Revista Analytica Edição113 - Julho 2021
Revista Analytica Edição113 - Julho 2021
Revista Analytica Edição113 - Julho 2021
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Deixe-nos ajudá-lo a<br />
Escolher o EPI mais adequado<br />
Use o QR code ao lado para saber mais sobre o AnsellGUARDIAN ® , sua mão amiga<br />
para melhorar a segurança, aumentar a produtividade e reduzir custos.<br />
É só apontar a câmera do seu celular para o QR ou usar um aplicativo para escaneálo.<br />
Você também pode usar o link: rebrand.ly/guardian-lss<br />
Ansell, ® e são marcas registradas da Ansell Limited ou de uma de suas afiliadas. © <strong>2021</strong> Todos os direitos reservados.
<strong>Revista</strong><br />
Ano 19 - Edição 113 - <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
EDITORIAL<br />
Prezado leitor,<br />
Apesar da queda considerável nas estatísticas durante as últimas semanas, o número de óbitos por dia em nosso país segue alto e<br />
por vezes superando o que é registrado em continentes inteiros.<br />
Especialistas em saúde pública seguem defendendo estratégias essenciais para controlar a pandemia e para que os números não<br />
voltem a subir.<br />
A vacinação de todos os brasileiros, ao que tudo indica, ajudará a evitar os casos mais graves e reforçar as medidas como o<br />
distanciamento físico, o uso de máscaras ao sair de casa, os cuidados com a circulação de ar pelos ambientes e a higiene das mãos.<br />
Então vamos manter nossa esperança seguindo com as medidas de segurança que nos permitirá não apenas lidar com o atual<br />
cenário da pandemia, mas também nos deixaria mais preparados para o que pode vir pela frente, especialmente a partir da<br />
chegada ou da descoberta de novas variantes.<br />
Nesta edição trazemos uma revisão de literatura sobre O QUE É MICOPLASMA? E outro sobre A IMPORTÂNCIA DO BACILLUS<br />
SUBTILIS NATTO NA PRODUÇÃO DE UMA ENZIMA ESPECIAL COM PROPRIEDADES MEDICINAIS: A NATTOQUINASE.<br />
Além do vasto conteúdo abordado por nossos colunistas e as novidades anunciadas por nossos clientes.<br />
Nós da <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> desejamos vacina para todos e um mundo melhor quando tudo isso passar.<br />
Tenham uma excelente leitura!<br />
Luciene Almeida<br />
Editora Chefe<br />
*Com informações de BBC News Brasil<br />
Fale com a gente<br />
Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar:<br />
Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Tel.: 11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em<br />
contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />
Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />
de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />
/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />
/revista-analytica<br />
/revistaanalytica<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
EXPEDIENTE<br />
Realização: Newslab Editora<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: Luciene Almeida | editoria@revistaanalytica.com.br<br />
Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral
<strong>Revista</strong><br />
Ano 19 - Edição 113 - <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
ÍNDICE<br />
01<br />
06<br />
Editorial<br />
Publique na <strong>Analytica</strong><br />
Artigo 1<br />
07<br />
A IMPORTÂNCIA DO BACILLUS SUBTILIS NATTO<br />
NA PRODUÇÃO DE UMA ENZIMA ESPECIAL<br />
COM PROPRIEDADES MEDICINAIS: A<br />
NATTOQUINASE<br />
Autores: Renata Bazante Rodrigues,<br />
Maria Eduarda da Costa Silva & João Pedro de Farias Martins<br />
2<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
Artigo 2<br />
14<br />
O QUE É MICOPLASMA?<br />
Autores: Sartorius do Brasil<br />
18<br />
22<br />
23<br />
25<br />
29<br />
33<br />
Espectrometria de Massa<br />
Logística Laboratorial<br />
Tecnologias Químicas<br />
Metrologia<br />
Microbiologia<br />
Em Foco
Placa de Petri 140 x 15 mm<br />
Solução ideal para a análise antimicrobiana.<br />
Características<br />
Fabricadas em poliestireno de alta<br />
transparência.<br />
Superfície plana.<br />
Tampas com marcas de ventilação que<br />
permitem a circulação de ar e impedem<br />
a condensação.<br />
Não Autoclavável.<br />
Estéril por radiação ionizante.<br />
Confira outros<br />
formatos disponíveis<br />
Produto não passível de registro na ANVISA.
<strong>Revista</strong><br />
Ano 19 - Edição 113 - <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />
ordem alfabética<br />
Anunciante pág. Anunciante pág.<br />
ARENA TECNICA 09<br />
ANSELL<br />
2ª CAPA<br />
BCQ<br />
4ª CAPA<br />
ER ANALITICA 05<br />
GREINER 39<br />
KASVI 03<br />
NOVA ANALITICA 41<br />
PRIME CARGO<br />
3ª CAPA<br />
VEOLIA 37<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
4<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
Conselho Editorial<br />
Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />
Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />
do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />
de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />
Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />
da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
Luciana e Sá Alves, Marcos Roberto Ruiz, Oscar Vega Bustillos, Bruna Mascaro e Claudio Kiyoshi Hirai.
<strong>Revista</strong><br />
Ano 19 - Edição 113 - <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />
Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos<br />
autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong><br />
publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />
casos educacionais, resumos de teses etc.<br />
Os editores levarão em consideração para<br />
publicação toda e qualquer contribuição<br />
que possua correlação com as análises<br />
industriais, instrumentação e o controle de<br />
qualidade.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e<br />
analisadas pelos revisores.<br />
Os autores deverão informar todo e<br />
qualquer conflito de interesse existente, em<br />
particular aqueles de natureza financeira<br />
relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos que<br />
estejam relacionados com a contribuição e o<br />
manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />
de compromisso assinado por todos os<br />
autores, atestando a originalidade do artigo,<br />
bem como a participação de todos os<br />
envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em<br />
português, mas com Abstract detalhado<br />
em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />
conter as palavras-chave e keywords,<br />
respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem<br />
preferencialmente ser enviadas na forma<br />
original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />
pedimos que a resolução do escaneamento<br />
seja de 300 dpi’s, com extensão em TIF ou<br />
JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e<br />
enviados por e-mail, ordenados em título,<br />
nome e sobrenomes completos dos autores e<br />
nome da instituição onde o estudo foi realizado.<br />
Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail<br />
também deverão constar. Seguidos por<br />
resumo, palavras-chave, abstract, keywords,<br />
texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos,<br />
Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />
Conclusão) agradecimentos, referências<br />
bibliográficas, tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto<br />
com o sobrenome do devido autor, seguido<br />
pelo ano da publicação, segundo norma<br />
ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada<br />
referência citadas no texto devem vir<br />
listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela sigla<br />
do prenome. Ex.: sobrenome, siglas dos<br />
prenomes. Título: subtítulo do artigo. Título<br />
do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />
inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências.<br />
Referências de contribuições ainda não<br />
publicadas deverão ser mencionadas como<br />
“no prelo” ou “in press”.<br />
Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato que, tendo em<br />
vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além<br />
disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma<br />
média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem seu material<br />
em outras publicações.<br />
6<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
ENVIE SEU TRABALHO<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
A/C: Luciene Almeida – Redação<br />
Av. Nove de <strong>Julho</strong>, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />
Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />
Para outras informações acesse: www.revistaanalytica.com.br/publique/
Artigo 1<br />
A IMPORTÂNCIA DO BACILLUS SUBTILIS NATTO<br />
NA PRODUÇÃO DE UMA ENZIMA ESPECIAL COM<br />
PROPRIEDADES MEDICINAIS: A NATTOQUINASE<br />
THE IMPORTANCE OF BACILLUS SUBTILIS NATTO IN THE PRODUCTION OF A SPECIAL ENZYME WITH MEDICAL PROPERTIES: THE NATTOKINASE.<br />
Autores: Renata Bazante Rodrigues 1 , Maria Eduarda da Costa Silva 2 & João Pedro de Farias Martins³<br />
1- Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo,<br />
pesquisadora colaboradora e voluntária pelo Instituto de Pesquisas<br />
Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN). São Paulo- Brasil.<br />
2- Cursando Ciências Biomédicas pela Centro Universitário das<br />
Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e bolsista PIBIC de<br />
Iniciação Científica pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e<br />
Nucleares (IPEN/CNEN). São Paulo, Brasil.<br />
3- Cursando Ciências Biomédicas pela Universidade Paulista<br />
(UNIP). Santana de Parnaíba.<br />
Resumo<br />
A nattoquinase é uma enzima que tem ações fibrinolítica e trombolítica que traz uma<br />
ampla aplicabilidade para o tratamento de patologias clínicas humanas. Trata-se de<br />
uma protease alcalina extraída do microorganismo não patogênico Bacillus subtilis<br />
natto. Recentes pesquisas demonstraram que o gênero Bacillus, em especial, a espécie<br />
e sua variação B. subtillis var. natto, possui propriedades prebiótica e probiótica, devido<br />
sua atividade fermentativa de grãos, tais como, soja, feijão, grão de bico, entre outros,<br />
permitindo naturalmente gerar resistência aos fitopatógenos comuns na agricultura. Dessa<br />
maneira, os alimentos que fermentam tornam-se fontes importantes que ativam o sistema<br />
imunológico no homem, previne o desenvolvimento de determinadas doenças e oferece<br />
condições ao organismo de reagir àquelas doenças que estão se manifestando. Dessa<br />
maneira, o consumo de alimentos fermentandos através do B. subtillis natto, poderá fazer<br />
parte das necessidades nutricionais, isto é, ricos em nutrientes. Essa espécie em especial,<br />
possibilita que aminoácidos e vitaminas de grãos estejam mais disponíveis, ou seja,<br />
alientos de “alta densidade nutricional” e que estão diretamente associados ao binômio<br />
saúde-doença, prevalecendo a saúde e o bem-estar das pessoas que as consomem<br />
(conhecidos como alimentos biofermentados); indicados para todas as idades, porém,<br />
ainda é pouco divulgado e, nota-se seu consumo, principalmente, adquiridos através dos<br />
hábitos alimentares, como por exemplo, pelos japoneses. A longivitude de muitos povos<br />
pode estar atrelada ao escolher alimentos saúdaveis que permitem o envelhecimento com<br />
saúde. Assim, envelhecer é uma escolha e exige esforços em todas as esferas e diretrizes:<br />
sociais, culturais, econômicas e políticas. A soja Natto, nome escolhido devido à prática do<br />
cultivo pelos povos orientais, é obtida apenas da fermentação do Bacillus subtilis natto. Ao<br />
fermentar o grão, o bacilo, como resposta da quebra de aminoácidos, produz a chamada<br />
enzima nattoquinase ou nattokinase, que possui propriedades fibrinolíticas, isto significa<br />
que possuem mecanismos fibrinolíticos. Em suma, a nattoquinase quebra as fibrinas<br />
e evita a formação de trombos (coágulos) nos vasos sanguíneos (é um trombolítico<br />
natural). Diante a leitura de artigos científicos direcionados ao assunto, o objetivo desse<br />
trabalho é relatar sobre a propriedade meritória do B. subtillis natto de produzir a enzima<br />
nattoquinase, um atenuante natural indispensável para o controle e cura de determinadas<br />
enfermidades sanguíneas.<br />
Palavras chave: nattoquinase, ação fibrinolítica, trombolítica, Bacillus subtilis natto<br />
Abstract<br />
Nattokinase is an enzyme that has fibrinolytic and thrombolytic action and great applicability<br />
for the treatment of human clinical pathologies. It´s an alkaline protease extracted from the<br />
non-pathogenic microorganism Bacillus subtilis. Recently, research has shown that the genus<br />
Bacillus, in special the variation B. subtilis natto, is a highly good for people health prebiotic and<br />
probiotic properties products, due to its fermentative activity of grains, such as soybeans, beans,<br />
chickpeas and others, that his naturally resistance to phytopathogens common in agriculture<br />
is very important for life of the vegetables. So, they have very high nutritional values, such<br />
as the “Nattô” soy, the name traditional food from Japan. Nattô is a food that prepared with<br />
this bacterium specie. When fermenting the soybean, the bacillus produces an enzyme called<br />
