30.05.2021 Views

Dicionario-Paulo-Freire-versao-1

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

para que ele mesmo, por conta própria, desenvolvesse. Não eu

desenvolver, mas ele mesmo, pois só assim seria frutífero. Se eu

desenvolvesse, o aluno seria passivo, era só repetir. A minha filosofia

geral para todo o ensino é não empanturrar o aluno de conhecimentos,

mas estimular sua criatividade. (Schenberg, 1984, p. 145)

Para Freire, a curiosidade epistemológica é intencionada por um clima de

confiança que se constrói por dentro do diálogo e se distancia da curiosidade

espontânea, sendo esta superada pelo rigor epistemológico construído

historicamente em determinado espaço. Afirma Freire (1995), que escapa da

armadilha da rigidez na relação com o conhecimento científico, como único

conhecimento válido: “Não é o conhecimento científico que é rigoroso. A

rigorosidade se acha na aproximação do objeto” (p. 78). Para isso, a

centralidade da educação como prática da liberdade implica no diálogo que

exige o amor, a amorosidade e a confiança na construção do lugar do

conhecimento como direito de participação em outro mundo possível.

Referências: FERREIRA HOLANDA, Aurélio Buarque. Novo dicionário Aurélio da Língua

Portuguesa. 9. ed. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1986; FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira.

São Paulo: Olho d’água, 1995; FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 22. ed. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1996; FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1987; SCHENBERG, Mário. A Física é uma Arte. In: Revista Ciência Hoje, v. 3, n. 13, p. 104-

109, jul./ago. 1984; SCHENBERG, Mário. Pensando a Física. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!