diferentes formas. Ele pode ter a função de anel<br />

estrutural nas formas de vigas e colunas para a construção,<br />

dando suporte para que, no momento da<br />

concretagem, as formas não se abram. Também pode<br />

ser utilizado nos gabaritos como madeira principal ou<br />

como suporte para reforçar a estrutura para não haver<br />

deslocamentos. Também utilizados no madeiramento<br />

para telhados, os sarrafos são os substitutos das ripas<br />

em telhados mais pesados.<br />

As instalações dos barracos temporários no canteiro<br />

de obra é uma prática comum pelas empresas,<br />

tendo em vista que esses barracos servem de abrigo<br />

para materiais, refeitórios, áreas de convivência, escritórios,<br />

entre outros. Em apenas 50% das empresas foi<br />

observada a utilização de barracos construídos com<br />

madeira. É comum encontrar empresas que utilizam<br />

contêineres ou abrigos de alvenaria.<br />

Os escoramentos de madeira são utilizados devido<br />

a seu baixo custo e foi vista em apenas uma<br />

empresa. Isso ocorreu provavelmente devido à presença<br />

de um forte concorrente no mercado, que são<br />

os escoramentos metálicos, que apresentam diversas<br />

vantagens em relação ao escoramento de madeira.<br />

Embora mais caro, o escoramento metálico é ajustável<br />

para diferentes alturas, diferente do de madeira,<br />

76 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


que uma vez serrada, não voltará a escorar alturas<br />

maiores.<br />

A utilização de madeira para tapume foi constatada<br />

apenas em uma empresa. Esse elemento construtivo<br />

pode ser feito de madeira, metal ou até mesmo<br />

de alvenaria. Muitas construtoras utilizam o metal em<br />

detrimento da madeira quando a obra é de longo<br />

prazo. Quando as empresas utilizam madeira para<br />

esse fim a adquirem de baixa qualidade, por ser mais<br />

barata, não sendo uma madeira adequada para essa<br />

finalidade. Com isso, essa madeira tem pouca durabilidade<br />

e é necessário trocá-la com mais frequência se<br />

comparada com tapumes metálicos.<br />

Em apenas uma das empresas foi possível observar<br />

o uso de madeira para gastalho. Esse elemento<br />

é utilizado em conjunto com as formas de concreto,<br />

para dar suporte a estrutura na hora da concretagem.<br />

As bancadas de madeira também foram vistas<br />

em apenas uma empresa. A madeira utilizada para<br />

essa finalidade deve ser uma madeira resistente e,<br />

consequentemente, é uma madeira mais cara. Com a<br />

existência de outros materiais para bancadas no mercado,<br />

como, por exemplo, ligas metálicas, algumas<br />

vezes mais barato do que madeiras mais resistentes,<br />

muitas construtoras utilizam bancadas de outros materiais.<br />

Em se tratando das espécies vegetais das madeiras<br />

sólidas utilizadas pelas empresas, as espécies<br />

mais comuns foram Maçaranduba, Pinus, Muiracatiara<br />

e mista. A Maçaranduba, segundo o IPT (Instituto de<br />

Pesquisa Tecnológica), possui uma massa específica<br />

de 1000kg/m 3 , o que a caracteriza como uma madeira<br />

de densidade alta. A Muiracatiara possui uma massa<br />

específica média de 970kg/m 3 , também caracterizada<br />

como uma madeira de densidade alta. Já a Pinus<br />

possui uma massa específica considerada baixa, de<br />

480kg/m 3 . Devido à alta densidade, a Maçaranduba e<br />

a Muiracatiara possuem alta resistência a organismos<br />

xilófagos e a esforços mecânicos.<br />

No comércio local do município, foi relatado<br />

haver uma pouca variabilidade de espécies vegetais<br />

disponíveis para a venda. Esta falta de opções no<br />

comércio e a boa resistência mecânica da madeira<br />

de Maçaranduba, provavelmente, justificam a preferência<br />

dos consumidores por esse produto para fins<br />

estruturais. Já a madeira de Muiracatiara é mais pro-<br />

São José dos Pinhais<br />

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JUNHO <strong>2021</strong> 77


