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*Junho/2021 Referência Florestal 230

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ENTREVISTA<br />

Exclusivo: novo presidente da AIMEX aponta os desafios da madeira tropical no país<br />

TRANSPORTE FLORESTAL<br />

SOLUÇÕES JUNTO AOS CLIENTES IMPULSIONAM<br />

ENTRADA EM MERCADOS INTERNACIONAIS<br />

FOREST TRANSPORT<br />

SOLUTIONS WITH CUSTOMERS DRIVE<br />

ENTRY INTO INTERNATIONAL MARKETS


SUMÁRIO<br />

JUNHO <strong>2021</strong><br />

38<br />

SOB MEDIDA<br />

PARA<br />

O MERCADO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Ivan Tomaselli<br />

14 Notas<br />

24 Coluna Cipem<br />

26 Frases<br />

28 Entrevista<br />

38 Principal<br />

44 Economia<br />

48 Silvicultura<br />

50 Mercado<br />

56 Ciência<br />

60 Pesquisa<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

44<br />

50<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

21 ABC Agropecuária<br />

11 Agroceres<br />

07 Bayer<br />

09 BKT<br />

15 Carrocerias Bachiega<br />

47 D’Antonio Equipamentos<br />

68 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

29 DRV Ferramentas<br />

27 Emex<br />

23 Engeforest<br />

31 Envimat<br />

53 Hansa Flex<br />

55 J de Souza<br />

05 Komatsu Forest<br />

67 Log Max<br />

59 Mill Indústrias<br />

63 Mill Indústrias<br />

25 Planflora<br />

33 Prêmio REFERÊNCIA<br />

37 Raptor <strong>Florestal</strong><br />

13 Rotary-Ax<br />

17 Rotor Equipamentos<br />

19 Sergomel<br />

65 TPH Forest<br />

35 Workshop Online<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Tecnologia,<br />

inovação e<br />

gestão<br />

A pesquisa e a tecnologia são grandes aliadas do setor florestal.<br />

Tanto para avaliação de resultados, quanto para o desenvolvimento<br />

das novidades que facilitam o trabalho na indústria.<br />

Nesta edição o Leitor irá conhecer as novidades relacionadas<br />

ao transporte de madeira bruta, o crescimento do mercado de<br />

madeira em Minas Gerais, as novidades sobre gestão empresarial<br />

e uma entrevista exclusiva com o novo diretor geral da<br />

AIMEX, Eduardo Leão, falando sobre o momento da associação<br />

e os planos para valorizar ainda mais o mercado de madeira no<br />

Pará. Ótima leitura!<br />

2<br />

1<br />

Na capa dessa edição as<br />

soluções da Unylaser para<br />

facilitar o transporte na<br />

indústria da madeira<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIII • N°<strong>230</strong> • Junho <strong>2021</strong><br />

ENTREVISTA<br />

Exclusivo: novo presidente da AIMEX aponta os desafios da madeira tropical no país<br />

TRANSPORTE FLORESTAL<br />

SOLUÇÕES JUNTO AOS CLIENTES IMPULSIONAM<br />

ENTRADA EM MERCADOS INTERNACIONAIS<br />

FOREST TRANSPORT<br />

SOLUTIONS WITH CUSTOMERS DRIVE<br />

ENTRY INTO INTERNATIONAL MARKETS<br />

TECHNOLOGY, INNOVATION<br />

AND MANAGEMENT<br />

Research and technology are great allies of the Forestry Sector.<br />

Both for evaluation of results and for the development of<br />

new ideas that facilitate work in the industry. In this issue, you<br />

will get to know the news related to timber log transport, the<br />

growth of the timber market in the State of Minas Gerais, the<br />

news about business management, and an exclusive interview<br />

with Eduardo Leão, the new Executive Director of the Association<br />

of Wood Exporting Industries of the State of Pará (Aimex), talking<br />

about the moment of the Association and plans to further<br />

value the timber market in the State.<br />

Pleasant Reading!<br />

Entrevista com<br />

Eduardo Leão<br />

Poda <strong>Florestal</strong><br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>230</strong> - JUNHO <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA<br />

Vantagens em se adotar o sistema de drones dentro da floresta<br />

Capa da Edição 229 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de maio de <strong>2021</strong><br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIII • N°229 • Maio <strong>2021</strong><br />

UMA NOVA ERA<br />

UM SÉCULO DE HISTÓRIA UNINDO<br />

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA<br />

A NEW ERA<br />

A CENTURY OF HISTORY UNITING<br />

INNOVATION AND TECHNOLOGY<br />

SETOR FLORESTAL<br />

Por Mário Carlos Machado Wanzulta, Curitiba (PR)<br />

Muito boa! Vocês da Revista REFERÊNCIA fazem um excelente trabalho e nós<br />

como clientes da Revista gostamos muito, pois ela é um excelente meio de<br />

comunicação, que promove o crescimento do setor. Sem dúvida uma das fontes<br />

de informações mais relevantes do setor florestal.<br />

ARTIGO<br />

Por Luciana Pereira, Belém (PA)<br />

Acho ela muito completa, pois fala de todos os assuntos referentes ao setor<br />

florestal. Gosto muito também, pois sempre trazem reportagens e assuntos<br />

novos sobre a Amazônia, abrange tudo de mais importante no setor.<br />

Foto: divulgação<br />

MERCADO<br />

Por Giacomo Grezzana, São Paulo (SP)<br />

Estou muito satisfeito com a Revista FLORESTAL, pois acho ela muito boa e<br />

pretendo continuar sendo assinante para poder me atualizar sempre com<br />

as novidades do setor.<br />

Foto: divulgacão<br />

ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

Aplicações florestais com<br />

autocarregadoras<br />

Excelente tração em condições de serviço<br />

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Talão e ombro do pneu robustos para uma<br />

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BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

REPORTAGEM DE CAPA<br />

O responsável pelo setor de vendas e atuação em<br />

campo, Eduardo Maggioni (esquerda), o responsável<br />

pela gestão comercial da Unylaser, Roger Viezzer<br />

(centro), e o gerente de exportações da Unylaser,<br />

Fernando dos Reis (direita), após entrevista na sede da<br />

PCP Steel, em Caxias do Sul (RS)<br />

VISITA<br />

A REFERÊNCIA FLORESTAL recebeu a visita do<br />

diretor-presidente da Komatsu Forest, Felipe Vieira,<br />

que recebeu a edição de maio das mãos do diretor<br />

comercial da Revista, Fábio Machado.<br />

ALTA<br />

JUNHO <strong>2021</strong><br />

CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES<br />

O Brasil bateu recorde de exportações nos últimos<br />

dois meses. Segundos dados da SECEX (Secretaria de<br />

Comércio Exterior) o país vendeu 537 mil t (toneladas)<br />

de madeira bruta para o exterior entre abril e maio.<br />

Esse valor supera em 315% o mesmo período do ano<br />

anterior. Apenas nos primeiros meses do ano o país<br />

já exportou mais de 1 milhão de t, aumentando as<br />

receitas em 84 milhões de dólares, que corresponde a<br />

um crescimento de 81% em relação aos dados de 2020.<br />

Esse aumento também influenciou no crescimento de<br />

compra de produtos para a proteção destas plantas.<br />

Apenas no mês de maio foram adquiridos 25,4 mil t de<br />

defensivos agrícolas, que representa um investimento<br />

de 270 milhões de dólares.<br />

VALORIZAÇÃO DA INDÚSTRIA<br />

Se por um lado as exportações de madeira bruta aumentaram,<br />

do outro os custos de produção de produtos de<br />

madeira industrializada aumentaram significativamente.<br />

Os dados divulgados recentemente pelo IBGE indicam um<br />

crescimento de 7,73% na inflação da indústria relacionada<br />

à madeira no último ano. Essa alta não foi apenas<br />

neste setor da indústria nacional, mas também em todas<br />

as outras áreas de produção, que tiveram aumento de<br />

preços, entre março de 2020 e o mesmo mês de <strong>2021</strong>,<br />

de 33,52%. Alexandre Brandão, gerente de análise e<br />

metodologia da Coordenação de Indústria do IBGE, o<br />

resultado ressalta o impacto da depreciação do Real em<br />

relação ao dólar. “Muitas matérias-primas estão com os<br />

preços majorados e essas altas se espalham por diversas<br />

cadeias”, explica Brandão.<br />

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COLUNA<br />

O CRESCIMENTO EUROPEU<br />

DA DEMANDA DE PELLETS E<br />

A OPORTUNIDADE PARA OS<br />

PRODUTORES BRASILEIROS<br />

O mercado brasileiro tem a chance de<br />

conquistar uma boa fatia de um mercado<br />

que não para de crescer<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Novas fontes<br />

de madeira<br />

serão<br />

necessárias,<br />

sejam elas<br />

resíduos<br />

industriais,<br />

resíduos<br />

florestais<br />

ou madeira<br />

de florestas<br />

energéticas<br />

C<br />

om o aumento da demanda a indústria<br />

europeia de pellets deverá<br />

aumentar a produção ao longo<br />

dos próximos 5 anos. Uma projeção<br />

indica um crescimento da demanda<br />

europeia de pellets entre 30 a 40% até<br />

2025, impulsionada principalmente pelo programa<br />

de substituição das fontes tradicionais de<br />

energia por fontes renováveis.<br />

Os pellets têm diversas vantagens em relação<br />

a outras fontes de energia baseadas em<br />

biomassa. Entre as vantagens menciona-se em<br />

especial ser material com mais uniformidade,<br />

que facilita o controle da queima e melhora a<br />

eficiência de sistemas de geração de energia.<br />

Além disto, por ser compactado, tem uma<br />

maior concentração de energia por unidade<br />

volumétrica, é mais fácil de transportar, armazenar<br />

e manipular.<br />

A Europa consome aproximadamente 30<br />

milhões de toneladas por ano de pellets e é a<br />

região de maior consumidor global. O uso do<br />

pellet na Europa é diversificado, sendo 40%<br />

para aquecimento residencial, 36% para geração<br />

de energia em usinas, 14% para aquecimento<br />

comercial e o restante para uso combinado<br />

(geração e aquecimento).<br />

Uma grande parte da demanda europeia de<br />

pellets é atendida pela produção local, (70%).<br />

A matéria-prima utilizada atualmente para<br />

fabricação de pellets na Europa é predominantemente<br />

resíduos de serrarias (85%). O restante<br />

é madeira roliça (13%) e madeira recuperada<br />

principalmente de construções (2%).<br />

O crescimento da demanda de pellets na<br />

Europa deverá aumentar a importação, uma vez<br />

que dificuldades são esperadas no suprimento<br />

de madeira para atender a produção local. Novas<br />

fontes de madeira serão necessárias, sejam<br />

elas resíduos industriais, resíduos florestais ou<br />

madeira de florestas energéticas.<br />

O uso de resíduos florestais para produção<br />

de pellets tem se intensificado nos EUA (Estados<br />

Unidos da América) e no Canadá. No Canadá,<br />

por exemplo, a participação de pellets produzidos<br />

a partir de resíduos industriais caiu de 97%<br />

em 2010 para 72% em 2020. Os pellets produzidos<br />

a partir de resíduos florestais têm um<br />

maior conteúdo de cinzas, e como resultado,<br />

um preço menor.<br />

Nos últimos 5 anos o Brasil multiplicou 15<br />

vezes as exportações de pellets, passando de 24<br />

mil t (toneladas) - 2015 - para 361 mil t - 2020.<br />

O crescimento das exportações de pellets em<br />

2020 foi de 66% em relação a 2019. A produção<br />

brasileira de pellets é praticamente toda baseada<br />

em resíduos industriais, e 99% das exportações<br />

tem como destino o Reino Unido e a Itália.<br />

Embora as exportações brasileiras de pellets<br />

tenham crescido a taxas elevadas a participação<br />

no mercado global é ainda pequena. O Brasil<br />

contribui com apenas 3% das importações europeias<br />

de pellets.<br />

Certamente o aumento da demanda previsto<br />

para a Europa para os próximos 5 anos,<br />

que deverá ser em parte atendida por importações<br />

e acompanhada por uma tendência de<br />

elevação dos preços, é uma boa oportunidade<br />

para os exportadores brasileiros de pellets. Os<br />

produtores nacionais também podem explorar<br />

a alternativa de uso de resíduos florestais como<br />

matéria-prima para pellets, o que pode ser uma<br />

alternativa atrativa para melhorar a rentabilidade<br />

do negócio.<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br


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NOTAS<br />

Comprar, refrescar<br />

e reflorestar<br />

A cerveja Praya e o Makro Atacadista, em parceria,<br />

plantaram 13.456 árvores em prol da Mata<br />

Atlântica no mês de março. Para cada cerveja<br />

vendida na rede atacadista duas árvores foram<br />

plantadas. O foco da ação foi dar mais atenção<br />

para o Dia internacional das Florestas, comemorado<br />

no dia 21 de março. O slogan: 1 Praya,<br />

2 árvores; foi o grande chamariz da campanha.<br />

“O resultado foi muito positivo! Somos gratos<br />

por termos parceiros como o Makro Atacadista”,<br />

afirma Paulo de Castro, diretor de comunicação<br />

da Cervejaria Praya. Já Carla Arruda, diretora de<br />

comunicação do Makro Atacadista, afirma que:<br />

“A filosofia do Makro Atacadista vai de encontro<br />

com a da Cervejaria Praya em priorizar causas que<br />

impactem positivamente o planeta.” A ação foi realizada<br />

em parceria com a ONG internacional, One<br />

Tree Planteded, que plantou mais de 4 milhões de<br />

árvores apenas em 2019.<br />

Foto: divulgação<br />

Adote um Parque<br />

Foto: divulgação<br />

Com o objetivo de atrair recursos do meio privado para a<br />

conservação de parques nacionais na floresta amazônica, foi<br />

criado pelo Governo Federal, via decreto, o programa Adote<br />

um Parque. Empresas nacionais ou estrangeiras, ou até mesmo<br />

pessoas físicas, poderão, através desta iniciativa, contribuir concretamente<br />