nattokinase (in response to the breakdown of amino acids, which has fibrinolytic properties,<br />
this means that they have fibrinolytic mechanisms). The fibrinolytic properties to prevent the<br />
trhrombosis disease, its accus in blood vessels. It´s observed that the foods by natural fermented<br />
are important sources that activate the immune system of man, prevent the development of<br />
certain diseases, and offer good conditions when there is manifest themselves. The objective<br />
of this article is to bring some literary references and to present the produce importance of the<br />
enzyme Nattokinase by B. subtilis natto and knowledge of your consumption as part of the<br />
nutritional needs. The “high nutritional density” foods that are directly associated with the<br />
health-disease binomial, with the health and well-being of the people who consume them<br />
prevailing. The known as biofermented foods for wide age range, however, there are few<br />
publications and, its consumption is noticed, mainly acquired through the alimentary habits by<br />
the Japanese. The live long time of many people can be linked when choosing healthy foods that<br />
allow healthy aging. Thus, aging is a choice and requires efforts in all spheres and guidelines:<br />
social, cultural, economic, and political. Natto soy, a name chosen due to the cultivation practice<br />
by the eastern peoples, is obtained only from the fermentation of Bacillus subtilis natto. When is<br />
fermenting the grain in response to the breakdown of amino acids and produces the nattokinase<br />
enzyme too, that is properties mechanical action fibrinolytic. In the context, the natokinase<br />
breaks down fibrins and prevents the formation of thrombi (clots) in blood vessels (it is a natural<br />
thrombolytic agent). The science directed to the subject helped to look at meritorious property of<br />
B. subtilis natto to produce the enzyme nattokinase, a natural attenuator indispensable for the<br />
control and cure of certain blood diseases.<br />
Keywords: nattokinase, fibrinolytic, thrombolytic, Bacillus subtilis natto<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
7
Artigo 1<br />
Introdução<br />
considerados “microrganismos do<br />
Por que é importante a<br />
bem”, ou seja, benéficos à saúde<br />
coagulação e a descoagulação<br />
Valor nutricional<br />
do homem e a homeostase dos<br />
sanguínea?<br />
É importante informar ao<br />
seres vivos na biocenose (SILVA &<br />
Uma das etapas da coagulação<br />
consumidor sobre a composição<br />
RODRIGUES, 2020).<br />
do sangue é a formação de<br />
do alimento e a quantidade<br />
um coágulo. Ela se dá por uma<br />
de nutrientes que o alimento<br />
Os alimentos que contêm uma grande<br />
sequência de eventos químicos<br />
fornece, além de indicar quanto<br />
quantidade de nutrientes em relação ao<br />
nos quais a fibrina desempenha<br />
isso representa da Ingestão Diária<br />
seu aporte de energia se denominam<br />
importante papel. A coagulação do<br />
Recomendada – IDH (FAO/OMS,<br />
alimentos “ricos em nutrientes” ou “de<br />
sangue desempenha importante<br />
2001; NAP, 2006). Para fortalecer<br />
alta densidade de nutrientes”. São<br />
função hemostática quando o<br />
o sistema imunológico, prevenindo<br />
os alimentos mais recomendáveis,<br />
sangue extravasa dos vasos, mas<br />
o desenvolvimento de algumas<br />
pois, ajudam a suprir as necessidades<br />
também pode ocorrer no interior<br />
doenças e ajudar o corpo a reagir<br />
nutricionais humanas, entretanto,<br />
dos vasos sanguíneos, podendo<br />
àquelas que estão se manifestando.<br />
o envelhecimento é inevitável, mas<br />
obstrui-los ou formar êmbolos. Em<br />
Dessa maneira, é importante<br />
envelhecer com saúde e bem-estar<br />
ambos os casos, o coágulo precisa<br />
comer mais alimentos ricos em<br />
é, sem dúvida, uma escolha; embora<br />
ser removido depois de cumprir sua<br />
vitaminas e minerais, diminuir o<br />
o conhecimento também se faça<br />
função ou para evitar complicações<br />
consumo de fontes de gordura,<br />
necessário, assim como as ações<br />
no sistema circulatório.<br />
açúcar e alimentos industrializados,<br />
socioeconômicas e políticas, incluindo<br />
contendo corantes e conservantes<br />
na educação alimentar o consumo de<br />
O ponto comum entre as duas vias é a<br />
químicos e, preferindo os alimentos<br />
alimentos fermentados naturalmente<br />
conversão do fibrinogênio em fibrina<br />
orgânicos (sem agrotóxicos)<br />
como o Nattô, e a prática de exercícios<br />
sob ação da trombina. Dessa maneira,<br />
e os extraídos de processos<br />
físicos com “check-up” em dia. Assim,<br />
quando não ocorre a descoagulação,<br />
fermentativos produzidos por<br />
será possível envelhecer e manter o<br />
ou seja, desfazer os coágulos para o<br />
8<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
determinados fungos e bactérias<br />
corpo e mente saudáveis.<br />
sangue fluir pelo corpo; esses trombos
I.PROMOTE da Arena Técnica<br />
Buscador B2B integrador<br />
de produtos e serviços por<br />
normas e regulamentos<br />
INTELIGÊNCIA DIGITAL ENTRE A OFERTA E A<br />
PROCURA QUALIFICADA DE PRODUTOS<br />
E SERVIÇOS NORMATIZADOS<br />
Simplifica muito o trabalho de quem projeta<br />
Para os engenheiros e técnicos de projeto, I.PROMOTE facilita ao extremo os processos de indicar<br />
especificações técnicas. Basta buscar as empresas, produtos e serviços ou ainda apontar as<br />
normas/regulamentos. Tudo à mão, tudo fácil.<br />
Gera leads e oportunidades para quem vende<br />
Para as áreas de marketing e vendas de fornecedores de produtos e serviços normatizados,<br />
I.PROMOTE é um importante canal de acesso ao mercado, inclusive internacional, por integrar mais<br />
de um milhão de diferentes normas e regulamentos.<br />
Resolve a vida de quem compra<br />
Para os compradores I.PROMOTE respresenta enorme<br />
agilidade e segurança absoluta de precisão nas compras<br />
técnicas.<br />
CADASTRO GRATUITO DE<br />
EMPRESAS FORNECEDORAS<br />
ASSINATURA ANUAL PARA PROMOVER<br />
PRODUTOS E SERVIÇOS TÉCNICOS<br />
CONHEÇA!<br />
+55 11 3862 1033<br />
info@arenatecnica.com<br />
www.arenatecnica.com
Artigo 1<br />
(totalmente fibroso e formado pela<br />
extraída do alimento tradicional<br />
Novamente a atividade fibrinolítica<br />
proteína fibrina) podem obstruir a<br />
japonês "natto" (soja fermentada).<br />
da nattoquinase também foi testada,<br />
circulação do sangue no organismo,<br />
Atualmente, a nattoquinase está<br />
agora em rato, no qual o trombo<br />
acarretando a morte do indivíduo. A<br />
sendo amplamente utilizada como<br />
foi formado na artéria carótida<br />
formação de trombos no interior das<br />
medicamento de venda livre para<br />
com ácido acético, danificando as<br />
veias profundas, em geral nas pernas,<br />
promover a saúde e reduzir o risco<br />
células endoteliais da parede do<br />
pode causar uma doença grave<br />
de trombose devido à sua atividade<br />
vaso sanguíneo. Nesse estudo, a<br />
chamada Trombose Venosa Profunda<br />
fibrinolítica (CHANG, et al., 2007).<br />
uroquinase produzida pelo rim do<br />
(TVP). Um trombolítico natural existe,<br />
animal restaurou o fluxo sanguíneo<br />
mas sua ação deve ser muito bem<br />
A atividade fibrinolítica da<br />
em 45% ao longo de 60 minutos. As<br />
entendida, pois há diversos erros na<br />
nattoquinase foi testada em cães,<br />
doses testadas foram de 0,02, 0,04<br />
literatura. O nome “trombolítico” não<br />
utilizando um modelo experimental<br />
e 0,12 McMol/kg e sua atividade foi<br />
é seu efeito imediato como muitos<br />
de trombose, realizando a infusão de<br />
comparada às enzimas plasmina e<br />
acreditam, sua ação é secundária (ou<br />
fibrinogênio bovino e trombina nos<br />
elastase, importantes no processo<br />
mensageira), pois um trombolítico<br />
animais. Observou-se o angiograma<br />
fibrinolítico. A Nattoquinase<br />
ativa o plasminogênio que sintetizará<br />
do grupo experimental, onde quatro<br />
também foi introduzida e causou<br />
a plasmina. A plasmina possui a<br />
cápsulas de nattoquinase, contendo<br />
recuperação do fluxo sanguíneo<br />
capacidade de degradar a fibrina,<br />
250 mg, foram administradas por<br />
(18, 42 e 62%) após 60 minutos.<br />
o maior componente proteico do<br />
via oral. Os exames foram obtidos<br />
Quando a atividade molecular da<br />
trombo.<br />
antes da indução de trombo e<br />
nattoquinase e plasmina foram<br />
após 2,5 a 24 horas. No grupo de<br />
comparadas, a nattoquinase foi 4<br />
Discussão<br />
controle, não havia sinal de quebra<br />
vezes mais eficiente que a plasmina.<br />
Como supracitado, a nattoquinase<br />
(lise) 18 horas após a indução da<br />
(Apud SUMI et al.,1990).<br />
é uma enzima que tem ação<br />
trombose. Por outro lado, os cães<br />
fibrinolítica e “trombolítica” que<br />
tratados com nattoquinase tiveram<br />
Como mencionado acima, a<br />
traz uma grande aplicabilidade para<br />
restauração completa da circulação<br />
nattoquinase previne a formação<br />
10<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
o tratamento de patologias clínicas.<br />
Trata-se de uma protease alcalina<br />
sanguínea em 5 horas (Apud SUMI<br />
et al., 1990).<br />
de trombose e atualmente é usada<br />
como medicamento promotor da
saúde e prevenção de doenças<br />
Quando a dose de nattoquinase<br />
1000 mg/kg-dia, respectivamente.<br />
circulatórias. Porém, no estudo<br />
foi reduzida para um terço, o nível<br />
O experimento feito com voluntários<br />
relado por Chang e colaboradores<br />
residual de fibrinogênio foi de<br />
consumindo 10 mg/kg-dia por<br />
(2007) uma paciente com amilóide<br />
53%. Isto é uma quantidade maior<br />
28 dias não apresentou sinais de<br />
cerebral hereditária para prevenir<br />
de fibrinogênio residual comparado<br />
toxicidade (LAMPE et al., 2016).<br />
um AVC, ingeriu aspirina e também<br />
com o tratamento da plasmina<br />
nattoquinase (400 mg por dia),<br />
que foi de 33%. Esses resultados<br />
Estudo feito por Wu e colaboradores<br />
durante 7 dias consecutivos<br />
sugerem que a nattoquinase pode<br />
em 2020, utilizaram camundongos<br />
e, como resultado houve o<br />
ser mais segura que a plasmina<br />
com edema auricular induzidos<br />
surgimento de microangiopatia e<br />
em um nível de dose apropriado<br />
por Xylene (substância química<br />
hemorragia cerebral intracerebral<br />
(FUJITA, et al,1995)<br />
bioacumulativa). Foram aplicadas<br />
na paciente. Este estudo sugeriu<br />
doses de nattoquinase, resultando<br />
que a nattoquinase pode aumentar<br />
A enzima nattoquinase extraída<br />
a prevenção da doença nos<br />
o risco de hemorragia intracerebral<br />
do Bacillus subtilis var.natto, foi<br />
camundongos e a minimização<br />
em determinados casos (CHANG, et<br />
avaliada quanto a sua toxicidade,<br />
ou eficácia aos danos renais<br />
al., 2007).<br />
para isso, foram feitos vários<br />
induzidos por LPS (lipolissacarídeo,<br />
estudos compatíveis com as Boas<br />
uma endotoxina) bloqueando a<br />
Fujita e colaboradores verificaram<br />
Práticas de Laboratório (BPL) em<br />
inflamação e o estresse oxidativo.<br />
a viabilidade de usar nattoquinase<br />
ratos e seres humanos voluntários<br />
A nattoquinase possui uma grande<br />
terapeuticamente para fibrinólise.<br />
com aprovação do Comitê de<br />
capacidade<br />
antinflamatória,<br />
O processo dependeria da<br />
Ética através do TCLE (Termo de<br />
inibindo a atividade dos receptores<br />
capacidade de digerir fibrina sem<br />
Consentimento Livre Esclarecido).<br />
TLR4 e NOX2 (presente nos<br />
destruir o fibrinogênio. Valores para<br />
A nattoquinase não apresentou<br />
macrófagos RAW264.7) provocada<br />
fibrinogênio plasmático residual<br />
características mutagênicas ou<br />
pela LPS, no entanto, supre a<br />
após administração de uma dose<br />
clastogênicas “in vitro” e não foram<br />
translocação da NF-kB para o<br />
de 0,12 McMol/kg de plasmina,<br />
observados efeitos colaterais nos<br />
núcleo, prevenindo a expressão de<br />
elastase e nattoquinase foram de<br />
33, 42 e 29%, respectivamente.<br />
dias 28 e 90 do experimento com<br />
ratos ministrando 167 mg/kg-dia e<br />
mediadores pró-inflamatórios nos<br />
macrófagos (WU et al., 2020).<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
11
Artigo 1<br />
Em 2020, Eslamifar e colaboradores<br />
Esses fatores, consequentemente<br />
doenças circulatórias. Porém, é<br />
iniciariam uma pesquisa sobre a<br />
induzem a expressão anormal de<br />
necessária uma avaliação prévia do<br />
proteína S de superfície do vírus<br />
TF e o aumento desse vírus no<br />
caso do paciente para orientá-lo<br />
SARS-CoV-2, que causa a doença<br />
corpo humano. Essa importante<br />
acerca do uso dessa enzima, pois,<br />
COVID-19 (um coronavírus).<br />
pesquisa sobre o coronavírus que<br />
a superdosagem pode gerar efeitos<br />
Essa proteína “S”se liga ao seu<br />
provoca esse desarranjo, como<br />
colaterais, principalmente em<br />
receptor, uma transmembrana<br />
a<br />
expressão e liberação de TF<br />
hemofílicos, pois, a nattoquinase<br />
alvo, denominado como enzima<br />
em células supracitadas, podem<br />
