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Revista Analytica Edição113 - Julho 2021

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<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - Edição 113 - <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

EDITORIAL<br />

Prezado leitor,<br />

Apesar da queda considerável nas estatísticas durante as últimas semanas, o número de óbitos por dia em nosso país segue alto e<br />

por vezes superando o que é registrado em continentes inteiros.<br />

Especialistas em saúde pública seguem defendendo estratégias essenciais para controlar a pandemia e para que os números não<br />

voltem a subir.<br />

A vacinação de todos os brasileiros, ao que tudo indica, ajudará a evitar os casos mais graves e reforçar as medidas como o<br />

distanciamento físico, o uso de máscaras ao sair de casa, os cuidados com a circulação de ar pelos ambientes e a higiene das mãos.<br />

Então vamos manter nossa esperança seguindo com as medidas de segurança que nos permitirá não apenas lidar com o atual<br />

cenário da pandemia, mas também nos deixaria mais preparados para o que pode vir pela frente, especialmente a partir da<br />

chegada ou da descoberta de novas variantes.<br />

Nesta edição trazemos uma revisão de literatura sobre O QUE É MICOPLASMA? E outro sobre A IMPORTÂNCIA DO BACILLUS<br />

SUBTILIS NATTO NA PRODUÇÃO DE UMA ENZIMA ESPECIAL COM PROPRIEDADES MEDICINAIS: A NATTOQUINASE.<br />

Além do vasto conteúdo abordado por nossos colunistas e as novidades anunciadas por nossos clientes.<br />

Nós da <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> desejamos vacina para todos e um mundo melhor quando tudo isso passar.<br />

Tenham uma excelente leitura!<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

*Com informações de BBC News Brasil<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar:<br />

Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Tel.: 11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em<br />

contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />

de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />

/revista-analytica<br />

/revistaanalytica<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: Newslab Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral


<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - Edição 113 - <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

ÍNDICE<br />

01<br />

06<br />

Editorial<br />

Publique na <strong>Analytica</strong><br />

Artigo 1<br />

07<br />

A IMPORTÂNCIA DO BACILLUS SUBTILIS NATTO<br />

NA PRODUÇÃO DE UMA ENZIMA ESPECIAL<br />

COM PROPRIEDADES MEDICINAIS: A<br />

NATTOQUINASE<br />

Autores: Renata Bazante Rodrigues,<br />

Maria Eduarda da Costa Silva & João Pedro de Farias Martins<br />

2<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

Artigo 2<br />

14<br />

O QUE É MICOPLASMA?<br />

Autores: Sartorius do Brasil<br />

18<br />

22<br />

23<br />

25<br />

29<br />

33<br />

Espectrometria de Massa<br />

Logística Laboratorial<br />

Tecnologias Químicas<br />

Metrologia<br />

Microbiologia<br />

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<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - Edição 113 - <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante pág. Anunciante pág.<br />

ARENA TECNICA 09<br />

ANSELL<br />

2ª CAPA<br />

BCQ<br />

4ª CAPA<br />

ER ANALITICA 05<br />

GREINER 39<br />

KASVI 03<br />

NOVA ANALITICA 41<br />

PRIME CARGO<br />

3ª CAPA<br />

VEOLIA 37<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />

Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />

do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />

de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />

Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />

da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Luciana e Sá Alves, Marcos Roberto Ruiz, Oscar Vega Bustillos, Bruna Mascaro e Claudio Kiyoshi Hirai.


<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - Edição 113 - <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos<br />

autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong><br />

publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />

casos educacionais, resumos de teses etc.<br />

Os editores levarão em consideração para<br />

publicação toda e qualquer contribuição<br />

que possua correlação com as análises<br />

industriais, instrumentação e o controle de<br />

qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e<br />

analisadas pelos revisores.<br />

Os autores deverão informar todo e<br />

qualquer conflito de interesse existente, em<br />

particular aqueles de natureza financeira<br />

relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos que<br />

estejam relacionados com a contribuição e o<br />

manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />

de compromisso assinado por todos os<br />

autores, atestando a originalidade do artigo,<br />

bem como a participação de todos os<br />

envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em<br />

português, mas com Abstract detalhado<br />

em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords,<br />

respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem<br />

preferencialmente ser enviadas na forma<br />

original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />

pedimos que a resolução do escaneamento<br />

seja de 300 dpi’s, com extensão em TIF ou<br />

JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e<br />

enviados por e-mail, ordenados em título,<br />

nome e sobrenomes completos dos autores e<br />

nome da instituição onde o estudo foi realizado.<br />

Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos por<br />

resumo, palavras-chave, abstract, keywords,<br />

texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos,<br />

Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />

Conclusão) agradecimentos, referências<br />

bibliográficas, tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto<br />

com o sobrenome do devido autor, seguido<br />

pelo ano da publicação, segundo norma<br />

ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada<br />

referência citadas no texto devem vir<br />

listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela sigla<br />

do prenome. Ex.: sobrenome, siglas dos<br />

prenomes. Título: subtítulo do artigo. Título<br />

do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />

inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda não<br />

publicadas deverão ser mencionadas como<br />

“no prelo” ou “in press”.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato que, tendo em<br />

vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além<br />

disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma<br />

média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem seu material<br />

em outras publicações.<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

A/C: Luciene Almeida – Redação<br />

Av. Nove de <strong>Julho</strong>, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Para outras informações acesse: www.revistaanalytica.com.br/publique/


Artigo 1<br />

A IMPORTÂNCIA DO BACILLUS SUBTILIS NATTO<br />

NA PRODUÇÃO DE UMA ENZIMA ESPECIAL COM<br />

PROPRIEDADES MEDICINAIS: A NATTOQUINASE<br />

THE IMPORTANCE OF BACILLUS SUBTILIS NATTO IN THE PRODUCTION OF A SPECIAL ENZYME WITH MEDICAL PROPERTIES: THE NATTOKINASE.<br />

Autores: Renata Bazante Rodrigues 1 , Maria Eduarda da Costa Silva 2 & João Pedro de Farias Martins³<br />

1- Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo,<br />

pesquisadora colaboradora e voluntária pelo Instituto de Pesquisas<br />

Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN). São Paulo- Brasil.<br />

2- Cursando Ciências Biomédicas pela Centro Universitário das<br />

Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e bolsista PIBIC de<br />

Iniciação Científica pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e<br />

Nucleares (IPEN/CNEN). São Paulo, Brasil.<br />

3- Cursando Ciências Biomédicas pela Universidade Paulista<br />

(UNIP). Santana de Parnaíba.<br />

Resumo<br />

A nattoquinase é uma enzima que tem ações fibrinolítica e trombolítica que traz uma<br />

ampla aplicabilidade para o tratamento de patologias clínicas humanas. Trata-se de<br />

uma protease alcalina extraída do microorganismo não patogênico Bacillus subtilis<br />

natto. Recentes pesquisas demonstraram que o gênero Bacillus, em especial, a espécie<br />

e sua variação B. subtillis var. natto, possui propriedades prebiótica e probiótica, devido<br />

sua atividade fermentativa de grãos, tais como, soja, feijão, grão de bico, entre outros,<br />

permitindo naturalmente gerar resistência aos fitopatógenos comuns na agricultura. Dessa<br />

maneira, os alimentos que fermentam tornam-se fontes importantes que ativam o sistema<br />

imunológico no homem, previne o desenvolvimento de determinadas doenças e oferece<br />

condições ao organismo de reagir àquelas doenças que estão se manifestando. Dessa<br />

maneira, o consumo de alimentos fermentandos através do B. subtillis natto, poderá fazer<br />

parte das necessidades nutricionais, isto é, ricos em nutrientes. Essa espécie em especial,<br />

possibilita que aminoácidos e vitaminas de grãos estejam mais disponíveis, ou seja,<br />

alientos de “alta densidade nutricional” e que estão diretamente associados ao binômio<br />

saúde-doença, prevalecendo a saúde e o bem-estar das pessoas que as consomem<br />

(conhecidos como alimentos biofermentados); indicados para todas as idades, porém,<br />

ainda é pouco divulgado e, nota-se seu consumo, principalmente, adquiridos através dos<br />

hábitos alimentares, como por exemplo, pelos japoneses. A longivitude de muitos povos<br />

pode estar atrelada ao escolher alimentos saúdaveis que permitem o envelhecimento com<br />

saúde. Assim, envelhecer é uma escolha e exige esforços em todas as esferas e diretrizes:<br />

sociais, culturais, econômicas e políticas. A soja Natto, nome escolhido devido à prática do<br />

cultivo pelos povos orientais, é obtida apenas da fermentação do Bacillus subtilis natto. Ao<br />

fermentar o grão, o bacilo, como resposta da quebra de aminoácidos, produz a chamada<br />

enzima nattoquinase ou nattokinase, que possui propriedades fibrinolíticas, isto significa<br />

que possuem mecanismos fibrinolíticos. Em suma, a nattoquinase quebra as fibrinas<br />

e evita a formação de trombos (coágulos) nos vasos sanguíneos (é um trombolítico<br />

natural). Diante a leitura de artigos científicos direcionados ao assunto, o objetivo desse<br />

trabalho é relatar sobre a propriedade meritória do B. subtillis natto de produzir a enzima<br />

nattoquinase, um atenuante natural indispensável para o controle e cura de determinadas<br />

enfermidades sanguíneas.<br />

Palavras chave: nattoquinase, ação fibrinolítica, trombolítica, Bacillus subtilis natto<br />

Abstract<br />

Nattokinase is an enzyme that has fibrinolytic and thrombolytic action and great applicability<br />

for the treatment of human clinical pathologies. It´s an alkaline protease extracted from the<br />

non-pathogenic microorganism Bacillus subtilis. Recently, research has shown that the genus<br />

Bacillus, in special the variation B. subtilis natto, is a highly good for people health prebiotic and<br />

probiotic properties products, due to its fermentative activity of grains, such as soybeans, beans,<br />

chickpeas and others, that his naturally resistance to phytopathogens common in agriculture<br />

is very important for life of the vegetables. So, they have very high nutritional values, such<br />

as the “Nattô” soy, the name traditional food from Japan. Nattô is a food that prepared with<br />

this bacterium specie. When fermenting the soybean, the bacillus produces an enzyme called<br />

nattokinase (in response to the breakdown of amino acids, which has fibrinolytic properties,<br />

this means that they have fibrinolytic mechanisms). The fibrinolytic properties to prevent the<br />

trhrombosis disease, its accus in blood vessels. It´s observed that the foods by natural fermented<br />

are important sources that activate the immune system of man, prevent the development of<br />

certain diseases, and offer good conditions when there is manifest themselves. The objective<br />

of this article is to bring some literary references and to present the produce importance of the<br />

enzyme Nattokinase by B. subtilis natto and knowledge of your consumption as part of the<br />

nutritional needs. The “high nutritional density” foods that are directly associated with the<br />

health-disease binomial, with the health and well-being of the people who consume them<br />

prevailing. The known as biofermented foods for wide age range, however, there are few<br />

publications and, its consumption is noticed, mainly acquired through the alimentary habits by<br />

the Japanese. The live long time of many people can be linked when choosing healthy foods that<br />

allow healthy aging. Thus, aging is a choice and requires efforts in all spheres and guidelines:<br />

social, cultural, economic, and political. Natto soy, a name chosen due to the cultivation practice<br />

by the eastern peoples, is obtained only from the fermentation of Bacillus subtilis natto. When is<br />

fermenting the grain in response to the breakdown of amino acids and produces the nattokinase<br />

enzyme too, that is properties mechanical action fibrinolytic. In the context, the natokinase<br />

breaks down fibrins and prevents the formation of thrombi (clots) in blood vessels (it is a natural<br />

thrombolytic agent). The science directed to the subject helped to look at meritorious property of<br />

B. subtilis natto to produce the enzyme nattokinase, a natural attenuator indispensable for the<br />

control and cure of certain blood diseases.<br />

Keywords: nattokinase, fibrinolytic, thrombolytic, Bacillus subtilis natto<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

