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REVISTA MONTANHA! 2020

A revista da Brigada de Montanha do Exército Brasileiro www.4bdainflmth.eb.mil.br

A revista da Brigada de Montanha do Exército Brasileiro

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A revista da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha

A Brigada de Montanha

do Exército Brasileiro

Juiz de Fora, MG. Ano 1. Dezembro de 2020.


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Comandante da 4ª Brigada de Infantaria

Leve de Montanha (4ª Bda Inf L Mth)

Gen Bda João Felipe Dias Alves

Chefe do Estado-Maior da 4ª Bda Inf L Mth

e Coordenador Geral da Revista

Cel Inf Guilherme Motinha Nunes

Assessor de Comunicação Social da 4 a Bda

Inf L Mth e Coordenador Executivo da

Revista

Cel Inf (PTTC) Malbatan Leal

Coordenação Editorial,

Criação e Diagramação

2º Sgt Reinaldo Souza de Oliveira,

Cb Tales Tafarel de Paiva Pereira

Lena Sperandio (32) 9 9989 1744

Revisão Textual

Cap QAO R/1 Antônio Carlos Cardoso Faustino

Impressão

Gráfica América - Tel: (32) 3215-4308

Email: atendimento@graficaamerica.com.br

Periodicidade

Anual

Tiragem

500 exemplares

Fotografia

Arquivo da 4ª Bda Inf L Mth e Organizações

Militares Subordinadas

Revista “Montanha!” Digital

www.4bdainflmth.eb.mil.br

Contato

comsoc4bdamth@gmail.com e/ou

comsoc@4bdainflmth.eb.mil.br

nossa capa

Mensagem do Comandante

Juiz de Fora, MG. Ano 1. Dezembro de 2020.

Prezado leitor,

Bem-vindo à primeira edição da MONTANHA!, a revista da 4 a Brigada de

Infantaria Leve de Montanha.

Em 2013, o Exército Brasileiro decidiu que deveria possuir uma Grande

Unidade vocacionada para o emprego em ambiente operacional de montanha,

por transformação da então 4 a Brigada de Infantaria Leve.

Ao longo de sete anos, as Organizações Militares subordinadas foram também

se modificando, desenvolvendo técnicas de montanhismo militar, aperfeiçoando

a doutrina de emprego nesse ambiente, especializando seus quadros, adquirindo

novos materiais, e aprimorando seu adestramento. Hoje, graças ao trabalho

abnegado e determinado de todos, a transformação está consolidada!

Convido-o nas próximas páginas a conhecer um pouco da história da Brigada

de Montanha, suas Unidades e Subunidades, suas tradições, as principais

operações realizadas e as atividades desenvolvidas em 2020 por uma tropa que

se caracteriza pela PRONTIDÃO permanente, EXCELÊNCIA no cumprimento de

suas missões, SEGURANÇA em todas as atividades e ENTUSIASMO marcante de

todos os seus integrantes.

Boa escalada!

PARA FRENTE E PARA O ALTO! MONTANHA!

General de Brigada Combatente João Felipe Dias Alves

A revista da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha

A Brigada de Montanha

do Exército Brasileiro

Juiz de Fora, MG. Ano 1. Dezembro de 2020.

Arte do 2º Sgt Reinaldo

e 3º Sgt Patrocínio

3 |


Rota a

escalar

7

MTH UNO 05

8

Histórico da

Brigada de

Montanha

14

Chefe

do Estado -

Maior

13

Adjunto de

Comando

20

Força-Tarefa

Montanha

16

Forte de

Inativos e

Pensionistas

25

Padrão

Montanha

4 |


34

Organizações

Militares da

Brigada de Montanha

82

Nossas Bandas

de Música

86

Cidade de

Juiz de Fora

84

Mão Amiga

88

A Brigada de Montanha

e a FEB

90

Mística da Brigada

de Montanha

5 |


Subordinação da Brigada

de Montanha

6 |


Curriculum vitae

MTH UNO 05

O General de Brigada

combatente João Felipe

Dias Alves nasceu em 10

de novembro de 1970,

na cidade de Jundiaí –

São Paulo, e é filho do

Coronel de Artilharia

Marne de oliveira alves (in

memoriam) e de beatriz

dias alves.

incorporou às fileiras do

exército em 25 de fevereiro

de 1985, na escola

preparatória de cadetes

do exército e foi declarado

aspirante a oficial da

arma de infantaria em 30

de novembro de 1991.

ao longo da carreira,

Gen Felipe

além dos cursos de

Aperfeiçoamento,

Comando e Estado-Maior e

de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, realizou

os seguintes cursos e estágios: curso básico paraquedista,

Curso de Mestre de Salto, Curso de Instrutor de Educação Física,

Estágio de Adaptação à Selva, Estágio Básico do Combatente

de Montanha e o Estágio de Operações de Paz.

Possui especialização em Gestão Estratégica de Recursos

Humanos realizada na Universidade Federal Rural do Rio

de Janeiro, mestrado em relações internacionais pela

universidade troy – alabama, nos estados unidos da américa,

doutorado em ciências militares e pós-doutorado em defesa

nacional, realizados na escola de comando e estado-maior do

exército, e mba executivo em administração, pela fundação

getúlio Vargas.

dentre as principais funções desempenhadas, o general

felipe foi oficial de operações do 26 o batalhão de infantaria

paraquedista, chefiou a seção de operações da 1 a brigada de

infantaria de selva e foi oficial do gabinete do comandante do

exército, além de ter sido instrutor da escola de aperfeiçoamento

de oficiais e da escola de comando e estado-maior do exército

e e-3 da academia militar das agulhas negras.

No biênio 2014-2015, foi Comandante do Batalhão de Polícia

do Exército de Brasília – Batalhão Brasília, sediado no Distrito

Federal.

No exterior, foi instrutor da Academia Militar da Venezuela

e instrutor do Curso de Comando e Estado-Maior junto ao

exército dos Estados Unidos da América, em fort benning, na

Geórgia.

Foi promovido ao posto atual em 31 de julho de 2020 e ao

ser nomeado Comandante da 4ª Brigada Infantaria Leve de

Montanha, estava servindo no Estado-Maior do Exército.

7 |


Histórico da

brigada DE MONTANHA

Histórico

A 4ª Brigada Estratégica situada em São Gabriel – RS foi

desmembrada em 1908, dando origem à 4ª Brigada de

Infantaria, que, após um curto período na cidade de São

Paulo-SP, foi deslocada para Belo Horizonte /MG, em 1919.

Durante os anos 30, por meio de suas Unidades

sediadas em Minas Gerais, a 4ª Brigada de Infantaria teve

participação marcante na pacificação dos movimentos

que ocorreram no País. Posteriormente, em 1938, recebeu

a denominação de Infantaria Divisionária da 4ª Divisão de

Infantaria (ID/4).

Um contingente das Unidades da ID/4 integrou o 11°

RI, de São João Del Rei - MG, que, enquadrado pela 1ª

Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE), compôs a

FEB durante a 2ª Guerra Mundial. O contato com a 10ª

Divisão de Montanha do Exército dos EUA representou

importante aprendizado de novas técnicas de combate,

podendo considerar a gênese do montanhismo militar

brasileiro, que nasceu com as conquistas de Monte

Castello, Castelnuovo, Montese e Collecchio.

4ª Brigada de Infantaria, que seria transformada, em 1985,

em 4ª Brigada de Infantaria Motorizada.

Em 1996, voltou a ter participação internacional ao integrar

o Batalhão de Força de Paz em Angola/África, na Terceira

Missão de Verificação das Nações Unidas, UNAVEM III.

vicente paulo

UNAVEM III.

No ano seguinte, foi transferida para Juiz de Fora/MG,

passando a ocupar, desde então, o Palacete Frederico

Ferreira Lage, patrimônio cultural e histórico da cidade.

11º Regimento de Infantaria deixando a cidade de Montese

após a vitória contra o Exército Alemão.

Em 1952, a ID/4 teve a sua sede transferida para a

cidade de São João Del Rei/MG, retornando quatro anos

depois para Belo Horizonte. Partindo dessa capital, em

31 de março de 1964, desempenhou um papel decisivo

e corajoso na eclosão da Revolução Democrática, que

motivou o recebimento da denominação histórica de

“BRIGADA 31 DE MARÇO”.

Em 1971, com a extinção da ID/4, passou a constituir a

Palacete Frederico Ferreira Lage

Em 2007, passou a ser subordinada à 1ª Divisão

de Exército e, de 2008 a 2018, participou de diversas

8 |


foto: Angelo Savastano

operações de garantia da lei e da ordem em todas as áreas

do CML, atuando em Minas Gerais, no Espírito Santo e

no Rio de Janeiro, com destaque para as ações no Morro

da Providência, no Complexo da Maré e no Complexo

do Alemão, culminando com as atividades relativas à

Intervenção Federal na Área de Segurança Pública do Rio

de Janeiro. Participou ainda, com destaque das operações

realizadas para assegurar a realização de grandes

eventos internacionais, com destaque para a Copa das

Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos e

Paralímpicos.

Embarque do BRABATT 2/17 para a missão de

Estabilização do Haiti (MINUSTAH).

12º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha em

operações para assegurar a realização de grandes eventos.

No ano de 2012, em nova missão sob a égide da ONU,

foi incumbida de formar o 2º Batalhão de Infantaria de

Força de Paz do 17º Contingente Brasileiro (BRABATT

2/17), para a missão de Estabilização do Haiti

(MINUSTAH).

Diante dos desafios da guerra moderna, que exige

do homem preparo e características ímpares, em 04

de setembro de 2013, o Comando do Exército decidiu

potencializar a característica operacional da Brigada e

reconhecer sua participação no desenvolvimento do

montanhismo militar Brasileiro, ao transformá-la em

4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha.

Transposição de obstáculo vertical.

Atualmente, a Brigada de Montanha permanece fiel

às suas tradições de conquistas da Força Expedicionária

Brasileira, mantendo suas Unidades sempre em elevado

grau de preparo e prontidão e dotadas de elevado

espírito de corpo, movidas pelo entusiasmo para o

desenvolvimento de suas capacidades como a única

Grande Unidade apta a operar em ambiente operacional

de montanha do Exército Brasileiro. NOSSO GRITO DE

GUERRA É MONTANHA!

9 |


Galeria dos

comandantes

Decreto de Lei nº

31.210 de 29 de

julho de 1956 –

Altera a natureza do

Subcomando da 4ª

Divisão de Infantaria

transformando-a

em Infantaria

Divisionária da 4ª

Divisão de Infantaria

com sede em Belo

Horizonte.

Gen Bda Heitor Antônio

de Mendonça

24 Mar 53 a 14 Maio 55

Cel Carlos Luiz

Guedes

15 Maio 55 a 13 Out 56

Gen Bda Olympio

Mourão Filho

19 Out 56 a 13 Maio 57

Gen Bda Franklin

Rodrigues de Morães

13 Maio 57 a 16 Fev 61

Gen Bda Carlos

Luiz Guedes

18 Fev 61 a 27 Jul 61

Gen Bda João

Punaro Bley

27 Jul 61 a 27 Dez 61

Gen Bda Carlos Luiz

Guedes

24 Dez 61 a 12 Maio 64

Gen Bda Dióscoro

Gonçalves Vale

28 Nov 64 a 11 Maio 67

Gen Bda Oscar

Jannsen Barroso

12 Maio 67 a 8 Mar 68

Gen Bda Álvaro

Cardoso

28 Fev 68 a 12 Set 69

Gen Bda Gentil

Marcondes Filho

12 Set 69 a 18 Fev 71

Decreto de Lei

nº 92.170 de

18 Dez 1971 –

Altera a natureza

da Infantaria

Divisionária da 4ª

Região de Infantaria,

transformando-a

em 4ª Brigada de

Infantaria, com sede

em Belo Horizonte

– MG.

Gen Bda Everaldo

José da Silva

18 Fev 71 a 21 Set 72

Gen Bda Mario de

Assis Nogueira

21 Set 72 a 10 Maio 74

Portaria Ministerial

nº 1642, de 7 de

novembro de 1974 e

Portaria Ministerial

nº 1572 de 27 de Out

1976 – A 4ª Brigada

de Infantaria recebe

a denominação

histórica “Brigada 31

de Março” e é criado o

estandarte histórico.