poderia pronunciar o distúrbio<br />
conversora de angiotensina 2<br />
desempenhar um papel crítico no<br />
de coagulação associado a essa<br />
(ACE2) que está presente em<br />
desenvolvimento da coagulopatia.<br />
patologia.<br />
várias células, tais como, linfócitos,<br />
Porém, não há até o momento,<br />
células alveolares, monócitos,<br />
estudos sobre dietas com a<br />
Conclusão<br />
macrófagos e plaquetas. Dessa<br />
nattoquinase aos pacientes com<br />
Conclui-se que notórios são os<br />
forma, para que ocorra a ativação<br />
COVID-19.<br />
benefícios das propriedades<br />
da coagulação, observando que<br />
terapêuticas medicinais da<br />
esta é realizada sob a forma de<br />
A nattoquinase possui uma grande<br />
nattoquinase em seres humanos.<br />
um sistema em cascata e, iniciada<br />
importância para a Saúde Humana.<br />
Permite restaurar o fluxo sanguíneo<br />
por hemostasia atrelada pelo<br />
É uma enzima que como já citado,<br />
de uma artéria ou veia, diminuindo<br />
fator tecidual (TF – factor tissue).<br />
produz efeitos “trombolíticos”<br />
os riscos de morte ou lesões<br />
Como um “machudado! tecidual<br />
e fibrinolíticos. Esses efeitos<br />
incuráveis, ocasionadas por uma<br />
que precisa ser fechado, o fator TF<br />
são extremamente importantes<br />
enfermidade do sistema circulatório,<br />
desempenha a ativação do sistema<br />
para amenizar e tratar diversas<br />
especificamente<br />
relacionadas<br />
de coagulação durante a infecção<br />
patologias associadas aos sistemas:<br />
à distúrbios de dissociação de<br />
viral. Diversas infecções virais são<br />
cardiovascular e pulmonar, além de<br />
coagulação, como a formação de<br />
causadas por inumeros fatores de<br />
reduzir os efeitos graves de doenças<br />
trombose, acidente vascular cerebral<br />
coagulopatia, tais como as citocinas<br />
como embolia pulmonar, trombose<br />
(AVC), aterosclerose, hipertensão e<br />
inflamatórias e a inativação de<br />
e até pode até realizar a regulação da<br />
embolia pulmonar e, recentemente,<br />
TLRs que são receptores teciduais<br />
pressão arterial. Ela pode prevenir<br />
questiona-se sobre a ação sistêmica<br />
12<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
que reconhecem e defendem as<br />
infecções, ou seja, não atuam<br />
sobre esses específicos vírus.<br />
tromboses profundas, aterosclerose<br />
e varizes. Pode também agir como<br />
um poderoso anticoagulante em<br />
do vírus SARS-CoV-2, que está<br />
causando a doença COVID-19, pois<br />
há pesquisas e relatos que relacionam
que o vírus pode influenciar na<br />
formação de pequenos coágulos<br />
e trombose, evoluindo a doença<br />
em pacientes em estado grave.<br />
Dessa maneira, se faz necessária<br />
a introdução de quantidade de<br />
doses de nattoquinase na dieta,<br />
como forma de terapia medicinal<br />
em pacientes que apresentam as<br />
patologias associadas relatadas<br />
acima, além do acompanhamento<br />
por especialistas e o incentivo aos<br />
novos estudos sobre os efeitos<br />
benéficos do B. subtillis natto,<br />
no desenvolvimento de novos<br />
medicamentos para o COVID-19,<br />
em outros animais, vegetais e na<br />
saúde humana e no meio ambiente.<br />
Portanto, a nattoquinase pode ser<br />
uma grande aliada como alimento<br />
preventivo e funcional produzido<br />
por uma “bactéria do bem” (o bacilo<br />
Nattô) e mantenedora de um ciclo<br />
de vida saudável.<br />
Referências bibliográficas<br />
CHANG, Y. Y.; LIU, J. S.; LAI, S. L., WU, H. S.; LAN, M.<br />
Y. Cerebellar hemorrhage provoked by combined use<br />
of nattokinase and aspirin in a patient with cerebral<br />
microbleeds. Internal Medicine, 47(5), p.467-469. 2008.<br />
Disponível em: < https://www.jstage.jst.go.jp/article/<br />
internalmedicine/47/5/47_5_467/_pdf/-char/en><br />
ESLAMIFAR, Z.; BEHZADIFARD, M.; SOLEIMANI, M.;<br />
BEHZADIFARD, S. Coagulation abnormalities in SARS-<br />
CoV-2 infection: overexpression tissue factor. A review.<br />
Thrombosis Journal 18:38 p.1-4. 2020. Disponível em:<br />
<br />
FAO/WHO. Food and Agriculture Organization of the United<br />
Nations and Word Health Organization. Human Vitamin<br />
and Mineral Requirements. In: Food and Nutrition Division.<br />
Bangkok, Thailand. 302p. 2002. Disponível em: <br />
FUJITA, M., HONG, K., ITO, Y., FUJII, R., KARIYA, K.;<br />
NISHIMURO, S. Efeito trombolítico da nattoquinase em um<br />
modelo de trombose induzida quimicamente em ratos.<br />
Biological and Pharmaceutical Bulletin, 18 (10), p.1387-<br />
1391, 1995.<br />
NAP – The National Academies Press. Dietary reference<br />
intakes: the essential guide to nutrient requirements.<br />
Editors: Jennifer J. Otten, Jennifer Pitzi Hellwig & Linda D.<br />
Meyers. p. 1344. 2006. ISBN 978-0-309-10091-5. DOI<br />
10.17226/11537<br />
SILVA, M. E. C. & RODRIGUES, R.B. Bacillus subtilis uma<br />
bactéria universal para o bem da biocenose? Palestra<br />
proferida em áudio no III Encontro Nacional de Pós-Graduação<br />
em doenças Tropicais e Infecciosas. Apoio: FMUSP, UNIFESP,<br />
Fiocruz, UFG, Cevap, UFMS, UEA e FMP. 2020. Disponível em:<br />
<br />
SUMI, H.; HAMADA, H.; NAKANISHI, K.; HIRATANI, H.<br />
Enhancement of the fibrinolytic activity in plasma by oral<br />
administration of nattokinases. Acta haematologica, 84(3),<br />
p.139-143,1990.<br />
LAMPE, B.J.; ENGLISH, J.C. Toxicological assessment of<br />
nattokinase derived from Bacillus subtilis var. natto. Food<br />
and Chemical Toxicology, v. 88, p. 87-99, 2016.<br />
WU, H.; WANG, Y.; ZHANG, Y.; XU F.; CHEN, J.; DUAN, L.;<br />
ZHANG. T.; WANG. J.; ZHANG. F. Breaking the vicious loop<br />
between inflammation, oxidative stress and coagulation,<br />
a novel anti-thrombus insight of nattokinase by inhibiting<br />
LPS-induced inflammation and oxidative stress. Redox<br />
biology, v.32. 2020. Disponível em: <br />
Complemento Normativo - Artigo 1<br />
Referente ao artigo 1<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
A IMPORTÂNCIA DO BACILLUS SUBTILIS NATTO NA PRODUÇÃO DE UMA ENZIMA ESPECIAL COM<br />
PROPRIEDADES MEDICINAIS: A NATTOQUINASE<br />
ISO 18153<br />
In vitro diagnostic medical devices — Measurement of quantities<br />
in biological samples — Metrological<br />
traceability of values for catalytic concentration of enzymes<br />
assigned calibrators and control materials<br />
Norma publicada em: 08/2003. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Sistemas de teste de diagnóstico in vitro<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: A importância do Bacillus Subtilis natto na produção de uma enzima<br />
especial com propriedades medicinais: a nattoquinase.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/31718.html<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
13
Artigo 2<br />
O QUE É MICOPLASMA?*<br />
Por: Sartorius do Brasil<br />
*Texto original publicado no Blog Science Snippets da Sartorius.<br />
Disponível em Inglês na página: https://www.sartorius.com/<br />
en/knowledge/science-snippets/what-is-mycoplasma-693938<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Os micoplasmas são os menores<br />
Eles são capazes de escapar das<br />
Isso resultou nas espécies<br />
organismos<br />
autorreplicantes<br />
defesas celulares do hospedeiro<br />
micoplasma como sendo uma<br />
atualmente conhecidos pela<br />
para sobreviver dentro das células.<br />
fonte difundida de contaminação<br />
ciência. Comuns na natureza,<br />
• Seu pequeno tamanho significa<br />
de cultura de células, e os<br />
eles são um grupo de bactérias<br />
que não podem ser observados à<br />
micoplasmas são um grande<br />
simples caracterizadas pela falta<br />
microscopia óptica e são capazes de<br />
problema para a indústria<br />
de uma parede celular e de um<br />
passar por filtros antibacterianos;<br />
biofarmacêutica.<br />
pequeno genoma. Muitas espécies<br />
• Muitos antibióticos comuns usados<br />
de Micoplasma são encontradas<br />
para proteger contra contaminantes<br />
Efeitos da contaminação por<br />
no trato respiratório de animais,<br />
bacterianos durante a cultura de<br />
micoplasma<br />
onde foram associadas a doenças<br />
células são ineficazes devido à falta<br />
Devido à sua incapacidade<br />
- por exemplo, a Mycoplasma<br />
de parede celular na bactéria;<br />
de produzir várias moléculas<br />
pneumoniae é uma das principais<br />
• Nem a presença da bactéria<br />
essenciais para a vida, as espécies<br />
causas de infecções respiratórias<br />
contaminante ou as alterações<br />
de micoplasma devem viver<br />
em humanos. Assim como as<br />
morfológicas consequentes da<br />
como parasitas dentro das células<br />
infecções clínicas, os micoplasmas<br />
célula podem ser facilmente<br />
hospedeiras para se replicar. As<br />
são contaminantes frequentes das<br />
identificadas visualmente usando<br />
bactérias são capazes de invadir<br />
culturas de células de mamíferos<br />
microscópios de luz, tornando a<br />
células de mamíferos para obter<br />
14<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
por uma infinidade de razões.<br />
contaminação difícil de detectar.<br />
acesso a precursores biossintéticos
e outros nutrientes. Este processo<br />
padrão ouro atual. No entanto, várias<br />
de teste (micoplasmastase)<br />
pode alterar drasticamente o<br />
autoridades, incluindo a Agência<br />
e isso envolve aumentar o<br />
metabolismo da célula hospedeira.<br />
Europeia de Medicamentos (EMA)<br />
material de teste com níveis<br />
Além disso, células contaminadas<br />
e a Administração de Alimentos e<br />
baixos de micoplasmas, como M.<br />
podem apresentar alterações<br />
Medicamentos dos Estados Unidos<br />
pneumoniae ou Mycoplasma orale,<br />
cromossômicas induzidas e<br />
(FDA), também permitem métodos<br />
e demonstrar recuperação.<br />
variação na expressão gênica.<br />
baseados em tecnologias baseadas<br />
Essas mudanças podem reduzir<br />
em ácido nucléico (baseados em<br />
Método ágar e caldo<br />
drasticamente o rendimento e<br />
NAT), como PCR, após validação<br />
O método de cultura direta permite a<br />
comprometer a segurança dos<br />
apropriada do ensaio.<br />
detecção de uma grande variedade<br />
produtos biofarmacêuticos.<br />
de espécies de Micoplasma. O<br />
A Sartorius oferece uma variedade<br />
material de teste é usado para<br />
Testagem para micoplasmas<br />
de testes para a detecção de<br />
inocular diretamente ágar e<br />
Os regulamentos de segurança<br />
micoplasmas e pode fornecer<br />
caldo projetado especificamente<br />
exigem a demonstração da ausência<br />
orientação aos clientes sobre qual<br />
para apoiar o crescimento de<br />
de níveis detectáveis de micoplasmas<br />
teste é mais adequado para seu<br />
micoplasmas. As placas de ágar<br />
no produto por meio de testes<br />
material de teste.<br />
são incubadas durante 14 dias. As<br />
obrigatórios. Terceirizar esse teste<br />
culturas de caldo são cultivadas<br />
pode garantir que ele seja executado<br />
A qualificação de ensaios de<br />
durante 21 dias, com subculturas<br />
de acordo com as especificações<br />
detecção de micoplasma validados<br />
tomadas para inocular mais placas<br />
estabelecidas pelos padrões<br />
deve ser realizada na presença de<br />
de ágar. Essas placas são então<br />
regulatórios. Muitas das diretrizes<br />
material de teste antes do teste.<br />
observadas<br />
microscopicamente<br />
descrevem o uso do método de<br />
Isso é para detectar qualquer<br />
quanto à presença de colônias de<br />
ágar e caldo e o teste de cultura de<br />
inibição do crescimento de<br />
Micoplasma. Controles positivos<br />
células indicadoras in vitro como o<br />
micoplasma causada pelo material<br />
de duas espécies de micoplasma<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
15
Artigo 2<br />
também são inoculados durante<br />
ensaio, espécies não cultiváveis<br />
e indiretos tradicionais de detecção<br />
o teste. A espécie exata usada<br />
que dependem de células de<br />
de micoplasma. O benefício desses<br />
depende do tipo de amostra que<br />
mamíferos para o crescimento<br />
métodos é o tempo de teste rápido,<br />
está sendo testada.<br />
podem ser detectadas.<br />
permitindo uma tomada de decisão<br />
mais veloz e uma quarentena mais<br />
Cultura de células indicadoras<br />
A combinação das abordagens direta<br />
rápida do material contaminado<br />
in vitro<br />
e indireta permite a identificação<br />
durante a fabricação de biofármacos.<br />
Para o método de cultura de células<br />
de uma ampla gama de espécies<br />
Para que os ensaios sejam<br />
indicadoras indiretas, células Vero<br />
de micoplasma. O benefício desses<br />
validados, eles devem primeiro ser<br />
ou outra linha celular apropriada<br />
métodos combinados é que,<br />
comparáveis ou melhores do que<br />
são inoculadas com o material de<br />
devido à presença de um período<br />
os testes tradicionais e fornecer<br />
teste e incubadas por três dias.<br />
de incubação, os micoplasmas<br />
ampla detecção de espécies de<br />
As células são posteriormente<br />
podem se replicar, aumentando<br />
micoplasma.<br />
fixadas e coradas com corante de<br />
a sensibilidade do ensaio. No<br />
fluorescência que pode se ligar ao<br />
entanto, este período de incubação<br />