7


Artigo 1<br />

Introdução<br />

considerados “microrganismos do<br />

Por que é importante a<br />

bem”, ou seja, benéficos à saúde<br />

coagulação e a descoagulação<br />

Valor nutricional<br />

do homem e a homeostase dos<br />

sanguínea?<br />

É importante informar ao<br />

seres vivos na biocenose (SILVA &<br />

Uma das etapas da coagulação<br />

consumidor sobre a composição<br />

RODRIGUES, 2020).<br />

do sangue é a formação de<br />

do alimento e a quantidade<br />

um coágulo. Ela se dá por uma<br />

de nutrientes que o alimento<br />

Os alimentos que contêm uma grande<br />

sequência de eventos químicos<br />

fornece, além de indicar quanto<br />

quantidade de nutrientes em relação ao<br />

nos quais a fibrina desempenha<br />

isso representa da Ingestão Diária<br />

seu aporte de energia se denominam<br />

importante papel. A coagulação do<br />

Recomendada – IDH (FAO/OMS,<br />

alimentos “ricos em nutrientes” ou “de<br />

sangue desempenha importante<br />

2001; NAP, 2006). Para fortalecer<br />

alta densidade de nutrientes”. São<br />

função hemostática quando o<br />

o sistema imunológico, prevenindo<br />

os alimentos mais recomendáveis,<br />

sangue extravasa dos vasos, mas<br />

o desenvolvimento de algumas<br />

pois, ajudam a suprir as necessidades<br />

também pode ocorrer no interior<br />

doenças e ajudar o corpo a reagir<br />

nutricionais humanas, entretanto,<br />

dos vasos sanguíneos, podendo<br />

àquelas que estão se manifestando.<br />

o envelhecimento é inevitável, mas<br />

obstrui-los ou formar êmbolos. Em<br />

Dessa maneira, é importante<br />

envelhecer com saúde e bem-estar<br />

ambos os casos, o coágulo precisa<br />

comer mais alimentos ricos em<br />

é, sem dúvida, uma escolha; embora<br />

ser removido depois de cumprir sua<br />

vitaminas e minerais, diminuir o<br />

o conhecimento também se faça<br />

função ou para evitar complicações<br />

consumo de fontes de gordura,<br />

necessário, assim como as ações<br />

no sistema circulatório.<br />

açúcar e alimentos industrializados,<br />

socioeconômicas e políticas, incluindo<br />

contendo corantes e conservantes<br />

na educação alimentar o consumo de<br />

O ponto comum entre as duas vias é a<br />

químicos e, preferindo os alimentos<br />

alimentos fermentados naturalmente<br />

conversão do fibrinogênio em fibrina<br />

orgânicos (sem agrotóxicos)<br />

como o Nattô, e a prática de exercícios<br />

sob ação da trombina. Dessa maneira,<br />

e os extraídos de processos<br />

físicos com “check-up” em dia. Assim,<br />

quando não ocorre a descoagulação,<br />

fermentativos produzidos por<br />

será possível envelhecer e manter o<br />

ou seja, desfazer os coágulos para o<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

determinados fungos e bactérias<br />

corpo e mente saudáveis.<br />

sangue fluir pelo corpo; esses trombos


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Artigo 1<br />

(totalmente fibroso e formado pela<br />

extraída do alimento tradicional<br />

Novamente a atividade fibrinolítica<br />

proteína fibrina) podem obstruir a<br />

japonês "natto" (soja fermentada).<br />

da nattoquinase também foi testada,<br />

circulação do sangue no organismo,<br />

Atualmente, a nattoquinase está<br />

agora em rato, no qual o trombo<br />

acarretando a morte do indivíduo. A<br />

sendo amplamente utilizada como<br />

foi formado na artéria carótida<br />

formação de trombos no interior das<br />

medicamento de venda livre para<br />

com ácido acético, danificando as<br />

veias profundas, em geral nas pernas,<br />

promover a saúde e reduzir o risco<br />

células endoteliais da parede do<br />

pode causar uma doença grave<br />

de trombose devido à sua atividade<br />

vaso sanguíneo. Nesse estudo, a<br />

chamada Trombose Venosa Profunda<br />

fibrinolítica (CHANG, et al., 2007).<br />

uroquinase produzida pelo rim do<br />

(TVP). Um trombolítico natural existe,<br />

animal restaurou o fluxo sanguíneo<br />

mas sua ação deve ser muito bem<br />

A atividade fibrinolítica da<br />

em 45% ao longo de 60 minutos. As<br />

entendida, pois há diversos erros na<br />

nattoquinase foi testada em cães,<br />

doses testadas foram de 0,02, 0,04<br />

literatura. O nome “trombolítico” não<br />

utilizando um modelo experimental<br />

e 0,12 McMol/kg e sua atividade foi<br />

é seu efeito imediato como muitos<br />

de trombose, realizando a infusão de<br />

comparada às enzimas plasmina e<br />

acreditam, sua ação é secundária (ou<br />

fibrinogênio bovino e trombina nos<br />

elastase, importantes no processo<br />

mensageira), pois um trombolítico<br />

animais. Observou-se o angiograma<br />

fibrinolítico. A Nattoquinase<br />

ativa o plasminogênio que sintetizará<br />

do grupo experimental, onde quatro<br />

também foi introduzida e causou<br />

a plasmina. A plasmina possui a<br />

cápsulas de nattoquinase, contendo<br />

recuperação do fluxo sanguíneo<br />

capacidade de degradar a fibrina,<br />

250 mg, foram administradas por<br />

(18, 42 e 62%) após 60 minutos.<br />

o maior componente proteico do<br />

via oral. Os exames foram obtidos<br />

Quando a atividade molecular da<br />

trombo.<br />

antes da indução de trombo e<br />

nattoquinase e plasmina foram<br />

após 2,5 a 24 horas. No grupo de<br />

comparadas, a nattoquinase foi 4<br />

Discussão<br />

controle, não havia sinal de quebra<br />

vezes mais eficiente que a plasmina.<br />

Como supracitado, a nattoquinase<br />

(lise) 18 horas após a indução da<br />

(Apud SUMI et al.,1990).<br />

é uma enzima que tem ação<br />

trombose. Por outro lado, os cães<br />

fibrinolítica e “trombolítica” que<br />

tratados com nattoquinase tiveram<br />

Como mencionado acima, a<br />

traz uma grande aplicabilidade para<br />

restauração completa da circulação<br />

nattoquinase previne a formação<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

o tratamento de patologias clínicas.<br />

Trata-se de uma protease alcalina<br />

sanguínea em 5 horas (Apud SUMI<br />

et al., 1990).<br />

de trombose e atualmente é usada<br />

como medicamento promotor da


saúde e prevenção de doenças<br />

Quando a dose de nattoquinase<br />

1000 mg/kg-dia, respectivamente.<br />

circulatórias. Porém, no estudo<br />

foi reduzida para um terço, o nível<br />

O experimento feito com voluntários<br />

relado por Chang e colaboradores<br />

residual de fibrinogênio foi de<br />

consumindo 10 mg/kg-dia por<br />

(2007) uma paciente com amilóide<br />

53%. Isto é uma quantidade maior<br />

28 dias não apresentou sinais de<br />

cerebral hereditária para prevenir<br />

de fibrinogênio residual comparado<br />

toxicidade (LAMPE et al., 2016).<br />

um AVC, ingeriu aspirina e também<br />

com o tratamento da plasmina<br />

nattoquinase (400 mg por dia),<br />

que foi de 33%. Esses resultados<br />

Estudo feito por Wu e colaboradores<br />

durante 7 dias consecutivos<br />

sugerem que a nattoquinase pode<br />

em 2020, utilizaram camundongos<br />

e, como resultado houve o<br />

ser mais segura que a plasmina<br />

com edema auricular induzidos<br />

surgimento de microangiopatia e<br />

em um nível de dose apropriado<br />

por Xylene (substância química<br />

hemorragia cerebral intracerebral<br />

(FUJITA, et al,1995)<br />

bioacumulativa). Foram aplicadas<br />

na paciente. Este estudo sugeriu<br />

doses de nattoquinase, resultando<br />

que a nattoquinase pode aumentar<br />

A enzima nattoquinase extraída<br />

a prevenção da doença nos<br />

o risco de hemorragia intracerebral<br />

do Bacillus subtilis var.natto, foi<br />

camundongos e a minimização<br />

em determinados casos (CHANG, et<br />

avaliada quanto a sua toxicidade,<br />

ou eficácia aos danos renais<br />

al., 2007).<br />

para isso, foram feitos vários<br />

induzidos por LPS (lipolissacarídeo,<br />

estudos compatíveis com as Boas<br />

uma endotoxina) bloqueando a<br />

Fujita e colaboradores verificaram<br />

Práticas de Laboratório (BPL) em<br />

inflamação e o estresse oxidativo.<br />

a viabilidade de usar nattoquinase<br />

ratos e seres humanos voluntários<br />

A nattoquinase possui uma grande<br />

terapeuticamente para fibrinólise.<br />

com aprovação do Comitê de<br />

capacidade<br />

antinflamatória,<br />

O processo dependeria da<br />

Ética através do TCLE (Termo de<br />

inibindo a atividade dos receptores<br />

capacidade de digerir fibrina sem<br />

Consentimento Livre Esclarecido).<br />

TLR4 e NOX2 (presente nos<br />

destruir o fibrinogênio. Valores para<br />

A nattoquinase não apresentou<br />

macrófagos RAW264.7) provocada<br />

fibrinogênio plasmático residual<br />

características mutagênicas ou<br />

pela LPS, no entanto, supre a<br />

após administração de uma dose<br />

clastogênicas “in vitro” e não foram<br />

translocação da NF-kB para o<br />

de 0,12 McMol/kg de plasmina,<br />

observados efeitos colaterais nos<br />

núcleo, prevenindo a expressão de<br />

elastase e nattoquinase foram de<br />

33, 42 e 29%, respectivamente.<br />

dias 28 e 90 do experimento com<br />

ratos ministrando 167 mg/kg-dia e<br />

mediadores pró-inflamatórios nos<br />

macrófagos (WU et al., 2020).<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

11


Artigo 1<br />

Em 2020, Eslamifar e colaboradores<br />

Esses fatores, consequentemente<br />

doenças circulatórias. Porém, é<br />

iniciariam uma pesquisa sobre a<br />

induzem a expressão anormal de<br />

necessária uma avaliação prévia do<br />

proteína S de superfície do vírus<br />

TF e o aumento desse vírus no<br />

caso do paciente para orientá-lo<br />

SARS-CoV-2, que causa a doença<br />

corpo humano. Essa importante<br />

acerca do uso dessa enzima, pois,<br />

COVID-19 (um coronavírus).<br />

pesquisa sobre o coronavírus que<br />

a superdosagem pode gerar efeitos<br />

Essa proteína “S”se liga ao seu<br />

provoca esse desarranjo, como<br />

colaterais, principalmente em<br />

receptor, uma transmembrana<br />

a<br />

expressão e liberação de TF<br />

hemofílicos, pois, a nattoquinase<br />

alvo, denominado como enzima<br />

em células supracitadas, podem<br />

poderia pronunciar o distúrbio<br />

conversora de angiotensina 2<br />

desempenhar um papel crítico no<br />

de coagulação associado a essa<br />

(ACE2) que está presente em<br />

desenvolvimento da coagulopatia.<br />

patologia.<br />

várias células, tais como, linfócitos,<br />

Porém, não há até o momento,<br />

células alveolares, monócitos,<br />

estudos sobre dietas com a<br />

Conclusão<br />

macrófagos e plaquetas. Dessa<br />

nattoquinase aos pacientes com<br />

Conclui-se que notórios são os<br />

forma, para que ocorra a ativação<br />

COVID-19.<br />

benefícios das propriedades<br />

da coagulação, observando que<br />

terapêuticas medicinais da<br />

esta é realizada sob a forma de<br />

A nattoquinase possui uma grande<br />

nattoquinase em seres humanos.<br />

um sistema em cascata e, iniciada<br />

importância para a Saúde Humana.<br />

Permite restaurar o fluxo sanguíneo<br />

por hemostasia atrelada pelo<br />

É uma enzima que como já citado,<br />

de uma artéria ou veia, diminuindo<br />

fator tecidual (TF – factor tissue).<br />

produz efeitos “trombolíticos”<br />

os riscos de morte ou lesões<br />

Como um “machudado! tecidual<br />

e fibrinolíticos. Esses efeitos<br />

incuráveis, ocasionadas por uma<br />

que precisa ser fechado, o fator TF<br />

são extremamente importantes<br />

enfermidade do sistema circulatório,<br />

desempenha a ativação do sistema<br />

para amenizar e tratar diversas<br />

especificamente<br />

relacionadas<br />

de coagulação durante a infecção<br />

patologias associadas aos sistemas:<br />

à distúrbios de dissociação de<br />

viral. Diversas infecções virais são<br />

cardiovascular e pulmonar, além de<br />

coagulação, como a formação de<br />

causadas por inumeros fatores de<br />

reduzir os efeitos graves de doenças<br />

trombose, acidente vascular cerebral<br />

coagulopatia, tais como as citocinas<br />

como embolia pulmonar, trombose<br />

(AVC), aterosclerose, hipertensão e<br />

inflamatórias e a inativação de<br />

e até pode até realizar a regulação da<br />

embolia pulmonar e, recentemente,<br />

TLRs que são receptores teciduais<br />

pressão arterial. Ela pode prevenir<br />

questiona-se sobre a ação sistêmica<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