Gen Bda Silvio Octávio do

Espírito Santo

10 Maio 74 a 6 Fev 76

Gen Bda Enio Gouvêa dos

Santos

6 Fev 76 a 14 Set 77

Gen Bda Leônidas Pires

Gonçalves

16 Fev 78 a 4 Maio 79

Gen Bda Edison Boscacci

Guedes

4 Maio 79 a 30 Jan 80

10 |


Gen Bda José Eduardo

Lopes Teixeira

30 Jan 80 a 12 Maio 82

Gen Bda Rubens Bayma

Denys

12 Maio 82 a 9 Fev 84

Gen Bda Carlos Tinoco

Ribeiro Gomes

7 Maio 84 a 12 Abr 85

Decreto de lei nº

92.170, de 18 de

dezembro de 1985 –

Altera a denominação

da 4ª Brigada de

Infantaria para 4ª

Brigada de Infantaria

Motorizada, Brigada

31 de março, com sede

em Belo Horizonte

– MG. Gen Bda Mauro Koch

Pastori

26 Abr 85 a 10 Fev 87

Gen Bda Luiz Carlos

Rodrigues Doria

10 Fev 87 a 5 Dez 88

Gen Bda Oswaldo

Pereira Gomes

30 Jan 89 a 2 Maio 91

Gen Bda Fernando

Cardoso

2 de Maio 91 a 30 Abr 92

Gen Bda Pedro Augusto

da Silva Neto

30 Abr 92 a 5 Maio 94

Gen Bda Newton

Bonumá dos Santos

5 Maio 94 a 21 Out 94

Acompanhou

a mudança

da 4ª Brigada

de Infantaria

Motorizada de

Belo Horizonte

para Juiz de

Fora – MG

Gen Bda Alvaro Henrique

Vianna de Moraes

4 Jan 95 a 25 Abr 97

Decreto nº 1740 de 8

Dez 95 – Estabelece

a data de 1º de

janeiro de 97, para

a mudança da sede

do Comando da 4ª

Brigada de Infantaria

Motorizada, Brigada

31 de março, de Belo

Horizonte - MG para

Juiz de Fora – MG

Gen Bda Heraldo

Covas Pereira

25 Abr 97 a 12 Jan 99

Gen Bda Carlos Roberto

Reis de Moraes

12 Jan 99 a 18 Ago 00

Gen Bda Américo

Salvador de Oliveira

18 Ago 00 a 20 Dez 01

Gen Bda Fernando

Henrique Pereira Rosa

20 Dez 01 a 28 Jan 04

Gen Bda Alberto Márcio

Ferraz Sant’ana

28 Jan 04 a 25 Abr 06

Gen Bda Juarez Aparecido

de Paula Cunha

25 Abr 06 a 25 Abr 08

Gen Bda Américo Paysan

Valdetaro Filho

25 Abr 08 a 23 Abr 10

Gen Bda Walmir Almada

Schneider Filho

23 Abr 10 a 26 Ago 11

Gen Bda Otavio Santana

do Rêgo Barros

26 Ago 11 a 30 Abr 13

11 |


Galeria dos

Montanha uno

O Decreto n o 8.098, de 4 de setembro de 2013, altera a natureza da 4 a Brigada de

Infantaria Motorizada, Brigada 31 de Março, transformando-a em 4 a Brigada de

Infantaria Leve de Montanha, com sede em Juiz de Fora – MG. A partir de então,

os Comandantes passam a ser nominados “Montanha Uno”.

Mth uno 01

Gen Bda Francisco

Mamede de Brito Filho

30 Abr 13 a 14 Abr 15

Mth uno 02

Gen Bda Eduardo

Paiva Maurmann

14 Abr 15 a 19 Set 16

Mth uno 03

Gen Bda Carlos André

Alcântara Leite

19 Set 16 a 27 Ago 18

Mth uno 04

Gen Bda Alcio Alves

Almeida e Costa

27 Ago 18 a 26 Ago 20

Em 26 de agosto de 2020, em cerimônia restrita, o Gen Bda Alcio Alves Almeida e Costa passou o Comando da

Brigada de Montanha ao Gen Bda João Felipe Dias Alves, Montanha Uno 05. Precedendo a cerimônia os dois Of

Gen escalaram o Morro do Cristo e fizeram a passagem simbólica da Insígnia de Comando da Bda Mth.

12 |


Adjunto de

Comando,

experiência

que fortalece

valores

É importante salientar que, desde sua criação, o Exército

Brasileiro é constituído de profissionais unidos em torno

de princípios, crenças e valores, atributos que influenciam

decisivamente na forma de agir e, principalmente, na excelência

com que estes profissionais executam seus trabalhos. Falar

do Cargo de Adjunto de Comando é, sem sombra de dúvida,

reconhecer o esforço daqueles que acreditaram nesse modelo

de trabalho e enfrentaram várias incertezas para pavimentar um

caminho que favoreceu o acatamento de práticas que buscam a

valorização dos Praças por parte da Instituição.

Criado com os objetivos de valorizar a carreira do graduado,

atrair, motivar e manter recursos humanos capazes de suprir as

necessidades da Força Terrestre, tem como propósito contar com

um militar que tenha um canal direto com o Comandante, a fim

de tratar das questões relativas à moral, bem-estar, satisfação

profissional, carreira, motivação, disciplina e apoio à família dos

Praças. Assessorar o Comando em assuntos concernentes ao dia a

dia da Unidade e, principalmente, contribuir para o fortalecimento

da dimensão humana do Exército.

O Adjunto de Comando é peça fundamental na busca por um

clima organizacional salutar, concorrendo para o desenvolvimento

do espírito de corpo e da coesão, incentivando a iniciativa e a

participação, tendo sempre em mente o aperfeiçoamento do

subordinado como militar e também como pessoa. Não representa

uma pura distinção, mas sim uma missão dentro do processo de

transformação do Exército Brasileiro. Um passo importantíssimo

para valorizar, cada vez mais, seu principal recurso: seu pessoal -

homens e mulheres que diariamente vestem seus uniformes para

cumprir seu dever com a Pátria.

Desde novembro de 2018, o Subtenente de Infantaria Wellington

da SILVA SOUZA desempenha a função de Adjunto de Comando

da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, buscando a

consolidação dessa iniciativa que, devido ao entusiasmo e ao

engajamento dos nossos Praças, que entenderam e avançaram

no potencial desse novo sistema, fortaleceu os laços de liderança

e camaradagem no âmbito do Exército Brasileiro e da Brigada de

Montanha.

“NOSSO

GRITO DE

GUERRA É

MONTANHA!”

13 |


Chefe do

estado-maior

Ao ser convidado para o

desempenho do cargo de Chefe

do Estado-Maior da 4ª Brigada de

Infantaria Leve de Montanha, o

Coronel de Infantaria Guilherme

Motinha Nunes era aluno da Academia

Nacional de Estudos Políticos e

Estratégicos da República do Chile.

Foi promovido por merecimento ao

posto atual em 30 de abril de 2018.

Nascido em 29 de outubro de 1974,

na cidade de Juiz de Fora - MG, é

filho do Coronel de Infantaria Mauro

Ferreira Nunes e da senhora Dalva

Motinha Nunes.

Incorporou às fileiras do Exército

em 18 de fevereiro de 1991, na Escola

Preparatória de Cadetes do Exército

e foi declarado Aspirante a Oficial da

arma de Infantaria em 2 de dezembro

de 1995, tendo sido classificado no

16º Batalhão de Infantaria Motorizado,

Natal-RN.

Dentre as principais funções

desempenhadas, o Cel Motinha

inaugurou o então 4º Pelotão Especial

de Fronteira, em Santa Rosa do

Purus - AC, foi oficial de operações e

de inteligência do 23º Batalhão de

Infantaria, em Blumenau - SC, além de

ter sido instrutor do Curso Básico da

Academia Militar das Agulhas

Negras.

Como oficial

do Quadro

de Estado-

Maior das Armas, chefiou a seção

de planejamento e doutrina e a

seção de operações do Corpo de

Cadetes, tendo sido ainda gerente

executivo dos projetos de entrada

de mulheres como cadetes na AMAN

e de reformulação e atualização

doutrinária da Manobra Escolar. Foi

instrutor da Escola de Comando e

Estado-Maior do Exército e da Escola

Superior de Guerra do Exército do

Peru.

No biênio 2009-2010, comandou

a Companhia de Comando da 4ª

Região Militar, em Belo Horizonte

- MG, e foi comandante do 10º

Batalhão de Infantaria Leve de

Montanha, Batalhão Marechal

Guilherme Xavier de Souza, sediado

em Juiz de Fora - MG, entre os anos

de 2018-2019.

Concluiu com aproveitamento os

seguintes cursos e estágios: Curso

de Operações na Selva, categoria B;

Curso de Comunicação Social; Curso

Avançado de Mergulho Autônomo;

Estágio de Escalador Militar; Estágio

de Adaptação e Operações na

Caatinga e Estágio de Segurança e

Proteção de Autoridades.

É mestre em Ciências Militares

pela Escola de Aperfeiçoamento de

Oficiais e pós-graduado em Gestão

em Administração Pública pelo

Centro Universitário do Sul de Minas,

Varginha – MG.

Cel Motinha

No exterior, concluiu com

aproveitamento o VIII Programa

de Emprego de Grandes Unidades

de Combate e o III Mestrado em

Ciências Militares, realizados na

Escola Superior de Guerra do Exército

do Peru, além do Curso de Condução

Político-Estratégica e Defesa, na

Academia Nacional de Estudos

Políticos e Estratégicos da República

do Chile.

Cel Inf Guilherme Motinha Nunes

14 |


Comando da

Brigada

Comandante

Chefe do

Estado-Maior

Estado-Maior

Geral e

Especial

Base

Administrativa

Setor de

Fiscalização

de Produtos

Controlados

Forte de

Inativos e

Pensionaistas

Posto de

Recrutamento

e Mobilização

Condução de Operações

Jogos de Guerra

Operações de fiscalização de produtos controlados

Base Administrativa

Tesouraria

Posto de recrutamento e mobilização

15 |


Forte de inativos

e pensionistas

(DIVISÃO DE PAGAMENTO

DE PESSOAL)

Tem como missões: efetuar o pagamento dos militares (ativos, inativos

e pensionistas) e servidores civis (ativos, aposentados e pensionistas);

garantir o cumprimento da legalidade no pagamento dos vencimentos

e salários e garantir o direito aos usuários e dependentes legais.

Prioriza seus trabalhos no bem acolher seus vinculados, processando

e dando continuidade aos processos com a celeridade exigida,

buscando atender às ansiedades e direitos dos vinculados.

A Divisão de Pagamento de Pessoal, para o cumprimento de sua

missão, está organizada pela Seção de Pagamento de Pessoal (SPP),

responsável pelo pagamento dos militares e servidores civis da ativa

de 12 organizações militares das Guarnições de Juiz de Fora e Santos

Dumont, e pelo Órgão Pagador (OP), responsável pelo pagamento dos

militares inativos, pensionistas militares, servidores civis aposentados e

pensionistas civis vinculados.

São vinculadas à 4ª Bda Inf L Mth, para fins de pagamento de pessoal,

as seguintes organizações militares:

- Comando da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha;

- 10º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha;

- 4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado;

- 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha;

- 17º Batalhão Logístico Leve de Montanha;

- Companhia de Comando da 4ª Brigada de Infantaria Leve de

Montanha;

- 35º Pelotão de Polícia do Exército;

- Campo de Instrução de Juiz de Fora/Centro de Educação Ambiental

e Cultura;

- Colégio Militar de Juiz de Fora;

- Hospital Geral de Juiz de Fora;

- 4º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército;

- 4º Depósito de Suprimento.

Em números

O efetivo pago sob responsabilidade da SPP é de 3.170 militares da

ativa, sendo 1.130 de profissionais de carreira e 2.040 temporários.

Possui 2.049 (dois mil e quarenta e nove) militares na inatividade e

2.995 (dois mil novecentos e noventa e cinco) pensionistas militares

vinculados, 391 (trezentos e noventa e um) aposentados civis e 599

(quinhentos e noventa e nove) pensionistas civis, totalizando 6.034 (seis

mil e trinta e quatro) vinculados. Esse efetivo o coloca entre os maiores

OPIP do Exército Brasileiro.

O efetivo sob responsabilidade do OP é composto de 1.952 militares

inativos e reformados, 2.592 pensionistas militares e de 1.388 outros

enquadramentos, totalizando 5932 pessoas.

16 |


17 |

18 |


Brigada de Montanha

em Números

462

viaturas

4.070

militares

120

tiros de obuseiros

realizados em 2020

391 doações

de sangue

89

ações de

descontaminação –

Operação COVID

18 |

100%

de disponibilidade

de meios

blindados


60

novos Guias

de Cordada

1.352

escaladores militares

formados em 2020

12 organizações

militares

77

apresentações da Banda

de Música em ações de

alento – Op Covid

1.228

militares empregados na Op

Diedro – Adestramento Avançado

11.773

atendimentos

realizados pelo Forte

17.479

processos realizados

pelo StFPC

19 |

14

novos Guias

de Montanha


Força-tarefa

montanha

A FT Montanha é um grupamento de forças de constituição variável, organizado

e aprestado em função dos fatores da decisão e de acordo com a missão e a situação

impostas pelo escalão superior.

