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Dicionario-Paulo-Freire-versao-1

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como de qualquer outra instituição, não pode ser compreendida fora do

condicionamento histórico da realidade concreta onde se situam.

Ao insistir no compromisso da igreja profética com a humanização, Freire

vislumbra uma maior interlocução e interação entre a pedagogia e a teologia.

Participar do processo de libertação humana é a condição sem a qual não é

possível abordar honestamente a discussão com a palavra “deus” e nossas

relações com a palavra “deus”. Por isso, diz ele: “Creio que a teologia deveria

estar envolvida com a educação libertadora, e uma educação libertadora com

a teologia” (FREIRE, 1975, p. 48). A ética universal da vida humana,

recorrente com veemência tanto na Pedagogia da autonomia como na

Pedagogia da indignação, constitui-se no horizonte de ultimidade a partir do

qual toda prática humana, seja pastoral, seja educativa, é referida e

sustentada. No horizonte do cuidado e da ultimidade da vida, pela qual os

seres humanos podem se tornar mais e melhores humanos, as diversas

práticas humanas adquirem o caráter profético-esperançado.

Referências: FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. Buenos Aires: Tierra Nueva, 1975;

FREIRE, Paulo. Educación como práctica de la libertad. México: Siglo XXI, 1981; FREIRE, Paulo.

Misión educativa de las iglesias en América Latina. Bogotá: Editorial América Latina, 1975; FREIRE,

Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996; FREIRE, Paulo. Pedaogia da

indignação. São Paulo: UNESP, 2000; FREIRE, Paulo. Pedagogía del oprimido. México: Siglo XXI,

1981.

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