que reconhecem e defendem as<br />

infecções, ou seja, não atuam<br />

sobre esses específicos vírus.<br />

tromboses profundas, aterosclerose<br />

e varizes. Pode também agir como<br />

um poderoso anticoagulante em<br />

do vírus SARS-CoV-2, que está<br />

causando a doença COVID-19, pois<br />

há pesquisas e relatos que relacionam


que o vírus pode influenciar na<br />

formação de pequenos coágulos<br />

e trombose, evoluindo a doença<br />

em pacientes em estado grave.<br />

Dessa maneira, se faz necessária<br />

a introdução de quantidade de<br />

doses de nattoquinase na dieta,<br />

como forma de terapia medicinal<br />

em pacientes que apresentam as<br />

patologias associadas relatadas<br />

acima, além do acompanhamento<br />

por especialistas e o incentivo aos<br />

novos estudos sobre os efeitos<br />

benéficos do B. subtillis natto,<br />

no desenvolvimento de novos<br />

medicamentos para o COVID-19,<br />

em outros animais, vegetais e na<br />

saúde humana e no meio ambiente.<br />

Portanto, a nattoquinase pode ser<br />

uma grande aliada como alimento<br />

preventivo e funcional produzido<br />

por uma “bactéria do bem” (o bacilo<br />

Nattô) e mantenedora de um ciclo<br />

de vida saudável.<br />

Referências bibliográficas<br />

CHANG, Y. Y.; LIU, J. S.; LAI, S. L., WU, H. S.; LAN, M.<br />

Y. Cerebellar hemorrhage provoked by combined use<br />

of nattokinase and aspirin in a patient with cerebral<br />

microbleeds. Internal Medicine, 47(5), p.467-469. 2008.<br />

Disponível em: < https://www.jstage.jst.go.jp/article/<br />

internalmedicine/47/5/47_5_467/_pdf/-char/en><br />

ESLAMIFAR, Z.; BEHZADIFARD, M.; SOLEIMANI, M.;<br />

BEHZADIFARD, S. Coagulation abnormalities in SARS-<br />

CoV-2 infection: overexpression tissue factor. A review.<br />

Thrombosis Journal 18:38 p.1-4. 2020. Disponível em:<br />

<br />

FAO/WHO. Food and Agriculture Organization of the United<br />

Nations and Word Health Organization. Human Vitamin<br />

and Mineral Requirements. In: Food and Nutrition Division.<br />

Bangkok, Thailand. 302p. 2002. Disponível em: <br />

FUJITA, M., HONG, K., ITO, Y., FUJII, R., KARIYA, K.;<br />

NISHIMURO, S. Efeito trombolítico da nattoquinase em um<br />

modelo de trombose induzida quimicamente em ratos.<br />

Biological and Pharmaceutical Bulletin, 18 (10), p.1387-<br />

1391, 1995.<br />

NAP – The National Academies Press. Dietary reference<br />

intakes: the essential guide to nutrient requirements.<br />

Editors: Jennifer J. Otten, Jennifer Pitzi Hellwig & Linda D.<br />

Meyers. p. 1344. 2006. ISBN 978-0-309-10091-5. DOI<br />

10.17226/11537<br />

SILVA, M. E. C. & RODRIGUES, R.B. Bacillus subtilis uma<br />

bactéria universal para o bem da biocenose? Palestra<br />

proferida em áudio no III Encontro Nacional de Pós-Graduação<br />

em doenças Tropicais e Infecciosas. Apoio: FMUSP, UNIFESP,<br />

Fiocruz, UFG, Cevap, UFMS, UEA e FMP. 2020. Disponível em:<br />

<br />

SUMI, H.; HAMADA, H.; NAKANISHI, K.; HIRATANI, H.<br />

Enhancement of the fibrinolytic activity in plasma by oral<br />

administration of nattokinases. Acta haematologica, 84(3),<br />

p.139-143,1990.<br />

LAMPE, B.J.; ENGLISH, J.C. Toxicological assessment of<br />

nattokinase derived from Bacillus subtilis var. natto. Food<br />

and Chemical Toxicology, v. 88, p. 87-99, 2016.<br />

WU, H.; WANG, Y.; ZHANG, Y.; XU F.; CHEN, J.; DUAN, L.;<br />

ZHANG. T.; WANG. J.; ZHANG. F. Breaking the vicious loop<br />

between inflammation, oxidative stress and coagulation,<br />

a novel anti-thrombus insight of nattokinase by inhibiting<br />

LPS-induced inflammation and oxidative stress. Redox<br />

biology, v.32. 2020. Disponível em: <br />

Complemento Normativo - Artigo 1<br />

Referente ao artigo 1<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />

A IMPORTÂNCIA DO BACILLUS SUBTILIS NATTO NA PRODUÇÃO DE UMA ENZIMA ESPECIAL COM<br />

PROPRIEDADES MEDICINAIS: A NATTOQUINASE<br />

ISO 18153<br />

In vitro diagnostic medical devices — Measurement of quantities<br />

in biological samples — Metrological<br />

traceability of values for catalytic concentration of enzymes<br />

assigned calibrators and control materials<br />

Norma publicada em: 08/2003. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Sistemas de teste de diagnóstico in vitro<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: A importância do Bacillus Subtilis natto na produção de uma enzima<br />

especial com propriedades medicinais: a nattoquinase.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/31718.html<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

13


Artigo 2<br />

O QUE É MICOPLASMA?*<br />

Por: Sartorius do Brasil<br />

*Texto original publicado no Blog Science Snippets da Sartorius.<br />

Disponível em Inglês na página: https://www.sartorius.com/<br />

en/knowledge/science-snippets/what-is-mycoplasma-693938<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Os micoplasmas são os menores<br />

Eles são capazes de escapar das<br />

Isso resultou nas espécies<br />

organismos<br />

autorreplicantes<br />

defesas celulares do hospedeiro<br />

micoplasma como sendo uma<br />

atualmente conhecidos pela<br />

para sobreviver dentro das células.<br />

fonte difundida de contaminação<br />

ciência. Comuns na natureza,<br />

• Seu pequeno tamanho significa<br />

de cultura de células, e os<br />

eles são um grupo de bactérias<br />

que não podem ser observados à<br />

micoplasmas são um grande<br />

simples caracterizadas pela falta<br />

microscopia óptica e são capazes de<br />

problema para a indústria<br />

de uma parede celular e de um<br />

passar por filtros antibacterianos;<br />

biofarmacêutica.<br />

pequeno genoma. Muitas espécies<br />

• Muitos antibióticos comuns usados<br />

de Micoplasma são encontradas<br />

para proteger contra contaminantes<br />

Efeitos da contaminação por<br />

no trato respiratório de animais,<br />

bacterianos durante a cultura de<br />

micoplasma<br />

onde foram associadas a doenças<br />

células são ineficazes devido à falta<br />

Devido à sua incapacidade<br />

- por exemplo, a Mycoplasma<br />

de parede celular na bactéria;<br />

de produzir várias moléculas<br />

pneumoniae é uma das principais<br />

• Nem a presença da bactéria<br />

essenciais para a vida, as espécies<br />

causas de infecções respiratórias<br />

contaminante ou as alterações<br />

de micoplasma devem viver<br />

em humanos. Assim como as<br />

morfológicas consequentes da<br />

como parasitas dentro das células<br />

infecções clínicas, os micoplasmas<br />

célula podem ser facilmente<br />

hospedeiras para se replicar. As<br />

são contaminantes frequentes das<br />

identificadas visualmente usando<br />

bactérias são capazes de invadir<br />

culturas de células de mamíferos<br />

microscópios de luz, tornando a<br />

células de mamíferos para obter<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

por uma infinidade de razões.<br />

contaminação difícil de detectar.<br />

acesso a precursores biossintéticos


e outros nutrientes. Este processo<br />

padrão ouro atual. No entanto, várias<br />

de teste (micoplasmastase)<br />

pode alterar drasticamente o<br />

autoridades, incluindo a Agência<br />

e isso envolve aumentar o<br />

metabolismo da célula hospedeira.<br />

Europeia de Medicamentos (EMA)<br />

material de teste com níveis<br />

Além disso, células contaminadas<br />

e a Administração de Alimentos e<br />

baixos de micoplasmas, como M.<br />

podem apresentar alterações<br />

Medicamentos dos Estados Unidos<br />

pneumoniae ou Mycoplasma orale,<br />

cromossômicas induzidas e<br />

(FDA), também permitem métodos<br />

e demonstrar recuperação.<br />

variação na expressão gênica.<br />

baseados em tecnologias baseadas<br />

Essas mudanças podem reduzir<br />

em ácido nucléico (baseados em<br />

Método ágar e caldo<br />

drasticamente o rendimento e<br />

NAT), como PCR, após validação<br />

O método de cultura direta permite a<br />

comprometer a segurança dos<br />

apropriada do ensaio.<br />

detecção de uma grande variedade<br />

produtos biofarmacêuticos.<br />

de espécies de Micoplasma. O<br />

A Sartorius oferece uma variedade<br />

material de teste é usado para<br />

Testagem para micoplasmas<br />

de testes para a detecção de<br />

inocular diretamente ágar e<br />

Os regulamentos de segurança<br />

micoplasmas e pode fornecer<br />

caldo projetado especificamente<br />

exigem a demonstração da ausência<br />

orientação aos clientes sobre qual<br />

para apoiar o crescimento de<br />

de níveis detectáveis de micoplasmas<br />

teste é mais adequado para seu<br />

micoplasmas. As placas de ágar<br />

no produto por meio de testes<br />

material de teste.<br />

são incubadas durante 14 dias. As<br />

obrigatórios. Terceirizar esse teste<br />

culturas de caldo são cultivadas<br />

pode garantir que ele seja executado<br />

A qualificação de ensaios de<br />

durante 21 dias, com subculturas<br />

de acordo com as especificações<br />

detecção de micoplasma validados<br />

tomadas para inocular mais placas<br />

estabelecidas pelos padrões<br />

deve ser realizada na presença de<br />

de ágar. Essas placas são então<br />

regulatórios. Muitas das diretrizes<br />

material de teste antes do teste.<br />

observadas<br />

microscopicamente<br />

descrevem o uso do método de<br />

Isso é para detectar qualquer<br />

quanto à presença de colônias de<br />

ágar e caldo e o teste de cultura de<br />

inibição do crescimento de<br />

Micoplasma. Controles positivos<br />

células indicadoras in vitro como o<br />

micoplasma causada pelo material<br />

de duas espécies de micoplasma<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

15


Artigo 2<br />

também são inoculados durante<br />

ensaio, espécies não cultiváveis<br />

e indiretos tradicionais de detecção<br />

o teste. A espécie exata usada<br />

que dependem de células de<br />

de micoplasma. O benefício desses<br />

depende do tipo de amostra que<br />

mamíferos para o crescimento<br />

métodos é o tempo de teste rápido,<br />

está sendo testada.<br />

podem ser detectadas.<br />

permitindo uma tomada de decisão<br />

mais veloz e uma quarentena mais<br />

Cultura de células indicadoras<br />

A combinação das abordagens direta<br />

rápida do material contaminado<br />

in vitro<br />

e indireta permite a identificação<br />

durante a fabricação de biofármacos.<br />

Para o método de cultura de células<br />

de uma ampla gama de espécies<br />

Para que os ensaios sejam<br />

indicadoras indiretas, células Vero<br />

de micoplasma. O benefício desses<br />

validados, eles devem primeiro ser<br />

ou outra linha celular apropriada<br />

métodos combinados é que,<br />

comparáveis ou melhores do que<br />

são inoculadas com o material de<br />

devido à presença de um período<br />

os testes tradicionais e fornecer<br />

teste e incubadas por três dias.<br />

de incubação, os micoplasmas<br />

ampla detecção de espécies de<br />

As células são posteriormente<br />

podem se replicar, aumentando<br />

micoplasma.<br />

fixadas e coradas com corante de<br />

a sensibilidade do ensaio. No<br />

fluorescência que pode se ligar ao<br />

entanto, este período de incubação<br />

A Sartorius fornece um ensaio de<br />

DNA, como a coloração Hoechst<br />

também prolonga o período de<br />

PCR em tempo real totalmente<br />

ou<br />

4'6-diamidino-2-fenilindol<br />

teste, atrasando o tempo em que<br />

validado e qualificado para a<br />

(DAPI). As células podem então<br />

qualquer contaminação pode ser<br />

detecção de micoplasmas, que está<br />

ser observadas sob microscopia de<br />

confirmada.<br />

em conformidade com a seção 2.6.7<br />

fluorescência. Os contaminantes<br />

da Farmacopeia Europeia. Para este<br />

do Micoplasma são identificados<br />

PCR rápido para micoplasma<br />

ensaio, o ácido nucleico é extraído<br />

por seu agrupamento extranuclear<br />

Várias autoridades, incluindo a EMA<br />

de quaisquer células de micoplasma<br />

característico ou padrões de<br />

e a FDA, aceitam testes alternativos<br />

presentes na amostra, tanto de<br />

coloração filamentosos dentro<br />

baseados em NAT como um<br />

organismos livres quanto de células<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

das células. Através deste<br />

substituto para os métodos diretos<br />

hospedeiras. Após a extração e


purificação, o DNA é submetido a<br />

PCR em tempo real para identificar e<br />

quantificar baixos níveis de sequências<br />

alvo específicas para Micoplasma. O<br />

material de teste enriquecido com<br />

Controle Positivo Discriminatório de<br />

Micoplasma também é executado no<br />

ensaio Sartorius Stedim BioOutsource.<br />

É usado para identificar qualquer<br />

inibição causada pela amostra na<br />

detecção de micoplasma.<br />

Conclusão<br />

O teste de micoplasmas é<br />

essencial para garantir a<br />

segurança e a eficiência da<br />

fabricação de biofármacos e<br />

a detecção e quarentena de<br />

material contaminado para evitar<br />

a disseminação do organismo<br />

dentro das instalações de<br />

produção. Podemos fornecer<br />

testes usando o método direto e<br />

indireto e um PCR em tempo real<br />

totalmente validado para teste<br />

rápido de material de teste. Os<br />

testes seguem as especificações<br />

estabelecidas por vários órgãos<br />

reguladores, incluindo a EMA e a<br />

FDA, fornecendo a documentação<br />

necessária para o lançamento de<br />

biofármacos no mercado.<br />

Complemento Normativo - Artigo 2<br />

Referente ao artigo 2<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />

O que é Micoplasma?<br />

ISO/TS 16782<br />

Clinical laboratory testing — Criteria for acceptable lots of<br />

dehydrated Mueller-Hinton agar and broth for antimicrobial<br />

susceptibility testing<br />

Norma publicada em: 10/2016. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: O que é Micoplasma?<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/72141.html<br />

DIN EN ISO 20776-1<br />

Susceptibility testing of infectious agents and evaluation of<br />

performance of antimicrobial susceptibility test devices - Part<br />

1: Broth micro-dilution reference method for testing the in<br />

vitro activity of antimicrobial agents against rapidly growing<br />

aerobic bacteria involved in infectious diseases<br />

Norma publicada em: 12/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: O que é Micoplasma?<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-en-iso-20776-1/327027052<br />