com a proteção ambiental do Brasil. Ao adotar uma<br />

UC (Unidade de Conservação), os interessados serão reconhecidos<br />

como parceiros do meio ambiente e celebrarão Termo de<br />

Doação com o ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação<br />

da Biodiversidade). As doações são estimadas em €10 ou R$50<br />

por hectare ao ano. As áreas delimitadas pelo governo estão<br />

em 9 Estados e variam de 2.574 e 3.865.172 ha (hectares), permitindo<br />

diferentes níveis de investimento. O programa tem o<br />

potencial de canalizar R$ 3,2 bilhões ao ano, diretamente às UC.<br />

No modelo do programa, os recursos são investidos pelo adotante<br />

em serviços como monitoramento, proteção, prevenção e<br />

combate a incêndios florestais, prevenção e combate ao desmatamento<br />

ilegal e recuperação de áreas degradadas.<br />

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NOTAS<br />

Árvore certa, lugar certo<br />

Foto: Eliazel Rondon - Empaer<br />

Pesquisa realizada pela EMPAER (Empresa Mato-grossense<br />

de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) , apresentou<br />

dados sobre quais as espécies ideais para reflorestamento<br />

e produção de madeira no Estado. Das 30 espécies<br />

analisadas, 23 nativas e 7 exóticas, a pesquisa revelou<br />

quais se desenvolviam melhor sem sofrer com incidência<br />

de pragas ou doenças. São elas Fava barriguda, Peroba<br />

mica, Tatajuba, Bajão e Castanheira. Eliazel Vieira Rondon,<br />

pesquisador da Empaer, valoriza o resultado da pesquisa<br />

que plantou 2.250 árvores em seu processo de 25 anos.<br />

“Fazer plantio de uma espécie que não é indicada pode ser<br />

investimento perdido devido sua fragilidade em doenças e<br />

pragas, caracterizando um ecossistema instável”, destaca<br />

Rondon. Tudo isso, é pensado na produção e lucratividade<br />

da plantação. “Em plantio comercial, deve-se sempre ficar<br />

atento ao volume das espécies a serem plantadas visando<br />

o retorno financeiro do investimento”, valoriza o pesquisador<br />

após a conclusão do estudo.<br />

De volta às origens<br />

Governo do Paraná, através da Secretaria de Estado<br />

do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo firmou<br />

uma Licença de Adesão e Compromisso para a substituição<br />

de espécies de flora exótica por nativas. Objetivo é<br />

promover a regeneração das áreas e evitar a disseminação<br />

de pragas provocadas pela vegetação exótica, como a<br />

vespa da madeira. Segundo o secretário Márcio Nunes, o<br />

maior ganho é no interesse social, considerando o baixo<br />

impacto ambiental da atividade, conforme previsto na Lei<br />

Federal 1.265/2012 (Lei da Mata Atlântica). “A legislação<br />

atinge, principalmente, pequenas propriedades rurais. O<br />

lugar de espécies exóticas não é na beira dos rios, ou seja,<br />

em Áreas de Preservação Permanente”, afirma Nunes. A<br />

nova resolução prevê que os pedidos para retirar até 500<br />

árvores de espécies exóticas em APPs (Áreas de Preservação<br />

Permanentes) não precisam apresentar projetos<br />

técnicos de impacto ambiental e de reflorestamento.<br />

Além disso, a medida não oferece a dispensa de fiscalização,<br />

que será realizada pelo IAT (Instituto Água e Terra),<br />

que é vinculado à secretaria.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Setor privado contribui<br />

com preservação<br />

A Iniciativa 20x20, parceria regional para a América<br />

Latina que envolve 70 ONGs, 17 governos e 22<br />

investidores privados foi responsável por restaurar<br />

22,3 milhões de ha (hectares) florestais e paisagens.<br />

No Brasil a iniciativa contribui com a preservação de<br />

450 mil hectares de floresta. O instituto de pesquisa<br />

WRI (World Resources Institute) é responsável pela<br />

secretaria-executiva na coordenação entre governos e<br />

ONGs. Miguel Calmon, consultor sênior em florestas<br />

do WRI no Brasil, valoriza o trabalho em relação a<br />

produção, conservação e inclusão social. “Há empresas<br />

que dependem diretamente do capital natural para as<br />

suas atividades. Elas precisam investir em conservação<br />

e restauração porque o próprio negócio delas depende<br />

da proteção desse capital”, ele ressalta. Até o momento,<br />

ao menos 18 países da América Latina e Caribe se<br />

comprometeram a proteger 52 milhões de ha de terras<br />

até 2030.<br />

Foto: divulgação<br />

Carne, celulose e baixo<br />

carbono<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Uma parceria entre a Klabin e a Embrapa foi firmada<br />

para a criação e validação de diretrizes de um sistema silvipastoril<br />

(integração pecuária-floresta). Esse sistema de integração<br />

permite diminuir a emissão, ou até mesmo, zerar<br />

os gases do efeito estufa emitidos pela pecuária. Esse projeto<br />

de pesquisa está desenvolvendo um protocolo para<br />

estabelecer diretrizes que alinhe a produção de celulose<br />

e a mitigação dos gases simultaneamente. O pesquisador<br />

Vanderley Porfírio-da-Silva, que coordena o projeto, valoriza<br />

o potencial inovador e de melhoria na produção através<br />

de informações mais claras. “Este potencial de armazenamento<br />

e por quanto tempo o carbono fica armazenado<br />

ainda não são conhecidos no caso de sistemas silvipastoris<br />

com árvores voltadas à produção de celulose e papel, que<br />

têm modelagens diferentes dos plantios voltados à produção<br />

de madeira para serraria”, explica o pesquisador.<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Curativo a base de pinus<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

O pinus, que já tem grande destaque na indústria<br />

de madeira agora também ganha espaço na medicina.<br />

A pesquisa desenvolvida por Luiz Esteves Magalhães<br />

e Francine Ceccon Claro utilizou Nanotecnologia para<br />

potencializar propriedades físicas e químicas que dão<br />

mais valor à celulose e assim desenvolveram uma membrana<br />

que pode ser utilizada na recuperação de pele<br />

queimada. Por não ter porosidades a membrana pode<br />

ser utilizada como uma barreira que protege a área em<br />

recuperação. “A característica de translucidez favorece<br />

o acompanhamento da cicatrização sem a necessidade<br />

de retirada do curativo para avaliação da ferida”, afirma<br />

Claro. O seu grande diferencial em relação a outros<br />

produtos para o tratamento de queimados é seu baixo<br />

custo: segundo os pesquisadores o custo pode ser até<br />

mil vezes menor do que os materiais disponíveis hoje.<br />

A membrana ainda passará por testes clínicos e deverá<br />

estar disponível para o público em quatro anos.<br />

Preço do diesel recua<br />

Após uma sequência de 5 meses registrando<br />

altas nos valores o diesel registrou<br />

queda de 0,84% no diesel comum e de<br />

0,93% no diesel S-10. Esse resultado pode<br />

não ser o mais expressivo, mas interrompeu<br />

a sequência de aumentos consecutivos. Os<br />

dados são do levantamento feito pelo IPTL<br />

(Índice de Preços Ticket Log ). As maiores<br />

baixas foram registradas na região sul, onde<br />

alcançaram 1,57% e 1,58% para o diesel<br />

comum e S-10, respectivamente. Além da<br />

maior queda percentual, a região também<br />

apresentou os menores preços, com o<br />

combustível comum sendo encontrado a R$<br />

4,064 e o S-10 R$ 4,102. A região com maiores<br />

preços foi a Norte, onde a baixa para o<br />

diesel comum foi de 0,02% chegando nas<br />

bombas por R$ 4,744 e para o S-10 a queda<br />

foi de 0,215 e o preço para o consumidor<br />

chegou a R$ 4,783.<br />

Foto: divulgação<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Nota de<br />

falecimento<br />

Imagem: reprodução<br />

A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL manifesta o mais<br />

profundo sentimento de solidariedade à Komatsu, aos<br />

familiares e amigos. Edson Leonardo Martini, presidente<br />

da Komatsu, seus ensinamentos permanecerão<br />

servindo de inspiração.<br />

Investindo<br />

em floresta<br />

Foto: divulgação<br />

A XP investimentos anunciou que está se preparando<br />

para levantar até R$ 2 bilhões para seu novo fundo de investimentos<br />

focado em florestas de produção de madeira. A<br />

oportunidade vista pela corretora está em um mercado com<br />

crescente demanda por investimentos e meio a baixa taxa<br />

de juros do país. Segundo Bruno Castro, presidente da XP<br />

Asset Management, as florestas são o primeiro passo, mas a<br />

empresa também irá investir em fundos relacionados à terras<br />

agrícolas e crédito de carbono. “O retorno desses fundos não<br />

tem correlação com outros mercados, por isso eles são uma<br />

verdadeira alternativa de diversificação para investidores<br />

locais e estrangeiros”, afirma Castro. O fundo de florestas de<br />

produção começou a levantar dinheiro no primeiro semestre,<br />

e estão listados como possíveis investidores: fundos de pensão,<br />

seguradoras, family offices e áreas de private banking,<br />

além da própria XP que entrará com o capital inicial. Segundo<br />

Castro é um mercado potencial de US$ 50 bilhões apenas no<br />

âmbito de florestas, pois poucas áreas de floresta plantada no<br />

Brasil são de investidores.<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

Em ação conjunta, CIPEM e outras<br />

entidades promovem confecção<br />

e doação de 1200 Abafadores<br />

Ecológicos para proteção das<br />

florestas em Mato Grosso<br />

Foto: divulgação<br />

Desse modo, a<br />

eficácia da extinção<br />

das chamas é<br />

potencializada e<br />

consequentemente,<br />

a conservação<br />

ambiental também<br />

J<br />

unto a entidades dos setores público e privado, o CIPEM integra<br />

um projeto que forneceu mais de 1000 (mil) Abafadores Sustentáveis<br />

Ecológicos ao Corpo de Bombeiros Militar (CBM/MT). Os<br />

equipamentos deverão ser utilizados para auxiliar na execução de<br />

atividades relacionadas ao controle e ao combate de incêndios florestais,<br />

em todo o Estado de Mato Grosso. Encabeçam o projeto: a SEMA/MT<br />

(Secretaria de Estado de Meio Ambiente), o Corpo de Bombeiros Militar (CBM/<br />

MT), o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural, o Sindicato Rural e o Sistema<br />

Penitenciário de Mato Grosso.<br />

Além de ecológicos, os Abafadores desenvolvidos conferem excelente<br />

qualidade devido sua composição utilizar materiais de alta performance. A ferramenta<br />

consiste em uma lâmina de borracha firmada a um cabo de madeira<br />

não termocondutor, sendo este segundo material fornecido pelo CIPEM, que<br />

é referência nacional na organização da oferta de produtos florestais com garantia<br />

de origem, advindos do Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável, por meio de seus<br />

associados. Desse modo, a eficácia da extinção das chamas é potencializada e<br />

consequentemente, a conservação ambiental também.<br />

Outro ponto que vale destacar é que, a participação de diversos setores no<br />

projeto permite que a conservação aconteça em maior escala. Nesse sentido, o<br />