É organizada para uma situação de guerra, apta a cumprir missões de defesa

externa, entretanto, por ser dotada de grande flexibilidade, pode rapidamente se

reorganizar para cumprir outros tipos de missão, como a de Garantia da Lei e da

Ordem.

Tem como tropa base os Batalhões de Infantaria de Montanha, em sistema de

rodízio, a fim de assegurar o desenvolvimento do preparo e a permanente situação

de prontidão durante todo o ano de instrução.

Com efetivo de 628 militares e composta por tropas de toda a Brigada, a FT Montanha,

em até 24 horas após seu acionamento, concentra-se na guarnição de Juiz de

Fora, em situação de ordem de marcha para se deslocar por meio rodoviário para o

Rio de Janeiro ou qualquer outra região do CML onde for operar.

20 |


21 |


Pelotão de

reconhecimento

O Pelotão de Reconhecimento

é uma fração composta

por Guias de Montanha

e Guias de Cordada

dotada de grande flexibilidade,

apta a executar tarefas

que exijam a aplicação

de técnicas especiais específicas

do ambiente operacional

de montanha. No

contexto da FORÇA TAREFA

MONTANHA da 4ª Bda Inf L

Mth, será empregado para

assessorar o comandante

tático no planejamento e

execução das operações

de inteligência, reconhecimento,

vigilância e aquisição

de alvos em ambiente

de montanha. Pode ainda

compor o Escalão de Reconhecimento

e Segurança

(ERS), no levantamento de

aspectos de inteligência

relevantes para o combate,

equipar vias de escalada

e conduzir tropas de

qualquer natureza em uma

infiltração tática empregando

sua fração como um

todo ou seus grupos isoladamente,

reforçando o poder

de combate de tropa

de qualquer natureza.

22 |


23 |



Padrão

Montanha

Prontidão

“DEDICAÇÃO EXCLUSIVA,

DISPONIBILIDADE PERMANENTE!

PESSOAL E MATERIAL SEMPRE

PRONTOS PARA CUMPRIR

QUALQUER MISSÃO!”

Excelência

“NÃO BASTA CUMPRIR A

MISSÃO! É PRECISO EXECUTÁ-

LA DA MELHOR FORMA!”

Segurança

“O PERIGO É INERENTE À

ATIVIDADE NA MONTANHA.

GERENCIAR O RISCO É A NOSSA

MISSÃO. SEGURANÇA É A

NOSSA MARCA!”

71 |

Entusiasmo

“NOSSO GRITO DE

GUERRA É MONTANHA!”

25 |


Opera

PRONTIDÃO

prontidão

Operação Guia

Operação Sentinela Alerta

Op Diedro

26 |


Jogos de Guerra

FT Montanha

Garantia da Lei e da Ordem

Operação Dilúvio - 2020

ção Dilúvio 2019

Tiro das armas coletivas

27 |


excelência EXCELÊNCIA

StFPC em operações

Curso de Formação e

Graduação de Sargentos

28 |


NPOR

Prêmio Região das

Minas do Ouro 1

Perícia Criminal

29 |

Proteção ambiental


SEGURANÇA

segurança

Escolta do Ministro

da Defesa

Estágio de Prevenção de

Acidentes com Motocicletas

30 |


Combate a incêndio/CIJF

Estágio de Segurança

na Instrução - COTER

31 |


entusiasmo

ENTUSIASMO

32 |


Cmt Bda e Cmt OM no

Pico da Bandeira

33 |


Organizações

Militares da Brigada

de montanha

34 |


35 |


10º Batalhão de Infantaria Leve

de montanha

TC Daltro

Há cerca de um ano, teve início o período mais

desafiador e gratificante de minha carreira,

concretizando um sonho construído ao longo de mais de

25 anos de vida militar. Esse novo desafio está além do

que as palavras podem mensurar. A responsabilidade, a

dedicação exclusiva e o sentimento do cumprimento do

dever balizam o dia a dia do Comando.

Ser comandante de um Batalhão com a história e o

legado do Décimo de Montanha, Batalhão Marechal

Guilherme Xavier de Souza, é algo dignificante. Desde

a sua origem, depois de várias transformações, chegou

à acolhedora cidade de Juiz de Fora em 1919, com a

denominação de 10º Regimento de Infantaria.

Atualmente, o 10º BIL Mth, além de realizar as atividades

operacionais de uma Unidade de Infantaria, tem a

responsabilidade de iniciar a formação dos Sargentos

de Carreira do Exército Brasileiro, nos segmentos

feminino e masculino, além de ministrar estágios de

capacitação de militares para o emprego em ambientes

de montanha.

Integrante da 4ª Bda Inf L Mth, o 10º BIL Mth é a 5ª

Organização Militar mais antiga do Exército Brasileiro

e constitui uma das Unidades mais tradicionais, pelas

relevâncias de sua história e operacionalidade, com

recursos humanos vocacionados para combate em

ambiente de montanha.

Motivados por tais feitos, concito os camaradas a

renovarem o compromisso de superar as adversidades,

inspirados no lema PACIÊNCIA, HUMILDADE e

PERSEVERANÇA, reavivando as conquistas dos nossos

antecessores para seguir com a disposição de defender

nossa Pátria, sem prescindir do culto aos valores e

tradições do nosso Exército.

Para a Frente e para o Alto!

Montanha!!

TC Inf luis Felipe Moraes Daltro Campos

Comandante do 10º BIL Mth

36 |


10º BIL Mth

(Batalhão

Marechal

Guilherme

Xavier de

Souza)

As origens do Batalhão Marechal

Guilherme Xavier de Souza

remontam à criação da Companhia

de Dragões, ocorrida em 17 de

janeiro de 1749 na cidade de São

Paulo. Após diversas mudanças

de denominação e localidades,

finalmente, no ano de 1919 criou-se o

10º Regimento de Infantaria, sediado

na acolhedora cidade de Juiz de Fora.

Desde seu emprego inicial na

garantia da defesa territorial da

fronteira oeste da então colônia

portuguesa, face às incursões de

espanhóis e dos índios Guaycurus,

até sua recente participação em

operações realizadas no contexto

da Intervenção Federal na área

de Segurança Pública do Estado

do Rio de Janeiro, o Décimo de

Montanha esteve presente nos

mais importantes e decisivos

momentos da História Nacional.

Participou da 2ª Guerra Mundial,

tendo enviado 680 militares

que combateram no Teatro de

Operações da Itália, projetando

internacionalmente o valor do

soldado brasileiro e, em especial,

do “Pracinha Mineiro”.

Em 2019, ano do centenário

de sua chegada à cidade de

Juiz de Fora, o Batalhão passou

a adotar a “boina cinza” e teve

sua mais recente mudança de

denominação, consagrando os

37 anos de empenho em prol

do montanhismo militar. Dessa

forma, nossa Unidade, que integra

a única Brigada do Exército

Brasileiro vocacionada a operar

em ambiente de montanha,

passou a ser denominada 10º

Batalhão de Infantaria Leve de

Montanha (10º BIL Mth).

37 |


Curso de

Formação e

Graduação

de Sargentos

Atualmente, além das atividades

operacionais de uma Unidade de

Infantaria no preparo e emprego em

tempo de paz ou de guerra, o 10º BIL

Mth tem a responsabilidade de iniciar

a formação dos Sargentos de Carreira

do Exército Brasileiro do segmento

feminino e masculino, bem como

ministrar estágios e capacitar militares

para o emprego em ambiente

operacional de montanha.

Há 38 anos, o Décimo de Montanha

tem sido um dos responsáveis pela

condução do Estágio Básico do

Combatente de Montanha para

militares das Forças Armadas

e Forças Auxiliares, sendo seu

público alvo os militares da nossa

Brigada de Montanha.

A missão é capacitar nosso

recurso humano para as operações

militares em ambiente montanhoso,

através de instruções voltadas

à apresentação das técnicas e

emprego correto dos materiais de

escalada. Ao término da semana de

instrução, os estagiários devem ser

capazes de realizar transposição

de vias equipadas, dentro do

panorama de uma operação

convencional.

Nosso quadro de instrutores é

composto por militares altamente

capacitados, oriundos desta e das

demais Unidades pertencentes

à 4ª Bda Inf L Mth. As atividades

são desenvolvidas em parte

dentro do aquartelamento, como

por exemplo, em nossa Pista de

Treinamento de Montanha e

nas pedreiras do Yung e Retiro.

O coroamento do estágio se dá

com a ascensão do Morro do

Cristo, seguido da brevetação dos

estagiários concludentes.

Ao longo destes 42 anos dedicados

à essa atividade fim, o 10º Batalhão

de Infantaria Leve de Montanha

tem logrado êxito na formação de

dezenas de milhares de escaladores

militares, fazendo com que o nosso

grito de guerra continue ecoando

nas montanhas alterosas do nosso

Brasil. PARA FRENTE E PARA O ALTO!

MONTANHA!

38 |


Acervo 10º BIL Mth.

39 |

A primeira turma do Curso de

Formação de Sargentos (CFS) do 10º

de Montanha formou-se no ano de

1986. Até o ano de 1999, o curso era

realizado integralmente nas Escolas

de Formação e nas Organizações

Militares de Corpo de Tropa (OMCT)

espalhadas pelo Brasil.

A partir de 2006, a formação

do Sargento de carreira passou a

ser realizada durante dois anos. O

primeiro ano, chamado de período

básico, realizado nas OMCT e o

segundo ano, chamado de período

de qualificação, cursado em uma

das seguintes escolas de formação:

Escola de Sargentos das Armas (ESA),

Escola de Sargentos de Logística

(EsSLog) e, mais recentemente,

Centro de Instrução de Aviação do

Exército (CIAvEx).

O segmento feminino do Curso

de Formação de Sargentos do 10º

BIL Mth foi inserido em 2018. Ao

final daquele ano, 45 novas alunas

estavam aptas a cursarem o 2º

ano da formação nas seguintes

qualificações: Manutenção de

Comunicações, Manutenção de

Armamento, Manutenção de Auto,

Mecânico Operador, Intendência,

Topografia e Mecânico de Aeronave.

A Aluna Thayle, do Curso de

Formação e Graduação de Sargentos

(CFGS), conta como foi sua trajetória

durante o curso, revelando que esse

sempre foi o seu sonho. A militar

também fala sobre os aprendizados

que retirou dessa experiência:

“Com o tempo fui incentivada no

curso preparatório por amigos e pelo

namorado, que já tinham ingressado

na Força. Já aqui, no 10° BIL Mth,

aprendi a viver em coletividade, a

valorizar a hierarquia e a disciplina,

dedicando-me integralmente à

minha profissão. Durante o curso,

nos é ensinado a importância do

espírito de corpo e do preparo físico

e intelectual para atuar em todas as

situações, mesmo que imprevistas. No

Batalhão, conhecemos pessoas que

nos ajudam e que poderemos contar

em todas as adversidades, além de

sermos forjados por uma equipe de

instrução altamente preparada”.


12º Batalhão de Infantaria Leve

de montanha

O 12º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha é uma das

organizações militares mais tradicionais e operacionais do

Exército Brasileiro, tendo contribuído no passado e atuado

no presente em momentos marcantes da história do Brasil, de

Minas Gerais e de Belo Horizonte.

O “Doze de Ouro”, como é conhecido, está permanentemente

pronto e preparado para ser empregado em Operações

de Defesa Externa, Garantia da Lei da Ordem e em Ações

Subsidiárias, como tropa diretamente subordinada à 4ª

Brigada de Infantaria Leve de Montanha. O Batalhão também

é responsável pela formação dos Combatentes de Montanha

da Força Terrestre.

Cel Inf Alexandre Amorim de Andrade

Comandante do 12º BIL Mth

Cel Amorim

40 |


CL

12º BIL Mth (Batalhão Lomas Valentinas)

Suas raízes encontram-se no Corpo da Guarnição Fixa

da Bahia, criado em 19 de abril de 1851. Posteriormente,

entre 1856-1870, lutou na Guerra do Paraguai, cobrindose

de glória na Batalha de Lomas Valentinas, combate que

derrotou decisivamente as forças militares paraguaias a qual

passou a constituir, em 1982, o nome Histórico da Unidade:

“Batalhão Lomas Valentinas”.

Em 1919, recebeu nova denominação e sede, constituindo

o 12º Regimento de Infantaria (12º RI), que estabeleceu suas

instalações em Belo Horizonte-MG, capital das Alterosas, no

aprazível bairro do Barro Preto.

O 12º BIL Mth participou das campanhas internas de

nosso país nas décadas de 1920 e 1930, destacando

a “Revolução de 1930”, quando escreveu uma

página heroica de resistência no Exército

Brasileiro, demonstrando seu

DEVER, LEALDADE e

SACRIFÍCIO.

