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Dicionario-Paulo-Freire-versao-1

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“Conhecer os Evangelhos enquanto busco praticá-los [...] é a melhor forma

que tenho para ensiná-los”. Praticar e conhecer, como condição de ensinar

são três atos indicotomizáveis.

Ainda sobre o saber como forma de conhecimento, Freire insiste que não

há um saber melhor ou pior: há saberes diferentes. A hierarquia nos saberes

dá início à dominação nas outras esferas todas da sociedade (JOVCHELOVITCH,

2008).

Quanto ao terceiro pressuposto, também para Freire nunca é possível

separar o que conhece do que é conhecido. Ao conhecer, estamos

intrinsecamente implicados nesse conhecimento. Não há um mundo

“objetivo”, lá fora, que nós conhecemos, independente de nós. Ao contrário:

conhecemos na medida em que nos conhecemos.

Os conceitos “consciência crítica” e “conscientização”, evidentemente,

bebem desses pressupostos: ambos implicam dimensões teóricas, práticas e

éticas.

Referências: FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia – saberes necessários à prática educativa.

São Paulo: Paz e Terra, 1998; FREIRE, Paulo. Conhecer, praticar, ensinar os Evangelhos. Tempo e

Presença, Rio de Janeiro, n. 154, p. 7, out. 1979; GEUSS, R. Teoria Crítica – Habermas e a Escola de

Frankfurt. Campinas: Papirus, 1988; ISRAEL, J.; TAJFEL, H. The context of social psychology.

Londres: Academic Press, 1972; JOVCHELOVITCH, S. Saberes em contexto – representações,

comunidade e cultura. Petrópolis: Vozes, 2008.

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