Cipem entende que a união entre as entidades não somente promove benefícios<br />

ao meio ambiente, como também ao Estado, como um todo. Com maiores<br />

recursos e equipamentos eficazes, os bombeiros garantem, por exemplo, maior<br />

proteção às propriedades rurais, assegurando a continuidade das atividades<br />

desenvolvidas regionalmente.<br />

Por fim, o CIPEM reforça o compromisso com a conservação ambiental<br />

aliada ao desenvolvimento de Mato Grosso.<br />

“Realizaremos, portanto, o acompanhamento integral das etapas do Projeto.<br />

Acreditamos que a aproximação com o setor público estadual é peça-chave<br />

para a ampliação desses conceitos e apoiamos futuras colaborações que como<br />

esta, tragam melhorias para a agenda Ambiental, essa iniciativa contou também<br />

com o apoio do SINDUSMAD/SINOP” afirmou Rafael Mason, presidente<br />

do CIPEM.<br />

https://cipem.org.br<br />

Para conferir o artigo na íntegra, acesse:<br />

https://cipem.org.br/sema-cipem-corpo-de-bombeiros-e-outras-entidades-<br />

-cooperam-em-confeccao-e-doacao-de-mais-de-1000-abafadores-ecologicos/<br />

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NA PRODUÇÃO DE MUDAS


FRASES<br />

Foto: Marcos Corrêa/PR<br />

Não querem deixar que eles evoluam,<br />

não querem deixar que eles plantem<br />

nas suas terras, que explorem, que<br />

garimpem, que construam pequenas<br />

centrais hidrelétricas, que recebam<br />

internet. Querem que continuem<br />

como?<br />

Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil sobre as<br />

restrições impostas aos indígenas brasileiros<br />

“No governo do presidente Jair<br />

Bolsonaro, o indígena decide<br />

o rumo que irá seguir, sem<br />

intermediários ou políticas<br />

públicas pautadas em posturas<br />

ideológicas”<br />

Marcelo Xavier, Presidente da Funai (Fundação<br />

Nacional do Índio)<br />

“Esta resolução é moderna,<br />

criativa e inédita no país”<br />

Márcio Nunes, Secretário de Estado do<br />

Desenvolvimento Sustentável e do Turismo<br />

do Paraná, sobre programa da substituição de<br />

plantas exóticas por nativas no Estado<br />

“O Brasil tem a agricultura de<br />

baixo carbono, o Brasil tem<br />

código florestal, que nenhum<br />

deles tem, o Brasil tem uma<br />

série de medidas que deixam<br />

claro que não somos nós<br />

os principais vilões dessa<br />

questão climática. Nós somos<br />

a solução desse problema”<br />

Ricardo Salles, Ministro do Meio Ambiente,<br />

respondendo sobre aquecimento global em<br />

entrevista ao jornal A Tarde<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

Desafiando<br />

GIGANTES<br />

Foto: divulgação<br />

Challenging giants<br />

ENTREVISTA<br />

A<br />

AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras<br />

de Madeiras do Estado do Pará), representa um<br />

grupo com empresas atuantes na exploração<br />

responsável da madeira no Estado com o quinto<br />

maior volume de exportações da matéria-prima no país. Tal<br />

importância no cenário nacional e internacional faz da AIMEX<br />

não apenas um representante, mas também uma referência<br />

na indústria da madeira. Em entrevista a Revista FLORESTAL<br />

Eduardo Leão, novo diretor da AIMEX, valoriza o passado da<br />

instituição, apresenta seus planos para o futuro e ações práticas<br />

para o presente. Confira:<br />

Eduardo<br />

Leão<br />

T<br />

he Association of Wood Exporting Industries of the<br />

State of Pará (AIMEX) represents a group of companies<br />

operating in the responsible exploitation<br />

of timber in the State, with the group being the<br />

fifth largest exporter of the raw material by volume in Brazil.<br />

This importance on the national and international scene makes<br />

AIMEX a representative and reference in the forest product<br />

industry. In an interview with Revista FLORESTAL, Eduardo Leão,<br />

the new Executive Director of AIMEX, values the institution’s<br />

past and presents its plans for the future and practical actions<br />

for the present. Check out below:<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor executivo da AIMEX (Associação das Indústrias<br />

Exportadoras de Madeira do Estado do Pará)<br />

Executive Director of the Association of Wood Exporting<br />

Industries of the State of Pará (AIMEX)<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

MBA em gestão empresarial (FDC - 2014), mestre em<br />

hidrogeologia (2015), pós-graduado em gestão de recursos<br />

hídricos (2009) e gestão ambiental industrial (2008), engenheiro<br />

sanitarista e ambiental (2004)<br />

BSc. in Sanitary and Environmental Engineering (2004),<br />

Post-Graduate Studies in Industrial Environmental Management<br />

(2008) and Water Resources Management (2009),<br />

MBA (FDC - 2014), MSc. in Hydrogeology (2015)<br />

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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