ARTIGO<br />

curada para fabricação de esquadrias por aliar uma<br />

boa aparência estética e uma alta densidade.<br />

Quanto aos painéis, os mais comuns foram o MDF<br />

e o compensado. A superfície lisa e boa aparência<br />

do MDF fazem com que ele possa ser utilizado como<br />

matéria-prima para fabricação de esquadrias e outras<br />

peças que precisam ser torneadas.<br />

Todas as empresas construtoras analisadas na<br />

pesquisa fazem reaproveitamento dos resíduos gerados<br />

pela utilização da madeira em obra, reutilizando<br />

a madeira até que o desgaste da construção inviabilize<br />

sua reutilização, pois esse elemento, se não reutilizado,<br />

pode encarecer bastante o custo final da obra.<br />

Três das quatro empresas construtoras contratam<br />

empresas especializadas para darem o destino final a<br />

esses rejeitos. Essas empresas especializadas disponibilizam<br />

containers papa-entulho para as construtoras<br />

estocarem esses rejeitos. Quando os containers estiverem<br />

cheios, a empresa especializada coleta-os e dá<br />

o destino adequado a esses rejeitos.<br />

De acordo com as informações levantadas, todas<br />

comercializam madeira serrada em geral (linhas,<br />

caibros, ripas, lambris, terças, etc) e algum outro<br />

produto. Duas madeireiras, além de madeira serrada,<br />

também comercializam compensados e madeirites.<br />

As outras duas, comercializam esquadrias além da<br />

madeira serrada. A predominância do comércio de<br />

madeira serrada provavelmente ocorreu devido ao<br />

fato deste material ser utilizado em grande escala<br />

para construção de estruturas de telhado na região<br />

de Mossoró.<br />

Foi possível observar que a grande parte das<br />

madeiras comercializadas foram vendidas para a finalidade<br />

de madeiramento de telhado e formas para<br />

concreto, o que condiz com os dados obtidos do<br />

levantamento das construtoras, que apontou os principais<br />

usos da madeira para as mesmas finalidades.<br />

Em conformidade com os principais produtos<br />

de madeira comercializadas pelas madeireiras, duas<br />

madeireiras comercializam compensados também na<br />

finalidade do seu uso para formas de concreto.<br />

Foi observado que uma madeireira vende madeira<br />

para confecção de caixotes para transporte. O fato<br />

de apenas essa madeireira apontar este uso final para<br />

seu produto provavelmente se dá ao fato dela ser a<br />

única empresa que atende a pedidos especiais de<br />

dimensões sob encomenda. Para isso, a madeireira<br />

possui uma serra fita e uma serra circular a disposição<br />

para este tipo de adaptação e isso faz com que clientes<br />

a procurem quando necessitam de material para<br />

usos tão específicos quanto a produção de caixotes.<br />

Quanto as espécies comercializadas, a Maçaranduba<br />

foi a única utilizada por todas as empresas,<br />

tendo em vista uma grande aceitação e preferência<br />

dos clientes por essa espécie, já que ela oferece boa<br />

resistência tanto mecânica (esforços que atuam na estrutura),<br />

quanto ao ataque de organismos xilófagos.<br />

A segunda espécie mais comercializada foi a Andiroba,<br />

constatada em 75% das empresas. A madeira<br />

de Andiroba, segundo o IPT (2015), quando exposta<br />

em condições adversas, é considerada de resistência<br />

moderada ao ataque de organismos. Na construção<br />

é utilizada como assoalhos, mobília, acabamento e<br />

ornamentação de interiores.<br />

Além de apresentar essas características, essas<br />

duas espécies mais comercializadas apresentam<br />

também boa aparência e trabalhabilidade e são indicadas<br />

para aplicações internas em construção civil,<br />

como vigas, caibros, ripas, rodapés, molduras, cordões,<br />

venezianas, tábuas para assoalhos etc.<br />

Outras espécies como Muiracatiara, Guajará,<br />

Pinus e Eucalyptus são comercializadas por 50% das<br />