ISO 16256<br />

Clinical laboratory testing and in vitro diagnostic test systems -<br />

Reference method for testing the in vitro activity of antimicrobial<br />

agents against yeast fungi involved in infectious diseases<br />

Norma publicada em: 12/2012. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Sistemas de teste de diagnóstico in vitro<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: O que é Micoplasma?<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/56027.html<br />

DIN EN ISO 20776-2<br />

Clinical laboratory testing and in vitro diagnostic test systems<br />

- Susceptibility testing of infectious agents and evaluation<br />

of performance of antimicrobial susceptibility test - Part 2:<br />

Evaluation of performance of antimicrobial susceptibility test<br />

devices against reference broth micro-dilution<br />

Norma em desenvolvimento em: 05/<strong>2021</strong>. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: O que é Micoplasma?<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/draft-standard/din-en-iso-20776-2/337580388<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

17


Espectrometria de Massa<br />

O DEFEITO DE MASSA<br />

NA ESPECTROMETRIA DE MASSAS<br />

Por Oscar Vega Bustillos*<br />

Em aritmética, a soma é definida<br />

(massa do nêutron), mais duas<br />

Quem descobriu esta esplendida<br />

como o resultado que se obtém<br />

vezes o número 0,000548 (massa<br />

dedução atómica foi nada menos<br />

quando é adicionado dois ou mais<br />

do elétron), o resultado da soma<br />

que Albert Einstein em 1905 em<br />

números. Porém, na espectrometria<br />

será 4,032978 u. Diferente da massa<br />

seu esplendido trabalho sobre a<br />

de massas a soma não funciona<br />

analisada pelo espectrômetro<br />

relatividade [1].<br />

assim. A soma de todas as massas das<br />

de massas, sendo a diferença<br />

partículas fundamentais (próton,<br />

de 0,030375 u. Esta diferença é<br />

A energia de ligação é o<br />

nêutron e elétron) separadamente,<br />

chamada na física de defeito de<br />

equivalente de energia do defeito<br />

não corresponde á massa do átomo<br />

massas nuclear. A natureza utiliza<br />

de massa de acordo com a teoria<br />

formado (Figura 1). Por exemplo,<br />

esta diferença de massa para unir<br />

de equivalência de energia de<br />

a massa do átomo do Hélio,<br />

os núcleons na formação do átomo<br />

massa de Einstein. A energia de<br />

analisada por um espectrômetro<br />

de Hélio. Este defeito de massa<br />

ligação nuclear é a fonte de energia<br />

de massas de alta resolução é<br />

é denominado na física nuclear<br />

do sol e de usinas nucleares.<br />

igual a 4,002603 u. (unidades<br />

como energia de ligação, isto é,<br />

A equação da Física Moderna<br />

de massa atômica). Adicionando<br />

a natureza utiliza um pedaço de<br />

E=mc2 encontrada na “Teoria da<br />

as massas de dois prótons, dois<br />

massa dos núcleons para convertê-<br />

Relatividade”, foi desenvolvida<br />

nêutrons e dois elétrons, podemos<br />

la em energia de união ou ligação<br />

pelo físico alemão Albert Einstein.<br />

formar um átomo de Hélio (42He).<br />

do núcleo coeso e sem repulsão<br />

Esta equação determina a relação<br />

Adicionando duas vezes o número<br />

ou separação. Este fenômeno<br />

da transformação da massa de um<br />

18<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

1,007276 (massa do próton), mais<br />

duas vezes o número 1,008665<br />

é explorado poeticamente por<br />

muitos admiradores da natureza.<br />

objeto em energia e vice-versa,<br />

onde "E" representa a energia, "m"


Espectrometria de Massa<br />

a massa e "c" a velocidade da luz,<br />

considerada a única constante do<br />

Universo. Sabendo que a velocidade<br />

da luz é de aproximadamente<br />

300.000 km/s, a Teoria da<br />

Relatividade pressupõe que, caso<br />

uma massa conseguisse superar a<br />

Fonte: http://vegascience.blogspot.com<br />

Figura 1: A soma de todas as massas das partículas<br />

fundamentais, (dois prótons, dois nêutrons e dois elétrons)<br />

separadamente, é de 4,032978 u. Mas, não corresponde<br />

á massa do átomo de Hélio formado (4₂He) de 4,002603<br />

u. Esta diferença é denominada “defeito de massa” e<br />

corresponde á energia de ligação no núcleo atômico<br />

definida pela equação E = m c2.<br />

Fonte: J. Am. Soc. Mass Spectrom. (2017) 28:1836-1843<br />

Figura 3: Defeito de massa Kendrick versus massa nominal<br />

Kendrick para cerca de 1000 picos de íons de massa ímpar<br />

de um ESI/FT-ICR espectro de massas de uma amostra de<br />

petróleo bruto.<br />

velocidade da luz, ela ultrapassaria<br />

a barreira da quarta dimensão<br />

tempo-espaço. A Figura 2 apresenta<br />

a energia de ligação dos núcleons<br />

em função da massa dos isótopos<br />

Fonte: J. Am. Soc. Mass Spectrom. (2017) 28:1836-1843<br />

Figura 2: Energia de ligação dos núcleons em função da<br />

massa dos isótopos mais abundantes. O máximo é da massa<br />

56 correspondente ao átomo de Ferro.<br />

Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/<br />

pii/S2468170917301169<br />

Figura 4: Análise da fenetilamina via GC-TOFMS. Os dados<br />

de massas foram usados para desenvolver filtros do defeito de<br />

massa Kendrick com base no íon molecular e perdas neutras<br />

observadas em 2C-fenetilaminas.<br />

mais abundantes. Iniciando com o<br />

Hidrogênio e passando para átomos<br />

mais pesados, observamos que<br />

O conceito de defeito de massa<br />

Defeito de massa na química,<br />

a energia de ligação por núcleon<br />

aumenta e atinge um máximo<br />

em torno de 56, o número de<br />

massa do Ferro. Além do Ferro, a<br />

nuclear e a energia de ligação<br />

surgem no início do século 20,<br />

logo após que os pesos atômicos<br />

definida como a diferença entre a<br />

massa monoisotópica e a massa<br />

nominal, medido por meio de um<br />

espectro de massa de uma amostra<br />

energia de ligação por núcleon<br />

foram determinados com precisão<br />

complexa, tornou-se um critério<br />

diminui gradualmente. Portanto,<br />

os núcleons de massa média são os<br />

mais estáveis. Assim, o Ferro tem a<br />

maior energia de ligação sendo o<br />

núcleo mais estável.<br />

por métodos químicos. Os desvios<br />

das massas atômicas dos números<br />

inteiros foram investigados por<br />

espectrometria de massas.<br />

útil para classificar e identificar os<br />

compostos de interesse entre muitos<br />

picos de íons não relacionados. Isto<br />

foi utilizado pela primeira vez para<br />

visualizar e identificar diferentes<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

19


Espectrometria de Massa<br />

classes de compostos em amostras<br />

de petróleo e, posteriormente,<br />

aplicações encontradas em estudos<br />

de metabolismo e farmacocinética<br />

de drogas com a identificação de<br />

compostos endógenos em amostras<br />

biológicas complexas [2].<br />

Os defeitos de massa nuclear e<br />

química são ambos causados pela<br />

força nuclear forte. No entanto,<br />

apesar de sua origem comum<br />

e relacionamento próximo, são<br />

conceitos diferentes. O defeito<br />

de massa na física nuclear é um<br />

parâmetro absoluto, enquanto o<br />

defeito de massa na química é um<br />

valor relativo. Defeito de massa<br />

nuclear e energia de ligação são<br />

propriedades intrínsecas com<br />

valores fixos para um certo átomo.<br />

Por outro lado, o defeito da massa<br />

química não é um defeito de valor<br />

e depende da escala de massa.<br />

Defeito de massa nuclear reflete<br />

uma propriedade física, enquanto<br />

o defeito da massa química é uma<br />

convenção em que o carbono tem<br />

defeito de massa igual a zero.<br />

Considerando as diferenças entre<br />

os defeitos de massa nuclear e<br />

defeitos de massa química, propõese<br />

para se referir a este último como<br />

excesso de massa. Isso eliminará a<br />

confusão em torno do uso do termo<br />

defeito de massa, especialmente<br />

entre diferentes disciplinas e irá<br />

harmonizar as terminologias<br />

utilizadas em física nuclear e<br />

espectrometria de massa.<br />

Referindo-se ao defeito de massa<br />

nuclear e química simplesmente<br />

como defeito em massa pode<br />

causar alguma confusão semântica,<br />

especialmente quando discutido<br />

entre um público mais amplo de<br />

diferentes disciplinas. Por exemplo,<br />

o defeito da massa nuclear para<br />

o carbono-12 (12C) é 0,1 u. que<br />

quando convertida em energia é<br />

igual à energia de ligação do núcleo<br />

(prótons e nêutrons no núcleo) de<br />

7,7 Mega-elétrons Volts (MeV) para<br />

um átomo de carbono. Por outro<br />

lado, 12C com a massa atômica<br />

de 12,0000 u. (selecionado como<br />

um valor inteiro, por convenção,<br />

para definir a escala de unidade<br />

de massa atômica) tem um defeito<br />

de massa química de zero quando<br />

tratada pela análise espectral de<br />

massa e isso pode ser incorreto se<br />

for interpretado como o equivalente<br />

à energia de ligação zero para o<br />

carbono.<br />

Enquanto defeito de massa nuclear<br />

reflete uma propriedade física, o<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong>


Espectrometria de Massa<br />

defeito de massa química não é e<br />

se baseai em uma convenção de<br />

que o carbono tem um defeito de<br />

massa de zero. Propõe-se que se<br />

refira ao defeito de massa química<br />

como excesso de massa, a fim de<br />

eliminar a confusão em torno do<br />

uso do termo defeito de massa.<br />

Por que as massas atômicas não<br />

são números inteiros? A missão de<br />

responder a esta pergunta e avaliar<br />

a divergência nas massas atômicas<br />

de números inteiros levaram ao<br />

conceito nuclear de defeito de massa<br />

e energia de ligação. Mais tarde,<br />

na química, o defeito de massa<br />

desempenhou um papel importante<br />

na análise espectral de massas.<br />

A massa de Kendrick é usada<br />

para auxiliar na identificação de<br />

moléculas de estrutura química<br />

semelhante a partir de picos em<br />

espectros de massa. O método<br />

de determinação da massa foi<br />

sugerido em 1963 pelo químico<br />

Edward Kendrick. A massa de<br />

Kendrick é obtida multiplicando<br />

a massa medida por um fator<br />

numérico (Figura 3). Para sistemas<br />

de hidrocarbonetos, é utilizada<br />

uma conversão simples entre<br />

a massa exata de uma unidade<br />

de metileno (CH2) para a massa<br />

nominal de CH2. Todos os valores<br />

m/z são multiplicados pela razão<br />

14,0000/14,01565, simplificando<br />

ainda mais a exibição e fazendo<br />

padrões de pico retilíneos<br />

aparentes para compostos do<br />

mesmo tipo, mas com diferentes<br />

comprimentos de cadeia no<br />

mesmo eixo vertical [3]. A Figura 4<br />

apresenta análise da fenetilamina,<br />

conhecida como "hormônio da<br />

paixão", via GC-TOFMS. Os dados<br />

de massas foram usados para<br />

desenvolver filtros do defeito<br />

de massa Kendrick com base no<br />

íon molecular e perdas neutras<br />

observadas em 2C-fenetilaminas.<br />

Referências bibliográficas<br />

1 W. Isaacson. “Einstein”. Ed. Companhia Das<br />

Letras. 2008.<br />

2 S. Pourshahian. “Mass defect from nuclear<br />

physic to mass spectral analysis”. J. Am. Soc.<br />

Mass Spectrom. 28: 1836. 2017.<br />

3 L. Sleno. “The use of mass defect in modern<br />

mass spectrometry”. J. Mass Spectrom. 47,<br />

226. 2012.<br />

Oscar Vega Bustillos<br />

Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente CQMA do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN/CNEN-SP<br />

Tel.: 55 11 2810 5656 - E-mail: ovega@ipen.br - Site: www.vegascience.blogspot.com.br<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

21


Logística Laboratorial<br />

CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO<br />

E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE<br />

PRIME STORAGE RECEBE CERTIFICADO<br />

DE BOAS PRÁTICAS DA ANVISA<br />

(11) 4280-9110<br />

www.primestorage.com.br<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

A Prime Storage, é uma empresa de armazenamento<br />

de carga, fundada em 06<br />

de janeiro de 2011, especializada em armazenar<br />

produtos para a área da saúde,<br />

contamos hoje com estrutura adequada<br />

e disponível para a pronta utilização, uma<br />

equipe de profissionais capacitados, que<br />

nos permite o pronto atendimento das<br />

necessidades de nossos clientes, se compromete<br />

a garantir as boas práticas da<br />

ANVISA em todos os processos de armazenagem<br />

e distribuição.<br />

A Prime Storage, procura melhorar<br />

continuamente o serviço prestado de<br />

armazenagem de produtos para saúde,<br />

tal como os seus processos e métodos<br />

de controle com o objetivo de corresponder<br />

e antecipar-se às exigências de<br />

qualidade dos seus clientes, os requisitos<br />

estatutários e regulamentares.<br />

Recentemente a Prime Storage obteve<br />

junto a ANVISA a certificação de Boas<br />

práticas de Armazenagem e Distribuição<br />

de produtos para a saúde.<br />

A CBPDA – Certificado de Boas Práticas<br />

de Armazenamento e Distribuição<br />

é um conjunto de procedimentos<br />

obrigatórios criados para garantir<br />

padrões de qualidade, integridade e<br />

segurança dos produtos nos processos<br />

de armazenagem, transporte e<br />

comercialização.<br />

O conceito de boas práticas tem<br />

como pilar o treinamento e capacitação<br />

das equipes, rastreabilidade<br />

de produtos e processos, medição e<br />

monitoramento, além de auditorias e<br />

autoinspeções.<br />

É fundamental cumprir as boas práticas<br />

da ANVISA não somente por estar<br />

cumprindo com a legislação vigente<br />

más também para garantir a qualidade<br />

dos produtos para consumo.<br />

O grande desafio das Boas Práticas é a<br />

manutenção e controle de seus requisitos<br />

devido aos inúmeros processos envolvidos<br />

no armazenamento ou na distribuição dos<br />

produtos, contando com diversas variáveis<br />

envolvidas nos procedimentos.<br />

Implementar corretamente as Boas<br />

Práticas de Armazenagem e manter<br />

o nível de qualidade dos serviços é<br />

um desafio diário.<br />

Tâmisa Barbosa de Lima<br />

Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade


ÁGUAS PARA LABORATÓRIO E INDÚSTRIA<br />

Tecnologias Químicas<br />

Responsáveis pelo Projeto: Gerciano Teixeira da Cruz, Maria José Ulian, Rui Peruzzo, Sergio Ricardo Pinto dos Santos.<br />