ENTREVISTA<br />

>> Recentemente, a entidade perdeu o presidente Carlos<br />

Roberto Pupo. Qual legado deixado pelo ex-presidente?<br />

Já o conhecia antes de estar aqui. Tive uma experiência<br />

como secretário de desenvolvimento do Pará e então lá comecei<br />

a ter esse meu relacionamento com a AIMEX e com o<br />

Pupo. Sempre foi um cara muito guerreiro, conhecedor da<br />

área. Ele tinha um jeito um pouco mais incisivo de dialogar,<br />

mas isso também era por causa do tratamento recebido<br />

pelo setor florestal, com a imagem relacionada ao desmatamento<br />

e sabemos que isso não é verdade. Pupo conhecia todas<br />

as fragilidades do setor, todas as melhorias normativas,<br />

então deixa um legado que, sem sombra de dúvidas, facilita<br />

para quem viesse a sucedê-lo.<br />

>> Quais as principais diferenças entre as atividades anteriores<br />

e o que está sendo feito agora na entidade?<br />

Sempre trabalhei com gestão. Treinei para ser gestor, trabalhar<br />

em qualquer tipo de ramo e trazer essa minha bagagem.<br />

Passei pela Vale, onde trabalhei por quase 10 anos<br />

em projetos que iam da mineração ao agronegócio. Então<br />

sempre fui meio coringa. Em 2015 tive a oportunidade de<br />

trabalhar do outro lado da mesa, indo para o setor público.<br />

Fui secretário de Estado e em 2018 fui convidado para a formação<br />

da primeira diretoria da ANM (Agência Nacional de<br />

Mineração). O que trago é a excelência em gestão, em integridade,<br />

criando procedimentos de operação. Hoje a AIMEX<br />

não tem um planejamento estratégico futuro, e isso já está<br />

na minha lista de tarefas. Onde queremos chegar, daqui a 5<br />

ou 10 anos, um plano de captação de associados, um selo<br />

de qualidade AIMEX, os diferenciais oferecidos para o associado,<br />

são coisas que vou estruturar. Como todo executivo,<br />

não sei quanto tempo vou ficar aqui, mas gostaria de deixar<br />

tudo estruturado.<br />

>> Como aconteceu o convite para assumir a AIMEX?<br />

Chamei a atenção da AIMEX quando ainda trabalhava como<br />

secretário adjunto da secretaria de desenvolvimento estadu-<br />

A madeira tropical tem um<br />

valor muito grande e tem que<br />

ser cada vez mais fortalecida,<br />

pois o manejo florestal é<br />

sinônimo de conservação<br />

Recently, the entity lost Executive Director Carlos Roberto<br />

Pupo to the Novel Coronavirus. What is the legacy left by<br />

the former Director?<br />

I already knew him before I became part of the Association.<br />

When I was with the State of Pará Secretary of Development,<br />

I began to have a relationship with AIMEX and Pupo.<br />

He has always been a fighter, knowledgeable in the area,<br />

had a slightly more penetrating way of dialogue, but this<br />

was also because of the Forestry Sector’s treatment, with its<br />

image related to deforestation, which we know is not valid.<br />

Pupo knew all the weaknesses of the Sector and all the regulatory<br />

improvements, so he left a legacy that undoubtedly<br />

makes it easier for those who succeed him.<br />

What are the main differences between previous management’s<br />

activities and what is being done now in the entity?<br />

I’ve always worked in management. I trained as a manager,<br />

worked in all areas of business, and this is my luggage. I<br />

worked at Vale, for almost ten years, on projects that went<br />

from mining to agribusiness. So, I’ve always been a little<br />

bit of a wild card. In 2015, I had the opportunity to work on<br />

the other side of the table, going to the Public Sector. I was<br />

Secretary of State, and, in 2018, I was invited to participate<br />

on the first board of the National Mining Agency (ANM).<br />

What I bring is excellence in management, integrity, and<br />

creating operating procedures. Today, AIMEX does not have<br />

a strategic plan for the future, which is already on my to-do<br />

list. A plan to outline where we want to be in five or ten<br />

years, increase membership, and create an AIMEX quality<br />

seal: the differentials offered to membership are things that<br />

I will structure. Like every executive, I don’t know how long I<br />

will be here, but I’d like to leave it all structured.<br />

How did the invitation to take over AIMEX happen?<br />

I drew AIMEX’s attention while still working as State of<br />

Pará’s Deputy Secretary of Development. AIMEX, as an<br />

entity representing exporters, was suffering greatly from<br />

the low credibility of the State and Brazilian Government<br />

abroad. There is a significant trade fair there in Nantes,<br />

promoted by Le Commerce Extérieur, a fair for French timber<br />

buyers. They wanted to know what procedures of legal<br />

origin of timber, if it is traceable, for example. They didn’t<br />

know our system. That is the case for Sisflora, which came<br />

before Sinaflora, and the IBAMA management system. So, I<br />

made myself available, went there, represented the State of<br />

Pará, and made a presentation in English and French, to the<br />

French exporters, where I divulged everything, all our regulations,<br />

for them to understand that when a state license is<br />

issued, there is the possibility of traceability, with data and<br />

transparency. All this has existed since 2016 here in the State<br />

of Pará. So, I guess I won over little confidence from them.<br />

When I asked for my resignation from the position in Brasilia<br />

with the ANM, I returned to Belém. I was looking for other<br />

areas of activity, and at that time, AIMEX knew that I was<br />

looking. And unfortunately, it was 20 days after the death of<br />

Pupo. A meeting of the executive body was held, and I was<br />

made an offer.<br />

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ENTREVISTA<br />

al. A AIMEX, como exportadora, estava sofrendo muito com<br />

a baixa credibilidade do governo estadual e brasileiro lá fora.<br />

Existe uma feira muito importante lá em Nantes, promovida<br />

pelo Le Commerce Extérieur que é uma espécie de feira dos<br />

compradores de madeira da França, onde eles queriam conhecer<br />

quais os procedimentos de origem legal da madeira,<br />

se ela é rastreável, por exemplo. Eles não conheciam nosso<br />

sistema. Que no caso era o SISFLORA, que veio antes do<br />

SINAFLORA e do sistema de gestão do IBAMA. Então me<br />

coloquei a disposição, fui lá, representei o Estado do Pará e<br />

fiz a apresentação em inglês e francês, para os exportadores<br />

franceses, onde mostrei tudo, todos os nossos normativos,<br />

para eles acreditarem que quando existe uma licença estadual,<br />

existe a possibilidade de rastreabilidade, com dados e<br />

transparência. Tudo isso já existia desde 2016 aqui no Pará.<br />

Então acho que peguei um pouco de confiança deles. Quando<br />

pedi a minha renúncia do cargo em Brasília, da ANM,<br />

retornei para Belém. Estava procurando outras áreas de<br />

atuação e nesse momento a AIMEX soube que estava aqui e<br />

infelizmente foi 20 dias depois do falecimento do Pupo. Foi<br />

realizada uma reunião do corpo executivo e me fizeram uma<br />

proposta.<br />

>> Conhecer sobre o setor te ajudou a aceitar o desafio?<br />

Conheço quase todos os associados e sei da seriedade dos<br />

envolvidos, sei da confiabilidade, da rastreabilidade do manejo.<br />

Então para mim foi uma decisão bem tranquila.<br />

>> Quais as ações práticas realizadas nesse primeiro momento<br />

de sua gestão?<br />

A gente está batendo muito em normativas. Essas revisões<br />

normativas estaduais ou no IBAMA em nível federal, são<br />

falhas e infelizmente deixam o setor florestal frágil. A famigerada<br />

ação contra o setor tem atrapalhado a possibilidade<br />

de geração de mercado. Tenho uma madeira legalizada, mas<br />

que não pode ser exportada. Existe uma demanda mundial<br />

por cavaco, por sobra de madeira. Temos conversado com<br />

o IBAMA e com a SEMA a respeito do Programa Pau Brasil,<br />

que deve ser lançado até outubro. Ele deve nos dar a chance<br />

de lançar dados sobre a rastreabilidade no sistema do<br />

IBAMA. Isso vai promover mais mercado e mais negócio.<br />

Outra grande luta interna, onde somos mediadores, é em<br />

relação à integração do Estado do Pará e o governo federal,<br />

que é em relação ao SINAFLOR e ao SINAM. Até poucos dias<br />

não tínhamos meios não judiciais para ajustarmos o sistema<br />

SINAFLOR/SINAM e estamos lutando para que essas conversas<br />

continuem. Se isso não se resolver, o setor florestal vai<br />

parar de novo, como já ocorreu no passado. Essa é uma das<br />

grandes prioridades que temos para deixar o setor florestal<br />

trabalhar com tranquilidade.<br />

>> Quais as novas oportunidades para o mercado de madeira<br />

tropical?<br />

A madeira tropical tem um valor muito grande e tem que ser<br />

cada vez mais fortalecida, pois o manejo florestal é sinônimo<br />

de conservação. Estamos sendo incisivos em um programa<br />

Did knowing about the Sector help you in accepting the<br />

challenge?<br />

I knew almost all the members, and I knew about the<br />

seriousness of those involved, about reliability, management,<br />

and traceability. So, for me, it was a straightforward<br />

decision.<br />

What were the practical actions taken in the first moments<br />

of your mandate?<br />

We are still up against regulations. These Federal or IBAMA<br />

regulatory revisions are flawed and, unfortunately, lead to<br />

a fragile Forestry Sector. The infamous Action XXXX-15. This<br />

type of procedure has hindered the possibility of creating a<br />

market. We have legalized wood that cannot be exported.<br />

There is a worldwide demand for chips from timber wastes.<br />

We have talked with IBAMA and SEMA about the Pau Brasil<br />

Program, which should be launched by October. It should<br />

give us a chance to release data on traceability within the<br />

IBAMA system. This will promote the creation of larger<br />

markets and more business. Another internal struggle,<br />

where we are mediators, is concerning the integration of<br />

the State of Pará and the Federal Government regulations,<br />

which is SINAFLOR and SINAM. Until a few days ago, we had<br />

no non-judicial means to adjust that of the SINAFLOR/SI-<br />

NAM system, and we are fighting for these conversations to<br />

continue. If this is not resolved, the Forestry Sector will come<br />

to a stop, as occurred in the past. This is one of our biggest<br />

priorities, letting the Forestry Sector work in peace.<br />

What are the new opportunities for the tropical timber<br />

market?<br />

Tropical timber adds economic value to society. Production<br />

has to be increased because Forest Management is synonymous<br />

with conservation. We are being incisive in a communication<br />

program in the social media and also making<br />

an annual communication program with our local media to<br />

reverse the mystique that Forest Management is not associated<br />

with conservation. You have to realize that you can<br />

harvest around six to ten trees from one hectare that will<br />

contribute to the development of newer plants so that within<br />

thirty years, the area will return to its natural state. This is<br />

mainly unknown by society, including that from the State of<br />

Pará, which lives in the surroundings or in the Amazon Forest.<br />

This focus on communication and information opens up<br />

the possibility of increasing the market internally. Today, our<br />

members work with almost 90% of their production destined<br />

for export, and our actions could open up new markets. For<br />

this, we need to change the thinking that tropical wood is<br />

linked to deforestation. So, this communication issue serves<br />

mainly to demystify the internal market.<br />

The year 2020 showed a sharp fall in timber exports from<br />

the State of Pará. Is that a direct reflection of the pandemic?<br />

What are the expectations for <strong>2021</strong>?<br />

I wasn’t here at the time, but from the information I have,<br />

we are looking at a behavior that has similarities to various<br />

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ENTREVISTA<br />

de comunicação nas mídias sociais e também fazendo um<br />

programa de comunicação anual com nossa mídia local,<br />

para tirar essa mística de que o manejo não está associado<br />

à conservação. Você tem que pensar que de um hectare vou<br />

tirar em torno de 6 a 10 árvores que irá contribuir com o desenvolvimento<br />

de plantas mais novas, tudo isso com prazos<br />

de 30 anos para retornar até aquela área. Tudo isso é amplamente<br />

desconhecido pela sociedade, mesmo a paraense,<br />

que mora no entorno ou na Floresta Amazônica. Esse foco<br />

em comunicação e informação abre a possibilidade do mercado<br />

aumentar internamente. Hoje, nossos associados trabalham<br />

com quase 90% de produção para exportação e isso<br />

pode abrir um novo mercado. Para isso precisamos desligar<br />

essa ideia de que madeira tropical está ligada ao desmatamento.<br />

Então essa questão da comunicação vai melhorar<br />

principalmente para desmitificar o mercado interno.<br />

>> O ano de 2020 apresentou uma forte queda na exportação<br />

da madeira no Pará. Isso é reflexo direto da Pandemia?<br />

Quais as expectativas para <strong>2021</strong>?<br />

Não estava aqui na época, mas até onde tive informação<br />

esse comportamento foi parecido para diversos setores, não<br />

só o florestal. Os impactos causados pelos lockdowns, fechamentos<br />

de fábricas e afins, que afetaram diretamente os<br />

números do segundo e terceiro trimestres. Agora com a volta<br />

das atividades voltando aos patamares similares pré-pandemia,<br />

temos previsões otimistas para <strong>2021</strong>. Os números do<br />

primeiro trimestre, foram, em média, 10% acima em volume<br />

e valor comparado no mesmo período do ano passado.<br />

>> A Operação Androanthus da PF (AM) de forma abrupta<br />

e trucenta, gerou grandes impactos aos madeireiros do<br />

norte do país. Qual posicionamento da AIMEX diante da<br />

situação?<br />

A operação Androanthus, na nossa avaliação, como está em<br />

nota divulgada, teve falhas operacionais. Quando se pega<br />

toda uma região muito grande, como é a do Tapajós, não<br />

pode colocar tudo no mesmo balaio. Sabemos que existem<br />

os ilegais, faltou esse discernimento de separar o joio do trigo.<br />

Temos associados da AIMEX com madeira certificada paralisada<br />

pela PF (Polícia Federal). Ou seja, se tem um selo de<br />

Procedimento FSC, se tem todo um procedimento de cadeia<br />

de custódia, de rastreabilidade, que foi apresentado para a<br />

PF e a PF não analisou? Chegou uma ação/solicitação judicial<br />

há alguns dias atrás e a PF retroagiu: ela tinha liberado<br />

e ela deu baixa com uma manifestação travando a liberação<br />

de carga. Então foi uma situação bem complexa, onde houve<br />

falhas, principalmente ligadas aos nossos associados. A PF<br />

não reconhece permuta de terra, colocando tudo como grilagem.<br />

Isso já é um procedimento adotado pelo governo do<br />

Estado do Pará, com a emissão de título. Tudo isso é muito<br />

frágil e precisaria realmente ser revisto.<br />

>> A atuação de ONGs que buscam proteger a floresta é<br />

muito forte na Amazônia e pouco ou quase nada pensam<br />

nas pessoas que vivem na Floresta Amazônica. Qual o posi-<br />

sectors, not just forestry. The impacts caused by lockdowns,<br />

factory closures, and the like directly affected the numbers<br />

of the second and third quarters. Now with the return of<br />

activities to similar pre-pandemic levels, we have optimistic<br />

forecasts for <strong>2021</strong>. The first-quarter figures were on average<br />

10% higher in volume and value compared to the same<br />

period last year.<br />

The Handroanthus Operation by the Federal Police (PF) in<br />

the State curtailed forest operations, generating impacts<br />

to the Forestry Sector in the State of Pará. What is AIMEX’s<br />

position in the face of the situation?<br />

The Handroanthus Operation, in our evaluation, and confirmed<br />

in an officially released statement, had operational<br />

failures. When you take a vast region, like Tapajós, you can’t<br />

put everything in the same basket. We know that there are<br />

illegal operations; this operation lacked this discernment<br />

of separating the wheat from the chaff. We have AIMEX<br />

members with certified timber seized by the PF. That is,<br />

the timber has the FSC seal, the whole chain of custody<br />

procedure, rastreability, all presented to the PF, and did the<br />

PF analyze it? As the result of a lawsuit filed a few days ago,<br />

the PF backtracked: it had the timber released, but it was released<br />

during a demonstration hindering the release. So, it is<br />

a very complex situation, where there were failures, mainly<br />

associated to our members. The PF does not recognize the<br />

transfer of land titles, calling land occupation illegal. Land<br />

title transfer is already a procedure adopted by the Government<br />

of the State of Pará, issuing proper land titles. All of<br />

this is very fragile and needs to be reviewed.<br />

Então se essas pessoas<br />

não tiverem renda,<br />

não tiverem como<br />

serem pagos por isso,<br />

não tenha dúvida que<br />

elas vão voltar para a<br />

floresta e teremos novos<br />

tipos de desmatamento<br />

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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