construtoras. As espécies Muiracatiara e Guajará são<br />

empregadas para fabricação de esquadrias (portas<br />

e janelas). Vale ressaltar também que 50% das empresas<br />

comercializam madeira mista, que se refere<br />

a espécies não definidas, de baixo valor comercial,<br />

misturadas em um mesmo lote usados comumente<br />

como material de suporte para formas de concreto<br />

não abrir na concretagem, abrigos de material ou<br />

tapumes.<br />

As espécies Pinus e Eucalyptus (florestas plantadas)<br />

estão sendo incorporadas a construção civil pouco<br />

a pouco para substituir espécies de florestas tropicais,<br />

o que provavelmente seja o motivo de que ainda<br />

apenas 50% das madeireiras as comercializarem.<br />

A madeira de Louro, da mesma forma da Muiracatiara<br />

e Guajará, é uma espécie utilizada para<br />

esquadrias devido a sua boa aparência decorativa e<br />

trabalhabilidade, mas foi observada em apenas uma<br />

empresa provavelmente devido a maior aceitação e<br />

procura do mercado por outras espécies.<br />

A Maçaranduba foi relatada como preferida dos<br />

clientes em 75% das empresas. Já a Guajará e a Muiracatiara<br />

são comercializadas em 25% delas, onde<br />

são usadas para a produção de esquadrias devido a<br />

sua boa aparência e trabalhabilidade. Entre as duas<br />

espécies utilizadas para esquadrias, a Muiracatiara é<br />

a mais solicitada pelos clientes pois além de ter uma<br />

alta resistência, ela também possui boa aparência.<br />

Todas as empresas comercializam madeiras oriundas<br />

do Pará. Essa predominância do local de origem<br />

78 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


®<br />

ACESSÓRIOS INDUSTRIAIS<br />

VAPOR - AR COMPRIMIDO<br />

pode ser justificada pela preferência do mercado pelas<br />

madeiras tropicais (Maçaranduba e Muiracatiara)<br />

nativas deste Estado. Foi observado que apenas uma<br />

madeireira comercializa madeiras de Minas Gerais e<br />

Paraná. Esta madeireira em específico comercializa<br />

madeira roliça de Eucalyptus tratado e tábuas de<br />

Pinus. Estes produtos são comprados de regiões<br />

onde há o plantio destas espécies: Minas Gerais e<br />

Paraná, respectivamente.<br />

Os rejeitos da madeira gerado pelas madeireiras<br />

são comercializados pela maioria dessas empresas<br />

para serem utilizados como pó em granjas ou como<br />

lenha para as indústrias de cerâmicas, indústria da<br />

polpa de fruta e restaurantes que utilizam forno a lenha.<br />

Uma das empresas comercializa os materiais da<br />

madeira da mesma forma que a recebe, não passando<br />

pelos processos de corte e adequação aos tamanhos<br />

do projeto, com isso não há rejeitos gerados na<br />

comercialização nesse caso.<br />

4. CONCLUSÕES<br />

Com base nos dados levantados com as empresas<br />

que comercializam madeira e com as empresas<br />

construtoras no município de Mossoró, as seguintes<br />

considerações podem ser feitas:<br />

A madeira como item permanente é mais utilizado<br />

em coberturas, enquanto como item temporário é<br />

mais comum em formas para concretagem.<br />

A espécie mais comercializada e usada é a Maçaranduba.<br />

As empresas da construção civil de Mossoró trabalham<br />

com um fornecedor de madeira em comum.<br />

Os rejeitos de madeira das empresas construtoras,<br />

assim como todos os rejeitos de obra, são coletados<br />

por empresas especializadas.<br />

A madeira serrada em geral é o principal produto<br />

disponível no comércio local, sendo que sua origem é<br />

de outros Estados que não fazem parte da região da<br />

caatinga.<br />

Os rejeitos de madeira das madeireiras são comercializados<br />

em forma de pó ou lenha.<br />

Acessórios industriais e<br />

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e segurança<br />

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JUNHO <strong>2021</strong> 79