Orientadores: Marcos Roberto Ruiz e Paulo Roberto da Silva Ribeiro.<br />

Podemos tomar água pura?<br />

Quanto aos laboratórios, a<br />

A destilada é obtida pelo<br />

Quimicamente a resposta é não,<br />

pois, a água pura é isenta de todos<br />

os cátions e ânions, popularmente<br />

os minerais, nesta condição a água,<br />

caso for ingerida com frequência,<br />

vai provocar uma desmineralização<br />

através do processo osmótico<br />

ocasionando uma série de doenças.<br />

A água que deve ser ingerida por<br />

todos, chama-se potável e possui<br />

características que constam na<br />

Portaria n° 2.914 do Ministério da<br />

Saúde.<br />

água tem grande importância e<br />

utilização, como no preparo de<br />

soluções, de padrões, lavagem<br />

de vidrarias, tampões, meio de<br />

cultura, enfim são inúmeras as<br />

aplicações. Devido a sua aplicação<br />

específica para cada processo<br />

no laboratório, fatores analíticos<br />

devem ser monitorados. As águas<br />

mais presentes nos laboratórios<br />

são a destilada, deionizada e a<br />

ultrapurificada.<br />

aquecimento até a ebulição e na<br />

sequência a condensação, essa<br />

operação remove grande parte dos<br />

contaminantes, em especial cloretos<br />

e carbonatos, para isso utiliza-se os<br />

destiladores, entretanto, nessa água<br />

alguns íons continuam presentes.<br />

A água deionizada muito utilizada<br />

nas análises de absorção atômica, ICP,<br />

cromatografia líquida, é produzida no<br />

deionizadores que possuem colunas<br />

(resinas de troca iônica) carregadas<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

23


Tecnologias Químicas<br />

com cargas elétricas que atraem os<br />

íons presentes na água, essa água<br />

possui condutividade elétrica menor<br />

que a destilada, o que é importante<br />

para as análises nos equipamentos<br />

citados. A ultrapurificada é<br />

produzida nos ultrapurificadores que<br />

são um conjunto de equipamentos<br />

com funções individualizadas, como<br />

deionizador, ultrafiltração, osmose<br />

reversa, luz ultravioleta, entre<br />

outros que variam de acordo com o<br />

fabricante, nessa água são removidos<br />

compostos orgânicos, inorgânicos,<br />

material dissolvido e particulado.<br />

São muitas pesquisas para redução<br />

de consumo de água em várias<br />

atividades, principalmente a<br />

industrial que é a segunda que<br />

mais consome água, um exemplo<br />

são as usinas de etanol e açúcar,<br />

para produzir um litro de etanol<br />

são consumidos 25 litros de água,<br />

que em geral são reaproveitadas<br />

no processo. Entretanto, 3 litros são<br />

denominados de flegmaça que não<br />

é reutilizada.<br />

Em 2020 um grupo de alunos*<br />

desenvolveu uma sequencia de<br />

operações para transformar a<br />

flegmaça em água deionizada. Essa<br />

água já tratada pode ser utilizada<br />

para gerar o vapor nas caldeiras, e<br />

assim entra no ciclo para a produção<br />

de açúcar e etanol novamente,<br />

reduzindo custos para a usina e<br />

contribuindo com o meio ambiente.<br />

Também de forma alternativa, essa<br />

água pode ser distribuída como<br />

água deionizada para laboratórios<br />

de escolas, universidades e centros<br />

de pesquisas, que já adquirem esse<br />

produto muitas vezes por falta de<br />

deionizadores.<br />

Para a produção da água deionizada,<br />

a flegmaça foi conduzida ao<br />

laboratório, onde foram realizadas<br />

as análises físico-químicas, pH,<br />

condutividade, temperatura, cor,<br />

teor alcoólico, dureza e sílica,<br />

estes parâmetros são importantes<br />

para caracterização da amostra.<br />

Na sequência a flegmaça foi<br />

encaminhada para uma operação<br />

de filtração com carvão ativado<br />

para remoção de odores e alguns<br />

contaminantes.<br />

E após a filtração, a água foi<br />

conduzida para um deionizador com<br />

resinas de troca iônica para obtenção<br />

da água deionizada, importante<br />

registrar que a flegmaça não saturou<br />

a resina, que após a deionização<br />

foi testada sua eficiência, em um<br />

processo industrial será necessário<br />

um deionizador compatível com o<br />

volume de produção.<br />

Também é interessante implantar<br />

um sistema de destilação para<br />

remoção de grande quantidade<br />

de íons e contaminantes e na<br />

sequencia a deionização da<br />

flegmaça, garantindo assim, maior<br />

vida útil da resina. No caso das<br />

usinas é possível utilizar para a<br />

operação de destilação, a energia<br />

gerada pela combustão do bagaço,<br />

neste caso o ciclo produtivo fica<br />

bem evidenciado.<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong>


Metrologia<br />

CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA PARA<br />

A AGENDA 2030 DA ONU: OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL<br />

(ODS 2), IGUALDADE DE GÊNERO (ODS 5) E ÁGUA POTÁVEL E<br />

SANEAMENTO BÁSICO (ODS 6)<br />

Por Luciana e Sá Alves.<br />

Introdução<br />

Este artigo é o quarto artigo de um<br />

série que vai tratar do potencial<br />

de integração entre as funções de<br />

Tecnologia Industrial Básica (TIB)<br />

e o atendimento aos Objetivos<br />

de Desenvolvimento Sustentável<br />

(ODS), a partir das discussões<br />

presentes nas publicações “O papel<br />

da Metrologia no Contexto dos<br />

Objetivos de Desenvolvimento<br />

Sustentável” [1] e “Reiniciando a<br />

Infraestrutura da Qualidade para um<br />

Futuro Sustentável” [2]. O primeiro<br />

artigo, intitulado “Tecnologia<br />

Industrial Básica e os Objetivos<br />

de Desenvolvimento Sustentável”,<br />

apresentou a definição de TIB e sua<br />

importância para o setor produtivo,<br />

a Agenda 2030 da ONU, os ODS e as<br />

publicações de referência. A partir do<br />

segundo artigo, o título de todos os<br />

artigos seguiu um modelo de manter<br />

o mesmo texto e modificar somente<br />

o subtítulo, adequando aos nomes<br />

dos ODS que serão discutidos e<br />

relacionados à TIB. O segundo artigo<br />

tratou dos ODS 1 - Erradicação da<br />

Pobreza e 3 - Saúde e Bem-Estar. O<br />

terceiro artigo discutiu a relação de<br />

TIB com os ODS 7 - Energia Limpa<br />

e Acessível, 9 - Indústria, Inovação<br />

e Infraestrutura e 13 – Mudanças<br />

Climáticas. A relação desses cinco<br />

ODS e a TIB foi estabelecida na<br />

publicação “O papel da Metrologia<br />

no Contexto dos Objetivos de<br />

Desenvolvimento Sustentável” [1],<br />

produzida em conjunto pela UNIDO,<br />

pelo BIPM e pela OIML. Este quarto<br />

artigo inicia a apresentação das<br />

relações entre ODS e TIB abordadas<br />

no documento “Reiniciando a<br />

Infraestrutura da Qualidade para um<br />

Futuro Sustentável” , publicado em<br />

dezembro de 2019 pela UNIDO [2]<br />

. Este documento discute de 12 dos<br />

17 ODS existentes na Agenda 2030<br />

(ODS 1,2,3,5,6,7,8,9,12,13,14,15),<br />

mas os artigos apresentarão<br />

somente aqueles ODS que não foram<br />

discutidos no primeiro documento de<br />

referência [1]. Neste quarto artigo,<br />

os ODS abordados serão ODS 2 –<br />

Fome Zero e Agricultura Sustentável,<br />

ODS 5 – Igualdade de Gênero e ODS<br />

6 – Água Potável e Saneamento.<br />

Os objetivos da série de artigos são<br />

apresentar as relações discutidas nos<br />

documentos de referência, agregar<br />

explicações sobre os termos utilizados<br />

e, também, sobre a infraestrutura da<br />

qualidade no Brasil.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

25


Metrologia<br />

26<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

Objetivo de Desenvolvimento<br />

Sustentável 2 – Fome Zero e<br />

Agricultura Sustentável<br />

As oito metas do ODS 2 foram<br />

estabelecidas com o propósito<br />

de acabar com a fome, alcançar<br />

segurança alimentar e melhoria da<br />

nutrição e promover a agricultura<br />

sustentável. Alguns resultados<br />

esperados são [3]:<br />

• O fim da fome e da desnutrição;<br />

• A garantia de sistemas sustentáveis<br />

de produção de alimentos;<br />

• A implementação de práticas<br />

agrícolas resilientes que aumentam<br />

a produtividade e a produção,<br />

ajudando a manter ecossistemas<br />

e a fortalecer a capacidade para<br />

adaptação às mudanças climáticas;<br />

• A duplicação da produtividade<br />

agrícola e dos rendimentos dos<br />

pequenos produtores de alimentos;<br />

• A correção e a prevenção de<br />

restrições comerciais e distorções na<br />

agricultura mundial.<br />

Estes dois últimos resultados<br />

esperados com o atendimento ao<br />

ODS 2 têm relações estreitas com<br />

algumas funções de TIB.<br />

Para dobrar os rendimentos dos<br />

pequenos produtores, o controle<br />

metrológico legal de balanças e dos<br />

produtos pré-medidos assegura as<br />

trocas comerciais justas e corretas,<br />

tanto no pagamento dos produtores<br />

como na venda dos produtos<br />

processados.<br />

Um dos mecanismos para evitar<br />

as restrições comerciais é o<br />

estabelecimento de Acordos<br />

de Reconhecimento Mútuo<br />

que permitem a utilização<br />

dos resultados de ensaios e<br />

calibrações e de certificados para<br />

sistemas de gestão e produtos.<br />

A competência da entidade que<br />

fornece os resultados ou emite<br />

os certificados é reconhecida de<br />

forma independente por meio<br />

do processo de Acreditação,<br />

gerenciado, no Brasil, pela<br />

Coordenação Geral de<br />

Acreditação (Cgcre) que faz parte<br />

da estrutura organizacional do<br />

Instituto Nacional de Metrologia,<br />

Qualidade e Tecnologia (Inmetro).<br />

A Cgcre mantém sete acordos de<br />

reconhecimento (International<br />

Laboratory Accreditation<br />

Cooperation – ILAC; Interamerican<br />

Accreditation Cooperation –<br />

IAAC; International Accreditation<br />

Forum – IAF; American Aerospace<br />

Quality Group – AAQG; Program<br />

for the Endorsement of Forest<br />

Certification Schemes – PEFC;<br />

The Global Partnership for Good<br />

Agricultural Practice – Globalgap;<br />

Environmental Protection Agency<br />

– EPA) [4] e os resultados obtidos<br />

em laboratórios que compõem as<br />

Redes Brasileiras Calibração (RBC)<br />

[5] e de Laboratórios de Ensaio<br />

(RBLE) [6], dentro dos escopos<br />

dos acordos acima listados,<br />

eliminam a necessidade de reensaio<br />

de materiais e de produtos<br />

nos países importadores.<br />

Para atestar a concentração de<br />

determinadas substâncias em<br />

produtos de origem agrícola, é<br />

necessário ter os padrões para estas<br />

concentrações, ou seja, materiais<br />

que tem a concentração conhecida.<br />

Esses materiais são chamados de<br />

Materiais de Referência Certificados<br />

(MRC), considerados os padrões<br />

metrológicos em análises químicas.<br />

Alguns MRC relacionados à produção<br />

agrícola são: 8741 Suco de Laranja,<br />

8828 Compostos da Cachaça;<br />

8848 Etanol em água; 8507<br />

Carbamato de Etila (Cachaça); 8829<br />

Clorofenicol em leite em pó (origem<br />

em medicamentos veterinários<br />

administrados ao rebanho); 8363<br />

HPA Hidrocarbonetos Aromáticos<br />

Policíclicos (poluentes orgânicos<br />

persistentes no ambiente com<br />

origem em pesticidas). [7]