ENTREVISTA<br />

cionamento da AIMEX sobre estas entidades?<br />

Diria que muito disso é a questão da comunicação. Imagino<br />

que muitas dessas ONGs, em grande maioria internacionais,<br />

não têm conhecimento sobre a população, que<br />

vive no meio da floresta e que também precisa de outra<br />

fonte de renda. Hoje, infelizmente, os pagamentos por<br />

serviços ambientais não estão popularizados. Existem algumas<br />

iniciativas de pagamento por serviços ambientais, mas<br />

um quilombola, uma tribo indígena, ou um ribeirinho sabem<br />

disso? Temos associados AIMEX, que tem exploração<br />

por manejo através de comunidades quilombolas. Conta<br />

com nota fiscal, trabalho legal e isso deve ser colocado em<br />

consideração. Por isso temos que mostrar para a sociedade,<br />

nacional e internacional, que os povos amazônicos representam<br />

25 milhões de pessoas em nível continente. Então<br />

se essas pessoas não tiverem renda, não tiverem como<br />

serem pagos por isso, não tenha dúvida que elas vão voltar<br />

para a floresta e teremos novos tipos de desmatamento.<br />

Fazendo o corte seletivo, estamos ajudando aquela floresta<br />

a agregar carbono, fazer o papel de floresta, fazer o papel<br />

de oxigenação. Talvez as ONGs, em sua grande maioria,<br />

não tenham pleno conhecimento sobre isso e acreditem<br />

que só a floresta intacta que tem esse valor. Uma das tarefas<br />

que temos pela frente é a de fazer um grande papel de<br />

conscientização e trazer essas entidades para conhecerem<br />

os grandes produtos do manejo sustentável.<br />

>> Quais seus planos para a valorização da madeira tropical?<br />

Fazer um planejamento estratégico, mostrar qual o diferencial<br />

da AIMEX em relação a outras associações, quais<br />

são os benefícios de trabalhar conosco. Infelizmente, nossos<br />

políticos, não necessariamente deste governo, passam<br />

uma percepção de que são suscetíveis à corrupção. E não<br />

é bem assim. Temos bons programas de gestão dentro do<br />

governo, o próprio SINAFLOR e o SISFLORA, que são sistemas<br />

inteligentes, que fazem o cruzamento de informação,<br />

mas infelizmente a baixa credibilidade dos nosso governos<br />

diante de quadros internacionais nos fragilizam. Então,<br />

quando chega para o importador francês, por exemplo,<br />

ele fica cheio de dúvidas sobre o trabalho envolvido na<br />

extração da madeira ou mesmo a legalidade dela. Por isso<br />

temos o foco em criar o selo AIMEX, para dar mais credibilidade<br />

à madeira, visando acordos internacionais, por uma<br />

FSC ou ITTO, temos que mostrar que esse selo, quando<br />

atribuído ao nosso associado, separa o joio do trigo.<br />

The actions of NGOs seek to protect the Amazon Forest,<br />

and give little or almost no consideration to the people<br />

living in the Forest. What is AIMEX’s position on this?<br />

I would say that a lot of this is a lack of communication. I<br />

imagine that many of these NGOs, mostly international,<br />

have no knowledge about the population, who live in the<br />

middle of the forest and who also need another source of<br />

income. Today, unfortunately, payments for environmental<br />

services are not popularized. There are payments for<br />

initiatives for ecological services, but do a colony, an Indian<br />

tribe, or a riverside dweller know that? We have AIMEX<br />

members who undertake Forest Management using workers<br />

from colony communities. They provide invoices, work<br />

legally, and this should be taken into account. That is why<br />

we have to show to society, national and international, that,<br />

at the continental level, 25 million people live in the Amazon<br />

Forest. So, if these people have no income, no way to be<br />

paid for conservation, no doubt, they will go back to depend<br />

on illegal forest operations. So, we’ll have new types of deforestation.<br />

By selectively cutting, we’re helping that forest<br />

sequester carbon, playing the role of the forest, playing the<br />

role of oxygenation. For the most part, NGOs are not fully<br />

aware of this and believe that only an intact forest has value.<br />

One of the tasks that we have ahead of us is to take on<br />

the role of awareness and get these entities to understand<br />

the products of Sustainable Management.<br />

What are your plans for a better appreciation of tropical<br />

wood?<br />

Strategic planning, by showing what is the differential of<br />

AIMEX with other associations, what are the benefits of<br />

working with us. Unfortunately, our politicians, not necessarily<br />

of this Government, pass on a perception that the<br />

associations are susceptible to corruption. And it’s not like<br />

that. We have good management programs within the<br />

Government, Sinaflor itself, and Sisflora, intelligent systems<br />

that cross-reference information. Still, unfortunately, the low<br />

credibility of our governments in the face of international<br />

frameworks weakens us. So, when French importers arrive,<br />

for example, they are full of doubts about the work involved<br />

in the timber extraction or even the legality of it. Therefore,<br />

we have to focus on creating the AIMEX seal to give more<br />

credibility to the harvested timber, aiming at international<br />

agreements through an FSC or ITTO and show what this seal<br />

means when attributed to our members - separating the<br />

wheat from the chaff.<br />

Talvez as ONGs, em sua grande maioria, não tenham<br />

pleno conhecimento sobre isso e acreditem que só<br />

a floresta intacta que tem esse valor<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


A Unylaser, fabricante do Fueiro RAPTOR®, uniu forças com a Librelato<br />

para em conjunto desenvolver este Hexatrem especialmente para a<br />

Suzano-Bahia. Toda a experiência e conhecimento adquirido ao longo<br />

dos anos, bem como a orientação do cliente, foram fundamentais para<br />

este projeto que utiliza Fueiros RAPTOR® 16.000 com a caixa de carga<br />

extra larga. O produto foi especificamente desenvolvido para<br />

transporte de madeira fora de estrada.


PRINCIPAL<br />

SOB MEDIDA PARA<br />

O MERCADO<br />

Fotos: Emanoel Caldeira e divulgação<br />

Empresa ganha cada vez mais o mercado interno e se<br />

destaca inclusive no mercado internacional de fueiros<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


C<br />

om 17 anos de atuação no mercado, a Unylaser<br />

nasceu dentro do Grupo PCP Steel, sediado em<br />

Caxias do Sul (RS). A criação da empresa teve<br />

como foco a entrada da companhia no segmento<br />

florestal, em especial no fornecimento de<br />

componentes e conjuntos metálicos de médio à grande porte<br />

e de alta complexidade.<br />

A Unylaser busca oferecer não apenas fueiros, chassis,<br />

sobrechassis, defensas e outros acessórios para operação e<br />

logística, mas também a possibilidade da customização personalizada<br />

aos clientes.<br />

“Dispomos de uma engenharia capacitada para entender<br />

a necessidade do mercado e desenvolver novos e inovadores<br />

produtos para dispor ao mercado uma operação cada vez mais<br />

rentável, entendendo as reais necessidades das operações de<br />

cada cliente”, explicou o responsável pela gestão comercial da<br />

Unylaser, Roger Viezzer.<br />

Made-to-measure<br />

for the market<br />

A company increasingly gains share of the<br />

domestic bunk and stanchion market and<br />

even stands out in the international market<br />

S<br />

eventeen years ago, Unylaser was born<br />

within the PCP Steel Group, in Caxias do<br />

Sul, in the Sierra of State of Rio Grande do<br />

Sul. Unylaser’s birth focused on the Group’s<br />

entry into the forestry segment, primarily<br />

supplying metal components and assemblies for medium<br />

to large and high-complexity equipment.<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

39


PRINCIPAL<br />

Todos os produtos da empresa disponibilizados ao setor<br />

por meio da linha Raptor <strong>Florestal</strong> são feitos em aço de alta<br />

e ultra-alta resistência, permitindo maior durabilidade, segurança<br />

e economia de custos.<br />

CRESCIMENTO DE FORA PARA DENTRO<br />

Mesmo sediada no Brasil, a Unylaser teve como primeiros<br />

clientes empresas do setor de celulose do Uruguai, país que faz<br />

fronteira com o Rio Grande do Sul. Atualmente, 70% dos fueiros<br />

que entram na nação vizinha são da marca Raptor <strong>Florestal</strong>.<br />

No Brasil, a empresa atende empresas como a CNPC, Klabin<br />

e Suzano, tendo atuação em Estados das regiões nordeste,<br />

centro-oeste, sudeste e sul.<br />

Além do Uruguai, a Unylaser também tem atuações em<br />

mercados internacionais como Chile, Canadá, EUA (Estados<br />

Unidos da América), África do Sul e Portugal.<br />

“Buscamos desenvolver novos mercados para ter um<br />

escoamento da produção excedente, participação em moeda<br />

forte e também poder mitigar algum efeito de crise que possa<br />

ter no futuro. Sabemos que o Brasil não anda em um ciclo<br />

constante e essa capilarização de negócios no exterior é muito<br />

importante”, pontuou o gerente de exportações da Unylaser,<br />

Fernando dos Reis.<br />

Unylaser seeks to offer stanchions, bunks, chassis, flatbeds,<br />

fenders, and other accessories for forest operations<br />

and logistics and customized equipment to customers.<br />

“We have an engineering department capable of<br />

understanding the needs of the market and developing<br />

new and innovative products leading to an increasingly<br />

profitable operation, understanding the real needs of<br />

each customer,” explains Roger Viezzer, Head of Sales<br />

Management for Unylaser.<br />

All Company products are made available to the<br />

industry through the Raptor Forestry line and are made<br />

of high and ultra-high-strength steel providing greater<br />

durability, safety, and cost savings.<br />

GROWTH FROM THE OUTSIDE IN<br />

Even being headquartered in Brazil, Unylaser had,<br />

as its first customers, companies in the Pulp Sector in<br />

Uruguay, a Country bordering the State of Rio Grande do<br />

Sul. Currently, 70% of the bunks that enter the neighboring<br />

nation are of the Raptor Forestal brand.<br />

In Brazil, the Company serves customers such as CNPC,<br />

Klabin, and Suzano, operating in the Northeastern, Midwestern,<br />

Southeastern, and Southern Regions of Brazil.<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


O diferencial dos produtos em aço de alta e ultra-alta<br />

resistência foi ao encontro com a necessidade de clientes na<br />

América do Norte, que ainda utilizavam fueiros e chassis com<br />

ligas de alumínio.<br />

“Buscamos entregar um produto com a cara do cliente,<br />

entendendo o tipo de madeira que vai ser utilizado, quantos<br />

eixos e rodas, quantas viagens ele vai fazer e tentamos estimar<br />

até o quanto de economia na manutenção em pneus, freios e<br />

consumo de combustível ele vai conseguir utilizando um fueiro<br />

Raptor <strong>Florestal</strong> em comparação com um fueiro comum”,<br />

comparou Reis.<br />

Nos EUA, a Unylaser está trabalhando em um projeto de<br />

inovação que consiste na criação de um chassi florestal completo<br />

feito de aço de alta resistência. O produto foi batizado de<br />

Lynx (lince, em português), que deve abrir ainda mais portas<br />

para o portfólio da empresa no mercado internacional.<br />

In addition to Uruguay, Unylaser also has operations<br />

in international markets such as Chile, Canada, the United<br />

States, South Africa, and Portugal.<br />

“We seek to develop new markets so that any surplus<br />

production can be sold, participating in a strong currency,<br />

and also help to mitigate any crisis effect that may occur<br />

in the future. We know that Brazil has economic ups and<br />

downs, and this capillarization of business abroad is very<br />

important,” points out Fernando dos Reis, Export Manager<br />

for Unylaser.<br />

The differential of high and ultra-high-strength steel<br />

products was in line with customers’ needs in North<br />

America, who still used stanchions and chassis made with<br />

aluminum alloys.<br />

Dispomos de<br />

uma engenharia<br />

capacitada<br />

para entender<br />

a necessidade<br />

do mercado e<br />

desenvolver novos<br />

e inovadores<br />

produtos<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

41


PRINCIPAL<br />

Já no Canadá, em janeiro de <strong>2021</strong>, a Unylaser fechou um<br />

acordo para exportação de componentes e equipamentos<br />

para a multinacional do segmento florestal Munden Trucking,<br />

possibilitando que a empresa abrisse um escritório avançado<br />

no país (Edge Steel Solutions) como foco no desenvolvimento<br />

e prospecção de novos parceiros na região.<br />

“Trabalhando com mercados de vanguarda, de alta exigência,<br />

de alto requerimento de níveis de qualidade, é necessário<br />

que a gente consiga entregar um produto à altura daquilo que<br />

se espera. Hoje não somos posicionados como um produto<br />

barato e sim como um produto que entrega mais valor à operação<br />

do cliente”, completou Reis.<br />

Não somos posicionados<br />

como um produto barato<br />

e sim como um produto<br />

que entrega mais valor a<br />

operação do cliente<br />

“We seek to deliver a product suitable to the customer,<br />

understanding the type of timber that will be transported,<br />

how many axles and wheels, how many trips. In addition,<br />

we try to estimate how much savings will be achieved on<br />

tire and brake maintenance and fuel consumption using<br />

a Raptor Forestry bunk compared to a common bunk,”<br />

added Export Manager Reis.<br />

In the United States, Unylaser is working on an innovative<br />

project to create a complete forestry chassis made<br />

of high-strength steel. The product, baptized Lynx, should<br />

open more doors to the Company’s product portfolio in<br />

the international market.<br />

In Canada, in January <strong>2021</strong>, Unylaser signed an agreement<br />

to export components and equipment to Munden<br />

Trucking, a multinational operating in the forestry transportation<br />

segment. This agreement enabled the Company<br />

to open an advanced office in the Country (Edge Steel<br />

Solutions) to focus on developing and prospecting new<br />

commercial relationships in the region.<br />

“Working with cutting-edge and high-demand markets<br />

with high-quality levels, we need to be able to deliver<br />

a product that is what is expected. Today, we are not<br />

positioned as a cheap product manufacturer, but rather<br />

as a product manufacturer that delivers more value to<br />

the customer’s operation,” added Export Manager Reis.<br />

GROWTH EVEN DURING THE PANDEMIC<br />

At a delicate time for the world economy with the<br />

Covid-19 pandemic, Unylaser has managed to be an ex-<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


CRESCIMENTO MESMO NA PANDEMIA<br />

Mesmo em um momento delicado para a economia mundial<br />

com a pandemia da Covid-19, a Unylaser tem conseguido<br />

ser uma exceção no mercado e registrar crescimento econômico,<br />

além de aumentar o corpo de funcionários.<br />

“A projeção de crescimento da Unylaser para <strong>2021</strong> é na<br />

ordem de 60%. Nós estamos com diversas ações no que se<br />

refere a ampliação do parque fabril, investimentos voltados<br />

para novos equipamentos e substituição de equipamentos por<br />

máquinas mais modernas”, projetou Viezzer.<br />

Atualmente a empresa conta com 220 colaboradores e com<br />

a demanda crescente de produtos, deve continuar a elevar o<br />

corpo de funcionários, em especial, em técnicos e engenheiros.<br />

“É uma coisa simples, mas quem tem a informação e cria<br />

a necessidade é o cliente, por isso ouvimos muito o cliente<br />

para evoluir os nossos produtos. O básico a gente já fez e a<br />

evolução dos nossos produtos é focada na necessidade do<br />

cliente”, finalizou o responsável pelo setor de vendas e atuação<br />

em campo, Eduardo Maggioni.<br />

ception in the market and record economic growth and<br />

increase the number of employees.<br />

“Unylaser’s growth projection for <strong>2021</strong> is around 60%.<br />

As a result, we are planning several actions regarding the<br />

expansion of the plant, investments focused on new equipment,<br />

and replacement of equipment by more modern<br />

machines,” analyzed Head of Sales Management Viezzer.<br />

Currently. the Company counts on 220 employees,<br />

and with the growing demand for products, the Company<br />

should continue to increase the number of employees,<br />

especially technicians and engineers.<br />

“It’s a simple thing, but who has the information and<br />

creates the need is the customer, so we listen to customers,<br />

and potential customers, to evolve our products.<br />

The basics we have already done and the evolution of<br />

our products are focused on customer needs,” concluded<br />

Eduardo Maggioni, Head of Sales and Field Operations.<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