AGENDA<br />

AGENDA<br />

<strong>2021</strong><br />

JULHO<br />

30/7 A 1/8<br />

INDEX FURNITURE<br />

LOCAL: NOVA DÉLI (ÍNDIA)<br />

HTTP://UBMINDEXFAIRS.COM/<br />

AGOSTO<br />

9 A 12<br />

WORLD CONFERENCE ON<br />

TIMBER ENGINEERING<br />

LOCAL: SANTIAGO (CHILE)<br />

HTTP://WCTE<strong>2021</strong>.COM/<br />

AGOSTO<br />

27 A 29<br />

EXPOBIOMASSA <strong>2021</strong><br />

LOCAL: VALLADOLID (ESPANHA)<br />

WWW.EXPOBIOMASA.COM/EN/SA-<br />

LON-GAS-RENOVABLE<br />

TIMBER AND WORKING WITH<br />

WOOD SHOW – MELBOURNE<br />

LOCAL: MELBOURNE (AUSTRÁLIA)<br />

WWW.TIMBERANDWORKINGWITH-<br />

WOODSHOW.COM.AU/MELBOURNE<br />

LIGNA HANNOVER <strong>2021</strong><br />

27 DE SETEMBRO A 01 DE OUTUBRO<br />

HANNOVER (ALEMANHA)<br />

WWW.NFEIRAS.COM/LIGNA-HANNOVER-22/<br />

A CIDADE DE HANNOVER, NA ALEMANHA, SE TRANSFORMA NO FOCO DE ATENÇÃO<br />

PARA O MUNDO DA MADEIRA E A INDÚSTRIA MADEIREIRA. CONSIDERADA A MAIOR OU<br />

A MAIS IMPORTANTE FEIRA DO MUNDO NO SETOR, A LIGNA HANNOVER EXPÕE TODA<br />

A CADEIA DE PRODUÇÃO MADEIREIRA: DESDE A CAPTAÇÃO E O PROCESSAMENTO<br />

DA MADEIRA, ATÉ A PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE PRODUTOS DA MADEIRA E<br />

TECNOLOGIAS INOVADORAS DE TRATAMENTO DA MADEIRA, ENTRE OUTROS.<br />

SETEMBRO<br />

21 A 23<br />

NOVEMBRO<br />

3 A 5<br />

EXPOCORMA <strong>2021</strong><br />

LOCAL: CONCEPCIÓN (CHILE)<br />

WWW.EXPOCORMA.CL/<br />

NOVEMBRO<br />

10 A 12<br />

LIGNUM BRASIL <strong>2021</strong><br />

LOCAL: PINHAIS (PR)<br />

HTTPS://LIGNUMLATINAMERICA.<br />

COM<br />

80 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


WORKSHOP<br />

ONLINE<br />

Acompanhe em nosso canal:<br />

@revistareferencia<br />

Tema:<br />

SILVICULTURA DE ALTA PERFORMANCE:<br />

do plantio à indústria<br />

29 de junho às 19h<br />

Palestrantes:<br />

Realização:<br />

REVISTA<br />

Patrocinadores:<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


ESPAÇO ABERTO<br />

NOVO MARCO DA<br />

MINIGERAÇÃO E MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA DE ENERGIA<br />