Metrologia<br />

A Normalização, uma outra função<br />

de TIB, é relacionada à alimentação<br />

por meio do comitê técnico 34<br />

da International Organization for<br />

Standardization (ISO TC-34). O<br />

comitê é formado por 16 subcomitês<br />

e nove grupos de trabalho, e discute<br />

temas como frutas, vegetais e<br />

produtos derivados; gorduras e<br />

óleos animais e vegetais; cacau;<br />

café; responsabilidade social e<br />

sustentabilidade. 903 padrões ISO<br />

já foram publicados e 101 padrões<br />

estão em desenvolvimento. [8] A<br />

Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas (ABNT) tem uma comissão<br />

espelho do grupo de trabalho ISO/<br />

TC 34/WG 16 Animal welfare que se<br />

chama ABNT/CEE-228 - Comissão<br />

de Estudo Especial de Bem-Estar<br />

Animal. [9]<br />

Em relação à Infraestrutura<br />

da Qualidade, o documento<br />

de referência [2] menciona a<br />

necessidade de considerar as<br />

diferenças de gênero em relação<br />

aos padrões e à padronização. O<br />

documento traz dois exemplos:<br />

• Os testes de colisão com manequins<br />

que reproduzem a anatomia de<br />

homens e desconsideram a anatomia<br />

de mulheres e de mulheres grávidas.<br />

Esses testes vão determinar a altura<br />

de instalação do cinto de segurança<br />

nos carros;<br />

• Padrões para configurações de<br />

ar-condicionado em escritórios são<br />

baseados na taxa metabólica de<br />

repouso de um homem de 40 anos,<br />

superestimando, em média de 20 a<br />

30%, a taxa metabólica de mulheres.<br />

pessoas são obrigadas a beber<br />

água contaminada, resultando<br />

em uma criança morrendo a cada<br />

minuto de cada hora de cada dia;<br />

4,5 bilhões de pessoas carecem de<br />

saneamento; cerca de 2,5 bilhões<br />

de pessoas, 36% da população<br />

mundial, vive em regiões com<br />

escassez de água, onde mais de<br />

20% do PIB global é produzido; a<br />

falta de água potável, saneamento<br />

e serviços de higiene são<br />

importantes fatores de risco para<br />

doenças infecciosas. O documento<br />

faz duas projeções muito graves<br />

para o futuro, que:<br />

• Em 2050, mais da metade da<br />

população do mundo e cerca de<br />

metade da produção global de grãos<br />

estará em risco devido a estresse<br />

hídrico; e<br />

Objetivo de Desenvolvimento<br />

Sustentável 5 – Igualdade de<br />

Gênero<br />

Por meio de nove metas, o ODS 5<br />

pretende que o mundo alcance a<br />

igualdade de gênero e empodere<br />

todas as mulheres e meninas, criando<br />

uma sociedade mais equitativa e<br />

produtiva. [10] Nessa perspectiva,<br />

este ODS tem uma forte interação<br />

com o ODS 1- Redução da pobreza<br />

e o ODS 8 – Trabalho decente e<br />

crescimento econômico.<br />

Objetivo de Desenvolvimento<br />

Sustentável 6 – Água Potável e<br />

Saneamento<br />

Assegurar a disponibilidade e<br />

a gestão sustentável da água e<br />

saneamento para todas e todos por<br />

meio do atendimento a seis metas é<br />

a descrição deste ODS. [11]<br />

O documento de referência [2]<br />

descreve o contexto mundial<br />

relativo à água com dados de<br />

que mais de dois bilhões de<br />

• A escassez intensa de água pode<br />

deslocar 700 milhões de pessoas até<br />

2030.<br />

A análise da água em laboratórios<br />

acreditados e a disponibilização de<br />

materiais de referência certificados<br />

para contaminantes, como os HPA<br />

mencionado na discussão sobre<br />

o ODS 2, são contribuições que<br />

a infraestrutura da qualidade<br />

pode oferecer para monitorar a<br />

qualidade da água.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

27


Metrologia<br />

No Brasil, os hidrômetros, medidores<br />

de água, são instrumentos sujeitos<br />

a procedimentos de metrologia<br />

legal. As Portarias Inmetro<br />

246/2000, 012/2011 e 436/2011<br />

são aplicadas a hidrômetros para<br />

água fria, de vazão nominal até<br />

quinze metros cúbicos por hora.<br />

[12] A Avaliação da Conformidade<br />

atua na Certificação compulsória<br />

de equipamentos para consumo de<br />

água (Portaria Inmetro n.º 344 de<br />

22/07/2014) e há um Regulamento<br />

Técnico para reservatório de água<br />

potável (Portaria Inmetro n.º 224<br />

de 27/07/2009) [13] A ABNT, em<br />

uma notícia sobre o Dia Mundial da<br />

Água, listou um comitê brasileiro<br />

e quatro comissões de estudo que<br />

estão envolvidos no tema. São eles:<br />

ABNT/CB 038 – Gestão Ambiental;<br />

ABNT/CEE 065 – Recursos<br />

Hídricos; ABNT/CEE 106 – Análises<br />

Ecotoxicológicos; ABNT/CEE 166 –<br />

Serviços de Abastecimento de Água<br />

e de Esgotamento Sanitário; ABNT/<br />

CEE 177 – Saneamento Básico. [14]<br />

Conclusão<br />

Este artigo apresentou os três<br />

primeiros ODS que são discutidos<br />

no documento “Reiniciando a<br />

Infraestrutura da Qualidade para<br />

um Futuro Sustentável” [2] – ODS<br />

2,5 e 6. Há outros quatro ODS que<br />

o documento discute e que ainda<br />

não foram apresentados em outros<br />

artigos desta série. Quatro funções<br />

de Tecnologia Industrial Básica<br />

contribuem para os temas dos ODS<br />

2,5 e 6 – Metrologia , Avaliação da<br />

Conformidade, Regulamentação<br />

Técnica e Normalização. As<br />

instituições que compõem a<br />

Infraestrutura da Qualidade do Brasil<br />

e que atuam nestes temas são o<br />

Inmetro, a Cgcre e a ABNT.<br />

Bibliografia<br />

[1] UNIDO. BIPM. OIML. The Role of Metrology in the<br />

Context of the 2030 Susteinable Development Goals.<br />

Disponível em <br />

[2] UNIDO. Rebooting Quality Infrastructure for a Sustainable<br />

Future. Disponível em <br />

[3] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento<br />

Sustentável 2. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/2<br />

[4] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E<br />

TECNOLOGIA (INMETRO).<br />

Assuntos. Acreditação Sobre a área. Disponível em <br />

[5] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E<br />

TECNOLOGIA (INMETRO). Rede Brasileira de Calibração – RBC.<br />

Disponível em <br />

[6] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E<br />

TECNOLOGIA (INMETRO). Laboratórios de Ensaio Acreditados<br />

(Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio – RBLE). Disponível em<br />

<br />

[7] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E<br />

TECNOLOGIA (INMETRO).<br />

Serviço de Certificação de Material de Referência. Disponível em <br />

[8] INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION<br />

(ISO). Techinical Committees ISO/TC 34 Food products. Disponível<br />

em <br />

[9] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).<br />

ABNT/CEE-228 - Comissão de Estudo Especial de Bem-Estar<br />

Animal. Disponível em <br />

[10] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento<br />

Sustentável 5. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/5<br />

[11] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento<br />

Sustentável 6. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/6<br />

[12] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE<br />

E TECNOLOGIA (INMETRO). Apreciação Técnica de Modelo.<br />

Disponível em <br />

[13] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE<br />

E TECNOLOGIA (INMETRO). Regulamentos Técnicos e<br />

Programas de Avaliação da Conformidade Compulsórios.<br />

Disponível em <br />

[14] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS<br />

TÉCNICAS (ABNT). Dia Mundial da Água - Objetivo<br />

de Desenvolvimento Sustentável 6 - Água potável e<br />

Saneamento. Disponível em <br />

28<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

Luciana e Sá Alves<br />

Analista executivo em Metrologia e Qualidade (Inmetro), Bióloga e professora de Ciências e Biologia.<br />

Mestre em Educação (Puc-Rio) e doutora em Biotecnologia (Inmetro/UFRJ)


Microbiologia<br />

CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE<br />

DE ESTERILIDADE DE UM MEDICAMENTO INJETÁVEL<br />

Por Claudio Kiyoshi Hirai<br />

O teste de esterilidade é o teste<br />

As Boas Práticas de Fabricação e<br />

não abrange condições que<br />

realizado para detectar microrganismos<br />

Controle normatizam também as<br />

permitam o crescimento de vírus;<br />

contaminantes em produtos de uso<br />

condições de realização do teste<br />

entretanto, quando da ausência de<br />

injetável ou estéril como os colírios,<br />

de esterilidade destes produtos.<br />

bactérias e fungos, extrapola-se o<br />

algumas formulações de cremes,<br />

Obrigatoriamente o teste de<br />

resultado negativo também a estes<br />

pomadas ou loções, sendo que o<br />

esterilidade deve ser realizado sob<br />

organismos.<br />

objetivo deste artigo é enfatizar a<br />

as mesmas condições da área de<br />

importância da realização do teste de<br />

produção.<br />

O primeiro método oficializado do teste<br />

esterilidade em instalações apropriadas<br />

de esterilidade foi na Inglaterra, em<br />

e desenhadas para este objetivo.<br />

O teste é um ensaio destrutivo, não<br />

1932, e apresentado na farmacopeia,<br />

é possível testar todas as unidades<br />

neste mesmo ano. Este exigia a<br />

De acordo com as farmacopeias e<br />

fabricadas, as farmacopeias indicam<br />

execução do teste em produtos sob<br />

outros compêndios, a condição de<br />

um critério amostral permitindo<br />

a forma líquida, mediante utilização<br />

esterilidade de um produto somente<br />

que o resultado de uma amostra<br />

de caldo peptonado com incubação<br />

deve ser considerada com base no fato<br />

representativa, submetida ao teste<br />

a 37°C, durante 5 dias, visando à<br />

que o mesmo tenha sido produzido<br />

de esterilidade garanta a esterilidade<br />

detecção de bactérias aeróbicas.<br />

em ambiente que minimizem a<br />

absoluta de um produto.<br />

possibilidade da contaminação<br />

Em 1936 a USP adotou a mesma<br />

microbiana, em salas limpas, com ar<br />

Outro fator a considerar é que o teste<br />

metodologia, a qual foi sofrendo<br />

filtrado com filtros de alta eficiência<br />

busca proporcionar condições ideais<br />

inovações posteriores, de modo a<br />

com porosidade que permitam a<br />

ao desenvolvimento de bactérias,<br />

aumentar a segurança dos resultados<br />

retenção dos microrganismos.<br />

bolores e leveduras. A metodologia<br />

obtidos nesse teste.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

29


Microbiologia<br />

30<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

Na edição seguinte, o teste foi<br />

modificado para permitir o<br />

desenvolvimento de microrganismos<br />

aeróbicos e anaeróbicos, bem como<br />

microaerófilos.<br />

Na USP XIII, a preocupação se<br />

estendeu para detecção de fungos,<br />

utilizando-se meio de cultura<br />

contendo mel, com incubação de 22<br />

a 25°C, durante 15 dias.<br />

Uma inovação marcante<br />

ocorreu no fim da década<br />

de 60, com a introdução do<br />

método de inoculação indireta<br />

da amostra.


Em Foco<br />

Farmacopéia dos Estados Unidos da América USP 43 capítulo Suggested Intial Contamination<br />

Recovery Rates in Aseptic Environments.<br />

Atualmente o método de inoculação<br />

bem como manipulações assépticas,<br />

classificados de acordo com a versão<br />

pode ser direta ou indireta, e visa a<br />

levando-se em consideração o aspecto<br />

vigente da norma ISO 14644-1.<br />

recuperação de bactérias aeróbicas,<br />

probabilístico da esterilização e o risco<br />

microaerófilas e anaeróbicas, além<br />

da contaminação.<br />

Segundo a ABNT ISO 14644-1<br />

de fungos, com incubação por um<br />

salas limpas são ambientes em<br />

período de 14 dias.<br />

Para a realização do teste de<br />

que a concentração de partículas<br />

esterilidade é importante que as<br />

em suspensão no ar é controlada e<br />

Como pode ser observado pela evolução<br />

pessoas sejam adequadamente<br />

classificada, e a qual é projetada e<br />

da metodologia, a preocupação<br />

treinadas e qualificadas.<br />

utilizada de maneira a controlar a<br />

inerente à melhoria do teste de<br />

introdução, geração e retenção de<br />

esterilidade visa verificar com mais<br />

A INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 35<br />

partículas dentro da sala.<br />

segurança a qualidade do processo<br />

(ANVISA, 2019), informa no Art. 9°<br />

esterilizante, empregado durante a<br />

que salas limpas e os equipamentos<br />

Vale ressaltar que o termo “sala limpa”<br />

fabricação de medicamentos estéreis,<br />

que fornecem ar limpo devem ser<br />

utilizado pela ABNT ISO é equivalente<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