43


ECONOMIA<br />

Madeira<br />

LEGALIZADA<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


Primeiro lote de<br />

madeira legalizada é<br />

comercializado por<br />

comunidade da Reserva<br />

Extrativista de Mapuá<br />

Fotos: divulgação<br />

Aexploração sustentável de madeira na RESEX<br />

(Reserva Extrativista) Mapuá, no município<br />

de Breves, região do Marajó, conquistou mais<br />

uma importante etapa. Em abril deste ano,<br />

os moradores da Resex finalizaram a venda<br />

do primeiro lote de madeira legalizada da comunidade. O<br />

volume explorado, de 367 m³ (metros cúbicos) de madeira<br />

em tora, é referente à primeira UPA (Unidade de Produção<br />

Anual), iniciada em dezembro de 2020.<br />

“O manejo florestal comunitário era um projeto antigo<br />

dos moradores daqui. Há muitos anos a gente aguardava<br />

por esse momento, pois, sabemos que ele pode significar<br />

um divisor de águas no desenvolvimento da nossa comunidade”,<br />

comemora o agroextrativista João Batista Brandão,<br />

do grupo de manejadores do rio Aramã, responsável pela<br />

exploração florestal da primeira UPA. Segundo ele, a exploração<br />

e a comercialização da segunda UPA deve ocorrer<br />

ainda em <strong>2021</strong>.<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

45


ECONOMIA<br />

A exploração madeireira na localidade atende as recomendações<br />

do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação<br />

da Biodiversidade), órgão responsável pela aprovação<br />

do PMFS (Plano de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável)<br />

da RESEX, em setembro de 2019. O Plano contempla uma<br />

área de aproximadamente 6.300 ha (hectares), dividida<br />

em dois pólos comunitários: Boa Esperança e Santíssima<br />

Trindade.<br />

De acordo com Marcelo Galdino, coordenador do programa<br />

Florestas Comunitárias, do IFT (Instituto Floresta<br />

Tropical), a atual etapa do manejo sustentável de madeira<br />

na RESEX é reflexo da organização comunitária e do PMFS,<br />

que começou a ser elaborado em 2018 a partir de uma<br />

oficina do IFT destinada ao grupo de manejadores locais.<br />

“Todo o processo de elaboração do plano de manejo contou<br />

com a participação da comunidade. Desde a primeira<br />

reunião até a finalização do plano, tudo foi feito de forma<br />

participativa, ouvindo os manejadores da Unidade, ICM-<br />

BIO e o conselho gestor da RESEX”, destaca Galdino.<br />

No PMFS a comunidade se propõe a promover o uso<br />

tradicional dos recursos naturais de forma sustentável,<br />

condizentes ao modo de vida da população tradicional residente<br />

no interior da RESEX.<br />

ASSESSORIA TÉCNICA DO IFT<br />

Antes de iniciar oficialmente o manejo florestal na<br />

comunidade, todos os manejadores passaram por cursos<br />

de treinamento e capacitação realizados pelo IFT. Entre os<br />

cursos ofertados estiveram TOI (Técnicas de Planejamento<br />

e Abertura de Infraestrutura) e TCS (Técnicas Especiais<br />

em Derruba de Árvores). “Todas essas capacitações, divididas<br />

em aulas práticas e teóricas, abordaram diversos<br />

conhecimentos destinados ao aumento da eficiência do<br />

manejo florestal, segurança e conforto no trabalho com<br />

uso de motosserras durante às diversas atividades com exploração<br />

de impacto reduzido e planejamento e abertura<br />

manual de estradas para facilitar o transporte da madeira”,<br />

relata o técnico florestal João Adriano Lima.<br />

O coordenador do programa Florestas Comunitárias<br />

ressalta ainda que o manejo madeireiro não se resume à<br />

retirada e venda da madeira. “O manejo comunitário é um<br />

conjunto de técnicas e metodologias que envolve as comunidades<br />

durante boa parte do ano. O IFT também realiza<br />

capacitações de exploração de impacto reduzido e orienta<br />

atividades prévias à extração madeireira, como o levantamento<br />

de estoque, classificação e cubagem de madeira.”<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


FLORESTAS COMUNITÁRIAS<br />

O assessoramento do manejo sustentável na RESEX<br />

Mapuá é uma iniciativa do projeto Florestas Comunitárias,<br />

que tem o objetivo de apoiar a implementação de modelos<br />

de manejo florestal comunitário para uso e comercialização<br />

de madeira e açaí na localidade. O projeto conta<br />

com o apoio financeiro do BNDES, por meio do Fundo<br />

Amazônia, e com as parcerias institucionais da Caterpillar,<br />

Keila <strong>Florestal</strong> e Stihl.<br />

Há muitos anos a gente<br />

aguardava por esse momento,<br />

pois, sabemos que ele pode<br />

significar um divisor de águas<br />

no desenvolvimento da nossa<br />

comunidade<br />

Disco de corte para Feller<br />

Usinagem<br />

• Disco de Corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra,<br />

fabricado em aço de alta<br />

qualidade;<br />

• Discos com encaixe para<br />

utilização de até 20<br />

ferramentas, conforme<br />

diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

•Discos especiais;<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Soldagem<br />

Prestamos serviços de usinagem, caldeiraria e soldagem em peças e equipamentos conforme<br />

desenho ou amostra. Fabricação e manutenção em pistões hidráulicos.<br />

D’Antonio Equipamentos Mecânicos e Industriais Ltda<br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337 Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 | dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br


SILVICULTURA<br />

Poda FLORESTAL:<br />

Benefícios da condução florestal para uso<br />

múltiplo com alto valor agregado<br />

Este artigo foi produzido pelo especialista Pedro Francio Filho,<br />

da empresa Francio Soluções Florestais<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

PRODUTO FINAL<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Adesrama (ou poda dos ramos) é uma prática silvicultural<br />

de remoção de galhos ou ramos laterais<br />

das árvores, em seu todo ou em partes. O objetivo<br />

principal da operação é a produção de madeira<br />

limpa (clearwood), livre de nós, que tem maior<br />

valor agregado no mercado; porém a prática possibilita também<br />

o uso múltiplo da floresta, aumento da qualidade e consequentemente<br />

da produtividade, controle da umidade (evitando<br />

doenças). Se realizada da maneira correta, e no período adequado,<br />

também diminui a ocorrência de incêndios de copa.<br />

A melhor época é no período mais seco do ano, normalmente<br />

no inverno, onde os dias são mais curtos também. Esse<br />

período coincide com a dormência da planta, dias mais curtos,<br />

onde a cicatrização da planta é mais rápida, diminui a possibilidade<br />

de brotação e melhora o desenvolvimento da floresta.<br />

Mas depende muito das condições edafoclimáticas de cada região<br />

do país, que poderá mudar o período da atividade.<br />

O período ideal para a primeira poda seria entre 10 e 18<br />

meses no eucalipto e 2 a 3 anos no Pínus, e normalmente são<br />

retirados de 30 a 40% da altura total da árvore, para não diminuir<br />

sua atividade fotossintética, utilizando a serrinha ou tesoura<br />

de poda adequada, para cicatrizar mais rápido e melhor. Na<br />

segunda poda, já será necessário um cabo extensor, e realizar<br />

a poda de aproximadamente 50% da altura total da árvore -<br />

sendo realizada no ano seguinte a primeira poda. Já a terceira e<br />

quarta poda, serão realizadas de acordo com a altura comercial<br />

a ser explorada, e finalidade da madeira.<br />

GPC23 COM 7 ANOS NA FAZENDA<br />

PEDRA BRANCA EM CAMPO LARGO (PR)<br />

PODA, AFIAÇÃO<br />

E MANUTENÇÃO<br />

É muito importante analisar o perfil de crescimento da floresta,<br />

se for uma floresta homogênea - alturas iguais – a poda<br />

será realizada de uma mesma altura padrão em relação ao solo;<br />

porém se a floresta for heterogênea – alturas distintas - a altura<br />

de poda de cada árvore deverá ser analisada individualmente,<br />

requerendo assim um olhar mais crítico do operador.<br />

A idade adequada para a realização da desrama em árvores<br />

de eucalipto varia conforme a espécie e as condições de solo e<br />

clima em que a propriedade rural esteja localizada (pois esses<br />

fatores afetam o crescimento das árvores). Quanto mais rápido<br />

o crescimento das árvores, mais cedo deve-se desramá-las.<br />

Com a contínua melhoria da qualidade genética, das mudas e<br />

das técnicas de preparo do solo e de manutenção inicial dos<br />

plantios (incluindo-se o controle de formigas cortadeiras), normalmente<br />

a primeira desrama é realizada entre o primeiro e<br />

segundo ano e a segunda desrama entre o segundo e terceiro<br />

ano.<br />

A escolha da ferramenta de trabalho é feita de acordo com<br />

o estágio de desenvolvimento da floresta e da ergonomia, visto<br />

que a poda é uma operação repetitiva e muito cansativa. A<br />

afiação e manutenção constante das ferramentas são fundamentais<br />

para melhorar o desempenho da equipe, e também a<br />

qualidade da poda, resultando em uma melhor cicatrização e<br />

desenvolvimento da floresta.<br />

EXIGÊNCIAS PARA A OPERAÇÃO DE PODA:<br />

• Área relativamente limpa de matocompetição, para facilitar<br />

o deslocamento do operador e de seus equipamentos;<br />

• Utilizar todos os Equipamentos de Proteção Individual;<br />

• Utilizar a ferramenta de poda ideal e com a manutenção em dia;<br />

• A poda deve ser feita bem próxima ao tronco, sem deixar pontas<br />

ou pequenos toquinhos expostos;<br />

• Evitar ao máximo danificar o tronco da árvore.<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