A Sartorius fornece um ensaio de<br />
DNA, como a coloração Hoechst<br />
também prolonga o período de<br />
PCR em tempo real totalmente<br />
ou<br />
4'6-diamidino-2-fenilindol<br />
teste, atrasando o tempo em que<br />
validado e qualificado para a<br />
(DAPI). As células podem então<br />
qualquer contaminação pode ser<br />
detecção de micoplasmas, que está<br />
ser observadas sob microscopia de<br />
confirmada.<br />
em conformidade com a seção 2.6.7<br />
fluorescência. Os contaminantes<br />
da Farmacopeia Europeia. Para este<br />
do Micoplasma são identificados<br />
PCR rápido para micoplasma<br />
ensaio, o ácido nucleico é extraído<br />
por seu agrupamento extranuclear<br />
Várias autoridades, incluindo a EMA<br />
de quaisquer células de micoplasma<br />
característico ou padrões de<br />
e a FDA, aceitam testes alternativos<br />
presentes na amostra, tanto de<br />
coloração filamentosos dentro<br />
baseados em NAT como um<br />
organismos livres quanto de células<br />
16<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
das células. Através deste<br />
substituto para os métodos diretos<br />
hospedeiras. Após a extração e
purificação, o DNA é submetido a<br />
PCR em tempo real para identificar e<br />
quantificar baixos níveis de sequências<br />
alvo específicas para Micoplasma. O<br />
material de teste enriquecido com<br />
Controle Positivo Discriminatório de<br />
Micoplasma também é executado no<br />
ensaio Sartorius Stedim BioOutsource.<br />
É usado para identificar qualquer<br />
inibição causada pela amostra na<br />
detecção de micoplasma.<br />
Conclusão<br />
O teste de micoplasmas é<br />
essencial para garantir a<br />
segurança e a eficiência da<br />
fabricação de biofármacos e<br />
a detecção e quarentena de<br />
material contaminado para evitar<br />
a disseminação do organismo<br />
dentro das instalações de<br />
produção. Podemos fornecer<br />
testes usando o método direto e<br />
indireto e um PCR em tempo real<br />
totalmente validado para teste<br />
rápido de material de teste. Os<br />
testes seguem as especificações<br />
estabelecidas por vários órgãos<br />
reguladores, incluindo a EMA e a<br />
FDA, fornecendo a documentação<br />
necessária para o lançamento de<br />
biofármacos no mercado.<br />
Complemento Normativo - Artigo 2<br />
Referente ao artigo 2<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
O que é Micoplasma?<br />
ISO/TS 16782<br />
Clinical laboratory testing — Criteria for acceptable lots of<br />
dehydrated Mueller-Hinton agar and broth for antimicrobial<br />
susceptibility testing<br />
Norma publicada em: 10/2016. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: O que é Micoplasma?<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/72141.html<br />
DIN EN ISO 20776-1<br />
Susceptibility testing of infectious agents and evaluation of<br />
performance of antimicrobial susceptibility test devices - Part<br />
1: Broth micro-dilution reference method for testing the in<br />
vitro activity of antimicrobial agents against rapidly growing<br />
aerobic bacteria involved in infectious diseases<br />
Norma publicada em: 12/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Artigo: O que é Micoplasma?<br />
Entidade: DIN.<br />
País de procedência/Região: Alemanha.<br />
https://www.beuth.de/en/standard/din-en-iso-20776-1/327027052<br />
ISO 16256<br />
Clinical laboratory testing and in vitro diagnostic test systems -<br />
Reference method for testing the in vitro activity of antimicrobial<br />
agents against yeast fungi involved in infectious diseases<br />
Norma publicada em: 12/2012. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Sistemas de teste de diagnóstico in vitro<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: O que é Micoplasma?<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/56027.html<br />
DIN EN ISO 20776-2<br />
Clinical laboratory testing and in vitro diagnostic test systems<br />
- Susceptibility testing of infectious agents and evaluation<br />
of performance of antimicrobial susceptibility test - Part 2:<br />
Evaluation of performance of antimicrobial susceptibility test<br />
devices against reference broth micro-dilution<br />
Norma em desenvolvimento em: 05/<strong>2021</strong>. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Artigo: O que é Micoplasma?<br />
Entidade: DIN.<br />
País de procedência/Região: Alemanha.<br />
https://www.beuth.de/en/draft-standard/din-en-iso-20776-2/337580388<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
17
Espectrometria de Massa<br />
O DEFEITO DE MASSA<br />
NA ESPECTROMETRIA DE MASSAS<br />
Por Oscar Vega Bustillos*<br />
Em aritmética, a soma é definida<br />
(massa do nêutron), mais duas<br />
Quem descobriu esta esplendida<br />
como o resultado que se obtém<br />
vezes o número 0,000548 (massa<br />
dedução atómica foi nada menos<br />
quando é adicionado dois ou mais<br />
do elétron), o resultado da soma<br />
que Albert Einstein em 1905 em<br />
números. Porém, na espectrometria<br />
será 4,032978 u. Diferente da massa<br />
seu esplendido trabalho sobre a<br />
de massas a soma não funciona<br />
analisada pelo espectrômetro<br />
relatividade [1].<br />
assim. A soma de todas as massas das<br />
de massas, sendo a diferença<br />
partículas fundamentais (próton,<br />
de 0,030375 u. Esta diferença é<br />
A energia de ligação é o<br />
nêutron e elétron) separadamente,<br />
chamada na física de defeito de<br />
equivalente de energia do defeito<br />
não corresponde á massa do átomo<br />
massas nuclear. A natureza utiliza<br />
de massa de acordo com a teoria<br />
formado (Figura 1). Por exemplo,<br />
esta diferença de massa para unir<br />
de equivalência de energia de<br />
a massa do átomo do Hélio,<br />
os núcleons na formação do átomo<br />
massa de Einstein. A energia de<br />
analisada por um espectrômetro<br />
de Hélio. Este defeito de massa<br />
ligação nuclear é a fonte de energia<br />
de massas de alta resolução é<br />
é denominado na física nuclear<br />
do sol e de usinas nucleares.<br />
igual a 4,002603 u. (unidades<br />
como energia de ligação, isto é,<br />
A equação da Física Moderna<br />
de massa atômica). Adicionando<br />
a natureza utiliza um pedaço de<br />
E=mc2 encontrada na “Teoria da<br />
as massas de dois prótons, dois<br />
massa dos núcleons para convertê-<br />
Relatividade”, foi desenvolvida<br />
nêutrons e dois elétrons, podemos<br />
la em energia de união ou ligação<br />
pelo físico alemão Albert Einstein.<br />
formar um átomo de Hélio (42He).<br />
do núcleo coeso e sem repulsão<br />
Esta equação determina a relação<br />
Adicionando duas vezes o número<br />
ou separação. Este fenômeno<br />
da transformação da massa de um<br />
18<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
1,007276 (massa do próton), mais<br />
duas vezes o número 1,008665<br />
é explorado poeticamente por<br />
muitos admiradores da natureza.<br />
objeto em energia e vice-versa,<br />
onde "E" representa a energia, "m"
Espectrometria de Massa<br />
a massa e "c" a velocidade da luz,<br />
considerada a única constante do<br />
Universo. Sabendo que a velocidade<br />
da luz é de aproximadamente<br />
300.000 km/s, a Teoria da<br />
Relatividade pressupõe que, caso<br />
uma massa conseguisse superar a<br />
Fonte: http://vegascience.blogspot.com<br />
Figura 1: A soma de todas as massas das partículas<br />
fundamentais, (dois prótons, dois nêutrons e dois elétrons)<br />
separadamente, é de 4,032978 u. Mas, não corresponde<br />
á massa do átomo de Hélio formado (4₂He) de 4,002603<br />
u. Esta diferença é denominada “defeito de massa” e<br />
corresponde á energia de ligação no núcleo atômico<br />
definida pela equação E = m c2.<br />
Fonte: J. Am. Soc. Mass Spectrom. (2017) 28:1836-1843<br />
Figura 3: Defeito de massa Kendrick versus massa nominal<br />
Kendrick para cerca de 1000 picos de íons de massa ímpar<br />
de um ESI/FT-ICR espectro de massas de uma amostra de<br />
petróleo bruto.<br />
velocidade da luz, ela ultrapassaria<br />
a barreira da quarta dimensão<br />
tempo-espaço. A Figura 2 apresenta<br />
a energia de ligação dos núcleons<br />
em função da massa dos isótopos<br />
Fonte: J. Am. Soc. Mass Spectrom. (2017) 28:1836-1843<br />
Figura 2: Energia de ligação dos núcleons em função da<br />
massa dos isótopos mais abundantes. O máximo é da massa<br />
56 correspondente ao átomo de Ferro.<br />
Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/<br />
pii/S2468170917301169<br />
Figura 4: Análise da fenetilamina via GC-TOFMS. Os dados<br />
de massas foram usados para desenvolver filtros do defeito de<br />
massa Kendrick com base no íon molecular e perdas neutras<br />
observadas em 2C-fenetilaminas.<br />
mais abundantes. Iniciando com o<br />
Hidrogênio e passando para átomos<br />
mais pesados, observamos que<br />
O conceito de defeito de massa<br />
Defeito de massa na química,<br />
a energia de ligação por núcleon<br />
aumenta e atinge um máximo<br />
em torno de 56, o número de<br />
massa do Ferro. Além do Ferro, a<br />
nuclear e a energia de ligação<br />
surgem no início do século 20,<br />
logo após que os pesos atômicos<br />
definida como a diferença entre a<br />
massa monoisotópica e a massa<br />
nominal, medido por meio de um<br />
espectro de massa de uma amostra<br />
energia de ligação por núcleon<br />
foram determinados com precisão<br />
complexa, tornou-se um critério<br />
diminui gradualmente. Portanto,<br />
os núcleons de massa média são os<br />
mais estáveis. Assim, o Ferro tem a<br />
maior energia de ligação sendo o<br />
núcleo mais estável.<br />
por métodos químicos. Os desvios<br />
das massas atômicas dos números<br />
inteiros foram investigados por<br />
espectrometria de massas.<br />
útil para classificar e identificar os<br />
compostos de interesse entre muitos<br />
picos de íons não relacionados. Isto<br />
foi utilizado pela primeira vez para<br />
visualizar e identificar diferentes<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
19
Espectrometria de Massa<br />
classes de compostos em amostras<br />
de petróleo e, posteriormente,<br />
aplicações encontradas em estudos<br />
de metabolismo e farmacocinética<br />
de drogas com a identificação de<br />
compostos endógenos em amostras<br />
biológicas complexas [2].<br />
Os defeitos de massa nuclear e<br />
química são ambos causados pela<br />
força nuclear forte. No entanto,<br />
apesar de sua origem comum<br />
e relacionamento próximo, são<br />
conceitos diferentes. O defeito<br />
de massa na física nuclear é um<br />
parâmetro absoluto, enquanto o<br />
defeito de massa na química é um<br />
valor relativo. Defeito de massa<br />
nuclear e energia de ligação são<br />
propriedades intrínsecas com<br />
valores fixos para um certo átomo.<br />
Por outro lado, o defeito da massa<br />
química não é um defeito de valor<br />
e depende da escala de massa.<br />
Defeito de massa nuclear reflete<br />
uma propriedade física, enquanto<br />
o defeito da massa química é uma<br />
convenção em que o carbono tem<br />
defeito de massa igual a zero.<br />
Considerando as diferenças entre<br />
os defeitos de massa nuclear e<br />
defeitos de massa química, propõese<br />
para se referir a este último como<br />
excesso de massa. Isso eliminará a<br />
confusão em torno do uso do termo<br />
defeito de massa, especialmente<br />
entre diferentes disciplinas e irá<br />
harmonizar as terminologias<br />
utilizadas em física nuclear e<br />
espectrometria de massa.<br />
Referindo-se ao defeito de massa<br />
nuclear e química simplesmente<br />
como defeito em massa pode<br />
causar alguma confusão semântica,<br />
especialmente quando discutido<br />
entre um público mais amplo de<br />
diferentes disciplinas. Por exemplo,<br />
o defeito da massa nuclear para<br />
o carbono-12 (12C) é 0,1 u. que<br />
quando convertida em energia é<br />
igual à energia de ligação do núcleo<br />
(prótons e nêutrons no núcleo) de<br />
7,7 Mega-elétrons Volts (MeV) para<br />
um átomo de carbono. Por outro<br />
lado, 12C com a massa atômica<br />
de 12,0000 u. (selecionado como<br />
um valor inteiro, por convenção,<br />
para definir a escala de unidade<br />
de massa atômica) tem um defeito<br />
de massa química de zero quando<br />
tratada pela análise espectral de<br />
massa e isso pode ser incorreto se<br />
for interpretado como o equivalente<br />
à energia de ligação zero para o<br />
carbono.<br />
Enquanto defeito de massa nuclear<br />
reflete uma propriedade física, o<br />
20<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong>
Espectrometria de Massa<br />
defeito de massa química não é e<br />
se baseai em uma convenção de<br />
que o carbono tem um defeito de<br />
massa de zero. Propõe-se que se<br />
refira ao defeito de massa química<br />
como excesso de massa, a fim de<br />
eliminar a confusão em torno do<br />
uso do termo defeito de massa.<br />
Por que as massas atômicas não<br />
são números inteiros? A missão de<br />
responder a esta pergunta e avaliar<br />
a divergência nas massas atômicas<br />
de números inteiros levaram ao<br />
conceito nuclear de defeito de massa<br />
e energia de ligação. Mais tarde,<br />
na química, o defeito de massa<br />
desempenhou um papel importante<br />
na análise espectral de massas.<br />
A massa de Kendrick é usada<br />