31


Em Foco<br />

ao termo “área limpa” utilizado pela<br />

resolução RDC 301/2019, bem como<br />

pela INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 35<br />

da ANVISA.<br />

Ainda na norma ABNT ISO 14644-<br />

1, é definido que a instalação<br />

de salas limpas inclui todas as<br />

estruturas, sistemas de tratamento<br />

de ar, serviços e utilidades. Essas<br />

definições em conjunto com o Art.<br />

4° da INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 35<br />

(ANVISA, 2019), que informa que as<br />

áreas limpas devem ser mantidas em<br />

um apropriado padrão de limpeza<br />

e receber ar que tenha passado por<br />

filtros de eficiência apropriada.<br />

As áreas limpas são classificadas<br />

como grau A, B, C ou D e a diferença<br />

entre elas está totalmente relacionada<br />

com a concentração de partículas<br />

de ar, sendo assim, INSTRUÇÃO<br />

NORMATIVA N° 35 (ANVISA, 2019),<br />

recomenda que estes graus estejam<br />

relacionados ao tipo de exposição do<br />

produto, sendo:<br />

• Grau A: indicado para operações<br />

de alto risco, como por exemplo, as<br />

áreas determinadas para o envase de<br />

medicamentos injetáveis e os testes<br />

de esterilidade.<br />

• Grau B: ambientes que circundam as<br />

áreas Grau A, isto é, que antecedem<br />

as preparações e envase assépticos e<br />

a realização dos testes de esterilidade.<br />

• Grau C e D: ambientes que<br />

são utilizados para as etapas<br />

menos críticas de fabricação de<br />

medicamentos injetáveis.<br />

Especificações<br />

Microbiológicas<br />

conforme a União Européia anexo 1<br />

(tabela A) e Guia FDA 2004 (tabela B)<br />

Referências bibliográficas:<br />

• BRASIL. Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária. RDC Nº 301, de 21 de agosto<br />

de 2019, Dispõe sobre diretrizes gerais<br />

de boas práticas de fabricação de<br />

medicamentos. ANVISA.<br />

• ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS.<br />

NBR ISSO 14644-1: Salas limpas e<br />

ambientes controlados associados: Parte<br />

1: Classificação da limpeza do ar por<br />

concentração de partículas, Rio de Janeiro.<br />

2ºEd.,2019.<br />

• BRASIL. Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária. Instrução Normativa nº35, de 21<br />

de Agosto de 2019, Dispõe sobre as Boas<br />

Práticas de Fabricação complementares a<br />

medicamentos estéreis. ANVISA.<br />

• ANVISA. Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária. Farmacopeia Brasileira, 6º ed.,<br />

Brasília, 2019, p.685.<br />

• Farmacopéia dos Estados Unidos da<br />

América, USP 43 capítulo .<br />

• European Committee for Standardization<br />

(CEN): EN 1822-5:2009, High efficiency air<br />

filters (EPA, HEPA and ULPA), 2009.<br />

32<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

Claudio Kiyoshi Hirai<br />

Farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro<br />

do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira.<br />

Telefone: 11 5539 6719 - E-mail: técnica@bcq.com.br


Em Foco<br />

WEB AULA DISPONÍVEL: MICROBIOLOGIA NA INDÚSTRIA<br />

FARMACÊUTICA: PROTOCOLOS DA QUALIDADE QUE<br />

IMPACTAM NO PROCESSO PRODUTIVO DE MEDICAMENTOS<br />

A Resolução - RDC Nº 301, de 21/08/2019<br />

dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas<br />

de Fabricação de Medicamentos do Esquema de<br />

Cooperação em Inspeção Farmacêutica, PIC/S,<br />

estabelecendo os requisitos mínimos a serem<br />

seguidos na fabricação de medicamentos. O<br />

Capítulo VII é dedicado ao Controle de Qualidade<br />

e traz as principais diretrizes referentes às boas<br />

práticas na fabricação.<br />

A contaminação microbiana de um medicamento<br />

pode acarretar alterações em suas propriedades<br />

físicas e químicas e ainda caracteriza risco de<br />

toxi-infecção para o usuário. Assim, produtos<br />

farmacêuticos de uso oral e tópico que não têm<br />

como requerimento serem estéreis devem estar<br />

sujeitos ao controle de contaminação microbiana.<br />

Nesse sentido, a realização do controle e<br />

implantação das normas de boas práticas de<br />

fabricação (BPF) na indústria farmacêutica<br />

é de suma importância para garantir a segurança,<br />

eficácia e credibilidade dos medicamentos junto ao<br />

mercado consumidor.<br />

Você é nosso convidado para saber mais sobre esse<br />

tema em nossa web aula gratuita disponível em<br />

nossa universidade corporativa, a UniKasvi.<br />

Tema: Microbiologia na Indústria Farmacêutica:<br />

protocolos da qualidade que impactam no<br />

processo produtivo de medicamentos<br />

Palestrantes convidados:<br />

Bruno Brunetti: Biólogo e Microbiologista<br />

especialista em Gestão da Qualidade. Diretor<br />

Técnico da Diagnóstica Consultoria e Gestão.<br />

Influencer em Microbiologia.<br />

Fernanda Oliveira: Farmacêutica-bioquímica<br />

e Microbiologista. Especializada em Atenção<br />

Farmacêutica, com +20 anos de experiência em<br />

responsabilidade Farmacêutica.<br />

Acessar UniKasvi:<br />

QR Code (https://kubolms.com.br/unikasvi/)<br />

Kasvi<br />

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kasvi@kasvi.com.br<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