49


MERCADO<br />

Florestas cultivadas são a<br />

maior cultura agrícola de<br />

MINAS GERAIS<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


Estudo ratifica que<br />

Estado conta com 2,3<br />

milhões de hectares de<br />

áreas produtivas e mais<br />

de 1,3 milhão de áreas<br />

nativas conservadas<br />

Fotos: divulgação<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

51


MERCADO<br />

O<br />

maior levantamento já realizado com<br />

imagens de satélite em Minas Gerais foi<br />

concluído recentemente com precisão<br />

superior a 97% no mapeamento e caracterização<br />

das florestas cultivadas no estado.<br />

Os dados consolidam as florestas cultivadas como a maior<br />

cultura agrícola mineira presente em 803 municípios<br />

(94%). Esse é o mais detalhado estudo já realizado no setor:<br />

são 2,3 milhões de ha (hectares) de área de produção<br />

de florestas e mais de 1,3 milhão de ha de áreas nativas<br />

conservadas em 2020. A cada 1 ha de floresta cultivada,<br />

0,6 ha de floresta nativa é conservada, seja em APPs (Áreas<br />

de Preservação Permanente), RLs (Reservas Legais), RPPNs<br />

(Reservas Particulares do Patrimônio Natural) ou programas<br />

de restauração de áreas degradadas.<br />

As imagens permitiram a obtenção de dados a partir<br />

de áreas com 0,25 ha cultivado. Outra novidade é que o<br />

levantamento aponta as classes de uso e cobertura da<br />

terra que substituíram ou foram substituídas por florestas<br />

cultivadas, além da espécie cultivada. O levantamento foi<br />

realizado pela startup: Canopy Remote Sensing Solutions;<br />

com o apoio do SINDIFER (Sindicato da Indústria do Ferro<br />

no Estado de Minas Gerais) e da AMIF (Associação Mineira<br />

da Indústria <strong>Florestal</strong>). “Fizemos um cruzamento entre o<br />

que há de mais inovador em tecnologia de imagens de<br />

satélite e avaliações do olho humano. Assim, foi possível<br />

ter um retrato fidedigno das florestas cultivadas em Minas<br />

Gerais”, destaca a presidente da AMIF, Adriana Maugeri.<br />

O levantamento é estratégico para a tomada de decisões<br />

na agroindústria e para o próprio desenvolvimento do<br />

setor. “O Plano Nacional de Florestas Plantadas estabeleceu<br />

como meta ampliar a área de produção em 2 milhões<br />

de ha até 2030 (cerca 20%). A missão que abraçamos na<br />

Canopy é de usar o estado da arte em geotecnologias para<br />

entregar não só um raio-x completo das áreas de floresta<br />

cultivada em Minas e no Brasil, mas um sistema de suporte<br />

à decisão florestal, com informações sistemáticas, precisas<br />

e atualizadas”, afirma o Co-fundador e CEO da Canopy Remote<br />

Sensing Solutions, Fabio Gonçalves.<br />

Painéis, pisos laminados, madeira serrada, madeira<br />

tratada, carvão vegetal, celulose e papel são alguns dos<br />

produtos gerados a partir das florestas cultivadas. Tais produtos<br />

também solidificam a posição do estado internacionalmente:<br />

Minas Gerais segue como líder mundial na produção<br />

e consumo de carvão vegetal. “O carvão vegetal é<br />

um insumo importante também para a produção de ferro<br />

gusa nas siderúrgicas de Minas Gerais. Além da área cultivada,<br />

saber o que se tem de disponibilidade de madeira no<br />

estado é fundamental. Com essa tecnologia, em breve, teremos<br />

o volume de madeira disponível nas áreas de plantio,<br />

ou seja, informação relevante para o planejamento das<br />

usinas”, afirma o presidente do SINDIFER, Fausto Varela.<br />

O levantamento utilizou mais de 3.500 imagens de satélite<br />

coletadas sobre o território mineiro na última década. O<br />

cultivo do gênero eucalipto é o principal nos plantios com<br />

96,8% do total de hectares. A região norte de Minas Gerais<br />

concentra 25% da base florestal no estado, seguida pelo<br />

Vale do Jequitinhonha (13%) e a região central (12%). As<br />

demais regiões representam a outra metade da área total<br />

plantada.<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


A EXPANSÃO DA BASE FLORESTAL<br />

A expansão da base florestal em 2020 ocorreu em<br />

cerca de 29,2 mil ha, se comparada com o período de<br />

2018/2019. Os novos plantios estão localizados nas regiões<br />

norte (38%), central (28%) e Vale do Jequitinhonha (16%).<br />

Por outro lado, cerca de 9,5 mil ha de plantios florestais<br />

foram em 2020 convertidos em outras culturas agrícolas<br />

(39%), pastagens (11%) e outros usos (50%), como loteamentos<br />

e áreas de mineração. Consideradas as áreas de<br />

expansão e de retração, o levantamento indica um saldo<br />

positivo de 19,7 mil ha, o equivalente a 1% de crescimento,<br />

aproximadamente, na área de floresta cultivada em<br />

relação a 2018/2019.<br />

CULTIVO POR BIOMA<br />

O território mineiro é abrangido por três biomas em<br />

toda a sua extensão, de acordo com classificação do IBGE<br />

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São eles:<br />

Cerrado (54%), Mata Atlântica (40%) e Caatinga (6%). As<br />

florestas cultivadas em Minas Gerais estão presentes em<br />

4,79% da área do Cerrado, 3,33% da área da Mata Atlântica<br />

e 0,01% da área da Caatinga.<br />

Uso da terra nos biomas mineiros<br />

Bioma Floresta cultivada (%) Outros tipos de uso (%)<br />

Mata Atlântica 3,33<br />

96,67<br />

Cerrado 4,79<br />

95,21<br />

Caatinga<br />

0,01 99,99<br />

Fonte: IBGE (2019), CANOPY e AMIF (<strong>2021</strong>)<br />

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Junho <strong>2021</strong><br />

53


MERCADO<br />

FLORESTAS CULTIVADAS EM MINAS GERAIS<br />

Os dados do novo levantamento solidificam a posição<br />

de Minas Gerais como o maior produtor de florestas cultivadas<br />

do Brasil. Embora as florestas cultivadas representem<br />

apenas 1%, aproximadamente, do território brasileiro,<br />

cerca de 90% de toda a madeira produzida com finalidade<br />

industrial no país vêm dessa cultura, segundo a IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores).<br />

As florestas cultivadas reduzem a pressão sobre as florestas<br />

nativas porque fornecem insumos necessários à cadeia<br />

produtiva da madeira. Elas também contribuem para<br />

manter a disponibilidade de água no solo, capturam carbono<br />

e lançam oxigênio na atmosfera reduzindo impactos<br />

de gases do efeito estufa. Todo o cultivo dessas florestas é<br />

baseado em práticas sustentáveis de uso do solo atestadas<br />

em certificações nacionais e internacionais.<br />

“Nós mostramos que é totalmente possível promover<br />

o desenvolvimento econômico aliado à conservação ambiental<br />

e respeito às comunidades que integram os territórios<br />

onde atuamos. Para a floresta cultivada sobreviver e<br />

produzir de forma satisfatória é indispensável conservar os<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


ecursos naturais. Nossos plantios são feitos em forma de<br />

mosaico por causa disso. É uma relação de simbiose entre<br />

as florestas. A madeira é um dos materiais mais nobres e<br />

consumidos na história da humanidade. A preocupação<br />

atual que deve pautar a sociedade é exigir a origem sustentável<br />

e legal dessa madeira. Este é o papel da indústria<br />

florestal: oferecer ao mercado uma madeira que apresente<br />

integralmente todo o cuidado e preocupação com a sustentabilidade<br />

do nosso planeta”, explica a presidente da<br />

AMIF, Adriana Maugeri.<br />

A AMIF e o SINDIFER<br />

A AMIF representa os produtores de florestas cultivadas<br />

com a finalidade de extração da madeira de forma<br />

sustentável, além de representar os consumidores de<br />

produtos e subprodutos florestais. Já o SINDIFER tem estreita<br />

relação com as florestas cultivadas devido ao uso de<br />

carvão vegetal (com origem nessas florestas) na produção<br />

de ferro gusa.<br />

Todo o cultivo dessas<br />

florestas é baseado em<br />

práticas sustentáveis de<br />

uso do solo atestadas em<br />

certificações nacionais e<br />

internacionais<br />

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O RIGOR DA FLORESTA.<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

55


CIÊNCIA<br />

Desenvolvimento<br />

SUSTENTÁVEL<br />

A silvicultura de<br />

floresta nativa<br />

recebe um olhar mais<br />

apurado pensando no<br />

presente e futuro de<br />

sua atividade<br />

Fotos: divulgação<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


Junho <strong>2021</strong> 57


CIÊNCIA<br />

O<br />

PP&D-SEN (Programa de Pesquisa & Desenvolvimento<br />

em Silvicultura de Espécies) tem<br />

por objetivo promover o desenvolvimento<br />

científico e tecnológico necessário ao estabelecimento<br />

da silvicultura de espécies nativas<br />

no Brasil em escala comparável à dos principais setores<br />

agroindustriais do país. Ao longo de 15 anos, o PP&D-SEN<br />

prevê a implementação de uma rede de 20 sítios de estudo<br />

na Amazônia e na Mata Atlântica, com espécies já mapeadas<br />

segundo seu potencial econômico.<br />

“A silvicultura de espécies nativas tem potencial para<br />

alcançar a mesma dimensão geográfica e socioeconômica<br />

de grandes setores já consolidados, como as florestas<br />

plantadas, soja, milho e cana-de-açúcar”, explica Miguel<br />

Calmon, líder da força tarefa sobre o tema na Coalizão Brasil<br />

e consultor sênior do WRI Brasil. “Embora algumas espécies<br />

nativas tenham alto valor e sejam muito procuradas por<br />

importadores, seu potencial econômico ainda precisa ser<br />

desenvolvido”, destaca.<br />

Atualmente o país fornece menos de 10% da produção<br />

global de madeira tropical. Nesse vácuo, a exploração ilegal<br />

avança sobre florestas nativas: embora não existam dados<br />

oficiais, estima-se que até 90% das madeiras exportadas<br />

sejam extraídas irregularmente, subtraindo impostos, causando<br />

danos à imagem internacional do país e agravando as<br />

taxas de desmatamento.<br />

A crescente demanda nacional e internacional por madeiras<br />

nativas do Brasil ainda não gerou um setor tão consolidado<br />

quanto o de espécies exóticas usadas para a produção<br />

de papel e celulose no país. Um dos fatores para essa<br />

diferença é justamente o investimento em P&D (Pesquisa e<br />

Desenvolvimento). Nos últimos quarenta anos, as indústrias<br />

do pinus e do eucalipto investiram no melhoramento das espécies<br />

para produção, gerando grandes resultados. O mesmo<br />

não se deu com as nativas e, por isso, ainda há muitas<br />

lacunas de conhecimento técnico e científico. O programa<br />

lançado pela Coalizão Brasil visa contribuir para preencher<br />

essa lacuna.<br />

O PP&D-SEN é uma iniciativa pioneira, que vai envolver<br />

universidades, instituições de pesquisa, empresas, governos<br />

e sociedade civil, e uma oportunidade para financiadores<br />

que querem investir nesse setor.<br />

O reflorestamento com espécies nativas e o manejo<br />

sustentável de florestas naturais e plantadas também contribuem<br />

para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas,<br />

colaborando para que o país cumpra a meta de restaurar e<br />

reflorestar 12 milhões de ha (hectares) de áreas e florestas<br />

degradadas até 2030 como parte de seu esforço para atingir<br />

as metas climáticas em sua NDC (Contribuição Nacionalmente<br />

Determinada) sob o Acordo de Paris. “O Acordo de Paris,<br />

a Iniciativa 20x20, o Desafio de Bonn e a Década da Restauração<br />

de Ecossistemas da ONU reconhecem a restauração e<br />

o reflorestamento como uma estratégia-chave para mitigar<br />

as mudanças climáticas e melhorar a resiliência ambiental,<br />

econômica e social”, lembra Patricia Daros, diretora do Fundo<br />

Vale. “Só conseguiremos avançar nessa agenda por meio<br />

de ações coletivas, coordenadas, com o envolvimento de<br />

diferentes setores”, completa.<br />

Como o programa funciona<br />

O Programa visa buscar recursos e parcerias para apoiar projetos de pesquisa em três áreas prioritárias:<br />

Produção <strong>Florestal</strong>, Meio Ambiente e Paisagem, e Dimensões Humanas, cada uma delas com subdivisões operacionais:<br />

Produção <strong>Florestal</strong>:<br />

• Melhoramento <strong>Florestal</strong> - propagação vegetativa e sementes/mudas;<br />

• Manejo <strong>Florestal</strong> - práticas silviculturais e zoneamento topoclimático;<br />

• Tecnologia de Produtos Florestais - produtos madeireiros e não-madeireiros.<br />

Meio Ambiente e Paisagem:<br />

• Serviços Ecossistêmicos - carbono, água, inimigos naturais, polinizadores e qualidade do solo;<br />

• Biodiversidade - conservação biológica, conflito com a fauna, uso sustentável e monitoramento.<br />

Dimensões Humanas<br />

• Socioeconomia- análises de custos, geração de empregos e mercado;<br />

• Políticas públicas - Código <strong>Florestal</strong> e marco regulatório.<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


A implantação do programa deverá ter início pela<br />

criação da Rede SELD (Rede de Sítios de Estudo de Longa<br />

Duração), a ser composta por 20 unidades de pesquisa<br />

com 15 ha cada, distribuídas nos biomas Amazônia e<br />

Mata Atlântica. As atividades devem ser financiadas por<br />

diferentes tipos de agentes econômicos, como bancos de<br />

desenvolvimento, fundações de amparo à pesquisa e financiadores<br />

privados.<br />

A silvicultura de espécies<br />

nativas tem potencial para<br />

alcançar a mesma dimensão<br />

geográfica e socioeconômica<br />

de grandes setores já<br />

consolidados<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

59


PESQUISA<br />

A história da pesquisa<br />

com eucalipto no Brasil<br />

VIROU LIVRO<br />

A EMBRAPA catalogou<br />

seus 40 anos em<br />

pesquisas em um<br />

documento sobre o<br />

gênero mais utilizado<br />

em plantios florestais<br />

no Brasil<br />

EDILSON BATISTA DE OLIVEIRA<br />

PESQUISADOR DA EMBRAPA FLORESTAS<br />

JOSÉ ELIDNEY PINTO JÚNIOR<br />

PESQUISADOR DA EMBRAPA FLORESTAS<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