para auxiliar na identificação de<br />
moléculas de estrutura química<br />
semelhante a partir de picos em<br />
espectros de massa. O método<br />
de determinação da massa foi<br />
sugerido em 1963 pelo químico<br />
Edward Kendrick. A massa de<br />
Kendrick é obtida multiplicando<br />
a massa medida por um fator<br />
numérico (Figura 3). Para sistemas<br />
de hidrocarbonetos, é utilizada<br />
uma conversão simples entre<br />
a massa exata de uma unidade<br />
de metileno (CH2) para a massa<br />
nominal de CH2. Todos os valores<br />
m/z são multiplicados pela razão<br />
14,0000/14,01565, simplificando<br />
ainda mais a exibição e fazendo<br />
padrões de pico retilíneos<br />
aparentes para compostos do<br />
mesmo tipo, mas com diferentes<br />
comprimentos de cadeia no<br />
mesmo eixo vertical [3]. A Figura 4<br />
apresenta análise da fenetilamina,<br />
conhecida como "hormônio da<br />
paixão", via GC-TOFMS. Os dados<br />
de massas foram usados para<br />
desenvolver filtros do defeito<br />
de massa Kendrick com base no<br />
íon molecular e perdas neutras<br />
observadas em 2C-fenetilaminas.<br />
Referências bibliográficas<br />
1 W. Isaacson. “Einstein”. Ed. Companhia Das<br />
Letras. 2008.<br />
2 S. Pourshahian. “Mass defect from nuclear<br />
physic to mass spectral analysis”. J. Am. Soc.<br />
Mass Spectrom. 28: 1836. 2017.<br />
3 L. Sleno. “The use of mass defect in modern<br />
mass spectrometry”. J. Mass Spectrom. 47,<br />
226. 2012.<br />
Oscar Vega Bustillos<br />
Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente CQMA do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN/CNEN-SP<br />
Tel.: 55 11 2810 5656 - E-mail: ovega@ipen.br - Site: www.vegascience.blogspot.com.br<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
21
Logística Laboratorial<br />
CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO<br />
E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE<br />
PRIME STORAGE RECEBE CERTIFICADO<br />
DE BOAS PRÁTICAS DA ANVISA<br />
(11) 4280-9110<br />
www.primestorage.com.br<br />
22<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
A Prime Storage, é uma empresa de armazenamento<br />
de carga, fundada em 06<br />
de janeiro de 2011, especializada em armazenar<br />
produtos para a área da saúde,<br />
contamos hoje com estrutura adequada<br />
e disponível para a pronta utilização, uma<br />
equipe de profissionais capacitados, que<br />
nos permite o pronto atendimento das<br />
necessidades de nossos clientes, se compromete<br />
a garantir as boas práticas da<br />
ANVISA em todos os processos de armazenagem<br />
e distribuição.<br />
A Prime Storage, procura melhorar<br />
continuamente o serviço prestado de<br />
armazenagem de produtos para saúde,<br />
tal como os seus processos e métodos<br />
de controle com o objetivo de corresponder<br />
e antecipar-se às exigências de<br />
qualidade dos seus clientes, os requisitos<br />
estatutários e regulamentares.<br />
Recentemente a Prime Storage obteve<br />
junto a ANVISA a certificação de Boas<br />
práticas de Armazenagem e Distribuição<br />
de produtos para a saúde.<br />
A CBPDA – Certificado de Boas Práticas<br />
de Armazenamento e Distribuição<br />
é um conjunto de procedimentos<br />
obrigatórios criados para garantir<br />
padrões de qualidade, integridade e<br />
segurança dos produtos nos processos<br />
de armazenagem, transporte e<br />
comercialização.<br />
O conceito de boas práticas tem<br />
como pilar o treinamento e capacitação<br />
das equipes, rastreabilidade<br />
de produtos e processos, medição e<br />
monitoramento, além de auditorias e<br />
autoinspeções.<br />
É fundamental cumprir as boas práticas<br />
da ANVISA não somente por estar<br />
cumprindo com a legislação vigente<br />
más também para garantir a qualidade<br />
dos produtos para consumo.<br />
O grande desafio das Boas Práticas é a<br />
manutenção e controle de seus requisitos<br />
devido aos inúmeros processos envolvidos<br />
no armazenamento ou na distribuição dos<br />
produtos, contando com diversas variáveis<br />
envolvidas nos procedimentos.<br />
Implementar corretamente as Boas<br />
Práticas de Armazenagem e manter<br />
o nível de qualidade dos serviços é<br />
um desafio diário.<br />
Tâmisa Barbosa de Lima<br />
Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade
ÁGUAS PARA LABORATÓRIO E INDÚSTRIA<br />
Tecnologias Químicas<br />
Responsáveis pelo Projeto: Gerciano Teixeira da Cruz, Maria José Ulian, Rui Peruzzo, Sergio Ricardo Pinto dos Santos.<br />
Orientadores: Marcos Roberto Ruiz e Paulo Roberto da Silva Ribeiro.<br />
Podemos tomar água pura?<br />
Quanto aos laboratórios, a<br />
A destilada é obtida pelo<br />
Quimicamente a resposta é não,<br />
pois, a água pura é isenta de todos<br />
os cátions e ânions, popularmente<br />
os minerais, nesta condição a água,<br />
caso for ingerida com frequência,<br />
vai provocar uma desmineralização<br />
através do processo osmótico<br />
ocasionando uma série de doenças.<br />
A água que deve ser ingerida por<br />
todos, chama-se potável e possui<br />
características que constam na<br />
Portaria n° 2.914 do Ministério da<br />
Saúde.<br />
água tem grande importância e<br />
utilização, como no preparo de<br />
soluções, de padrões, lavagem<br />
de vidrarias, tampões, meio de<br />
cultura, enfim são inúmeras as<br />
aplicações. Devido a sua aplicação<br />
específica para cada processo<br />
no laboratório, fatores analíticos<br />
devem ser monitorados. As águas<br />
mais presentes nos laboratórios<br />
são a destilada, deionizada e a<br />
ultrapurificada.<br />
aquecimento até a ebulição e na<br />
sequência a condensação, essa<br />
operação remove grande parte dos<br />
contaminantes, em especial cloretos<br />
e carbonatos, para isso utiliza-se os<br />
destiladores, entretanto, nessa água<br />
alguns íons continuam presentes.<br />
A água deionizada muito utilizada<br />
nas análises de absorção atômica, ICP,<br />
cromatografia líquida, é produzida no<br />
deionizadores que possuem colunas<br />
(resinas de troca iônica) carregadas<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
23
Tecnologias Químicas<br />
com cargas elétricas que atraem os<br />
íons presentes na água, essa água<br />
possui condutividade elétrica menor<br />
que a destilada, o que é importante<br />
para as análises nos equipamentos<br />
citados. A ultrapurificada é<br />
produzida nos ultrapurificadores que<br />
são um conjunto de equipamentos<br />
com funções individualizadas, como<br />
deionizador, ultrafiltração, osmose<br />
reversa, luz ultravioleta, entre<br />
outros que variam de acordo com o<br />
fabricante, nessa água são removidos<br />
compostos orgânicos, inorgânicos,<br />
material dissolvido e particulado.<br />
São muitas pesquisas para redução<br />
de consumo de água em várias<br />
atividades, principalmente a<br />
industrial que é a segunda que<br />
mais consome água, um exemplo<br />
são as usinas de etanol e açúcar,<br />
para produzir um litro de etanol<br />
são consumidos 25 litros de água,<br />
que em geral são reaproveitadas<br />
no processo. Entretanto, 3 litros são<br />
denominados de flegmaça que não<br />
é reutilizada.<br />
Em 2020 um grupo de alunos*<br />
desenvolveu uma sequencia de<br />
operações para transformar a<br />
flegmaça em água deionizada. Essa<br />
água já tratada pode ser utilizada<br />
para gerar o vapor nas caldeiras, e<br />
assim entra no ciclo para a produção<br />
de açúcar e etanol novamente,<br />
reduzindo custos para a usina e<br />
contribuindo com o meio ambiente.<br />
Também de forma alternativa, essa<br />
água pode ser distribuída como<br />
água deionizada para laboratórios<br />
de escolas, universidades e centros<br />
de pesquisas, que já adquirem esse<br />
produto muitas vezes por falta de<br />
deionizadores.<br />
Para a produção da água deionizada,<br />
a flegmaça foi conduzida ao<br />
laboratório, onde foram realizadas<br />
as análises físico-químicas, pH,<br />
condutividade, temperatura, cor,<br />
teor alcoólico, dureza e sílica,<br />
estes parâmetros são importantes<br />
para caracterização da amostra.<br />
Na sequência a flegmaça foi<br />
encaminhada para uma operação<br />
de filtração com carvão ativado<br />
para remoção de odores e alguns<br />
contaminantes.<br />
E após a filtração, a água foi<br />
conduzida para um deionizador com<br />
resinas de troca iônica para obtenção<br />
da água deionizada, importante<br />
registrar que a flegmaça não saturou<br />
a resina, que após a deionização<br />
foi testada sua eficiência, em um<br />
processo industrial será necessário<br />
um deionizador compatível com o<br />
volume de produção.<br />
Também é interessante implantar<br />
um sistema de destilação para<br />
remoção de grande quantidade<br />
de íons e contaminantes e na<br />
sequencia a deionização da<br />
flegmaça, garantindo assim, maior<br />
vida útil da resina. No caso das<br />
usinas é possível utilizar para a<br />
operação de destilação, a energia<br />
gerada pela combustão do bagaço,<br />
neste caso o ciclo produtivo fica<br />
bem evidenciado.<br />
24<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong>
Metrologia<br />
CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA PARA<br />
A AGENDA 2030 DA ONU: OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO<br />
SUSTENTÁVEL FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL<br />
(ODS 2), IGUALDADE DE GÊNERO (ODS 5) E ÁGUA POTÁVEL E<br />
SANEAMENTO BÁSICO (ODS 6)<br />
Por Luciana e Sá Alves.<br />
Introdução<br />
Este artigo é o quarto artigo de um<br />
série que vai tratar do potencial<br />
de integração entre as funções de<br />
Tecnologia Industrial Básica (TIB)<br />
e o atendimento aos Objetivos<br />
de Desenvolvimento Sustentável<br />
(ODS), a partir das discussões<br />
presentes nas publicações “O papel<br />
da Metrologia no Contexto dos<br />
Objetivos de Desenvolvimento<br />
Sustentável” [1] e “Reiniciando a<br />
Infraestrutura da Qualidade para um<br />
Futuro Sustentável” [2]. O primeiro<br />
artigo, intitulado “Tecnologia<br />
Industrial Básica e os Objetivos<br />
de Desenvolvimento Sustentável”,<br />
apresentou a definição de TIB e sua<br />
importância para o setor produtivo,<br />
a Agenda 2030 da ONU, os ODS e as<br />
publicações de referência. A partir do<br />
segundo artigo, o título de todos os<br />
artigos seguiu um modelo de manter<br />
o mesmo texto e modificar somente<br />
o subtítulo, adequando aos nomes<br />
dos ODS que serão discutidos e<br />
relacionados à TIB. O segundo artigo<br />
tratou dos ODS 1 - Erradicação da<br />
Pobreza e 3 - Saúde e Bem-Estar. O<br />
terceiro artigo discutiu a relação de<br />
TIB com os ODS 7 - Energia Limpa<br />
e Acessível, 9 - Indústria, Inovação<br />
e Infraestrutura e 13 – Mudanças<br />
Climáticas. A relação desses cinco<br />
ODS e a TIB foi estabelecida na<br />
publicação “O papel da Metrologia<br />
no Contexto dos Objetivos de<br />
Desenvolvimento Sustentável” [1],<br />
produzida em conjunto pela UNIDO,<br />
pelo BIPM e pela OIML. Este quarto<br />
artigo inicia a apresentação das<br />
relações entre ODS e TIB abordadas<br />
no documento “Reiniciando a<br />
Infraestrutura da Qualidade para um<br />
Futuro Sustentável” , publicado em<br />
dezembro de 2019 pela UNIDO [2]<br />
. Este documento discute de 12 dos<br />
17 ODS existentes na Agenda 2030<br />
(ODS 1,2,3,5,6,7,8,9,12,13,14,15),<br />
mas os artigos apresentarão<br />
somente aqueles ODS que não foram<br />
discutidos no primeiro documento de<br />
referência [1]. Neste quarto artigo,<br />
os ODS abordados serão ODS 2 –<br />
Fome Zero e Agricultura Sustentável,<br />
ODS 5 – Igualdade de Gênero e ODS<br />
6 – Água Potável e Saneamento.<br />
Os objetivos da série de artigos são<br />
apresentar as relações discutidas nos<br />
documentos de referência, agregar<br />
explicações sobre os termos utilizados<br />
e, também, sobre a infraestrutura da<br />
qualidade no Brasil.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
25
Metrologia<br />
26<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
Objetivo de Desenvolvimento<br />
Sustentável 2 – Fome Zero e<br />
Agricultura Sustentável<br />
As oito metas do ODS 2 foram<br />
estabelecidas com o propósito<br />
de acabar com a fome, alcançar<br />
segurança alimentar e melhoria da<br />
nutrição e promover a agricultura<br />
sustentável. Alguns resultados<br />
esperados são [3]:<br />
• O fim da fome e da desnutrição;<br />
• A garantia de sistemas sustentáveis<br />
de produção de alimentos;<br />
• A implementação de práticas<br />
agrícolas resilientes que aumentam<br />
a produtividade e a produção,<br />
ajudando a manter ecossistemas<br />
e a fortalecer a capacidade para<br />
adaptação às mudanças climáticas;<br />
• A duplicação da produtividade<br />
agrícola e dos rendimentos dos<br />
pequenos produtores de alimentos;<br />
• A correção e a prevenção de<br />
restrições comerciais e distorções na<br />
agricultura mundial.<br />
Estes dois últimos resultados<br />
esperados com o atendimento ao<br />
ODS 2 têm relações estreitas com<br />
algumas funções de TIB.<br />
Para dobrar os rendimentos dos<br />
pequenos produtores, o controle<br />
metrológico legal de balanças e dos<br />
produtos pré-medidos assegura as<br />