33


Em Foco<br />

LUVAS PARA SALA LIMPA E SEUS PADRÕES DE QUALIDADE<br />

Para ajudar na escolha da luva correta a ser<br />

utilizada em uma sala limpa, os fabricantes<br />

especificam a classe de limpeza para a qual a luva<br />

é adequada (como definidos na norma EN ISO<br />

14644) por exemplo, ISO Classe 4, 5 ou 6. Além<br />

disso, usam as normas de proteção de luvas EN 420<br />

para definir as dimensões, a EN 374 3, 4, 5 para<br />

o número de furos permitidos e a norma de luvas<br />

médicas EN 4556 para definir a resistência da luva<br />

como base para garantia de qualidade e controle<br />

de qualidade em suas fábricas. Luvas escolhidas<br />

para proteger o usuário de produtos químicos<br />

perigosos são classificadas como Equipamento de<br />

Proteção Individual (EPI) e são regulamentadas<br />

ao abrigo da Diretiva Europeia de EPIs e por suas<br />

normas associadas.<br />

As normas uniformizadas que abrangem as<br />

luvas utilizadas para proteção contra produtos<br />

químicos são a EN 420 e a EN 374. Obviamente,<br />

tais luvas devem, ao mesmo tempo, cumprir<br />

com as exigências das salas limpas. As luvas de<br />

proteção (EPI) formam uma barreira física entre<br />

o usuário e os produtos químicos que estão<br />

manuseando, e permanecerão eficazes até que<br />

a barreira seja quebrada. A barreira pode ser<br />

quebrada através de um dos dois mecanismos:<br />

Permeação ou Penetração.<br />

A permeação é o processo pelo qual um produto<br />

químico se move através de um material de luva<br />

protetora em um nível molecular, enquanto<br />

a penetração é o movimento de um produto<br />

químico e/ou microrganismo através de materiais<br />

porosos, costuras, furos ou outras imperfeições em<br />

um material de luva protetora em um nível não<br />

molecular.<br />

As luvas BioClean foram testadas sob a norma<br />

EN 374-3 para avaliar o quão eficazes são<br />

contra produtos químicos especificados. Para<br />

estar em conformidade em relação à oferta<br />

de proteção contra produtos químicos, a luva<br />

sob teste deve ser classificada como Nível 2<br />

ou mais alto em termos da proteção oferecida<br />

contra, pelo menos, três produtos químicos.<br />

Os níveis de desempenho são definidos pelo<br />

tempo levado para que os produtos químicos<br />

de teste permeassem a amostra de teste (veja<br />

a Tabela 1).<br />

Todas as luvas de sala limpa da linha da BioClean<br />

atendem ao nível de proteção exigido no Nível 2 e<br />

são apropriadas para o uso nos setores farmacêutico,<br />

ciências da vida e microeletrônica, cumprindo com as<br />

exigências da norma EN 420 para luvas de proteção<br />

e EN 374-1, 2 e 3:2003. Disponível em látex e nitrilo,<br />

estéril e não estéril, a linha oferece proteção extra ao<br />

manter o rigoroso protocolo de proteção do produto.<br />

As especificações técnicas do produto, relatórios de<br />

testes, certificados de análise e qualidade e amostras<br />

para as luvas para salas limpas da BioClean estão<br />

disponíveis mediante solicitação.<br />

TABELA 1:<br />

NÍVEIS DE DESEMPENHO DE PERMEAÇÃO<br />

Tempo de ruptura medido (considera-se que a ruptura<br />

pelo produto químico de teste ocorreu quando a taxa<br />

de permeação atingiu 1,0μg/cm2/min)<br />

Nível 1 Mínimo de 10 minutos<br />

Nível 2 Mínimo de 30 minutos<br />

Nível 3 Mínimo de 60 minutos<br />

Nível 4 Mínimo de 120 minutos<br />

Nível 5 Mínimo de 240 minutos<br />

Nível 6 Mínimo de 480 minutos<br />

Saiba mais em: rebrand.ly/bioclean<br />

A NOVA ANALÍTICA ESTÁ INICIANDO NO BRASIL A<br />

REPRESENTAÇÃO DA OI ANALYTICAL<br />

A Nova Analítica está iniciando no Brasil a<br />

representação da OI <strong>Analytica</strong>l, empresa norteamericana<br />

presente no mercado há mais de cinco<br />

décadas e líder na fabricação de instrumentos<br />

analíticos automatizados para análises de<br />

parâmetros críticos tais como Amônia, Nitrato,<br />

Nitrito, Fósforo, Nitrogênio Kjeldhal, Cianeto,<br />

e vários outros em amostras de água potável,<br />

esgotos e efluentes.<br />

Analisador FIA/SFA FS3700<br />

34<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

Uma referência no mercado na área de parâmetros<br />

ambientais, o analisador FS 3700 é um<br />

instrumento modular que pode ser configurado<br />

para correr métodos por FIA (Análise por Injeção<br />

em Fluxo), SFA (Análise em Fluxo Segmentado) e<br />

iSFA (Injeção em Fluxo Segmentado), tudo em um<br />

mesmo instrumento. Cartuchos químicos podem<br />

ser configurados e trocados, bem como várias<br />

opções de detectores de acordo com a aplicação<br />

analitica. Além disso, o analisador consome<br />

baixíssimos volumes de amostras e reagentes,<br />

reduzindo custos com insumos, descarte de<br />

resíduos e melhorando a segurança do laboratório.<br />

Todos os métodos são validados pela OI <strong>Analytica</strong>l<br />

e referenciados à normas e padrões internacionais<br />

como EPA, Standard Methods, ISO, ASTM, etc.<br />

Para acesso às aplicações visite nosso site<br />

www.analiticaweb.com.br<br />

(11) 2162 8080<br />

revista@novanalitica.com.br


Em Foco<br />

COMO É REALIZADA A MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE<br />

ESPECTROFOTÔMETROS NA ER ANALÍTICA?<br />

Todo Espectrofotômetro possui um<br />

monocromador, que é composto por<br />

lâmpadas, espelhos, grades de difração ou<br />

prismas e filtros ópticos, dito isso, realizase<br />

a limpeza de todo este conjunto, fazendo<br />

com que chegue na amostra a melhor e maior<br />

quantidade de luz possível. Dessa forma<br />

fica claro que o uso do equipamento sem a<br />

manutenção, pode danificar um desses itens<br />

e fazer com que o espectrofotômetro leia<br />

erroneamente ou pare de funcionar.<br />

Dito isso, a manutenção do espectrofotômetro<br />

na ER Analítica contempla:<br />

• Limpeza interna e externa;<br />

• Teste de desempenho;<br />

• Verificação do conjunto óptico (espelhos,<br />

detectores, conjunto de filtros, lentes, grade<br />

de difração e lâmpada);<br />

• Inspeção visual dos circuitos elétricos;<br />

• Ajuste de leitura.<br />

É importante enfatizar que a manutenção do<br />

Espectrofotômetro custa menos que 1,5%<br />

do valor total de um equipamento novo, ou<br />

seja, fazer a manutenção periodicamente<br />

aumentará a vida útil do instrumento e<br />

evitará paradas inesperadas que possam<br />

gerar manutenções corretivas (que<br />

consequentemente são mais caras).<br />

Garanta a confiabilidade dos seus processos!<br />

Agende sua manutenção conosco!<br />

Saiba mais:<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

35


Em Foco<br />

ANÁLISE FORENSE TOXICOLÓGICA DE CANABINOIDES<br />

NO SANGUE<br />

Os pesquisadores validaram um novo<br />

a espectrometria de massa (GC-MS) têm<br />

laboratório ELGA PURELAB® Chorus ANR para<br />

protocolo para medir os níveis de traços de<br />

sido tradicionalmente empregados para<br />

minimizar o risco de introdução de contaminantes<br />

canabinóides no soro e o usam para analisar<br />

a determinação de níveis de traços de<br />

que podem afetar seus resultados.<br />

amostras de pessoas acusadas de dirigir sob a<br />

canabinóides em amostras biológicas. Entre a<br />

influência de drogas.<br />

variedade de fontes de ionização atualmente<br />

Análise Forense confiável<br />

disponíveis, a ionização química de pressão<br />

Embora vários métodos empregando a fonte<br />

De acordo com a Organização Mundial de<br />

atmosférica recentemente comercializada<br />

APGC tenham sido aplicados em análises de<br />

Saúde, cerca de 147 milhões de pessoas,<br />

para cromatografia gasosa (APGC) pode<br />

alimentos ou ambientais, esta é sua primeira<br />

2,5% da população mundial consomem<br />

oferecer uma alternativa nova e atraente -<br />

aplicação em toxicologia forense.<br />

cannabis. Devido ao seu amplo uso, a análise<br />

particularmente para medir compostos que<br />

de canabinóides em amostras biológicas<br />

são difíceis de analisar usando outras fontes.<br />

Os resultados demonstram que o APGC-MS/MS<br />

- principalmente de sangue - é de grande<br />

pode quantificar satisfatoriamente o THC e outros<br />

importância para os laboratórios forenses.<br />

Em um novo estudo, publicado no Journal of<br />

canabinóides em uma matriz biológica extremamente<br />

Chromatography A, os pesquisadores avaliam<br />

complexa (soro humano) na qual os analitos alvo<br />

Entre as centenas de canabinóides da cannabis,<br />

o uso de APGC acoplado à espectrometria de<br />

estão presentes apenas em níveis de traços.<br />

o tetrahidrocanabinol (THC), que é o principal<br />

massa triplo quadrupolo (APGC-MS / MS)<br />

composto psicoativo da cannabis, e seus<br />

para a determinação quantitativa simultânea<br />

O protocolo oferece uma alternativa válida,<br />

metabólitos THC – OH e THCA, estão entre os mais<br />

de canabinóides no soro humano.1<br />

de alto desempenho e inovadora para a<br />

frequentemente monitorados como marcadores<br />

produção de dados forenses confiáveis<br />

de consumo de drogas. O canabidiol (CBD) e o<br />

Os pesquisadores desenvolveram e validaram<br />

usando cromatografia gasosa, permitindo a<br />

produto de degradação menor canabinol (CBN)<br />

uma nova metodologia de acordo com as<br />

determinação quantitativa de canabinóides<br />

também são frequentemente medidos para<br />

diretrizes internacionais, demonstrando que<br />

no soro mesmo nos limites legais de THC mais<br />

auxiliar na interpretação forense dos resultados.<br />

a técnica poderia separar THC, THC – OH,<br />

baixos propostos para motoristas.<br />

Mais recentemente, o cannabigerol (CBG) foi<br />

THCA, CBD, CBDA e CBG em menos de dez<br />

detectado na urina e também é um marcador<br />

minutos. Seus limites de quantificação (LOQ)<br />

Por que escolher o ELGA LabWater?<br />

proposto para o consumo de cannabis.<br />

foram 0,2 ng / ml para THC, 0,4 ng / ml para<br />

No ELGA LabWater, nossos engenheiros,<br />

THC – OH, CBD e CBG, 1,6 ng / ml para THCA<br />

químicos e cientistas especializados estão<br />

Mas a análise toxicológica das baixas concentrações<br />

e 3 ng / ml para CBDA. Eles então aplicaram<br />

na vanguarda da inovação tecnológica. Eles<br />

desses canabinóides em amostras biológicas<br />

com sucesso o método para a análise de<br />

continuam a introduzir recursos revolucionários<br />

complexas apresenta desafios consideráveis para<br />

amostras reais de soro coletadas de 15<br />

para o mercado de água de laboratório.<br />

os cientistas forenses.<br />

pessoas que haviam sido acusadas de dirigir<br />

sob a influência de drogas.<br />

Uma fonte alternativa de íons para<br />

cromatografia gasosa<br />

Para essas análises altamente sensíveis, os<br />

36<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

Uma variedade de métodos analíticos<br />

baseados em cromatografia gasosa acoplada<br />

pesquisadores usaram água ultrapura gerada a<br />

partir de um sistema de purificação de água do


Em Foco<br />

PRODUÇÃO BRASILEIRA COM TECNOLOGIA ALEMÃ<br />

DE PRIMEIRA QUALIDADE, SEGURA, EFICIENTE E COMPLETA. A PLACA DE PETRI DA GREINER BIO-ONE É A ESCOLHA CERTA<br />

PARA A QUALIDADE DOS SEUS RESULTADOS.<br />

Americana, junho <strong>2021</strong> – Usadas em<br />

laboratórios microbiológicos para o crescimento de<br />

microrganismos como bactérias e fungos, as placas<br />

de Petri possuem diferentes formatos e tamanhos<br />

de acordo com sua aplicação. Entretanto, o tamanho<br />

não é a única característica importante que deve<br />

ser considerada durante a escolha da placa de Petri.<br />

Fatores como a qualidade do material, resistência<br />

e design adequado também podem interferir na<br />

qualidade dos resultados.<br />

A qualidade da matéria-prima impacta tanto na<br />

transparência ótica quanto na resistência ao calor por<br />

isso, as placas de Petri produzidas pela Greiner Bio-<br />

One são de poliestireno de alta qualidade e possuem<br />

excelente transparência ótica para análises, além de<br />

serem resistentes à temperatura do ágar durante o<br />

emplacamento.<br />

38<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

O cultivo de microrganismos aeróbios em placas de<br />

Petri requer atenção quanto ao design da placa. Neste<br />

caso, a tampa deve permitir que ocorra a troca gasosa<br />

eficiente e segura na placa. Além de proporcionar uma<br />

pequena elevação da tampa, o design das placas de<br />

Petri Greiner Bio-One permite que várias placas sejam<br />

empilhadas com segurança e sem perder a eficiência<br />

da troca gasosa. Para rotinas de trabalho de maior<br />

demanda, o uso de equipamentos automatizados para<br />

preenchimento de meios é uma solução para otimizar<br />

a disponibilidade de grandes quantidades de placas.<br />

O design das placas de Petri fabricadas pela Greiner<br />

Bio-One é compatível com os principais equipamentos<br />

automatizados disponíveis no mercado.<br />

O método de esterilização também pode trazer<br />

impactos na qualidade da placa de Petri. A técnica de<br />

esterilização deve ser realizada conforme os padrões<br />

estabelecidos por órgãos reguladores, para assegurar a<br />

esterilidade e reduzir os riscos de contaminação, sem<br />

impactar nos resultados. A Greiner Bio-One oferece<br />

placas de Petri esterilizadas por radiação ionizante<br />

(E-Beam), que é um processo livre de resíduos e<br />

no qual o produto fica exposto por menos tempo,<br />

evitando rompimentos e efeitos de envelhecimento do<br />

poliestireno. Dessa forma, as placas de Petri da Greiner<br />

oferecem alto grau de segurança e eficiência para<br />

pesquisas médicas e farmacêuticas, principalmente em<br />

relação as placas esterilizadas por outras metodologias<br />

(ex: óxido de etileno (ETO), altamente tóxico e agressivo<br />

ao ambiente externo).<br />

Conhecer os fatores que interferem na qualidade<br />

das placas de Petri é importante na hora de escolher<br />

o produto mais seguro para as suas aplicações<br />

de microbiologia. A unidade da Greiner Bio-One<br />

instalada em Americana-SP produz placas de<br />

Petri com tecnologia e know-how consagrados<br />

mundialmente, preparadas para oferecer produtos<br />

com a segurança e qualidade que suas atividades<br />

microbiológicas necessitam.<br />

Essa é a Greiner Bio-One, priorizando a qualidade<br />

das placas de Petri para que seus experimentos<br />

tenham os melhores resultados!<br />

Greiner Bio-One Internacional<br />

A Greiner Bio-One é especializada no<br />

desenvolvimento, produção e distribuição de<br />

produtos plásticos de alta qualidade para laboratórios.<br />

A empresa é parceira tecnológica de hospitais,<br />

laboratórios, universidades, institutos de pesquisa<br />

e indústrias diagnósticas, farmacêuticas e de<br />

biotecnologia. É composta por quatro divisões de<br />

negócios – Pré-Analítica, BioScience, Diagnóstica e<br />

OEM. Em 2014, a Greiner Bio-One International GmbH<br />

gerou um volume de negócios de 388 milliões de<br />

euros, possui 1.800 funcionários, em 23 subsidiárias<br />

e inúmeros distribuidores parceiros em mais de 100<br />

países. A Greiner Bio-One faz parte da Greiner Holding,<br />

localizada em Kremsmünster (Áustria).<br />

Greiner Bio-One Divisão BioScience<br />

A divisão BioScience da Greiner Bio-One está entre<br />

os principais fornecedores de produtos especializados<br />

para o cultivo e análise de culturas de células e<br />

tecidos. Baseando-se em décadas de experiência com<br />

armazenamento de amostras criogênicas, a Greiner<br />

Bio-One também oferece soluções para sistemas<br />

de armazenamento automatizado em biobancos.<br />

Além disso, continua a utilizar sua experiência no<br />

desenvolvimento e produção de microplacas para<br />

high-throughput screening, permitindo assim a<br />

seleção da droga de forma rápida e eficiente, tanto<br />

para aplicações industriais quanto para pesquisa<br />

científica. Todo o desenvolvimento, fabricação e<br />

operações de vendas são controladas a partir da sede<br />

alemã da divisão BioScience em Frickenhausen.<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

T: +55 19 3468 9600<br />

E-Mail: info@br.gbo.com


QUALIDADE DOS<br />

SEUS RESULTADOS<br />

EM MICROBIOLOGIA<br />

PLACAS DE PETRI<br />

PRODUÇÃO BRASILEIRA<br />

COM TECNOLOGIA ALEMÃ<br />

De alta segurança e eficiência para pesquisas, as placas são esterilizadas<br />

por radiação ionizante (E-beam) que tem o processo livre de resíduos e com menos<br />

tempo de exposição, o que evita desgaste e efeitos de envelhecimento do poliestireno.<br />

www.gbo.com<br />

Greiner Bio-One Brasil / Avenida Affonso Pansan, 1967 / CEP 13473-620 | Americana, SP<br />

Tel +55 (19) 3468-9600 / Fax +55 (19) 3468-3601 / E-mail info@br.gbo.com


Em Foco<br />

SOLUÇÕES OI ANALYTICAL PARA ANÁLISES DE<br />

CONTAMINANTES AMBIENTAIS<br />

Vários fatores tornam o monitoramento de<br />

Os analisadores de TOC da OI <strong>Analytica</strong>l<br />

uso. Isso fornece flexibilidade para adaptar a<br />

poluentes ambientais uma tarefa analítica<br />

utilizam as técnicas de oxidação por<br />

metodologia para os processos de pesquisa ou<br />

desafiadora. As amostras de estações de<br />

combustão a 680°C e/ou persulfato aquecido<br />

controle de qualidade. A opção de módulos de<br />

tratamento de água, lagos, rios, ambientes<br />

e detecção por Infravermelho não-dispersivo<br />

pré-tratamento das amostras como destilação,<br />

marinhos e efluentes possuem características<br />

(NDIR). Atendem aos métodos Standard<br />

digestão, diálise podem ser acoplados em linha<br />

físico-químicas diferentes, podendo também<br />

5310B e C, ASTM D7573-09, ISO 8245, EN<br />

para máxima automação.<br />

variar em consequência da sazonalidade e períodos<br />

1484, USEPA 415.1; 9060A; USP .<br />

de estiagem ou chuvosos. Portanto, conhecer<br />

Oferecem soluções para a análise de TOC<br />

Anúncio:<br />

sua amostra e caracterizá-la é muito importante<br />

em sólidos com o modelo 1030S, e também<br />

Conheça as soluções para análises ambientais<br />

para a tomada de decisões precisas e rápidas,<br />

permite a análise simultânea de Nitrogênio<br />

da OI <strong>Analytica</strong>l:<br />

principalmente nas estações de tratamento.<br />

Total com o uso do detector eletroquímico de<br />

Analisadores de Carbono Orgânico Total e o<br />

nitrogênio.<br />

Analisador em fluxo contínuo (FIA/SFA)<br />

A OI <strong>Analytica</strong>l, uma empresa norte-americana do<br />

grupo Xylem Inc., traz as soluções mais modernas<br />

Analisadores em fluxo contínuo FIA/<br />

e inovadoras para o mercado ambiental.<br />

SFA automatizados para análises de<br />

contaminantes inorgânicos:<br />

Analisador de Carbono Orgânico Total<br />

Os analisadores químicos automatizados FS<br />

(TOC) para controle de qualidade da<br />

3700TM são instrumentos flexíveis e modulares<br />

água e dos processos:<br />

que utilizam as técnicas de injeção em fluxo<br />

O monitoramento da concentração de TOC é<br />

contínuo (FIA) e análise em fluxo segmentado<br />

uma análise rápida e simples que permite uma<br />

(SFA) em análises de parâmetros críticos como<br />

visão instantânea do desempenho durante<br />

amônia, cianeto, cloreto, nitrato, nitrito, fenóis,<br />

as etapas de tratamento da água, sendo<br />

fósforo, sílica, sulfato e TKN. Todos os métodos<br />

uma ferramenta importante para tomada<br />

são validados e referenciados às normas EPA,<br />

de decisão. No tratamento de efluentes a<br />

Standard Methods, ISO e ASTM. O instrumento<br />

medida de TOC pode ser correlacionada à<br />

suporta até 2 detectores simultaneamente,<br />

DQO (Demanda Química de Oxigênio) e DBO<br />

sendo fotométrico, amperométrico, seletivo<br />

40<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />

(Demanda Bioquímica de Oxigênio).<br />

de íons e detectores de terceiros prontos para<br />

Analisadores automatizados FIA/SFA/iSFA/SFIA


Análise de Contaminantes<br />

Análise de Contaminantes<br />

Ambientais<br />

Ambientais<br />

Porque reduzir os contaminantes ambientais<br />

Porque reduzir exige os monitoramento contaminantes ambientais<br />

e controle.<br />

A OI exige <strong>Analytica</strong>l monitoramento possui as tecnologias<br />

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CONHEÇA AS SOLUÇÕES PARA ANÁLISES AMBIENTAIS DA OI ANALYTICAL<br />

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Analisador automatizado FS 3700<br />

Analisador<br />

(FIA/SFA/iSFA/SFIA)<br />

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Analisadores de TOC<br />

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Aurora 1030<br />

de TOC<br />

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Conceito de qualidade em Microbiologia<br />

Novas e modernas instalações<br />

Equipe capacitada e comprometida<br />

Acreditações: REBLAS / CGCRE-INMETRO /ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />

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