Dicionario-Paulo-Freire-versao-1
Guiné-Bissau: registro de uma experiência em processo, a autoridade moralde Paulo e a clareza de suas ideias influenciam os dirigentes dos movimentosde libertação no poder na busca de uma relação inédita entre cultura e poder.A vivência e aprendizado do IDAC durante os anos de exílio estãoregistrados no livro Vivendo e aprendendo: experiências do IDAC emeducação popular.Em 1979, com a anistia e a redemocratização do Brasil, Paulo e a equipedo IDAC retornam ao Brasil. É o tempo da educação popular, dascomunidades eclesiais de base e do novo sindicalismo, que reinventam aeducação e a política. A convite do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, oIDAC presta assessoria a iniciativas educativas da Arquidiocese de SãoPaulo. Nascem os materiais de debate nas comunidades: A caminhada de umpovo; Fé e política; Fraternidade sim; Violência não; Você e a violência;Igreja e constituinte: subsídios para a reflexão e ação pastoral, A dívida e apobreza.Um segundo grande tema atravessa esse período: a crítica a um modelode escola que domestica os espíritos e reproduz a desigualdade. Nos livrosCuidado, escola; A vida na escola; A escola da vida são exploradasalternativas de reinvenção da instituição escolar e da educação em sentidoamplo como valorização e investimento nas capacidades e saberes dosalunos.A temática ganha ainda maior centralidade. O IDAC afirma uma propostainovadora: a igualdade de gêneros, expressão do reconhecimento da diferençasem hierarquia, é uma conquista civilizatória. Novos temas propostos pelaprópria realidade brasileira em transformação entram na pauta do IDAC:mulher e saúde, mulher e direitos, combate à violência doméstica, defesa epromoção dos direitos dos idosos e das pessoas com necessidades especiais.Em 1982 Paulo Freire deixa a presidência do IDAC para se dedicar àescrita e ás atividades acadêmicas. Consolidada a transição para ademocracia, a ação socioeducativa do IDAC privilegia três eixos estratégicos:(1) o investimento nas mulheres como líderes e agentes de transformação; (2)fortalecimento da sociedade civil e de uma cidadania informada, participantee responsável como base para a reinvenção da política e da democracia; (3)assessoria a grupos vulneráveis da população como as pessoas vivendo comHIV/AIDS, jovens em situações de risco e moradores de comunidadespopulares urbanas.
Pobreza e desigualdade se combatem mediante o fortalecimento dascapacidades de pessoas e os recursos das comunidades para agir por simesmas, resolvendo problemas e melhorando sua qualidade de vida. Essefortalecimento das capacidades de pessoas e comunidades implica, por suavez, o resgate de sua autoestima, identidade e dignidade, confiança em si enos outros, capacidade de empreender, esperança e sentido de futuro.Nos anos 1990 o IDAC se envolve no debate sobre desenvolvimento emeio ambiente ao coordenar a Coalizão de Mulheres Brasileiras para a ECO-92 e organizar o Planeta Fêmea, evento das mulheres no Fórum Globalparalelo à Conferência do Rio sobre Meio Ambiente. O investimento nasmulheres se amplia com a criação do Centro de Liderança da Mulher(CELIM) voltado para a capacitação de mulheres em posição de liderança eapoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Essa ação sedesdobra no movimento Liderança Feminina e DesenvolvimentoComunitário em curso em comunidades populares da cidade do Rio deJaneiro.O fortalecimento da sociedade civil se exprime no estímulo à prática daresponsabilidade social e à participação voluntária em ações de melhoria davida social e comunitária. O IDAC orienta a criação no âmbito daComunidade Solidária de um programa nacional de promoção dovoluntariado, enquanto expressão de solidariedade e cidadania.O combate à pobreza e à exclusão social se concretiza em projetosinovadores aquisição de capacidades e recursos de ação por parte de grupossociais vulneráveis, como o projeto Ser menina de educação, saúde e geraçãode renda para meninas em situação de risco, e o projeto Banco de Horas deassistência na área de saúde mental a pessoas com HIV/AIDS.O projeto mais recente do IDAC, Reengenharia do Tempo, incentivaempresas e organizações a construir alternativas no uso do tempo parahomens e mulheres, pré-condição para uma reconciliação entre vida privada emundo do trabalho.
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Pobreza e desigualdade se combatem mediante o fortalecimento das
capacidades de pessoas e os recursos das comunidades para agir por si
mesmas, resolvendo problemas e melhorando sua qualidade de vida. Esse
fortalecimento das capacidades de pessoas e comunidades implica, por sua
vez, o resgate de sua autoestima, identidade e dignidade, confiança em si e
nos outros, capacidade de empreender, esperança e sentido de futuro.
Nos anos 1990 o IDAC se envolve no debate sobre desenvolvimento e
meio ambiente ao coordenar a Coalizão de Mulheres Brasileiras para a ECO-
92 e organizar o Planeta Fêmea, evento das mulheres no Fórum Global
paralelo à Conferência do Rio sobre Meio Ambiente. O investimento nas
mulheres se amplia com a criação do Centro de Liderança da Mulher
(CELIM) voltado para a capacitação de mulheres em posição de liderança e
apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Essa ação se
desdobra no movimento Liderança Feminina e Desenvolvimento
Comunitário em curso em comunidades populares da cidade do Rio de
Janeiro.
O fortalecimento da sociedade civil se exprime no estímulo à prática da
responsabilidade social e à participação voluntária em ações de melhoria da
vida social e comunitária. O IDAC orienta a criação no âmbito da
Comunidade Solidária de um programa nacional de promoção do
voluntariado, enquanto expressão de solidariedade e cidadania.
O combate à pobreza e à exclusão social se concretiza em projetos
inovadores aquisição de capacidades e recursos de ação por parte de grupos
sociais vulneráveis, como o projeto Ser menina de educação, saúde e geração
de renda para meninas em situação de risco, e o projeto Banco de Horas de
assistência na área de saúde mental a pessoas com HIV/AIDS.
O projeto mais recente do IDAC, Reengenharia do Tempo, incentiva
empresas e organizações a construir alternativas no uso do tempo para
homens e mulheres, pré-condição para uma reconciliação entre vida privada e
mundo do trabalho.