Dicionario-Paulo-Freire-versao-1
uma fatalidade do fim do século” expressa bem o fatalismo destaideologia e sua indiscutível vontade imobilizadora. (1996, p. 19-20)Freire concebe homens e mulheres como seres históricos responsáveis ecapazes de intervir no mundo, onde construímos conhecimentos novos a cadadia, vindo estes a substituir ou superar diariamente os conhecimentosanteriores. Nesse momento também referimos a curiosidade inerente ao serhumano, já que é ela que nos impulsiona a procurar por coisas novas epossibilita adquirir novos conceitos e ideias, fazendo com que percebamos osfatos de maneiras diferentes e nos desafiando a ter novas ações diante dosacontecimentos.Fazer parte de um contexto histórico para Freire é nada menos do queestar inserido no mundo e não apenas se adaptar a ele, ou seja, ser sujeito doprocesso e da História que está sendo construída e não ser objeto do momentoem que ocorre algo no campo social. De acordo com Freire:[...] homens e mulheres, seres histórico-sociais, nos tornamos capazes decomparar, de valorar, de intervir, de escolher, de decidir, de romper, portudo isso nos fizemos seres éticos. Só estamos porque estamos sendo.(1996, p. 33)Freire escreve o seguinte trecho no livro Pedagogia da esperança (1992,p.170) quando se refere à História:O gosto pela liberdade e o respeito à liberdade dos outros; a vontade deajudar seu povo a ajudar-se, a mobilizar-se, a organizar-se para reperfilarsua sociedade. Um claro sentido da oportunidade histórica, oportunidadeque não existe fora de nós próprios, num certo compartimento de tempo,à espera de que vamos a seu enlaço, mas nas relações entre nós e o tempomesmo, na intimidade dos acontecimentos, no jogo das contradições.Oportunidade que vamos criando, fazendo na própria história. Históriaque nos castiga quando não aproveitamos a oportunidade ou quandosimplesmente a inventamos na nossa cabeça, sem nenhuma fundação nastramas sociais.
Portanto, História é um processo de constantes mudanças que se constróina relação dialética de experienciar o mundo como uma realidade que noscondiciona, mas que ao mesmo tempo só existe como produto da açãohumana.Referências: FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 46.ed. São Paulo: Editora Cortez, 2005: FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários àprática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996: FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: umencontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992: FREIRE, Paulo. Pedagogiada Indignação: Cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
- Page 316 and 317: FATALISMO/FATALIDADEJaime José Zit
- Page 318 and 319: história:Fazendo-se e refazendo-se
- Page 320 and 321: igrejas não podem refugiar-se numa
- Page 322 and 323: FELICIDADETerezinha Azerêdo RiosQu
- Page 324 and 325: afirmação de que não se pode ser
- Page 326 and 327: sem falar de Olympe de Gouges, auto
- Page 328 and 329: alegação de que a luta de classes
- Page 330 and 331: FENOMENOLOGIALuiz Augusto PassosPau
- Page 332 and 333: fosse mais longe: discordando, por
- Page 334 and 335: ainda. É o pro-jeto (pro-jactum),
- Page 336 and 337: como Poiesis. Joel MARTINS e Vitór
- Page 338 and 339: o texto de história ou de ciência
- Page 340 and 341: FUTURO/FUTURÍVELLuiz Augusto Passo
- Page 342 and 343: “lutando a aprendendo, uns com os
- Page 344 and 345: propõem a si mesmos como problema.
- Page 346 and 347: GESTÃO DEMOCRÁTICALicínio C. Lim
- Page 348 and 349: Política e educação. São Paulo:
- Page 350 and 351: A capacidade de nos amaciar que tem
- Page 352 and 353: sentindo sem propostas, seja por se
- Page 354 and 355: GNOSIOLÓGICA (Situação)José Ped
- Page 356 and 357: re-aprendizagem. Assim, configurand
- Page 358 and 359: último de que o sistema de Hegel,
- Page 360 and 361: também a certeza de si mesma” (H
- Page 362 and 363: HERMENÊUTICALuiz Carlos Bombassaro
- Page 364 and 365: permite dizer o mundo. Desse modo,
- Page 368 and 369: HISTORICIDADECheron Zanini MorettiA
- Page 370 and 371: superação” (FREIRE, 1996a, p. 8
- Page 372 and 373: Realidade que é objetiva independe
- Page 374 and 375: HUMANIZAÇÃO/DESUMANIZAÇÃOJaime
- Page 376 and 377: de concretização histórica de um
- Page 378 and 379: Portanto, humildade não é submiss
- Page 380 and 381: Guiné-Bissau: registro de uma expe
- Page 382 and 383: IDENTIDADE CULTURALFelipe GustsackA
- Page 384 and 385: IDEOLOGIAGreg William Misiaszek e C
- Page 386 and 387: como possibilidade” (FREIRE, 2004
- Page 388 and 389: ação. (2) Pede de seus seguidores
- Page 390 and 391: IMERSÃO/EMERSÃOPedrinho Guareschi
- Page 392 and 393: INACABAMENTOSérgio Trombetta e Lui
- Page 394 and 395: INDIGNAÇÃOAna Maria Araújo Freir
- Page 396 and 397: INÉDITO VIÁVELAna Maria Araújo F
- Page 398 and 399: entendemos como um problema que nec
- Page 400 and 401: com a Pedagogia do oprimido. 12. ed
- Page 402 and 403: pedagógica desenvolvida por Paulo
- Page 404 and 405: Freire confronta na maioria de seus
- Page 406 and 407: INTERDISCIPLINARIDADEBalduino Andre
- Page 408 and 409: INTERSUBJETIVIDADEAdriana R. Sancev
- Page 410 and 411: INTROJEÇÃO/EXTROJEÇÃOGomercindo
- Page 412 and 413: proveito do ‘patrão’ e ‘daqu
- Page 414 and 415: amuralham [...] para defender-se, p
Portanto, História é um processo de constantes mudanças que se constrói
na relação dialética de experienciar o mundo como uma realidade que nos
condiciona, mas que ao mesmo tempo só existe como produto da ação
humana.
Referências: FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 46.
ed. São Paulo: Editora Cortez, 2005: FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996: FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um
encontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992: FREIRE, Paulo. Pedagogia
da Indignação: Cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.