No cenário internacional, em 1944/1945, participou

da 2ª Guerra Mundial, com seus militares compondo o

11º Regimento de Infantaria (11º RI).

Sob a égide da Organização das Nações Unidas

(ONU), participou na década de 50 da Missão de Paz da

Organização das Nações Unidas no Egito, fornecendo o

“Contingente Mineiro” para o Batalhão Suez. Em 1996,

integrou o Batalhão Brasileiro que atuou na Missão de

Paz em Angola (UNAVEM III), no continente Africano,

e nos anos de 2008, 2010 e 2012, nos contingentes da

Missão de Manutenção da Paz no Haiti (MINUSTAH).

Em 7 de novembro de 1973, a unidade passou

a denominar-se 12º Batalhão de Infantaria (12º

BI), pelo desmembramento de um dos seus

02 (dois) Batalhões para a cidade de

Montes Claros-MG, criando

o 55º Batalhão de

Infantaria.

41 |


Estágio Básico do

Combatente de Montanha

Nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem, o “Batalhão Lomas

Valentinas”, integrou as forças de pacificação que atuaram nos Complexo da

Penha e Alemão, em 2011, e na Maré, em 2014, no Rio de Janeiro. Participou,

ainda, da segurança da Copa das Confederações, em 2013, da Copa do

Mundo de Futebol, em 2014, e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos,

em 2016. Integrou também a Força de Intervenção Federal no

estado do Rio de Janeiro, em 2018.

Nas Operações Subsidiárias, operou em conjunto com os

órgãos de Defesa Civil durante as enchentes no estado de

Minas Gerais e na Operação Brumadinho em 2019.

No dia 12 de abril de 2019, a Unidade passou a

denominar-se 12º Batalhão de Infantaria Leve de

Montanha (12º BIL Mth) e teve sua subordinação

revertida à 4ª Brigada de Infantaria Leve de

Montanha, localizada em Juiz de Fora/

MG, integrado à única Brigada de

Montanha do Exército Brasileiro.

Missão do

12º BIL Mth

Conduzir operações militares no

amplo espectro, particularmente em

ambiente de montanha, podendo

integrar a Força Tarefa MONTANHA 12

e realizar ações subsidiárias, de acordo

com os dispositivos constitucionais

e os preceitos legais que regulam o

emprego das Forças Armadas.

Visão de Futuro

Ser reconhecido, no âmbito

do Exército Brasileiro, como

integrante da Força de Emprego

Estratégico, especializado em

Operações de Montanha, pelo

elevado nível de capacitação

operacional e administrativa,

com capacidade para integrar

a “Força Expedicionária

Mascarenhas de Moraes”

e pela imagem

positiva na sociedade

de Belo Horizonte,

destacando-se

particularmente

pelo espírito de

corpo, motivação,

preservação do

acervo cultural

e excelência

organizacional.

42 |


43 |


32º Batalhão de Infantaria Leve

de montanha

RESUMO HISTÓRICO

O 32º Batalhão de

Infantaria Leve de

Montanha (32º BIL

Mth), historicamente

conhecido como

“Batalhão Dom Pedro

II”, é uma Unidade

Operacional do Exército

Brasileiro, localizada

na cidade serrana de

Petrópolis, no Estado

do Rio de Janeiro

e está diretamente

subordinada ao

Comando da 4ª Brigada

de Infantaria Leve de

Montanha – Brigada

31 de Março, sediada em

Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais.

O primeiro núcleo do atual 32° Batalhão de

Infantaria Leve de Montanha foi uma tropa oriunda

do Batalhão do Imperador, enviada à Província de

Alagoas para a manutenção da ordem pública e que,

em 12 de agosto de 1870, foi transformada na 4ª

Companhia de Infantaria Ligeira.

Em 1888, a 4ª Companhia de Infantaria Ligeira

foi elevada à condição de Batalhão, por Decreto da

Princesa Isabel, recebendo a denominação de 26º

Batalhão de Infantaria (26º BI).

Em 1895, após garantir, em Alagoas, a segurança

e a ordem pública, sua sede foi transferida para a

cidade de Aracaju. O batismo de fogo do 26º BI teve

lugar na Campanha de Canudos, no qual se destacou

na primeira linha de combate.

Em 1900, teve sua sede transferida para Salvador

e, em 1904, foi designado para operar na Bacia

Amazônica em razão da Questão Acreana. Em 1908,

devido às necessidades do Exército, foi desmembrado

em duas novas Unidades: uma parte compôs o

55º Batalhão de Caçadores (55º BC), sediado no

Rio de Janeiro, então capital federal e a outra, a 6ª

Companhia Isolada de Caçadores, com sede em

Aracaju. Em 1909, já como 55º BC, teve sua sede

transferida para a cidade de Blumenau.

Em 1920, fruto de nova reorganização do Exército,

passou a denominar-se 1º Batalhão de Caçadores

(1º BC), sediando-se em São Gonçalo. Em 1922, o

então Ministro da Guerra, João Pandiá Calógeras,

atendendo a uma velha aspiração dos petropolitanos,

efetivou a compra da Fazenda Presidência, da

família Justen, e iniciou a construção do quartel,

comparecendo à Petrópolis para inaugurar as

instalações do 1ª Batalhão de Caçadores.

Em 1923, o 1º BC foi transferido definitivamente

para a cidade de Petrópolis, vindo a se instalar no

novo aquartelamento em 9 de julho de 1924. Em

1941, durante o governo de Getúlio Vargas, foi

lançada a pedra fundamental das instalações atuais

do aquartelamento, transformando-se em uma

moderna caserna, que recebeu o nome de Caserna

General Eurico Gaspar Dutra, então Ministro da

Guerra.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o 1º BC fezse

representar nos campos da Itália por meio de um

contingente de setenta e dois militares transferidos

para a Força Expedicionária Brasileira. Desses, quatro

petropolitanos, tombaram nos campos de batalha

italianos.

De 1º de janeiro de 1948 a maio de 1952, o 1º

Batalhão de Caçadores passou a denominar-se III

Batalhão do 3º Regimento de Infantaria. Em 17 de

outubro de 1957, recebeu do Presidente Juscelino

Kubitschek de Oliveira a denominação histórica

de “Batalhão Dom Pedro II” e, em 12 de abril de

44 |


1958, a Família Imperial fez-lhe a entrega solene do seu

Estandarte Histórico. Pelo apreciável acervo de serviços

prestados à nação, teve, em 13 de agosto de 1963, sua

Bandeira condecorada com a Ordem do Mérito Militar.

Em janeiro de 1964, fez público haver sido criado, pelo

Ministro da Guerra, através da Portaria de 3 de outubro

de 1963, o Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva,

anexo ao 1º Batalhão de Caçadores.

No dia 1º de janeiro de 1973, o 1º BC foi transformado

em 32º Batalhão de Infantaria.

Em 1975, mudou novamente de denominação,

passando a se chamar 32º Batalhão de Infantaria

Motorizado (32º BI Mtz) subordinado à 1ª Bda Inf Mtz,

com sede, também, em Petrópolis.

Em 1991, com a extinção da 1ª Bda Inf Mtz, o 32º BI

Mtz passou a fazer parte da 2ª Bda Inf Mtz, sediada

em Niterói.

A partir de 2004, 2ª Bda Inf Mtz foi transferida para a

Amazônia e o Batalhão Dom Pedro II passou a integrar

a, então, 4ª Bda Inf Mtz localizada na cidade de Juiz de

Fora (MG).

Em 2013, a 4ª Bda Inf Mtz foi transformada em 4ª Bda

Inf L Mth, induzindo a mudança do “Nosso Batalhão”

para 32º Batalhão de Infantaria Leve a partir de 21 de

março de 2014.

Finalmente, em 2019, o 32º Batalhão de Infantaria

Leve foi transformado em 32º Batalhão de Infantaria

Leve de Montanha.

MONTANHA!

Cel Inf Allan Danilo Paiva Salazar

Comandante do 32º BIL Mth

45 |


Selo e Moeda comemorativos dos 150 anos do Batalhão Dom Pedro II

46 |

32º BIL Mth

(Batalhão

Dom Pedro II)

O 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha,

realizou vários eventos a partir do mês de agosto,

com o objetivo de deixar registrada a passagem

do sesquicentenário da Unidade com a seguinte

programação: no dia 5 de agosto, ocorreu o

lançamento do selo e da medalha comemorativa

dos 150 anos, no dia 10 de agosto aconteceu a

gravação de uma live do Culto Ecumênico em

Ação de Graças, na tarde de 14 de agosto de

2020, a Banda de Música realizou a gravação

para a sua apresentação no Canal do Youtube do

Comando Militar do Leste, onde foi tocado, pela

primeira vez, o Dobrado Guardiões da Montanha

(Sesquicentenário do Batalhão), no dia 28 de

agosto de 2020, foi realizado o plantio de árvores

em comemoração aos 150 anos de criação da

Unidade e, em seguida, o lançamento do Kit da

Cerveja Colonus, nos dias 9 e 10 de setembro, o

Pel Rec executou a escalada militar do Pico do

Dedo de Deus, localizado nos limites do Parque

Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), na

região serrana do Estado do Rio de Janeiro e,

finalmente, no dia 30 de setembro, a OM realizou

o Concurso de Pintura em Tela, alusivo aos 150

anos de história da Unidade. “32º BIL Mth – 150

anos de história”


MONTANHISMO MILITAR

O 32º BIL Mth possui um

Pelotão de Reconhecimento (Pel

Rec), composto por militares

altamente capacitados e motivados,

prontos para cumprir diversos

tipos de missões de acordo com

as necessidades operativas, tais

como: infiltrar e reconhecer uma

faixa de infiltração, apoiar a tropa

em sua infiltração, mobiliar vias

equipadas em obstáculos verticais

e horizontais, realizar Operações de

Busca e Salvamento em Montanha

e patrulhas de combate, apoiar o

ressuprimento, monitorar Região de

Interesse para a Inteligência e outras

missões que exijam um alto grau

de adestramento e conhecimento

técnico. O Pel Rec tem sua origem

no ano de 2009, quando a recémcriada

Seção de Instrução de

Montanha iniciou o primeiro

Estágio Básico do Combatente de

Montanha (EBCM) na OM, com 40

estagiários. Desde então, foram

formados mais de dois mil novos

escaladores militares para as

Forças Armadas e Forças Auxiliares.

No ano de 2019, no período de 1º

a 5 de julho, a Unidade realizou

o exercício de travessia da Serra

dos Órgãos, no sentido Petrópolis-

Teresópolis, conquistando a Pedra

do Açu e a Pedra do Sino, ponto

culminante da Serra dos Órgãos,

com 2.275m de altura. Em 2020,

nos dias 9 e 10 de setembro,

a Unidade realizou a escalada

militar do Pico do Dedo de Deus,

localizado nos limites do Parque

Nacional da Serra dos Órgãos. A

ascensão ao paredão foi realizada

pelos militares pertencentes ao

Pel Rec e contou, também, com

a participação do Comandante

da Unidade, com os objetivos de

adestrar os militares no ambiente

de montanha e deixar registrado

um marco histórico da Unidade,

por ocasião da comemoração do

sesquicentenário de sua criação.

Foi a primeira vez, nos 150 anos

de existência da OM, que o

Batalhão Dom Pedro II, como

fração constituída, empregando

seus próprios meios, conquistou

o cume de um dos ícones do

montanhismo no Brasil, com

seus 1.692m de altitude. “Infiltra,

Reconhece e Guia! MONTANHA!”

OPERAÇÃO DILÚVIO

Nos dias 1º e 3 de outubro de 2019, o

32º BIL Mth sediou o Exercício Simulado

de Emprego da Força de Apoio à Defesa

Civil, denominado “Operação Dilúvio”, com

uma força-tarefa formada pelo Exército

Brasileiro, cerca de 800 militares da área

do Comando Militar do Leste, além de

integrantes do Corpo de Bombeiros,

agentes municipais da Defesa Civil, órgãos

públicos voluntários, com o objetivo de

realizar os treinamentos simulados em

prol do Sistema de Defesa Civil, na cidade

de Petrópolis. A Região Serrana do Rio, que

sofreu um dos maiores desastres naturais

durante as fortes chuvas de 2011, serviu

de cenário para diversas simulações de

incidentes que foram montadas por toda

a cidade. No Parque de Exposições de

Itaipava, uma base avançada facilitava o

deslocamento às áreas mais afastadas. Um

Centro de Comando e Controle da Defesa

Civil foi montado e uma equipe interagência

utilizou softwares de monitoramento,

comunicação via rádio, equipamentos de

localização. Uma cozinha de campanha

foi montada para o preparo da ração

quente destinada ao efetivo empregado na

operação. “O 32° BIL Mth pensando no bemestar

da população”.