trocas comerciais justas e corretas,<br />
tanto no pagamento dos produtores<br />
como na venda dos produtos<br />
processados.<br />
Um dos mecanismos para evitar<br />
as restrições comerciais é o<br />
estabelecimento de Acordos<br />
de Reconhecimento Mútuo<br />
que permitem a utilização<br />
dos resultados de ensaios e<br />
calibrações e de certificados para<br />
sistemas de gestão e produtos.<br />
A competência da entidade que<br />
fornece os resultados ou emite<br />
os certificados é reconhecida de<br />
forma independente por meio<br />
do processo de Acreditação,<br />
gerenciado, no Brasil, pela<br />
Coordenação Geral de<br />
Acreditação (Cgcre) que faz parte<br />
da estrutura organizacional do<br />
Instituto Nacional de Metrologia,<br />
Qualidade e Tecnologia (Inmetro).<br />
A Cgcre mantém sete acordos de<br />
reconhecimento (International<br />
Laboratory Accreditation<br />
Cooperation – ILAC; Interamerican<br />
Accreditation Cooperation –<br />
IAAC; International Accreditation<br />
Forum – IAF; American Aerospace<br />
Quality Group – AAQG; Program<br />
for the Endorsement of Forest<br />
Certification Schemes – PEFC;<br />
The Global Partnership for Good<br />
Agricultural Practice – Globalgap;<br />
Environmental Protection Agency<br />
– EPA) [4] e os resultados obtidos<br />
em laboratórios que compõem as<br />
Redes Brasileiras Calibração (RBC)<br />
[5] e de Laboratórios de Ensaio<br />
(RBLE) [6], dentro dos escopos<br />
dos acordos acima listados,<br />
eliminam a necessidade de reensaio<br />
de materiais e de produtos<br />
nos países importadores.<br />
Para atestar a concentração de<br />
determinadas substâncias em<br />
produtos de origem agrícola, é<br />
necessário ter os padrões para estas<br />
concentrações, ou seja, materiais<br />
que tem a concentração conhecida.<br />
Esses materiais são chamados de<br />
Materiais de Referência Certificados<br />
(MRC), considerados os padrões<br />
metrológicos em análises químicas.<br />
Alguns MRC relacionados à produção<br />
agrícola são: 8741 Suco de Laranja,<br />
8828 Compostos da Cachaça;<br />
8848 Etanol em água; 8507<br />
Carbamato de Etila (Cachaça); 8829<br />
Clorofenicol em leite em pó (origem<br />
em medicamentos veterinários<br />
administrados ao rebanho); 8363<br />
HPA Hidrocarbonetos Aromáticos<br />
Policíclicos (poluentes orgânicos<br />
persistentes no ambiente com<br />
origem em pesticidas). [7]
Metrologia<br />
A Normalização, uma outra função<br />
de TIB, é relacionada à alimentação<br />
por meio do comitê técnico 34<br />
da International Organization for<br />
Standardization (ISO TC-34). O<br />
comitê é formado por 16 subcomitês<br />
e nove grupos de trabalho, e discute<br />
temas como frutas, vegetais e<br />
produtos derivados; gorduras e<br />
óleos animais e vegetais; cacau;<br />
café; responsabilidade social e<br />
sustentabilidade. 903 padrões ISO<br />
já foram publicados e 101 padrões<br />
estão em desenvolvimento. [8] A<br />
Associação Brasileira de Normas<br />
Técnicas (ABNT) tem uma comissão<br />
espelho do grupo de trabalho ISO/<br />
TC 34/WG 16 Animal welfare que se<br />
chama ABNT/CEE-228 - Comissão<br />
de Estudo Especial de Bem-Estar<br />
Animal. [9]<br />
Em relação à Infraestrutura<br />
da Qualidade, o documento<br />
de referência [2] menciona a<br />
necessidade de considerar as<br />
diferenças de gênero em relação<br />
aos padrões e à padronização. O<br />
documento traz dois exemplos:<br />
• Os testes de colisão com manequins<br />
que reproduzem a anatomia de<br />
homens e desconsideram a anatomia<br />
de mulheres e de mulheres grávidas.<br />
Esses testes vão determinar a altura<br />
de instalação do cinto de segurança<br />
nos carros;<br />
• Padrões para configurações de<br />
ar-condicionado em escritórios são<br />
baseados na taxa metabólica de<br />
repouso de um homem de 40 anos,<br />
superestimando, em média de 20 a<br />
30%, a taxa metabólica de mulheres.<br />
pessoas são obrigadas a beber<br />
água contaminada, resultando<br />
em uma criança morrendo a cada<br />
minuto de cada hora de cada dia;<br />
4,5 bilhões de pessoas carecem de<br />
saneamento; cerca de 2,5 bilhões<br />
de pessoas, 36% da população<br />
mundial, vive em regiões com<br />
escassez de água, onde mais de<br />
20% do PIB global é produzido; a<br />
falta de água potável, saneamento<br />
e serviços de higiene são<br />
importantes fatores de risco para<br />
doenças infecciosas. O documento<br />
faz duas projeções muito graves<br />
para o futuro, que:<br />
• Em 2050, mais da metade da<br />
população do mundo e cerca de<br />
metade da produção global de grãos<br />
estará em risco devido a estresse<br />
hídrico; e<br />
Objetivo de Desenvolvimento<br />
Sustentável 5 – Igualdade de<br />
Gênero<br />
Por meio de nove metas, o ODS 5<br />
pretende que o mundo alcance a<br />
igualdade de gênero e empodere<br />
todas as mulheres e meninas, criando<br />
uma sociedade mais equitativa e<br />
produtiva. [10] Nessa perspectiva,<br />
este ODS tem uma forte interação<br />
com o ODS 1- Redução da pobreza<br />
e o ODS 8 – Trabalho decente e<br />
crescimento econômico.<br />
Objetivo de Desenvolvimento<br />
Sustentável 6 – Água Potável e<br />
Saneamento<br />
Assegurar a disponibilidade e<br />
a gestão sustentável da água e<br />
saneamento para todas e todos por<br />
meio do atendimento a seis metas é<br />
a descrição deste ODS. [11]<br />
O documento de referência [2]<br />
descreve o contexto mundial<br />
relativo à água com dados de<br />
que mais de dois bilhões de<br />
• A escassez intensa de água pode<br />
deslocar 700 milhões de pessoas até<br />
2030.<br />
A análise da água em laboratórios<br />
acreditados e a disponibilização de<br />
materiais de referência certificados<br />
para contaminantes, como os HPA<br />
mencionado na discussão sobre<br />
o ODS 2, são contribuições que<br />
a infraestrutura da qualidade<br />
pode oferecer para monitorar a<br />
qualidade da água.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
27
Metrologia<br />
No Brasil, os hidrômetros, medidores<br />
de água, são instrumentos sujeitos<br />
a procedimentos de metrologia<br />
legal. As Portarias Inmetro<br />
246/2000, 012/2011 e 436/2011<br />
são aplicadas a hidrômetros para<br />
água fria, de vazão nominal até<br />
quinze metros cúbicos por hora.<br />
[12] A Avaliação da Conformidade<br />
atua na Certificação compulsória<br />
de equipamentos para consumo de<br />
água (Portaria Inmetro n.º 344 de<br />
22/07/2014) e há um Regulamento<br />
Técnico para reservatório de água<br />
potável (Portaria Inmetro n.º 224<br />
de 27/07/2009) [13] A ABNT, em<br />
uma notícia sobre o Dia Mundial da<br />
Água, listou um comitê brasileiro<br />
e quatro comissões de estudo que<br />
estão envolvidos no tema. São eles:<br />
ABNT/CB 038 – Gestão Ambiental;<br />
ABNT/CEE 065 – Recursos<br />
Hídricos; ABNT/CEE 106 – Análises<br />
Ecotoxicológicos; ABNT/CEE 166 –<br />
Serviços de Abastecimento de Água<br />
e de Esgotamento Sanitário; ABNT/<br />
CEE 177 – Saneamento Básico. [14]<br />
Conclusão<br />
Este artigo apresentou os três<br />
primeiros ODS que são discutidos<br />
no documento “Reiniciando a<br />
Infraestrutura da Qualidade para<br />
um Futuro Sustentável” [2] – ODS<br />
2,5 e 6. Há outros quatro ODS que<br />
o documento discute e que ainda<br />
não foram apresentados em outros<br />
artigos desta série. Quatro funções<br />
de Tecnologia Industrial Básica<br />
contribuem para os temas dos ODS<br />
2,5 e 6 – Metrologia , Avaliação da<br />
Conformidade, Regulamentação<br />
Técnica e Normalização. As<br />
instituições que compõem a<br />
Infraestrutura da Qualidade do Brasil<br />
e que atuam nestes temas são o<br />
Inmetro, a Cgcre e a ABNT.<br />
Bibliografia<br />
[1] UNIDO. BIPM. OIML. The Role of Metrology in the<br />
Context of the 2030 Susteinable Development Goals.<br />
Disponível em <br />
[2] UNIDO. Rebooting Quality Infrastructure for a Sustainable<br />
Future. Disponível em <br />
[3] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento<br />
Sustentável 2. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/2<br />
[4] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E<br />
TECNOLOGIA (INMETRO).<br />
Assuntos. Acreditação Sobre a área. Disponível em <br />
[5] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E<br />
TECNOLOGIA (INMETRO). Rede Brasileira de Calibração – RBC.<br />
Disponível em <br />
[6] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E<br />
TECNOLOGIA (INMETRO). Laboratórios de Ensaio Acreditados<br />
(Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio – RBLE). Disponível em<br />
<br />
[7] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E<br />
TECNOLOGIA (INMETRO).<br />
Serviço de Certificação de Material de Referência. Disponível em <br />
[8] INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION<br />
(ISO). Techinical Committees ISO/TC 34 Food products. Disponível<br />
em <br />
[9] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).<br />
ABNT/CEE-228 - Comissão de Estudo Especial de Bem-Estar<br />
Animal. Disponível em <br />
[10] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento<br />
Sustentável 5. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/5<br />
[11] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento<br />
Sustentável 6. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/6<br />
[12] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE<br />
E TECNOLOGIA (INMETRO). Apreciação Técnica de Modelo.<br />
Disponível em <br />
[13] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE<br />
E TECNOLOGIA (INMETRO). Regulamentos Técnicos e<br />
Programas de Avaliação da Conformidade Compulsórios.<br />
Disponível em <br />
[14] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS<br />
TÉCNICAS (ABNT). Dia Mundial da Água - Objetivo<br />
de Desenvolvimento Sustentável 6 - Água potável e<br />
Saneamento. Disponível em <br />
28<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
Luciana e Sá Alves<br />
Analista executivo em Metrologia e Qualidade (Inmetro), Bióloga e professora de Ciências e Biologia.<br />
Mestre em Educação (Puc-Rio) e doutora em Biotecnologia (Inmetro/UFRJ)
Microbiologia<br />
CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE<br />
DE ESTERILIDADE DE UM MEDICAMENTO INJETÁVEL<br />
Por Claudio Kiyoshi Hirai<br />
O teste de esterilidade é o teste<br />
As Boas Práticas de Fabricação e<br />
não abrange condições que<br />
realizado para detectar microrganismos<br />
Controle normatizam também as<br />
permitam o crescimento de vírus;<br />
contaminantes em produtos de uso<br />
condições de realização do teste<br />
entretanto, quando da ausência de<br />
injetável ou estéril como os colírios,<br />
de esterilidade destes produtos.<br />
bactérias e fungos, extrapola-se o<br />
algumas formulações de cremes,<br />
Obrigatoriamente o teste de<br />
resultado negativo também a estes<br />
pomadas ou loções, sendo que o<br />
esterilidade deve ser realizado sob<br />
organismos.<br />
objetivo deste artigo é enfatizar a<br />
as mesmas condições da área de<br />
importância da realização do teste de<br />
produção.<br />
O primeiro método oficializado do teste<br />
esterilidade em instalações apropriadas<br />
de esterilidade foi na Inglaterra, em<br />
e desenhadas para este objetivo.<br />
O teste é um ensaio destrutivo, não<br />
1932, e apresentado na farmacopeia,<br />
é possível testar todas as unidades<br />
neste mesmo ano. Este exigia a<br />
De acordo com as farmacopeias e<br />
fabricadas, as farmacopeias indicam<br />
execução do teste em produtos sob<br />
outros compêndios, a condição de<br />
um critério amostral permitindo<br />
a forma líquida, mediante utilização<br />
esterilidade de um produto somente<br />
que o resultado de uma amostra<br />
de caldo peptonado com incubação<br />
deve ser considerada com base no fato<br />
representativa, submetida ao teste<br />
a 37°C, durante 5 dias, visando à<br />
que o mesmo tenha sido produzido<br />
de esterilidade garanta a esterilidade<br />
detecção de bactérias aeróbicas.<br />
em ambiente que minimizem a<br />
absoluta de um produto.<br />
possibilidade da contaminação<br />
Em 1936 a USP adotou a mesma<br />
microbiana, em salas limpas, com ar<br />
Outro fator a considerar é que o teste<br />
metodologia, a qual foi sofrendo<br />
filtrado com filtros de alta eficiência<br />
busca proporcionar condições ideais<br />
inovações posteriores, de modo a<br />
com porosidade que permitam a<br />
ao desenvolvimento de bactérias,<br />
aumentar a segurança dos resultados<br />
retenção dos microrganismos.<br />
bolores e leveduras. A metodologia<br />
obtidos nesse teste.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
29
Microbiologia<br />
30<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
Na edição seguinte, o teste foi<br />
modificado para permitir o<br />
desenvolvimento de microrganismos<br />
aeróbicos e anaeróbicos, bem como<br />
microaerófilos.<br />
Na USP XIII, a preocupação se<br />
estendeu para detecção de fungos,<br />
utilizando-se meio de cultura<br />
contendo mel, com incubação de 22<br />
a 25°C, durante 15 dias.<br />
Uma inovação marcante<br />
ocorreu no fim da década<br />
de 60, com a introdução do<br />
método de inoculação indireta<br />
da amostra.