E<br />

m 2012, a ANEEL (Agência Nacional de Energia<br />

Elétrica), por meio da Resolução Normativa 482<br />

(RN 482), instituiu condições gerais para acesso<br />

da microgeração e minigeração ao sistema de<br />

distribuição, além de implementar o Sistema<br />

de Compensação de Energia Elétrica, um “sistema no qual a<br />

energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração<br />

ou minigeração distribuída é cedida, por meio de<br />

empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente<br />

compensada com o consumo de energia elétrica ativa.”<br />

A RN 482 apresentou uma inovação à época e permitiu<br />

o crescimento da geração distribuída no Brasil. Atualmente<br />

o Brasil tem 177,3 GW de potência instalada em sua matriz<br />

elétrica, contando com mais 5,8 GW de potência em geração<br />

distribuída (equivalente a 3,3 % da potência instalada da<br />

matriz elétrica).<br />

O marco iniciado pela RN 482 evolui, mantendo-se a<br />

normativa, construção típica de uma agência reguladora, a<br />

ANEEL, foi alterada pelas Resoluções Normativas 517/2012,<br />

687/2015, 786/2017, fixando em 2015 a revisão da RN482<br />

até 31 de dezembro de 2019. O aperfeiçoamento da RN482,<br />

previsto na agenda regulatória 2018-2019 da ANEEL, foi<br />

instaurado no Processo Administrativo 48500.004924/2010-<br />

51, o qual foi objeto da Consulta Pública 20/2018, Audiência<br />

Pública 01/2018 e da segunda fase da Consulta Pública sob<br />

o número 25/2019.<br />

Em virtude de uma movimentação do setor de geração<br />

distribuída, mais claramente do setor solar, preocupado com<br />

a cobrança de taxas que inviabilizem o setor, em 05/11/2019<br />

o deputado Silas Câmara (PRB/AM) apresenta o Projeto de<br />

Lei 5829/2019, que recebeu recentemente substitutivo do<br />

deputado Lafayette de Andrada (PRB/MG), apresentado na<br />

sessão de 24 de maio de <strong>2021</strong>, com previsão de debate no<br />

próximo dia 2 de junho de <strong>2021</strong>.<br />

O projeto de lei presta-se a instituir o Sistema de Compensação<br />

de Energia Elétrica (já instituído pela ANEEL na<br />

RN 482), acatando a proposta apresentada na alternativa 1<br />

da agência nacional na AIR (Análise de Impacto Regulatório)<br />

apresentada em 2018, entretanto, implementa uma graduação<br />

da cobrança utilizando a CDE (Conta de Desenvolvimento<br />

Energético) para custear a TUSD Fio B por 25 anos<br />

das unidades consumidoras já participantes do sistema de<br />

compensação, e pelas novas instalações com solicitação<br />

de acesso até 12 meses após da data de publicação da lei.<br />

Instituindo ainda graduação para os próximos 10 anos na<br />

cobrança do TUSD Fio B por meio da CDE para novas unidades<br />

consumidoras.<br />

POR<br />

FABRÍZIO NICOLAI<br />

MANCINI,<br />

DOUTORANDO EM<br />

TECNOLOGIA E<br />

SOCIEDADE, MESTRE<br />

EM DESENVOLVIMENTO<br />

DE TECNOLOGIA,<br />

É PROFESSOR DOS<br />

CURSOS DE ENGENHARIA<br />

ELÉTRICA E ENGENHARIA<br />

DE ENERGIA, DA<br />

UNIVERSIDADE POSITIVO<br />

Conforme a Resolução Homologatória n° 2.864, de<br />

27 de abril de <strong>2021</strong> ANEEL, o orçamento da CDE para<br />

o ano de <strong>2021</strong> é de R$ 23.916.722.741,34, dos quais R$<br />

19.581.206.178,97 decorrem da quota anual da CDE USO,<br />

a qual, por exemplo, representa uma obrigação a título de<br />

quota anual à Copel DIS de R$ 1.534.490.793,43, valor que<br />

será distribuído aos 4,8 milhões de consumidores da Copel<br />

DIS durante o ano e que hoje representa ao consumidor<br />

dessa concessionária 13,2% do custo da tarifa de energia.<br />

Importante fixar um ponto de equilíbrio nessa equação,<br />

pois o estímulo ao uso de renováveis em um país com uma<br />

matriz de energia elétrica invejável (84,8% em 2020 – dados<br />

do Balanço Energético Nacional <strong>2021</strong>) é desejável, entretanto,<br />

não se deve comprometer a sustentabilidade econômica<br />

e a modicidade tarifária onerando ainda mais o consumidor<br />

cativo, que já arca com muitos encargos setoriais – CDE,<br />

CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) – , RGR (Reserva<br />

Global de Reversão) – , Conta-ACR, Conta Bandeiras – Prêmio<br />

de Risco e Conta Covid), pois as concessionárias e permissionárias<br />

têm a garantia legal do recebimento.<br />

Um ponto excelente no projeto é a necessidade de projetos<br />

sociais -inclusive com previsão de geração remota, o<br />

que poderá ser muito positivo -, entretanto, na contramão<br />

de outras áreas como a de Petróleo, o projeto não se preocupa<br />

com o estímulo do desenvolvimento nacional dessas<br />

tecnologias (especialmente a solar), a qual permeia muitas<br />

universidades com tecnologias muito mais renováveis do<br />

que as do exterior, seja pela produção dos componentes<br />

já envolver energia renovável em seu ciclo de vida, seja por<br />

incluir tecnologias orgânicas (contribuindo para a reciclagem<br />

ou destinação final destes equipamentos).<br />

Foto: divulgação<br />

82 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2021</strong>


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madeireiro e moveleiro<br />

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A Coladeira de Painéis de Alta Frequência MSP INDUSTRIAL é<br />

utilizada na colagem de painéis de madeira através de ondas de<br />

rádio frequência, sistema eletrônico (CLP), acelerando o processo<br />

de secagem da cola e gerando assim, maior produtividade.<br />

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