47 |


11º Batalhão de Infantaria

de montanha

O 11 o Batalhão de Infantaria de Montanha está

sediado em São João del-Rei – MG, berço da liberdade,

cidade onde nasceu o protomártir da Independência

do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Localizado nas Montanhas Alterosas, o Regimento

Tiradentes sempre defendeu os ideais de democracia

e de brasilidade. Foi um dos bastiões da Paz Mundial,

comprovado pela sua brava e destemida atuação na 2ª

Guerra Mundial, sobretudo na conquista de Montese,

vitória alcançada pela superação, companheirismo

e forte espírito de corpo, atributos inerentes aos

integrantes desta valorosa Unidade do Exército

Brasileiro.

TC Inf Sérgio Ricardo Reis Matos

Comandante do 11 º BI Mth

Linha do tempo

- Em 20 de

dezembro de

1897 – o 28º

Batalhão de

Caçadores chega

à São João del-

Rei, MG, vindo

da Campanha

de Canudos.

TC Sérgio Matos

- Em 11 de

dezembro

de 1919 – foi

criado o 11 º

Regimento de

Infantaria (11 º

RI), que ocupou as

instalações da atual

Escola Estadual Maria Tereza.

- Em 26 de setembro de

1932 - o integrante do

Regimento Tiradentes,

Aspirante a Oficial Hugo

Azevedo Vilas Boas, foi

ferido mortalmente na

Revolução de 1932, na

divisa de Minas Gerais

com São Paulo.

1897 1919 1932 1940 1964 1979

- Na II Guerra

Mundial, o

Regimento

Tiradentes

integrou a Força

Expedicionária

Brasileira, com

participação decisiva

na Batalha de Montese.

- Em 1 º de abril de 1964 - cumprindo

determinação do Comandante

da 4ª Região Militar / 4ª Divisão

de Infantaria, o Regimento

Tiradentes deslocou-se em quatro

comboios com destino ao estado

da Guanabara, hoje Rio de Janeiro,

a fim de restaurar o Regime

Democrático no País.

48 |

- Em 13 de junho de 1979

– iniciou-se o primeiro

Estágio de Montanhismo.


- Em julho

de 1984 –

iniciou o

1º Estágio

de Guia de

Montanha.

- Em 4 de março de 1996 - foi

realizada uma solenidade para

despedida dos militares do

11o Batalhão de Infantaria de

Montanha que integraram o

Batalhão de Força de Paz, na Missão

de Paz da Organização das Nações

Unidas em Angola-África.

1984 1996 2004 2007 2011

- Em 2 de

julho de

2004 – foi

realizada a

conquista

do Pico da

Neblina por

integrantes

11 o Batalhão

de Infantaria de

Montanha.

- Em 12 de novembro

de 2007 – partida dos

militares do Regimento

Tiradentes que

integraram o Batalhão

de Infantaria de

Força de Paz – 8 º

Contingente, na

missão das Nações

Unidas para a

Estabilização do Haiti

(MINUSTAH).

- Em 17 de janeiro

de 2011 – início

da participação

em Operações

de Garantia

da Lei e da

Ordem (GLO)

no Rio de

Janeiro.

- Em 15 de fevereiro de 2012 – foi criado o Centro de

Instrução de Operações em Montanha (CIOpMth).

- Em 11 de junho de

2013 – participou,

na cidade de Belo

Horizonte – MG, da

segurança da Copa

das Confederações.

2012 2013 2014 2016

- Em 11

de junho

de 2014 –

participou

da Operação

Copa do

Mundo

2014.

- Em 31 de

julho de 2014

– participou da

Operação São

Francisco III, na

Comunidade

da Maré, na

cidade do Rio de

Janeiro.

- Em 2016,

participou

dos Jogos

Olímpicos

“Rio 2016’’

no Rio de

Janeiro.

2018

2020

- Em 2018, participou,

em três períodos

distintos, da

Intervenção Federal na

Segurança Pública no

Rio de Janeiro.

- Em 2020 – enviou militares

para participarem da

Operação Acolhida,

no estado de Roraima,

recepcionando refugiados

venezuelanos.

49 |


11º BI Mth (Regimento Tiradentes)

Iniciada a 14 de abril e finalizada

em 16 de abril de 1945, a Conquista

de Montese foi um dos grandes

marcos da passagem brasileira

pelo teatro de operações italiano.

Com o objetivo de viabilizar o

rompimento da Linha Gengis Khan

(os nazistas se organizaram em

várias linhas defensivas ao longo de

todo o território italiano) e alcançar

a Planície do Rio Pó, a 1ª Divisão de

Infantaria Expedicionária (1ª DIE)

foi encarregada de tomar a cidade

de Montese.

Desde as fases iniciais das

operações, figuras importantes da

Força Expedicionária Brasileira se

destacaram pela tenacidade e pela

obstinação. O 3º Sgt Max Wolf Filho,

que comandava uma patrulha

de reconhecimento na região de

Montese, foi atingido por uma

rajada de metralhadora e faleceu.

O Sgt Wolf ficou conhecido como

o “Rei das Patrulhas” e a Escola de

Sargento das Armas (ESA), sediada

em Três Corações – MG), ostenta

seu nome como denominação

histórica.

No contexto das

operações de

tomada da cidade,

notabilizou-se a

progressão realizada

pelo 3º Pelotão da 2ª

Cia, comandado pelo

2º Tenente Iporan

Nunes de Oliveira.

Sem comunicação

com o escalão superior

e sofrendo pesados

fogos de artilharia,

abriu uma brecha em

um campo minado e

liderou seus homens

no caminho até o

interior da localidade.

Ao fim do dia 14 de

abril, a cidade já se

encontrava nas mãos

da FEB.

Para cumprir a missão em Montese, foi designado o 11º RI. O 1º Batalhão

do 11º RI foi responsável pelo ataque à localidade, onde empregou a 1ª Cia

à direita no ataque principal, a 2ª Cia à esquerda no ataque secundário e a 3ª

Cia na reserva tática.

50 |


No dia seguinte, o

próprio Tenente Iporan

liderou um ataque que

culminou com a conquista

da torre de Montese,

possibilitando a montagem

de um dispositivo defensivo

para repelir possíveis contra-ataques

nazistas. Na

ocasião, destacou-se a

ação do Sargento Nestor,

adjunto de pelotão do

Tenente Iporan, que pela

bravura de seus atos foi

promovido ao posto de 2º

Tenente após a conquista

da torre da cidade.

Ao término das operações

de conquista da localidade de

Montese, o Gen Crittenberger,

comandante do IV Corpo de

Exército dos EUA, elogiou as

forças brasileiras:

“Na jornada de ontem, só

os brasileiros mereceram

as minhas irrestritas

congratulações; com o

brilho de seu feito e seu

espírito ofensivo, a divisão

brasileira está em condições

de ensinar às outras como se

conquista uma cidade”

Ressalta-se, também, a

participação do Maj Ivan

Esteves Alves, ex-integrante

do 11º RI que, infelizmente,

nos deixou no corrente ano.

O sucesso brasileiro,

representado pelo 11º RI,

sintetiza a importância da

figura do líder militar, bem

como o alto valor do soldado

brasileiro, capaz de vencer,

sem hesitação, os inúmeros

obstáculos no caminho

para o cumprimento de seu

dever.

51 |


Centro de Instrução

de Operações

em montanha

Maj Christiano

O Centro de Instrução de Operações em Montanha

(CIOpMth) é um estabelecimento de ensino pertencente

ao 11º Batalhão de Infantaria de Montanha e vinculado

para fins de orientação técnico-pedagógica à Diretoria

de Ensino Técnico Militar (DETMil), exercendo atividades

de especialização e extensão da linha de Ensino Militar

Bélico, tendo como objetivos: especializar oficiais,

subtenentes e sargentos nas Op em Mth, habilitando-os

para o desempenho dos cargos e funções existentes em

BI Mth; contribuir para o desenvolvimento da doutrina

militar na área de sua competência e realizar pesquisas

nas áreas de atuação do BI Mth.

O CIOpMth desenvolve ao longo de seu ano de

instrução atividades de ensino voltadas para formação

do montanhista militar em todos os seus níveis, sendo

elas: Estágio Básico do Combatente de Montanha

(EBCM), Estágio de Auxiliar de Guia de Cordada (EAGC),

Curso Básico de Montanhismo (CBM) e Curso Avançado

de Montanhismo (CAM).

Maj Christiano

Instrutor Chefe do CIOpMth

52 |


Cursos do Centro de Instrução de Operações

em Montanha (CIOpMth) do 11º BI Mth

CURSO BÁSICO DE

MONTANHISMO

O Curso Básico de

Montanhismo (CBM) visa

capacitar o futuro Guia de

Cordada a realizar escalada

até 5º grau de dificuldade e

escalada artificial até o nível

A2+, conforme o Sistema

Brasileiro de Graduação; além

disso, equipar rotas e conduzir

a passagem de tropa por meio

de ascensões ou descensões

por obstáculos verticais,

além de transposição de

obstáculos horizontais.

O curso é ministrado em

seis semanas (492 horas

de instrução) dividido em

seis disciplinas: vida e

movimento em montanha;

escalada livre, escalada

em cordada, equipagem

de vias, escalada artificial,

salvamento em altura e

operações.

Para que o futuro

Guia de Cordada tenha

êxito no Curso Básico

de Montanhismo, é

importante que haja uma

preparação adequada e

específica em aspectos

físicos e intelectuais, que o

direcionem para um bom

desempenho na orientação

carta-terreno (tanto em

cartas 1:25.000 quanto em

cartas 1:50.000) e na escalada

livre (no desenvolvimento

de músculos e técnicas

exigidas na atividade de

escalada).

53 |


CURSO AVANÇADO DE MONTANHISMO

O Curso Avançado de Montanhismo

(CAM) se desenvolve em dez semanas e

tem uma carga horária de 1.154 horas de

instruções (689 horas diurnas e 465 oras

noturnas) divididas em cinco módulos:

reconhecimento em montanha, patrulha

e técnicas de operação, operações em

montanha e técnicas especiais.

O concludente do Curso Avançado

de Montanhismo, o Guia de Montanha,

é capacitado a planejar e coordenar

ascensões e expedições técnicas em

terreno de montanha; reconhecer faixas

de infiltração e guiar tropas de qualquer

natureza, desde que adequadamente

instruídas e equipadas, em ambiente

operacional de montanha; e assessorar o

planejamento, direta ou indiretamente, do

Comando de Operações constituído em

Operações Militares, Conjuntas ou de Forças

Singulares, em ambiente de montanha.

Para o sucesso no Curso Avançado

de Montanhismo, é importante que o

futuro Guia de Montanha relembre todo

o conhecimento adquirido no Curso

Básico de Montanhismo, como técnicas

de escalada em cordada, orientação cartaterreno,

técnicas de auto-resgate, resgate,

escalada artificial e equipagem de vias.

Além disso, é importante que haja um

estudo prévio das normas de comando

de uma patrulha e que o futuro candidato

esteja com um condicionamento físico

mais apurado, pois o terreno alcantilado e

a atividade de montanhismo exigem muito

do aluno.

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Primeira Sargento Guia de Cordada

do Exército Brasileiro

A 3º Sargento Jussara

Lara Teixeira, do Quadro de

Material Bélico, Manutenção

de Armamento, ingressou no

Exército Brasileiro no ano de 2018

através do Curso de Formação

de Sargentos. Realizou o período

básico na cidade de Juiz de Fora/

MG no 4º Grupo de Artilharia de

Campanha Leve de Montanha.

Posteriormente, no ano de 2019

realizou sua qualificação na Escola

de Sargentos de Logística (EsSLog),

na cidade do Rio de Janeiro/RJ e

ao final do curso escolheu o 12º

Batalhão de Infantaria Leve de

Montanha (12º BIL Mth), localizado

em Belo Horizonte (MG) como sua

primeira Unidade.

Ao chegar ao 12º BIL Mth

realizou o Estágio

Básico do Combatente

de Montanha (EBCM)

em julho de 2020 e

posteriormente, em

outubro, matriculouse

no Curso Básico de

Montanhismo (CBM).

Em 13 de outubro de 2020,

apresentou-se pronta para o

CBM. Durante o CBM, a aluna 044

destacou-se pelo seu elevado grau

de persistência e motivação.

Ao concluir o Curso Básico

de Montanhismo em 20 de

novembro de 2020, a 3º Sgt Lara,

Guia de Cordada número 2779,

tornou-se a primeira Sargento

de carreira Guia de Cordada do

Exército Brasileiro.

55 |

PARA

FRENTE E

PARA O ALTO!

MONTANHA!



4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado

segurança, olhos e ouvidos

da Brigada de Montanha

Cel Marcus Aurélio

HISTÓRICO DO 4º ESQUADRÃO DE CAVALARIA MECANIZADO

Criado pelo Aviso Ministerial nº 34, de 29 de novembro de 1929, o 4º Esquadrão

de Cavalaria Mecanizado é a única organização militar da Arma de Cavalaria

do Exército Brasileiro sediada no Estado de Minas Gerais e, como integrante da

Brigada de Montanha, a única com capacitação de pessoal para operar neste

ambiente operacional.