Em Foco<br />
Farmacopéia dos Estados Unidos da América USP 43 capítulo Suggested Intial Contamination<br />
Recovery Rates in Aseptic Environments.<br />
Atualmente o método de inoculação<br />
bem como manipulações assépticas,<br />
classificados de acordo com a versão<br />
pode ser direta ou indireta, e visa a<br />
levando-se em consideração o aspecto<br />
vigente da norma ISO 14644-1.<br />
recuperação de bactérias aeróbicas,<br />
probabilístico da esterilização e o risco<br />
microaerófilas e anaeróbicas, além<br />
da contaminação.<br />
Segundo a ABNT ISO 14644-1<br />
de fungos, com incubação por um<br />
salas limpas são ambientes em<br />
período de 14 dias.<br />
Para a realização do teste de<br />
que a concentração de partículas<br />
esterilidade é importante que as<br />
em suspensão no ar é controlada e<br />
Como pode ser observado pela evolução<br />
pessoas sejam adequadamente<br />
classificada, e a qual é projetada e<br />
da metodologia, a preocupação<br />
treinadas e qualificadas.<br />
utilizada de maneira a controlar a<br />
inerente à melhoria do teste de<br />
introdução, geração e retenção de<br />
esterilidade visa verificar com mais<br />
A INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 35<br />
partículas dentro da sala.<br />
segurança a qualidade do processo<br />
(ANVISA, 2019), informa no Art. 9°<br />
esterilizante, empregado durante a<br />
que salas limpas e os equipamentos<br />
Vale ressaltar que o termo “sala limpa”<br />
fabricação de medicamentos estéreis,<br />
que fornecem ar limpo devem ser<br />
utilizado pela ABNT ISO é equivalente<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
31
Em Foco<br />
ao termo “área limpa” utilizado pela<br />
resolução RDC 301/2019, bem como<br />
pela INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 35<br />
da ANVISA.<br />
Ainda na norma ABNT ISO 14644-<br />
1, é definido que a instalação<br />
de salas limpas inclui todas as<br />
estruturas, sistemas de tratamento<br />
de ar, serviços e utilidades. Essas<br />
definições em conjunto com o Art.<br />
4° da INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 35<br />
(ANVISA, 2019), que informa que as<br />
áreas limpas devem ser mantidas em<br />
um apropriado padrão de limpeza<br />
e receber ar que tenha passado por<br />
filtros de eficiência apropriada.<br />
As áreas limpas são classificadas<br />
como grau A, B, C ou D e a diferença<br />
entre elas está totalmente relacionada<br />
com a concentração de partículas<br />
de ar, sendo assim, INSTRUÇÃO<br />
NORMATIVA N° 35 (ANVISA, 2019),<br />
recomenda que estes graus estejam<br />
relacionados ao tipo de exposição do<br />
produto, sendo:<br />
• Grau A: indicado para operações<br />
de alto risco, como por exemplo, as<br />
áreas determinadas para o envase de<br />
medicamentos injetáveis e os testes<br />
de esterilidade.<br />
• Grau B: ambientes que circundam as<br />
áreas Grau A, isto é, que antecedem<br />
as preparações e envase assépticos e<br />
a realização dos testes de esterilidade.<br />
• Grau C e D: ambientes que<br />
são utilizados para as etapas<br />
menos críticas de fabricação de<br />
medicamentos injetáveis.<br />
Especificações<br />
Microbiológicas<br />
conforme a União Européia anexo 1<br />
(tabela A) e Guia FDA 2004 (tabela B)<br />
Referências bibliográficas:<br />
• BRASIL. Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária. RDC Nº 301, de 21 de agosto<br />
de 2019, Dispõe sobre diretrizes gerais<br />
de boas práticas de fabricação de<br />
medicamentos. ANVISA.<br />
• ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS.<br />
NBR ISSO 14644-1: Salas limpas e<br />
ambientes controlados associados: Parte<br />
1: Classificação da limpeza do ar por<br />
concentração de partículas, Rio de Janeiro.<br />
2ºEd.,2019.<br />
• BRASIL. Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária. Instrução Normativa nº35, de 21<br />
de Agosto de 2019, Dispõe sobre as Boas<br />
Práticas de Fabricação complementares a<br />
medicamentos estéreis. ANVISA.<br />
• ANVISA. Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária. Farmacopeia Brasileira, 6º ed.,<br />
Brasília, 2019, p.685.<br />
• Farmacopéia dos Estados Unidos da<br />
América, USP 43 capítulo .<br />
• European Committee for Standardization<br />
(CEN): EN 1822-5:2009, High efficiency air<br />
filters (EPA, HEPA and ULPA), 2009.<br />
32<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
Claudio Kiyoshi Hirai<br />
Farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro<br />
do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira.<br />
Telefone: 11 5539 6719 - E-mail: técnica@bcq.com.br
Em Foco<br />
WEB AULA DISPONÍVEL: MICROBIOLOGIA NA INDÚSTRIA<br />
FARMACÊUTICA: PROTOCOLOS DA QUALIDADE QUE<br />
IMPACTAM NO PROCESSO PRODUTIVO DE MEDICAMENTOS<br />
A Resolução - RDC Nº 301, de 21/08/2019<br />
dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas<br />
de Fabricação de Medicamentos do Esquema de<br />
Cooperação em Inspeção Farmacêutica, PIC/S,<br />
estabelecendo os requisitos mínimos a serem<br />
seguidos na fabricação de medicamentos. O<br />
Capítulo VII é dedicado ao Controle de Qualidade<br />
e traz as principais diretrizes referentes às boas<br />
práticas na fabricação.<br />
A contaminação microbiana de um medicamento<br />
pode acarretar alterações em suas propriedades<br />
físicas e químicas e ainda caracteriza risco de<br />
toxi-infecção para o usuário. Assim, produtos<br />
farmacêuticos de uso oral e tópico que não têm<br />
como requerimento serem estéreis devem estar<br />
sujeitos ao controle de contaminação microbiana.<br />
Nesse sentido, a realização do controle e<br />
implantação das normas de boas práticas de<br />
fabricação (BPF) na indústria farmacêutica<br />
é de suma importância para garantir a segurança,<br />
eficácia e credibilidade dos medicamentos junto ao<br />
mercado consumidor.<br />
Você é nosso convidado para saber mais sobre esse<br />
tema em nossa web aula gratuita disponível em<br />
nossa universidade corporativa, a UniKasvi.<br />
Tema: Microbiologia na Indústria Farmacêutica:<br />
protocolos da qualidade que impactam no<br />
processo produtivo de medicamentos<br />
Palestrantes convidados:<br />
Bruno Brunetti: Biólogo e Microbiologista<br />
especialista em Gestão da Qualidade. Diretor<br />
Técnico da Diagnóstica Consultoria e Gestão.<br />
Influencer em Microbiologia.<br />
Fernanda Oliveira: Farmacêutica-bioquímica<br />
e Microbiologista. Especializada em Atenção<br />
Farmacêutica, com +20 anos de experiência em<br />
responsabilidade Farmacêutica.<br />
Acessar UniKasvi:<br />
QR Code (https://kubolms.com.br/unikasvi/)<br />
Kasvi<br />
0800 726 0508<br />
kasvi@kasvi.com.br<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
33
Em Foco<br />
LUVAS PARA SALA LIMPA E SEUS PADRÕES DE QUALIDADE<br />
Para ajudar na escolha da luva correta a ser<br />
utilizada em uma sala limpa, os fabricantes<br />
especificam a classe de limpeza para a qual a luva<br />
é adequada (como definidos na norma EN ISO<br />
14644) por exemplo, ISO Classe 4, 5 ou 6. Além<br />
disso, usam as normas de proteção de luvas EN 420<br />
para definir as dimensões, a EN 374 3, 4, 5 para<br />
o número de furos permitidos e a norma de luvas<br />
médicas EN 4556 para definir a resistência da luva<br />
como base para garantia de qualidade e controle<br />
de qualidade em suas fábricas. Luvas escolhidas<br />
para proteger o usuário de produtos químicos<br />
perigosos são classificadas como Equipamento de<br />
Proteção Individual (EPI) e são regulamentadas<br />
ao abrigo da Diretiva Europeia de EPIs e por suas<br />
normas associadas.<br />
As normas uniformizadas que abrangem as<br />
luvas utilizadas para proteção contra produtos<br />
químicos são a EN 420 e a EN 374. Obviamente,<br />
tais luvas devem, ao mesmo tempo, cumprir<br />
com as exigências das salas limpas. As luvas de<br />
proteção (EPI) formam uma barreira física entre<br />
o usuário e os produtos químicos que estão<br />
manuseando, e permanecerão eficazes até que<br />
a barreira seja quebrada. A barreira pode ser<br />
quebrada através de um dos dois mecanismos:<br />
Permeação ou Penetração.<br />
A permeação é o processo pelo qual um produto<br />
químico se move através de um material de luva<br />
protetora em um nível molecular, enquanto<br />
a penetração é o movimento de um produto<br />
químico e/ou microrganismo através de materiais<br />
porosos, costuras, furos ou outras imperfeições em<br />
um material de luva protetora em um nível não<br />
molecular.<br />
As luvas BioClean foram testadas sob a norma<br />
EN 374-3 para avaliar o quão eficazes são<br />
contra produtos químicos especificados. Para<br />
estar em conformidade em relação à oferta<br />
de proteção contra produtos químicos, a luva<br />
sob teste deve ser classificada como Nível 2<br />
ou mais alto em termos da proteção oferecida<br />
contra, pelo menos, três produtos químicos.<br />
Os níveis de desempenho são definidos pelo<br />
tempo levado para que os produtos químicos<br />
de teste permeassem a amostra de teste (veja<br />
a Tabela 1).<br />
Todas as luvas de sala limpa da linha da BioClean<br />
atendem ao nível de proteção exigido no Nível 2 e<br />
são apropriadas para o uso nos setores farmacêutico,<br />
ciências da vida e microeletrônica, cumprindo com as<br />
exigências da norma EN 420 para luvas de proteção<br />
e EN 374-1, 2 e 3:2003. Disponível em látex e nitrilo,<br />
estéril e não estéril, a linha oferece proteção extra ao<br />
manter o rigoroso protocolo de proteção do produto.<br />
As especificações técnicas do produto, relatórios de<br />
testes, certificados de análise e qualidade e amostras<br />
para as luvas para salas limpas da BioClean estão<br />
disponíveis mediante solicitação.<br />
TABELA 1:<br />
NÍVEIS DE DESEMPENHO DE PERMEAÇÃO<br />
Tempo de ruptura medido (considera-se que a ruptura<br />
pelo produto químico de teste ocorreu quando a taxa<br />
de permeação atingiu 1,0μg/cm2/min)<br />
Nível 1 Mínimo de 10 minutos<br />
Nível 2 Mínimo de 30 minutos<br />
Nível 3 Mínimo de 60 minutos<br />
Nível 4 Mínimo de 120 minutos<br />
Nível 5 Mínimo de 240 minutos<br />
Nível 6 Mínimo de 480 minutos<br />
Saiba mais em: rebrand.ly/bioclean<br />
A NOVA ANALÍTICA ESTÁ INICIANDO NO BRASIL A<br />
REPRESENTAÇÃO DA OI ANALYTICAL<br />
A Nova Analítica está iniciando no Brasil a<br />
representação da OI <strong>Analytica</strong>l, empresa norteamericana<br />
presente no mercado há mais de cinco<br />
décadas e líder na fabricação de instrumentos<br />
analíticos automatizados para análises de<br />
parâmetros críticos tais como Amônia, Nitrato,<br />
Nitrito, Fósforo, Nitrogênio Kjeldhal, Cianeto,<br />
e vários outros em amostras de água potável,<br />
esgotos e efluentes.<br />
Analisador FIA/SFA FS3700<br />
34<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
Uma referência no mercado na área de parâmetros<br />
ambientais, o analisador FS 3700 é um<br />
instrumento modular que pode ser configurado<br />
para correr métodos por FIA (Análise por Injeção<br />
em Fluxo), SFA (Análise em Fluxo Segmentado) e<br />
iSFA (Injeção em Fluxo Segmentado), tudo em um<br />
mesmo instrumento. Cartuchos químicos podem<br />
ser configurados e trocados, bem como várias<br />
opções de detectores de acordo com a aplicação<br />
analitica. Além disso, o analisador consome<br />
baixíssimos volumes de amostras e reagentes,<br />
reduzindo custos com insumos, descarte de<br />
resíduos e melhorando a segurança do laboratório.<br />
Todos os métodos são validados pela OI <strong>Analytica</strong>l<br />
e referenciados à normas e padrões internacionais<br />
como EPA, Standard Methods, ISO, ASTM, etc.<br />
Para acesso às aplicações visite nosso site<br />
www.analiticaweb.com.br<br />
(11) 2162 8080<br />
revista@novanalitica.com.br
Em Foco<br />
COMO É REALIZADA A MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE<br />
ESPECTROFOTÔMETROS NA ER ANALÍTICA?<br />
Todo Espectrofotômetro possui um<br />
monocromador, que é composto por<br />
lâmpadas, espelhos, grades de difração ou<br />
prismas e filtros ópticos, dito isso, realizase<br />
a limpeza de todo este conjunto, fazendo<br />
com que chegue na amostra a melhor e maior<br />
quantidade de luz possível. Dessa forma<br />
fica claro que o uso do equipamento sem a<br />
manutenção, pode danificar um desses itens<br />
e fazer com que o espectrofotômetro leia<br />
erroneamente ou pare de funcionar.<br />
Dito isso, a manutenção do espectrofotômetro<br />
na ER Analítica contempla:<br />
• Limpeza interna e externa;<br />
• Teste de desempenho;<br />
• Verificação do conjunto óptico (espelhos,<br />
detectores, conjunto de filtros, lentes, grade<br />
de difração e lâmpada);<br />
• Inspeção visual dos circuitos elétricos;<br />
• Ajuste de leitura.<br />
É importante enfatizar que a manutenção do<br />
Espectrofotômetro custa menos que 1,5%<br />
do valor total de um equipamento novo, ou<br />
seja, fazer a manutenção periodicamente<br />
aumentará a vida útil do instrumento e<br />
evitará paradas inesperadas que possam<br />
gerar manutenções corretivas (que<br />
consequentemente são mais caras).<br />
Garanta a confiabilidade dos seus processos!<br />
Agende sua manutenção conosco!<br />
Saiba mais:<br />
Tel.: (11) 4606-7200<br />
WhatsApp: (11) 97149-5668<br />
www.eranalitica.com.br<br />
vendas@eranalitica.com.br<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
35
Em Foco<br />
ANÁLISE FORENSE TOXICOLÓGICA DE CANABINOIDES<br />
NO SANGUE<br />
Os pesquisadores validaram um novo<br />
a espectrometria de massa (GC-MS) têm<br />
laboratório ELGA PURELAB® Chorus ANR para<br />
protocolo para medir os níveis de traços de<br />
sido tradicionalmente empregados para<br />
minimizar o risco de introdução de contaminantes<br />
canabinóides no soro e o usam para analisar<br />
a determinação de níveis de traços de<br />
que podem afetar seus resultados.<br />
amostras de pessoas acusadas de dirigir sob a<br />
