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ANUÁRIO BRASILEIRO DE LIVE MKT 2013

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14 HISTÓRIA DO MARKETING PROMOCIONAL NO BRASIL<br />

4. Direito autoral: A ideia criada e planejada pela<br />

agência é sua por direito e deve ser reconhecida pelo<br />

mercado. Em todo processo de briefing, ao<br />

apresentar a proposta ao cliente, deve ser assinado<br />

por ambas as partes um documento denominado<br />

'Protocolo de Criação', no qual consta a descrição do<br />

que foi apresentado e garante à agência a reserva de<br />

direitos autorais e intelectuais daquilo que foi<br />

apresentado.<br />

Justamente este último item chama a atenção para<br />

outro fato relevante na história do marketing<br />

promocional brasileiro.<br />

Nesta primeira década do século 21, a qualidade da<br />

criação passou a ser valorizada pelos anunciantes e,<br />

com isso, as premiações começaram a ganhar<br />

relevância na vida das agências promocionais. A<br />

visibilidade só foi obtida porque a indústria mundial<br />

passou a reconhecer a atividade promocional a partir<br />

de 2004, quando foi instituída a categoria 'Promo &<br />

Activation' no festival de Cannes. O ano de 2008<br />

apresentou o maior feito já realizado por uma<br />

agência genuinamente promo e ainda não superado,<br />

até o fechamento deste anuário.<br />

Para atender a um briefing visando a realização de<br />

mais uma versão da velha fórmula promocional de<br />

verão, a do “Palito premiado” para seu cliente Kibon,<br />

a equipe da Bullet, de Fernando Figueiredo e Mentor<br />

Muniz Neto, encontrou uma forma de colocar iPod´s,<br />

os pequenos tocadores de música criados pela Apple,<br />

dentro dos picolés. A ação foi a solução promocional<br />

mais genial criada no Brasil, reconhecida<br />

mundialmente. A promoção ''iPod no Palito'', da<br />

Kibon, foi a primeira promoção brasileira premiada<br />

com o PromoLions de Cannes nas categorias 'Fast<br />

Moving Consumer Goods' e 'Promotional Pack'.<br />

O início da segunda década do século 21 marcou a<br />

redefinição do conceito de marketing promocional.<br />

Em março de 2011, o Grupo de Estudos Acadêmicos<br />

(GEA) da Ampro, reuniu-se para rever a conceituação<br />

e finalizar a definição correta a ser usada para a<br />

atividade. O trabalho foi coordenado pelo professor<br />

Cláudio Mello, especialista em ações promocionais e<br />

professor da Escola Superior de Propaganda e<br />

Marketing (ESPM) e envolveu consulta junto aos 250<br />

associados da entidade de todo o País.<br />

A nova definição procurou contemplar os pontos:<br />

natureza e contexto da atividade, objetivos da<br />

atividade, métodos e resultados planejados. Após<br />

refletir sobre as questões acima, o GEA da Ampro<br />

concluiu que “Marketing promocional é comunicação<br />

de marca (contexto) com objetivo de incrementar a<br />

percepção de seu valor (objetivo) por meio de<br />

técnicas promocionais e pontos de contato (métodos)<br />

que ativem a compra, o uso, a fidelização ou a<br />

experiência de produtos e serviços (resultados<br />

planejados)”.<br />

Isso representou um avanço para o segmento, pois<br />

tornou mais claro e específico o escopo de atuação da<br />

disciplina.<br />

Comparando-se ao conceito anterior, de 2003,<br />

percebe-se que ele retira a redundância de afirmar<br />

que é uma atividade de marketing, definição contida<br />

no próprio nome, e a necessidade de citar públicoalvo,<br />

já que essa é uma característica inerente ao<br />

marketing em geral. Além disso, estabelece as<br />

qualidades essenciais e diferenciais do marketing<br />

promocional, que são técnicas específicas e pontos de<br />

contato.<br />

Outro salto em relação à definição de 2003, é a<br />

superação do binômio “vendas x imagem”,<br />

considerando que o marketing promocional varia<br />

dentro desse espectro de atuação e gera resultados<br />

tanto em um, quanto em outro, especialmente por<br />

ampliar a noção de mídia para pontos de contato, o<br />

que pressupõe uma comunicação interativa e<br />

dialógica com o público-alvo da atividade. Por último,<br />

introduz-se a noção de plataforma, que pode estar<br />

presente ou não nas ações de marketing promocional<br />

como suporte para a construção de percepção da<br />

marca.<br />

Atualmente, o marketing promocional representa 55%<br />

das aplicações de verba no Brasil. O conjunto de áreas<br />

que atuam com ele está indicando investimentos de<br />

40 bilhões de dólares. Estima-se que a verba seja<br />

maior que este número, pois esse é o trabalho<br />

contabilizado. O trabalho não contabilizado é aquele<br />

que o cliente administra diretamente na sua área de<br />

vendas. São verbas corporativas que a indústria coloca<br />

à disposição dos distribuidores e dos varejos para eles<br />

venderem exclusivamente o produto. Ao somar tudo,<br />

o investimento pode chegar a 65% das aplicações.<br />

A facilidade em medir o retorno do investimento feito<br />

em ações de marketing promocional também é outro<br />

fator decisivo para o vertiginoso avanço do segmento.<br />

Com a crescente pressão por apresentar resultados<br />

em investimentos de comunicação, o que envolve a<br />

publicidade, muitas empresas passaram a prever em<br />

seus planejamentos ações promocionais, tornando o<br />

marketing promocional uma poderosa ferramenta<br />

para incentivar vendas, utilização, fidelização e<br />

experimentação de produtos ou marcas.<br />

O futuro desta história está sendo escrito a partir<br />

daqui, com a sua participação.

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