Sua história remonta aos tempos do Brasil Império quando, em 1719, chegaram,

provenientes de Portugal, duas Companhias de Dragões Reais. Esta tropa recebeu

a missão de fazer cumprir a lei, escoltar o ouro e reprimir distúrbios nas regiões

metropolitanas, garantindo, assim, a segurança da então Região das Minas d´Ouro,

percorrendo a “Estrada Real”, que ligava Diamantina ao Rio de Janeiro. Em virtude

disso, o Esquadrão recebeu, através da Portaria Cmt Ex Nr 430, de 18 de julho de 2006,

sua denominação histórica intitulada “DRAGÕES REAIS DAS MINAS”, justa homenagem

dada aos herdeiros da missão dada àquela tropa de outrora, seja na defesa contra as

agressões de nossa terra, seja na garantia dos Poderes Constitucionais, da Lei e da Ordem.

Orgânico do antigo 4º Regimento de Cavalaria Divisionário, o então 4º Esquadrão

de Reconhecimento sediado na região de Mariano Procópio, em Juiz de Fora,

participou de fatos relevantes de nossa história. Dentre eles, podemos destacar, a

Revolução de 1932 e a Revolução Democrática de 31 de março de 1964, compondo a

vanguarda das tropas que se deslocaram para o Estado da Guanabara – RJ.

Em 1973, recebeu a denominação de 4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado e alguns

anos mais tarde, em 1984, foi transferido para sua sede atual, em Santos Dumont-MG,

terra do pai da aviação.

Com quase um século de existência, o “Esquadrão Dragões Reais das Minas”

ostenta em seu currículo a participação em diversas missões de Paz no exterior, como

Moçambique (1994), Angola (1996) e Haiti (2007, 2008 e 2010) e diversas missões

de Garantia da Lei e da Ordem em território nacional, tais como as intervenções na

greve da Polícia Militar de Minas Gerais (1997 e 2004), Operação Arcanjo (Complexo

do Alemão e da Penha), Operação São Francisco (Complexo da Maré), na segurança

dos Grandes Eventos (V Jogos Mundiais Militares, a Jornada Mundial da Juventude,

Conferência Rio +20, Copa das Confederações, Copa do Mundo FIFA 2014, Olimpíada

Rio 2016) e, ainda, na contenção da Greve da Polícia Militar do Espírito Santo (em

2017), da Greve dos Caminhoneiros (2018) e nas recentes missões de intervenção de

segurança pública no Rio de Janeiro.

Cel Cav Marcus Aurélio de Albuquerque Pinto

Comandante do 4º Esqd c Mec

57 |


4º Esqd C Mec

(Dragões Reais das Minas)

PAB Subunidade

No período de 26 a 30 de

outubro de 2020, na região

dos municípios de Santos

Dumont (MG), Oliveira

Fortes (MG) e Aracitaba

(MG), o Esquadrão realizou

um exercício no terreno

empregando dois Pelotões

de Cavalaria Mecanizado

(Pel C Mec) e o Pelotão

de Comando e Apoio,

encerrando o Período de

Adestramento Básico. A

atividade consistiu em

um exercício de dupla

ação, onde o 1º Pel C Mec

recebeu a missão de realizar

a vanguarda da Brigada

de Montanha, realizando

reconhecimento de eixo,

enquanto o 2º Pel C Mec

realizava uma ação de

retardamento ao longo

do itinerário, lançando

vários obstáculos, tais

como campos de minas,

pontes armadilhadas e

posicionamento de armas

automáticas e anticarro ao

longo do eixo, tudo com a

intenção de atrasar o pelotão

que estava reconhecendo,

aumentando o grau de

imitação do combate real, a

fim de proporcionar maior

adestramento das frações.

58 |


TIRO DAS ARMAS COLETIVAS

Como coroamento da atividade,

o Esquadrão ocupou uma posição de

bloqueio (P Blq) de valor subunidade

e realizou o Tiro das Armas

Coletivas para os alunos do Curso

de Formação de Cabos e Soldados

do Efetivo Variável incorporados

no corrente ano e para o efetivo

profissional. Os participantes

Operação diedro

realizaram o tiro embarcado sobre

as viaturas orgânicas dos pelotões

de cavalaria mecanizados, utilizando

as metralhadoras MAG das viaturas

do Grupo de Exploradores, as

metralhadoras coaxiais e antiaéreas

da Seção VBR e as metralhadoras

Browning calibre .50 do Grupo de

Combate.

Entre os dias 20 e 24 de

novembro, o Esquadrão participou

do exercício de adestramento

avançado da 4ª Brigada de

Infantaria Leve de Montanha,

denominado Operação Diedro.

Durante esta operação, os

“Dragões Reais das Minas”

cumpriram missões de

reconhecimento e segurança, de

acordo com o quadro tático da

manobra estabelecido pela Direção

do Exercício (Dir Ex).

Sendo a única unidade da arma de

Cavalaria do Exército Brasileiro no

estado de Minas Gerais e, possuindo

grande mobilidade, potência de

fogo, proteção blindada, ação de

choque e sistema de comunicações

amplas e flexíveis, graças aos

seus meios blindados e aos

diferentes tipos de calibres de seus

armamentos orgânicos, o 4º Esqd C

Mec é tropa imprescindível para o

sucesso das missões da Brigada de

Montanha.

59 |


4º Grupo de Artilharia

de campanha leve

de montanha

APRESENTAÇÃO E BREVE HISTÓRICO DA OM

Cel Roberto

O 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha (4º GAC L Mth) tem

suas origens no Decreto nº 13.916, de 11 de dezembro de 1919, que criou o 4º Grupo

de Artilharia de Montanha. Sua ativação data de 14 de fevereiro de 1930, como 1ª

Bateria do 4º Grupo de Artilharia de Montanha que, em 1933, foi transformada no

4º Grupo de Artilharia de Dorso, ocupando, em seguida, suas atuais instalações.

Em 1946, mudou novamente sua denominação para 1º Grupo do 4º

Regimento de Obuses e, no ano de 1972, transformou-se em 4º Grupo de

Artilharia de Campanha.

Em 2013, no escopo da transformação da 4ª Bda Inf L Mth, recebeu a

denominação de 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve.

Finalmente, em 6 de junho de 2019, retornando às suas origens históricas,

agregou o termo “de Montanha”, passando a ser conhecido como 4º Grupo

de Artilharia Leve de Montanha (4º GAC L Mth).

Ao longo de seus 90 anos de existência, o 4º GAC L Mth participou de

eventos relevantes da história nacional, tais como: atuação nos movimentos

revolucionários de 1930 e 1932; missão de vigilância do litoral da Bahia e do Rio

Grande do Norte, durante a 2ª Guerra Mundial; integração ao Destacamento

Tiradentes, na Revolução de 31 de março de 1964; Missões de Paz da ONU em

Angola e Haiti; e de todas as Operações de Garantia da Lei e da Ordem levadas a efeito na área do CML.

Em 1988, o 4º GAC L Mth recebeu a denominação histórica de “Grupo Marquês de Barbacena”,

perpetuando a lembrança desse ilustre cidadão mineiro, primeiro comandante de Forças Nacionais em

campanha externa após a Independência do Brasil.

Nos dias atuais, o 4º GAC L Mth é constituído de uma bateria de comando, duas baterias de obuses

dotadas de obus 105 mm AR M101 e uma bateria de morteiro pesado 120mm, em fase final de

implantação.

Na área do ensino, o Grupo possui, desde 1948, um Núcleo de preparação de Oficias da Reserva

(NPOR) responsável formar, anualmente, 20 Oficiais da Reserva de Artilharia. Muitas personalidades

cursaram o NPOR do Grupo, dentre as quais se destaca o Presidente Itamar Franco, da turma de 1948.

Em 2006, o 4º GAC L Mth recebeu um segundo encargo de ensino, passando a funcionar na OM o

Curso de Formação de Sargentos 1ª Fase, da Escola de Sargentos das Armas (ESA). Anualmente, são

formados 80 alunos, dos quais 50 são do segmento feminino, mantendo a OM firme na sua missão

de iniciar a formação dos futuros Sargentos do Exército Brasileiro.

Destaca-se a atuação do Grupo na “mão amiga”, como o único núcleo do Programa Forças

no Esporte (PROFESP) da guarnição de Juiz de Fora, onde a OM acolhe 50 crianças da região.

Exercitando seu “braço forte”, o Grupo prepara-se, diuturnamente, para o cumprimento de suas

missões por meio de sessões de instrução e exercícios práticos, como será apresentado a seguir.

Cel Art Alexandre Roberto da Silva

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4º GAC L Mth

(Grupo Marquês de Barbacena)

Emprego do grupo em ambiente de montanha

O 4º Grupo de Artilharia de

Campanha Leve de Montanha (4º GAC

L Mth) tem como missão proporcionar

apoio de fogo adequado, contínuo e

cerrado aos elementos de manobra da

Brigada de Montanha, destruindo ou

neutralizando os alvos que ameacem

o êxito da Operação.

Devido às especificidades do

ambiente montanhoso, o Grupo

de Artilharia de Montanha possui

características que o diferem dos

demais Grupos, sendo a única Unidade

de Artilharia do Exército Brasileiro apta

a operar nesse ambiente.

O terreno montanhoso, com posições

de bateria escassas e de dimensões

reduzidas, muitas das vezes atrás de

grandes elevações, obriga o Grupo a

desdobrar-se em diminutas áreas. A

dificuldade na escolha de posição ou o

reduzido espaço para dispersão das

peças leva a adoção de formações não

convencionais para a artilharia, como

o fracionamento em Seções da Linha

de Fogo e a utilização da técnica de

tiro em 6400”’, a fim de cobrir as faixas

de infiltração dos BIL Mth.

A compartimentação do terreno

dificulta as atividades logísticas do

Grupo de Artilharia de Montanha e leva a

um aumento da quantidade de munição

a ser empregada, particularmente a

espoleta tempo, pois em uma região

montanhosa o poder de letalidade

das granadas de artilharia aumenta

significativamente com o uso dessa

espoleta, além de evitar o ricochete que

poderia provocar o fratricídio.

Ressalta-se que a utilização de

helicópteros facilita o emprego do

Grupo no Reconhecimento, Escolha

e Ocupação de Posição (REOP), na

logística de ressuprimento de munição e

na observação aérea, sendo largamente

empregados em operações em terreno

montanhoso.

Nesse contexto, com as adaptações

inerentes ao terreno montanhoso, o

4º GAC L Mth possui a capacidade de

prestar o apoio de fogo rápido, preciso

e eficaz, intervindo pelo fogo para a

conquista e manutenção dos objetivos

da nossa Brigada de Montanha.

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O GRUPO EM

OPERAÇÕES

OPERAÇÃO DIEDRO

A Operação DIEDRO é o exercício no

terreno que marca o término do período

de adestramento avançado da 4ª Brigada

de Infantaria Leve de Montanha, sendo

realizada em ambiente operacional

de montanha, entre as cidades de

Descoberto-MG e Astolfo Dutra-MG.

Nesta Operação, o Grupo de Montanha

opera com ênfase no planejamento

e coordenação dos diversos meios de

apoio de fogo disponíveis na Brigada de

Montanha, integrando seus Oficiais de

Ligação e Observadores Avançados aos

elementos de manobra.

OPERAÇÃO DILÚVIO

O Exercício Simulado de Emprego da

Força de Apoio à Defesa Civil, denominado

de Operação DILÚVIO, tem o objetivo

de realizar o treinamento de militares

para situação de calamidade pública,

contribuindo para a melhoria contínua da

pronta resposta da defesa civil às situações

de calamidade pública, destacando o

final do ciclo de preparação da Força de

Apoio à Defesa Civil do Comando Militar

do Leste (CML), que atuará nos Estados

do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito

Santo. A Operação DILÚVIO consiste em

um exercício interagências, contando com

a participação de diversos órgãos civis e

militares, tais como: órgãos de segurança

pública federais, estaduais e municipais,

Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar,

Polícias Estaduais Civis e Militares, Serviço

de Atendimento Móvel de Urgência,

Agência Estadual de Recursos Hídricos

e de Energias, entre outros. No ano de

2019, a Operação DILÚVIO foi realizada

na cidade de Petrópolis, localizada na

região serrana do estado do Rio de

Janeiro. Naquela ocasião, o 4º GAC L

Mth ficou responsável pela direção do

exercício, com a montagem e avaliação

dos problemas militares simulados, que

foram solucionados pela força de ajuda

humanitária e pelas diversas agências

participantes da atividade.