Junho <strong>2021</strong> 61


PESQUISA<br />

O<br />

eucalipto e a EMBRAPA: quatro décadas de<br />

pesquisa e desenvolvimento: é o título do livro<br />

lançado na solenidade de aniversário da EM-<br />

BRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),<br />

que faz um resgate das várias linhas<br />

de pesquisa realizadas com o eucalipto, gênero arbóreo mais<br />

utilizado em plantios florestais com fins produtivos no Brasil.<br />

O livro, que conta com mais de mil páginas, lançado no<br />

aniversário de 48 anos da EMBRAPA, apresenta os resultados<br />

de esforços conjuntos de 105 autores na descrição de conhecimentos<br />

e tecnologias para o setor florestal brasileiro. Os resultados<br />

destas pesquisas têm contribuído para colocar o Brasil<br />

como referência na silvicultura de eucalipto e evidenciam o<br />

retorno tecnológico gerado pela pesquisa científica para o uso<br />

sustentável da terra.<br />

Com edição técnica de Edilson Batista de Oliveira e José<br />

Elidney Pinto Júnior, pesquisadores da Embrapa Florestas, o<br />

livro reúne o trabalho de 21 Unidades da EMBRAPA e conta<br />

com texto de apresentação de Antônio Paulo Mendes Galvão,<br />

ex-chefe da Embrapa Florestas, e principal articulador da<br />

criação desta Unidade da Embrapa. Destaque para o prefácio<br />

de Alysson Paolinelli, um dos responsáveis pela criação da<br />

EMBRAPA, e por modernizar e expandir a empresa quando<br />

ocupou o cargo de Ministro da Agricultura, na década de<br />

1970. Devido à relevância de sua trajetória para a segurança<br />

alimentar mundial, Paolinelli foi indicado para concorrer ao<br />

Prêmio Nobel da Paz <strong>2021</strong>.<br />

O livro abarca 35 capítulos com informações resultantes<br />

da pesquisa que se iniciou com o esforço conjunto multi-ins-<br />

titucional e que possibilitou que a EMBRAPA Florestas, no<br />

início da década de 1980, buscasse sementes de eucaliptos e<br />

corímbias na Austrália e Indonésia, locais de origem do eucalipto,<br />

e assim renovasse, com uma rede inicial com aproximadamente<br />

240 experimentos distribuídos em diversos Estados<br />

do país, a base genética utilizada hoje em muitas plantações.<br />

Aborda, também, as tecnologias que possibilitaram a criação<br />

de um sistema de produção altamente inovador, que tornou<br />

o Brasil referência mundial em produtividade e silvicultura do<br />

eucalipto.<br />

Conforme destacado pelos editores, a alta produtividade<br />

da eucaliptocultura exigiu da própria pesquisa científica<br />

reavaliações sobre as questões ambientais. Uma demanda<br />

da sociedade, por exemplo, é relacionada aos tipos de impactos<br />

ambientais dos plantios de eucalipto em contraponto<br />

à sustentabilidade das plantações florestais. A ciência tem<br />

mostrado que tais impactos são pequenos em relação aos<br />

de outras culturas agrícolas, inclusive apontando diversos<br />

serviços ambientais proporcionados pelo cultivo do eucalipto.<br />

Estes pontos são abordados no livro, que trata ainda de genética,<br />

mudanças climáticas, uso do solo, nutrição, serviços<br />

ambientais, restauração florestal, geração de renda, abelhas,<br />

nanotecnologia, pragas e doenças, sementes, mudas, softwares,<br />

geração de energia, integração lavoura-pecuária-floresta,<br />

entre diversas informações e referências bibliográficas.<br />

Presente em todos os biomas, o eucalipto possui grande<br />

transversalidade e importância para o agronegócio. “Cultivado<br />

em propriedades rurais familiares até grandes empresas,<br />

tanto em monocultivos como em sistemas integrados, o<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


gênero se tornou o mais plantado no país, gerando milhões<br />

de empregos diretos, indiretos e resultantes do efeito-renda,<br />

e receita de bilhões de dólares. Diversos serviços ambientais<br />

são prestados, com destaque para a captura de gases de<br />

efeito estufa e para os vários serviços decorrentes dos sistemas<br />

de integração lavoura-pecuária-floresta, como conforto<br />

térmico para o gado, que têm mostrado aumento da rentabilidade<br />

econômica pela elevação da produtividade animal e<br />

pela produção de madeira. Fundamental é a sua importância<br />

na redução da pressão sobre florestas naturais, evitando desmatamentos<br />

para obtenção de matéria-prima, em especial<br />

madeira para múltiplas finalidades”, destacam os editores.<br />

O EUCALIPTO<br />

O eucalipto está presente no Brasil há mais de 150 anos e<br />

sua utilização tem inúmeras finalidades, como: lenha, estacas,<br />

moirões, dormentes, carvão vegetal, celulose e papel, chapas<br />

de fibras e de partículas, até movelaria, geração de energia,<br />

medicamentos, entre outros. Sua versatilidade, facilidade no<br />

plantio, velocidade de crescimento, adaptação a vários climas<br />

e alto potencial econômico, fizeram com que ele se tornasse<br />

uma das espécies de maior importância econômica para nossa<br />

economia. Anualmente, segundo a IBÁ (Indústria Brasileira<br />

de Árvores), são 5,5 milhões de ha (hectares) plantados que<br />

produzem em média 39 m³/ha/ano.<br />

A ciência tem mostrado que<br />

tais impactos são pequenos em<br />

relação aos de outras culturas<br />

agrícolas, inclusive apontando<br />

diversos serviços ambientais<br />

proporcionados pelo<br />

cultivo do eucalipto


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2021</strong><br />

Entendendo a Amazônia<br />

19 a 22<br />

Online<br />

https://agrirex.congresse.me/amazonia<br />

JULHO<br />

<strong>2021</strong><br />

JUL<br />

<strong>2021</strong><br />

ENTENDENDO A AMAZÔNIA<br />

O evento realizado pela Agrirex tem como foco entender<br />

a Amazônia de maneira mais clara, considerando todos<br />

os fatores envolvidos, como meio ambiente, as pessoas, a<br />

economia, os desafios e oportunidades para o desenvolvimento<br />

sustentável de atividades agropecuárias na região. A<br />

abertura do evento será feita por Alysson Paolinelli, ex-ministro<br />

da agricultura e indicado ao Nobel da Paz<br />

Imagem: reprodução<br />

JULHO<br />

<strong>2021</strong><br />

Fitecma Argentina<br />

14 a 17<br />

Buenos Aires (Argentina)<br />

http://feria.fitecma.com.ar<br />

WoodEX for Africa<br />

23 a 25<br />

Joanesburgo (África do Sul)<br />

http://www.woodexforafrica.com/<br />

AGOSTO<br />

<strong>2021</strong><br />

AGO<br />

<strong>2021</strong><br />

WOODEX FOR AFRICA<br />

A edição de <strong>2021</strong> do evento promete ser a maior<br />

da história, com o dobro de marcas e expositores<br />

presentes em relação a última edição. Estão presentes<br />

representantes de mais de 30 países, sendo considerada<br />

uma das maiores feiras da indústria da madeira e<br />

móveis do continente africano.<br />

Imagem: reprodução<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA<strong>2021</strong><br />

sólida e moderna<br />

A TPH Forest destaca-se na fabricação de<br />

grua florestal, garras, estruturas florestais<br />

e Mini Skidder<br />

AGOSTO<br />

<strong>2021</strong><br />

Timber and Working with Wood Show –<br />

Melbourne<br />

27 a 29<br />

Melbourne (Austrália)<br />

www.timberandworkingwithwoodshow.<br />

com.au/melbourne<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

Av. José Bressan, 860 - Centro | Riqueza/ SC<br />

+55 (49) 3675-0195 (49) 99915-9658<br />

www.tphforest.com.br<br />

WMF & WMA Beijing<br />

Data: 3 a 6<br />

Local: Pequim (China)<br />

http://www.woodworkfair.com<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

Simpos <strong>2021</strong><br />

22 a 24<br />

Curitiba (PR)<br />

https://simpos2020.galoa.com.br/<br />

Junho <strong>2021</strong><br />

65


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

ESG é prioridade<br />

EM <strong>2021</strong><br />

Por Marcus Nakagawa,<br />

Graduado em Propaganda e Marketing (ESPM-<br />

SP), Mestre em Administração com o foco<br />

em Sustentabilidade (PUC-SP), idealizador,<br />

fundador e conselheiro da ABRAPS.<br />

Novas práticas empresariais<br />

dão o tom de uma nova<br />

forma de administrar<br />

pensando além dos lucros e<br />

desempenho<br />

O<br />

começo de ano é sempre uma incógnita para todos.<br />

Muitos planejamentos de atividades, metas<br />

com números e orçamentos financeiros. Mas, este<br />

ano, o foco será um pouco diferente. É um período<br />

de muito cuidado e as pessoas anseiam pela<br />

recuperação econômica e social do Brasil e do mundo.<br />

Para os planejadores e financistas de plantão, o trabalho de<br />

avaliar o macroambiente, o mercado e as variáveis incontroláveis<br />

nunca foram tão difíceis como agora. Para se ter uma ideia, no<br />

ano passado haveria um crescimento ou uma melhor condição<br />

de produção e vendas. E para a nossa surpresa, um fator incontrolável<br />

apareceu, causando um movimento sem precedentes no<br />

mundo globalizado.<br />

Mas a ideia não é colocar aqui as imensas manobras que as<br />

empresas tiveram que fazer para sobreviver. Mas sim os saberes<br />

que tivemos para este ano trabalharmos com muito afinco.<br />

Na temática do desenvolvimento sustentável houve um crescimento<br />

de empresas preocupadas em aprender sobre os inúmeros<br />

tópicos que compõe este tema. O número de signatários<br />

dos Dez Princípios do Pacto Global cresceu em 2020, chegando a<br />

1.100 organizações.<br />

Este movimento foi lançado em 2000 pelo então secretário-geral<br />

das Nações Unidas, Kofi Annan. O Pacto Global busca<br />

empresas que alinhem as suas estratégias de operações e desenvolvam<br />

ações que contribuam para a melhora dos desafios que<br />

compõe a sociedade. Os 10 princípios universais do Pacto são<br />

hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo.<br />

O ESG (Environmental, Social and Governance) ganhou destaque<br />

nos principais jornais e sites de notícias do país, colocando<br />

as questões Ambientais, Sociais e de Governança como um foco<br />

de atenção principalmente para os investidores. E este novo<br />

modelo mental de gerar valor começa a entrar nas estratégias de<br />

negócios das grandes empresas, pois os acionistas entenderam<br />

que estes conjuntos de indicadores precisam fazer parte das entregas,<br />

além da lucratividade.<br />

Muitos fundos com carteira de ações de empresas, que se<br />

preocupam com estes temas começaram a mostrar que não é só<br />

por ajudar o meio ambiente ou as pessoas, mas sim uma forma<br />

de ter mais controle, menos riscos e estar de acordo com a missão,<br />

visão e valores que ficam muito bem nas entradas de suas<br />

organizações. Gerar valor não somente para os clientes, acionistas<br />

ou executivos, mas também para a sociedade em geral, para<br />

os funcionários e todos os outros públicos de relacionamento, os<br />

famosos e importantes stakeholders.<br />

Mas a jornada para trazer estes indicadores ainda é longa. É<br />

preciso sair da teoria e ir para a prática. Grandes bancos começam<br />

inclusive a colocar profissionais especialistas nestas temáticas<br />

em sua bancada de conselheiros na governança da empresa.<br />

Outros não estão mais financiando projetos e empresas que<br />

possam ter problemas com o ESG. Ou seja, o setor financeiro,<br />

que popularizou estas três letras para economizar os termos sustentabilidade<br />

corporativa ou desenvolvimento sustentável, está<br />

tentando mostrar que se adapta para esta nova realidade.<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

Serviço: (41) 2102-2881<br />

Cabeçote: (41) 2102-2811<br />

Peças: (41) 2102-2881<br />

(41) 9 8856.4302<br />

Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />

(41) 9 9232.7625<br />

Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181<br />

(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE<br />

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