canabinóides em amostras biológicas. Entre a<br />
influência de drogas.<br />
variedade de fontes de ionização atualmente<br />
Análise Forense confiável<br />
disponíveis, a ionização química de pressão<br />
Embora vários métodos empregando a fonte<br />
De acordo com a Organização Mundial de<br />
atmosférica recentemente comercializada<br />
APGC tenham sido aplicados em análises de<br />
Saúde, cerca de 147 milhões de pessoas,<br />
para cromatografia gasosa (APGC) pode<br />
alimentos ou ambientais, esta é sua primeira<br />
2,5% da população mundial consomem<br />
oferecer uma alternativa nova e atraente -<br />
aplicação em toxicologia forense.<br />
cannabis. Devido ao seu amplo uso, a análise<br />
particularmente para medir compostos que<br />
de canabinóides em amostras biológicas<br />
são difíceis de analisar usando outras fontes.<br />
Os resultados demonstram que o APGC-MS/MS<br />
- principalmente de sangue - é de grande<br />
pode quantificar satisfatoriamente o THC e outros<br />
importância para os laboratórios forenses.<br />
Em um novo estudo, publicado no Journal of<br />
canabinóides em uma matriz biológica extremamente<br />
Chromatography A, os pesquisadores avaliam<br />
complexa (soro humano) na qual os analitos alvo<br />
Entre as centenas de canabinóides da cannabis,<br />
o uso de APGC acoplado à espectrometria de<br />
estão presentes apenas em níveis de traços.<br />
o tetrahidrocanabinol (THC), que é o principal<br />
massa triplo quadrupolo (APGC-MS / MS)<br />
composto psicoativo da cannabis, e seus<br />
para a determinação quantitativa simultânea<br />
O protocolo oferece uma alternativa válida,<br />
metabólitos THC – OH e THCA, estão entre os mais<br />
de canabinóides no soro humano.1<br />
de alto desempenho e inovadora para a<br />
frequentemente monitorados como marcadores<br />
produção de dados forenses confiáveis<br />
de consumo de drogas. O canabidiol (CBD) e o<br />
Os pesquisadores desenvolveram e validaram<br />
usando cromatografia gasosa, permitindo a<br />
produto de degradação menor canabinol (CBN)<br />
uma nova metodologia de acordo com as<br />
determinação quantitativa de canabinóides<br />
também são frequentemente medidos para<br />
diretrizes internacionais, demonstrando que<br />
no soro mesmo nos limites legais de THC mais<br />
auxiliar na interpretação forense dos resultados.<br />
a técnica poderia separar THC, THC – OH,<br />
baixos propostos para motoristas.<br />
Mais recentemente, o cannabigerol (CBG) foi<br />
THCA, CBD, CBDA e CBG em menos de dez<br />
detectado na urina e também é um marcador<br />
minutos. Seus limites de quantificação (LOQ)<br />
Por que escolher o ELGA LabWater?<br />
proposto para o consumo de cannabis.<br />
foram 0,2 ng / ml para THC, 0,4 ng / ml para<br />
No ELGA LabWater, nossos engenheiros,<br />
THC – OH, CBD e CBG, 1,6 ng / ml para THCA<br />
químicos e cientistas especializados estão<br />
Mas a análise toxicológica das baixas concentrações<br />
e 3 ng / ml para CBDA. Eles então aplicaram<br />
na vanguarda da inovação tecnológica. Eles<br />
desses canabinóides em amostras biológicas<br />
com sucesso o método para a análise de<br />
continuam a introduzir recursos revolucionários<br />
complexas apresenta desafios consideráveis para<br />
amostras reais de soro coletadas de 15<br />
para o mercado de água de laboratório.<br />
os cientistas forenses.<br />
pessoas que haviam sido acusadas de dirigir<br />
sob a influência de drogas.<br />
Uma fonte alternativa de íons para<br />
cromatografia gasosa<br />
Para essas análises altamente sensíveis, os<br />
36<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
Uma variedade de métodos analíticos<br />
baseados em cromatografia gasosa acoplada<br />
pesquisadores usaram água ultrapura gerada a<br />
partir de um sistema de purificação de água do
Em Foco<br />
PRODUÇÃO BRASILEIRA COM TECNOLOGIA ALEMÃ<br />
DE PRIMEIRA QUALIDADE, SEGURA, EFICIENTE E COMPLETA. A PLACA DE PETRI DA GREINER BIO-ONE É A ESCOLHA CERTA<br />
PARA A QUALIDADE DOS SEUS RESULTADOS.<br />
Americana, junho <strong>2021</strong> – Usadas em<br />
laboratórios microbiológicos para o crescimento de<br />
microrganismos como bactérias e fungos, as placas<br />
de Petri possuem diferentes formatos e tamanhos<br />
de acordo com sua aplicação. Entretanto, o tamanho<br />
não é a única característica importante que deve<br />
ser considerada durante a escolha da placa de Petri.<br />
Fatores como a qualidade do material, resistência<br />
e design adequado também podem interferir na<br />
qualidade dos resultados.<br />
A qualidade da matéria-prima impacta tanto na<br />
transparência ótica quanto na resistência ao calor por<br />
isso, as placas de Petri produzidas pela Greiner Bio-<br />
One são de poliestireno de alta qualidade e possuem<br />
excelente transparência ótica para análises, além de<br />
serem resistentes à temperatura do ágar durante o<br />
emplacamento.<br />
38<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
O cultivo de microrganismos aeróbios em placas de<br />
Petri requer atenção quanto ao design da placa. Neste<br />
caso, a tampa deve permitir que ocorra a troca gasosa<br />
eficiente e segura na placa. Além de proporcionar uma<br />
pequena elevação da tampa, o design das placas de<br />
Petri Greiner Bio-One permite que várias placas sejam<br />
empilhadas com segurança e sem perder a eficiência<br />
da troca gasosa. Para rotinas de trabalho de maior<br />
demanda, o uso de equipamentos automatizados para<br />
preenchimento de meios é uma solução para otimizar<br />
a disponibilidade de grandes quantidades de placas.<br />
O design das placas de Petri fabricadas pela Greiner<br />
Bio-One é compatível com os principais equipamentos<br />
automatizados disponíveis no mercado.<br />
O método de esterilização também pode trazer<br />
impactos na qualidade da placa de Petri. A técnica de<br />
esterilização deve ser realizada conforme os padrões<br />
estabelecidos por órgãos reguladores, para assegurar a<br />
esterilidade e reduzir os riscos de contaminação, sem<br />
impactar nos resultados. A Greiner Bio-One oferece<br />
placas de Petri esterilizadas por radiação ionizante<br />
(E-Beam), que é um processo livre de resíduos e<br />
no qual o produto fica exposto por menos tempo,<br />
evitando rompimentos e efeitos de envelhecimento do<br />
poliestireno. Dessa forma, as placas de Petri da Greiner<br />
oferecem alto grau de segurança e eficiência para<br />
pesquisas médicas e farmacêuticas, principalmente em<br />
relação as placas esterilizadas por outras metodologias<br />
(ex: óxido de etileno (ETO), altamente tóxico e agressivo<br />
ao ambiente externo).<br />
Conhecer os fatores que interferem na qualidade<br />
das placas de Petri é importante na hora de escolher<br />
o produto mais seguro para as suas aplicações<br />
de microbiologia. A unidade da Greiner Bio-One<br />
instalada em Americana-SP produz placas de<br />
Petri com tecnologia e know-how consagrados<br />
mundialmente, preparadas para oferecer produtos<br />
com a segurança e qualidade que suas atividades<br />
microbiológicas necessitam.<br />
Essa é a Greiner Bio-One, priorizando a qualidade<br />
das placas de Petri para que seus experimentos<br />
tenham os melhores resultados!<br />
Greiner Bio-One Internacional<br />
A Greiner Bio-One é especializada no<br />
desenvolvimento, produção e distribuição de<br />
produtos plásticos de alta qualidade para laboratórios.<br />
A empresa é parceira tecnológica de hospitais,<br />
laboratórios, universidades, institutos de pesquisa<br />
e indústrias diagnósticas, farmacêuticas e de<br />
biotecnologia. É composta por quatro divisões de<br />
negócios – Pré-Analítica, BioScience, Diagnóstica e<br />
OEM. Em 2014, a Greiner Bio-One International GmbH<br />
gerou um volume de negócios de 388 milliões de<br />
euros, possui 1.800 funcionários, em 23 subsidiárias<br />
e inúmeros distribuidores parceiros em mais de 100<br />
países. A Greiner Bio-One faz parte da Greiner Holding,<br />
localizada em Kremsmünster (Áustria).<br />
Greiner Bio-One Divisão BioScience<br />
A divisão BioScience da Greiner Bio-One está entre<br />
os principais fornecedores de produtos especializados<br />
para o cultivo e análise de culturas de células e<br />
tecidos. Baseando-se em décadas de experiência com<br />
armazenamento de amostras criogênicas, a Greiner<br />
Bio-One também oferece soluções para sistemas<br />
de armazenamento automatizado em biobancos.<br />
Além disso, continua a utilizar sua experiência no<br />
desenvolvimento e produção de microplacas para<br />
high-throughput screening, permitindo assim a<br />
seleção da droga de forma rápida e eficiente, tanto<br />
para aplicações industriais quanto para pesquisa<br />
científica. Todo o desenvolvimento, fabricação e<br />
operações de vendas são controladas a partir da sede<br />
alemã da divisão BioScience em Frickenhausen.<br />
Para mais informações:<br />
Departamento de Marketing<br />
T: +55 19 3468 9600<br />
E-Mail: info@br.gbo.com
QUALIDADE DOS<br />
SEUS RESULTADOS<br />
EM MICROBIOLOGIA<br />
PLACAS DE PETRI<br />
PRODUÇÃO BRASILEIRA<br />
COM TECNOLOGIA ALEMÃ<br />
De alta segurança e eficiência para pesquisas, as placas são esterilizadas<br />
por radiação ionizante (E-beam) que tem o processo livre de resíduos e com menos<br />
tempo de exposição, o que evita desgaste e efeitos de envelhecimento do poliestireno.<br />
www.gbo.com<br />
Greiner Bio-One Brasil / Avenida Affonso Pansan, 1967 / CEP 13473-620 | Americana, SP<br />
Tel +55 (19) 3468-9600 / Fax +55 (19) 3468-3601 / E-mail info@br.gbo.com
Em Foco<br />
SOLUÇÕES OI ANALYTICAL PARA ANÁLISES DE<br />
CONTAMINANTES AMBIENTAIS<br />
Vários fatores tornam o monitoramento de<br />
Os analisadores de TOC da OI <strong>Analytica</strong>l<br />
uso. Isso fornece flexibilidade para adaptar a<br />
poluentes ambientais uma tarefa analítica<br />
utilizam as técnicas de oxidação por<br />
metodologia para os processos de pesquisa ou<br />
desafiadora. As amostras de estações de<br />
combustão a 680°C e/ou persulfato aquecido<br />
controle de qualidade. A opção de módulos de<br />
tratamento de água, lagos, rios, ambientes<br />
e detecção por Infravermelho não-dispersivo<br />
pré-tratamento das amostras como destilação,<br />
marinhos e efluentes possuem características<br />
(NDIR). Atendem aos métodos Standard<br />
digestão, diálise podem ser acoplados em linha<br />
físico-químicas diferentes, podendo também<br />
5310B e C, ASTM D7573-09, ISO 8245, EN<br />
para máxima automação.<br />
variar em consequência da sazonalidade e períodos<br />
1484, USEPA 415.1; 9060A; USP .<br />
de estiagem ou chuvosos. Portanto, conhecer<br />
Oferecem soluções para a análise de TOC<br />
Anúncio:<br />
sua amostra e caracterizá-la é muito importante<br />
em sólidos com o modelo 1030S, e também<br />
Conheça as soluções para análises ambientais<br />
para a tomada de decisões precisas e rápidas,<br />
permite a análise simultânea de Nitrogênio<br />
da OI <strong>Analytica</strong>l:<br />
principalmente nas estações de tratamento.<br />
Total com o uso do detector eletroquímico de<br />
Analisadores de Carbono Orgânico Total e o<br />
nitrogênio.<br />
Analisador em fluxo contínuo (FIA/SFA)<br />
A OI <strong>Analytica</strong>l, uma empresa norte-americana do<br />
grupo Xylem Inc., traz as soluções mais modernas<br />
Analisadores em fluxo contínuo FIA/<br />
e inovadoras para o mercado ambiental.<br />
SFA automatizados para análises de<br />
contaminantes inorgânicos:<br />
Analisador de Carbono Orgânico Total<br />
Os analisadores químicos automatizados FS<br />
(TOC) para controle de qualidade da<br />
3700TM são instrumentos flexíveis e modulares<br />
água e dos processos:<br />
que utilizam as técnicas de injeção em fluxo<br />
O monitoramento da concentração de TOC é<br />
contínuo (FIA) e análise em fluxo segmentado<br />
uma análise rápida e simples que permite uma<br />
(SFA) em análises de parâmetros críticos como<br />
visão instantânea do desempenho durante<br />
amônia, cianeto, cloreto, nitrato, nitrito, fenóis,<br />
as etapas de tratamento da água, sendo<br />
fósforo, sílica, sulfato e TKN. Todos os métodos<br />
uma ferramenta importante para tomada<br />
são validados e referenciados às normas EPA,<br />
de decisão. No tratamento de efluentes a<br />
Standard Methods, ISO e ASTM. O instrumento<br />
medida de TOC pode ser correlacionada à<br />
suporta até 2 detectores simultaneamente,<br />
DQO (Demanda Química de Oxigênio) e DBO<br />
sendo fotométrico, amperométrico, seletivo<br />
40<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | <strong>Julho</strong> <strong>2021</strong><br />
(Demanda Bioquímica de Oxigênio).<br />
de íons e detectores de terceiros prontos para<br />
Analisadores automatizados FIA/SFA/iSFA/SFIA
Análise de Contaminantes<br />
Análise de Contaminantes<br />
Ambientais<br />
Ambientais<br />
Porque reduzir os contaminantes ambientais<br />
Porque reduzir exige os monitoramento contaminantes ambientais<br />
e controle.<br />
A OI exige <strong>Analytica</strong>l monitoramento possui as tecnologias<br />
e controle.<br />
mais avançadas para auxiliá-lo A OI <strong>Analytica</strong>l nessa tarefa. possui Consulte-nos!<br />
as tecnologias<br />
mais avançadas para auxiliá-lo nessa tarefa. Consulte-nos!<br />
CONHEÇA AS SOLUÇÕES PARA ANÁLISES AMBIENTAIS DA OI ANALYTICAL<br />
CONHEÇA AS SOLUÇÕES PARA ANÁLISES AMBIENTAIS DA OI ANALYTICAL<br />
Analisador automatizado FS 3700<br />
Analisador<br />
(FIA/SFA/iSFA/SFIA)<br />
automatizado FS 3700<br />
(FIA/SFA/iSFA/SFIA)<br />
Analisadores de TOC<br />
Analisadores<br />
Aurora 1030<br />
de TOC<br />
Aurora 1030
DESDE 2000<br />
Conceito de qualidade em Microbiologia<br />
Novas e modernas instalações<br />
Equipe capacitada e comprometida<br />
Acreditações: REBLAS / CGCRE-INMETRO /ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />
comercial@bcq.com.br - www.bcq.com.br - TEL.: 55 11 5083-5444