62 |


OPERAÇÃO

SENTINELA ALERTA

A Operação Sentinela Alerta

é o exercício no terreno que

coroa, anualmente, a fase de

adestramento das organizações

militares de artilharia do

Comando Militar do Leste (CML).

Coordenado pelo Comando

da Artilharia Divisionária da 1ª

Divisão de Exército, Artilharia

Divisionária Cordeiro de Farias,

o exercício ocorre no Campo de

Instrução da Academia Militar

das Agulhas Negras (AMAN), em

Resende (RJ), com o objetivo de

promover o adestramento das

Unidades de Artilharia do CML.

O 4º GAC L Mth, representando

a Brigada de Montanha,

anualmente, é submetido a

diversas situações simuladas de

combate que proporcionam a

consolidação do adestramento de

todos os subsistemas do Grupo,

culminando com a execução do

tiro real de artilharia de forma

rápida e precisa, características da

arma dos fogos largos, densos e

profundos.

OPERAÇÃO

MEMBECA

Coroando o ano de instrução,

o 4º GAC L Mth participa da

Operação Membeca, exercício

de adestramento avançado da

1ª Divisão de Exército (1ª DE),

Divisão Mascarenhas de Moraes,

realizado no Campo de Instrução

da Academia Militar das Agulhas

Negras, com a participação do

Grupo compondo os meios da

4ª Brigada de Infantaria Leve de

Montanha.

A operação é concebida num

quadro hipotético de defesa da

Pátria, no amplo espectro, com

operações ofensivas, operações

defensivas e operações contra

forças irregulares, culminando

com o tiro real de artilharia

no contexto da Operação

Sentinela Alerta.

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4ª Companhia de Comunicações

Leve de montanha

Maj Lima

A 4ª Companhia de Comunicações Leve de Montanha

teve sua origem no Batalhão de Engenheiros, organizado

em 1855, o qual participou da guerra da Tríplice Aliança.

Dentre os feitos relevantes desta Unidade, destaca-se

a construção da “Estrada do Chaco” que permitiu a

Caxias realizar a manobra de envolvimento na vitoriosa

campanha da “Dezembrada”, este evento deu origem

à denominação histórica “Companhia Passagem

do Chaco”. A 15 de maio de 1946, o Batalhão foi

desmembrado e uma de suas Companhias deu origem à

4ª Companhia de Transmissões. Posteriormente, depois

de ocupar instalações no Rio de Janeiro e Ouro Preto

em 25 de março de 1966, a subunidade foi transferida

para sede atual em Belo Horizonte. A 4ª Cia Com L Mth

tem a missão de instalar, explorar, manter e proteger

a estrutura operativa de comando e controle da 4ª

Brigada de Infantaria Leve de Montanha em Operações

de Defesa Externa, ações subsidiárias e Operações de

Garantia da Lei e da Ordem.

Maj Com Anderson Gustavo Lima dos Santos

Comandante do 4ª Cia Com L Mth

64 |


65 |


4ª Cia Com L Mth

(Companhia Passagem do Chaco)

O Comando e Controle é o conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados que permitem

aos comandantes o estabelecimento das ligações necessárias ao exercício da autoridade e à consciência

situacional para a tomada de decisão e direção sobre suas tropas na condução das ações de combate.

A execução das atividades e tarefas da função de combate Comando e Controle no emprego da Bda Inf

L Mth nas operações permitem que o comandante, e seu EM, integrem as demais funções de combate

para alcançar o êxito nas operações. Assim, as tarefas de Comando e Controle geram efeitos nas três

dimensões do ambiente operacional: a física, a humana e a informacional.

A Bda Inf L Mth atua em um ambiente operacional caracterizado por um terreno escarpado, com

escassez de vias de acesso e com abundância de obstáculos naturais rochosos, onde os princípios

de Comando e Controle devem ser observados para garantir a atuação conjunta dos tropas,

apesar da compartimentação do terreno.

Os meios de comunicações utilizados pela Brigada

incluem o físico, o rádio, o mensageiro, os acústicos, os

visuais, entre outros. Esses meios têm possibilidades

e limitações diferentes e são empregados de forma

complementar, aumentando a confiabilidade

do sistema de comunicações da Brigada,

evitando que haja dependência exclusiva

de qualquer um deles. Os meios

empregados pela Bda Mth devem ser

os que proporcionem o máximo

de confiabilidade, flexibilidade,

segurança e rapidez.

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17º Batalhão Logístico Leve

de montanha

A história do 17º

Batalhão Logístico Leve de

Montanha tem início com

a criação da 4ª Companhia

de Administração, em 23

de fevereiro de 1915. Em

1946, após a 2ª Guerra

Mundial, a 4ª Companhia de

Intendência foi instalada na

cidade de Santos Dumont

– MG. Posteriormente,

na década de 1950, foi

criada a 4ª Companhia

Leve de Manutenção. Em

7 de novembro de 1972, a

fusão dessas duas últimas

Companhias resulta na criação

do 17º Batalhão Logístico.

A

denominação

comemorativa de Batalhão Mariano Procópio

deu-se em homenagem ao Engenheiro Mariano

Procópio Ferreira Laje, nascido na cidade de

Barbacena – MG em 23 de junho de 1821, vindo a

falecer em Juiz de Fora - MG, em 14 de fevereiro de

1872. Pessoa influente e empreendedora em sua

época, Mariano Procópio foi o construtor da primeira

estrada pavimentada do país, considerada obra

gloriosa e arrojada para o seu tempo, impulsionando

a logística regional.

Respaldado por suas origens, nosso Batalhão tem

como missão: apoiar logisticamente a 4ª Brigada de

Infantaria Leve de Montanha, ficar em condições de

apoiar as ações de Defesa-Civil, no socorro às vítimas

de desastres naturais e calamidades públicas, apoiar,

por área, as organizações militares localizadas no

estado de Minas Gerais (exceto o triângulo mineiro).

Para cumprir sua missão, o Batalhão conduz o

adestramento da tropa para a obtenção do nível de

Operacionalidade Plena, com o intuito de manter

a efetividade no apoio logístico em Operações

de Amplo Espectro. Nesse intento, o “Logístico

de Minas” fornece apoio logístico para 27 (vinte

e sete) organizações militares e 32 (trinta e dois)

Tiros de Guerra da 4ª Região Militar, cobrindo

aproximadamente 8% do território nacional.

Nossa visão de futuro é ser uma organização

militar de elevado desempenho operacional

e administrativo, reconhecida pelos escalões

superiores e pela comunidade por intermédio do

contínuo aperfeiçoamento, qualificação, motivação

e bem-estar de seus militares.

Alinhado com a transformação logística que

ocorre na Força Terrestre, em julho de 2020 a

organização do Batalhão foi alterada e, atualmente,

temos a seguinte constituição: Comando da OM,

Estado-Maior, Centro de Operações Logísticas,

Companhia Logística de Manutenção, Companhia

Logística de Suprimento, Companhia Logística de

Transportes e Companhia de Comando e Apoio.

Outra peculiaridade da OM é a ocupação de dois

aquartelamentos, carinhosamente denominados

Sede Fábrica (ao lado do 10º BIL Mth) e Sede Mariano

(ao lado ao QG 4ª Bda Inf L Mth), demandando

medidas extras de comando e controle.

Por sua história e tradição, pela natureza de sua

atividade, pelo foco na segurança que propicia

condições logísticas para o cumprimento da

missão das OM apoiadas e pelas qualidades de

oficiais e praças do Batalhão Mariano Procópio,

temos muito orgulho em integrar essa equipe,

pois aqui se aprende a “apoiar sempre, cada vez

melhor”. Montanha!!!

Cel Inf Alexandre Rodrigues Feitosa

67 |


17º Batalhão Logístico Leve

de montanha BATALHÃO MARIANO PROCÓPIO

NOSSAS CAPACIDADES

Oficina de fabricação e reparo de material

de intendência

Manutenção especializada de viatura

Atendimento odontológico em campanha

Curso de Formação de Condutores Manutenção de instrumentos ópticos Seção de Aprovisionamento

Oficina de funilaria e pintura

Movimentação de cargas

Oficina de armamento

Oficina de marcenaria Alinhamento digital Oficina de serralheria

Tratamento e

abastecimento de água

Transporte especializado

de cargas

Abastecimento de

viaturas

Seção de

Montanha

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NOSSO PREPARO

Os militares pertencentes

ao nosso Batalhão buscam

constantemente o preparo e o

aperfeiçoamento profissional,

que se inicia com a Instrução

Individual Básica e conclui-se

com a formação no Estágio Básico

do Combatente de Montanha,

nos quais são aprimoradas as

técnicas especiais de operações

no ambiente de montanha. Nas

instruções de qualificação são

formados profissionais nas QMS

09, 010 e 011 de logística.

Anualmente, o 17º B Log L Mth,

tem a honrosa missão de realizar o

Estágio de Adaptação ao Serviço

– EAS, voltados para oficiais nas

áreas de saúde e ensino e ainda,

o Estágio de Serviço Técnico – EST

para praças com cursos técnicos.

NOSSO EMPREGO

Nas atividades diárias e

especiais desenvolvidas por este

Batalhão Logístico de Montanha,

destacam-se as missões de

emprego real, das mais simples às

mais relevantes, porém, sempre

apoiando e cada vez melhor.

Instrução individual

Estágio Básico do Combatente de Montanha

Teste de Aptidão de Tiro e Instrução de IA-2

Estágio de Adaptação e Serviço

Operação Minustah com a participação

de 23 militares no 2/17º Batalhão de Força

de Paz no Haiti

Manutenção de capacetes balísticos -

Operação das Forças de Pacificação - RJ

Operação Brumadinho com o apoio

logístico de transporte de equipamentos

de salvamento e socorro

Resgate de viaturas

Abastecimento suprimento classe lll

APOIAR SEMPRE, CADA VEZ MELHOR. MONTANHA!

69 |


AÇÕES NA PANDEMIA da COVID-19

A nova ameaça mundial (COVID-19) chegou à nossa nação apresentando um inimigo não

convencional à Força Terrestre. Nosso Batalhão apoiou a 4ª Bda Inf L Mth na pronto resposta à

pandemia. Nesse contexto a OM forneceu 70 mil máscaras individuais e atuou na descontaminação

de áreas e na capacitação de militares e civis, divulgando atividades de proteção contra o vírus.

Instruções de

capacitação para

o público interno e

externo

Descontaminação

de áreas públicas

de grande

circulação pela

população local

Fornecimento de

70 (setenta) mil

máscaras para

proteção individual

NOSSA CANÇÃO

Décimo Sétimo Batalhão Logístico

Apoiar é sua nobre missão;

Na batalha junto à tropa progredindo

Sem temer metralha ou canhão

Gloriosa unidade, no transporte

És a primeira em qualquer situação,

Suprindo a tropa de comportas

Com presteza e muita exatidão.

Ao prestar serviços em tempos de paz,

Manutenindo os Exércitos na luta,

Te mostra sempre eficaz

Nos seus dias de intensa lababuta.

Hoje mostra com pujança a tua raça

No pedestal de tuas vitórias em pé,

Na paz na guerra, sempre abraças

Teus soldados que lutam com fé.

Se algum dia a Brigada precisar

Do nosso apoio em qualquer operação

Daremos sempre sem cessar

Nosso sangue, nossa vida em ação.

Montanha!!!

APOIAR

SEMPRE,

CADA VEZ

MELHOR.

MONTANHA!

70 |


Companhia de Comando da

4ª brigada de infantaria Leve

de Montanha

Maj Magno

Histórico e apresentação

A história da Companhia de Comando está profundamente ligada à história

da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, criada em 6 de agosto de 1908.

No ano de 1972, com a extinção da Infantaria Divisionária da 4ª Divisão

de Infantaria (ID/4), em função da reestruturação básica do Exército, a 4ª

Brigada de Infantaria foi transferida para a cidade de Belo Horizonte - MG,

de acordo com a Portaria Ministerial Reservada Nº 042, de 7 de novembro de

1972, tendo em sua composição a Companhia de Comando da 4ª Brigada

de Infantaria, por transformação do contingente do Quartel-General de

Infantaria Divisionária da 4ª Divisão de Infantaria.

Juntamente com o Comando da 4ª Bda Inf Mtz, a Companhia foi transferida

de Belo Horizonte para Juiz de Fora por meio do Decreto Presidencial Nº

1740, de 8 de dezembro de 1995, instalando-se no aquartelamento do bairro

Mariano Procópio, na cidade de Juiz de Fora – MG, em 1º de janeiro de 1997.

No ano de 2014, teve sua denominação alterada para Cia C 4 a Bda Inf L,

conforme Portaria n° 645, de 2 de Julho de 2014, consolidando as mudanças

que já vinham sendo implementadas no desenvolvimento das suas atividades

de segurança, apoio logístico e administrativo, em terreno convencional ou

em ambiente de montanha.

Em junho de 2019, a 4ª Bda Inf L Mth foi reorganizada, de acordo com a

Portaria Cmt EB N° 801, de 6 de junho de 2019, e a Cia C recebeu a designação

de Companhia de Comando da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha.

Maj Inf Marcello Magno Conceição Souza

Comandante da Cia C 4ª Bda Inf L Mth

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CIA C 4ª BDA INF L Mth

Capacidade de desdobramento do PC

Em campanha, a Companhia

de Comando é responsável pela

montagem e segurança do Posto

de Comando (PC) da Brigada de

Montanha.

Nas diversas fases das operações

ofensivas e defensivas, o emprego

da Companhia será em proveito

do PC. A execução da instrução

deve ser feita visando o emprego

dos elementos da Companhia na

instalação, operação e segurança do

PC, nas diversas fases do combate.

A Companhia de Comando dispõe de

viaturas para transportar todo o pessoal

e material necessários para mobiliar o

Posto de Comando.

É desejável que o PC apoie toda a

manobra de um mesmo local. Caso

a situação tática exija, a Cia C tem a

capacidade de realizar o deslocamento

do PC, permitindo o acompanhamento

da operação pelo Comandante da

Brigada e seu Estado-Maior.

Estrutura do PC

O Posto de Comando da

Brigada de Montanha é

composto por uma área

de estacionamento, uma

área de cozinha, um posto

de saúde, uma área de

acampamento dos militares e

um Centro de Operações, onde

o Estado-Maior da Brigada

realiza seus planejamentos

e acompanhamento da

Manobra.

72 |


Segurança do PC

O pelotão de segurança, fração

orgânica da Cia C, é o responsável pela

segurança do PC em campanha.

A defesa do perímetro do PC é

executada pelos Grupos de Combate,

dotados de armamento individual e

coletivo, sendo que o armamento coletivo

é posicionado para defesa da principal via

de acesso ao PC.

O Pelotão de Segurança também é

capacitado para o emprego na Garantia

da Lei e da Ordem caso seja necessário.

Apoio de Saúde

A Companhia de Comando

é dotada de uma Seção de

Saúde, capaz de realizar

atendimentos médicos de

urgência, providenciar a

evacuação de feridos e realizar

o acompanhamento de

atividades de risco.

Em campanha é mobiliado um

Posto de Saúde que possui os itens

necessários para o atendimento

médico dos militares do PC.

73 |


35º Pelotão de

Polícia do exército

Cap Nathan

Há cerca de três anos, teve início o período mais feliz e gratificante da

minha carreira até o presente momento. Comandar uma Organização

Militar de Polícia do Exército ainda como oficial subalterno concretiza

a realização de um sonho. Mas nem nos mais ambiciosos sonhos

poderia imaginar que seria tão especial. Primeiro pela oportunidade

de servir na Polícia do Exército, que constitui-se de organizações

militares especializadas da Infantaria do Exército Brasileiro, que

desenvolvem a missão de Polícia Militar junto às guarnições sede dos

Quartéis-Generais da Força Terrestre, tendo sua origem relacionada

à 2ª Guerra Mundial quando foi criado o Pelotão de Polícia Militar

(PPM) para atuar nos campos de batalha da Europa, tendo a missão

de vigilância de prisioneiros de guerra, manter a ordem e disciplina no

Campo de Batalha, controle de trânsito e segurança de autoridades,

sendo o seu incentivador e entusiasta o Marechal Zenóbio da Costa,

Comandante da Infantaria Divisionária, que, pelo mesmo motivo,

tornou-se Patrono da Polícia do Exército. Segundo porque o 35° Pel

PE, subordinado à única Brigada de Montanha do Exército Brasileiro,

exala vibração e excelência em todas as missões que cumpre. Tendo sua

origem na 3ª Companhia de Guardas, sediada em Juiz de Fora – MG,

nossa OMPE tem um tradicional emprego em operações, destacandose

ao longo dos últimos três anos a Intervenção Federal no Estado

do RJ, segurança e escoltas de diversas autoridades e comboios,

exercícios de adestramento da Brigada, perícias e investigações

criminais e inúmeras conduções de presos. Afirmo convicto que

após três anos não poderia ter tido tropa melhor que esta, militares

dedicados, abdnegados e em permanente estado de prontidão para

executar, da melhor maneira possível, as missões colocadas à nossa

frente com o verdadeiro espírito de um Policial do Exército. Não somos

melhores e nem piores que nenhum soldado do Exército Brasileiro,

apenas diferentes. Façam, pois, a diferença, lembrando-se sempre do

nosso lema: orientar o responsável, corrigir o irresponsável e prender

o incorrigível!

UMA VEZ PE, SEMPRE PE!

Cap Inf Nathan Rezende Franco

Comandante do 35º Pel PE

74 |


PE em apoio à

Brigada de

Montanha e Gu JF

No cotidiano o 35° Pel PE apoia a

Brigada de Montanha e as Organizações

Militares da Gu de Juiz de Fora em missões

típicas de Polícia do Exército, como escoltas

de autoridades e comboios, condução de

presos militares à disposição da justiça,

perícia criminal e os Estágios de Prevenção

de Acidentes com Motocicleta (EPAM).

As escoltas podem ser divididas naquelas

que garantem a segurança do comboio e/

ou autoridade através da força armada em

condições de resposta à ameaças ou a escolta

de batedores que garante a segurança

através de trânsito livre nos deslocamentos.

Atualmente o 35° Pel PE realizou a escolta

do Ministro de Estado da Defesa em visita

à fábrica da IMBEL em Juiz de Fora e dos

comboios de suprimento do ECT, composto

aproximadamente por 20 viaturas.

Em cumprimento às diretrizes e

determinações advindas do Comando

Militar do Leste, o 35º Pelotão de Polícia

do Exército exerce, em uma de suas

funções típicas, a de custódia, controle e

gerencimento de presos à disposição da

justiça, na área de responsabilidade da 4ª

Brigada de Infantaria Leve de Montanha,

sendo realizadas, aproximadamente, 40

conduções de presos por ano.

Através de sua Seção de Criminalística,

o 35º Pelotão de Polícia do Exército, tem

por característica atípica, realizar atividades

técnico-periciais no âmbito da Brigada de

Montanha e Gu JF. Sua capacidade é de efetivar

trabalhos periciais laboratoriais, caracterizados

por grafotécnicos, documentoscópicos,

revelação de impressões papilares e balística

forense. Ainda por vocação, tais lides podem

ser consumados, por intermédio dos locais

de crime contra a pessoa e patrimônio, bem

como exames periciais de crime de trânsito.

Cumprindo determinação do Comando

Militar do Leste, esta OMPE realiza ao longo

do ano nas Organizações Militares da Brigada

de Montanha e da Guarnição de Juiz de Fora

o EPAM (Estágio de Prevenção de Acidentes

com Motocicletas), que tem por objetivo

conscientizar a conduta do militar possuidor

de motocicleta e habilitação para utilizá-la

e reduzir os acidentes através de instruções

teóricas e realização de pistas práticas para o

desenvolvimento das técnicas de pilotagem.

Concluíram o EPAM em 2020 cerca de 500

militares.

75 |


35° Pel PE em Operações

Em operações voltadas para a defesa

externa o 35º Pelotão de Polícia do

Exército cumpre suas missões no

pleno exercício da autoridade policial

no âmbito da 4ª Brigada de Infantaria

Leve de Montanha, tendo como foco

principal o policiamento ostensivo ou

até repressivo, se necessário for, sendo

responsável, no teatro de operações

onde a Brigada estiver desdobrada no

terreno, pela manutenção da disciplina

e rigoroso cumprimento das leis,

ordens e regulamentos. Esta OMPE

possui, ainda, como missão voltada

para defesa externa, montar e operar

Postos de Controle de Trânsito (P C

Tran), Posto de Coleta de Prisioneiros

de Guerra (P Col P G), presídios

militares para o pessoal interno

punido, executar os planos e ordens

que regulam e orientam a circulação

dos meios no ambiente operacional,

orientar, controlar e apoiar a circulação

e a coordenação de civis deslocados

e refugiados, escoltar comboios,

podendo utilizar-se de batedores,

e prover segurança e proteção ao

Comandante da Brigada durante toda a

operação, capacidades exercitadas nos

exercícios de adestramento do Pelotão,

da Brigada de Montanha e da 1ª DE,

como Operação Diedro e Operação

Membeca.

Nas Operações de Garantia da Lei

e da Ordem, a Polícia do Exército tem

uma grande atuação em suas diversas

vertentes, tais como Controle de

Distúrbios, Policiamento Ostensivo,

ocupação de Postos de Segurança

Estático, Operações de Busca e

Apreensões e Check Points, onde o

35° Pel PE atuou, recentemente, na

segurança da Copa das Confederações

em 2013, Copa do Mundo FIFA 2014,

Operação de Pacificação do complexo

de Comunidades da Penha em 2011 e

da Maré em 2014, Olimpíadas Rio 2016,

Intervenção Federal no estado do RJ

e Apoio à Defesa Civil em desastres

naturais nos estados do Rio de Janeiro

e Espírito Santo.

76 |


Campo de Instrução de Juiz

de Fora e Centro de Educação

Ambiental e Cultura

Palavras do Diretor

Único Centro de Educação Ambiental e Cultura do

Exército Brasileiro situado na guarnição de Juiz de Fora –

MG, em uma área urbana da cidade, de aproximadamente

14 Km 2 , localizado entre a Mata do Krambeck (maior

reserva privada de mata atlântica em área urbana do país)

e a represa Dr João Penido (segundo maior manancial que

abastece a cidade), tem como missão precípua “apoiar a

instrução militar e proteger o meio ambiente”.

Seguindo esse lema, esta briosa Organização Militar,

mesmo contando com efetivo de cerca de 70 militares,

consegue provar que é possível conciliar estas duas

atividades tão antagônicas, de modo a minimizar os

impactos negativos advindos da missão de preparo e

emprego de nossos combatentes de montanha.

Cel Daniel Muniz

Cel Art Daniel Muniz Gonçalvez

Diretor do CIJF/CEAC

77 |


O Campo de Instrução

de Juiz de Fora/Centro de

Educação Ambiental e Cultura (CIJF/

CEAC) possui uma área de 14 Km² e

18 Km de perímetro, fruto da fusão

das áreas da Coudelaria Monte

Belo e Fazenda Ribeirão das Rosas.

Nesse contexto, a área do CIJF/CEAC

é utilizada pelas OM subordinadas

à 4ª Bda Inf L Mth, bem como pelas

demais OM da guarnição de Juiz de

Fora – MG e outras Unidades da Força

Terrestre, para fins de adestramento.

No interior do Campo existem dezoito

áreas de instrução, cada uma com uma

destinação específica, que permitem

o cumprimento da nossa missão

síntese. Desta forma, é realizado

o adestramento que capacita os

nossos militares para serem

empregados em operações. Isso nos

impõe a condição de permanente

estado de utilização, com eficiência na

gestão patrimonial e na excelência

gerencial.

Além do viés da educação

ambiental, o CIJF/CEAC tem em sua

área o Casarão Ribeirão das Rosas,

segunda edificação mais antiga da

cidade, datada de 1750 e tombada

pelo patrimônio Histórico. Situado

no “Caminho Novo” da Estrada Real, o

imponente imóvel, erguido em base

de pedras, com entrada em alpendre

e paredes vedadas por estruturas

de pau-a-pique, comuns da época,

onde ainda é possível visualizar as

impressões digitais dos escravos que

as moldaram, serviu de posto fiscal da

coroa portuguesa e alí pernoitaram

personalidades ilustres como Dom

Pedro I e Tiradentes.

Em 2013, o CIJF/CEAC, passou

a realizar atividades voltadas para

educação ambiental não formal, com

implantação da Gincana Ambiental.

Esta atividade tem por finalidade

promover a conscientização ambiental

e a preservação do meio ambiente,

por intermédio de práticas realizadas

entre militares e alunos da rede pública

de ensino. A cada ano é tratada uma

temática diferente, como reciclagem,

reuso de água, saneamento ambiental,

queimadas, biomas, dentre outros.

Realizado anualmente, em parceria

com a Faculdade de Engenharia

da Universidade Federal de Juiz de

Fora (UFJF), o Seminário de Meio

Ambiente e Biossegurança, e tem

como finalidade promover a difusão

do conhecimento técnico-científico

básico para os militares, discutindo

possibilidades e ou viabilidades da

aplicação de técnicas de proteção

do meio ambiente e profilaxia de

doenças nas atividades militares,

bem como interagir com o meio

acadêmico. Dentre as palestras já

ministradas nos seminários podemos

citar: “Bioterrorismo”, “Legislação

Ambiental”, “Tratamento e Reuso

de Águas”, “Restauração Florestal”,

“Recuperação de Áreas Degradadas”

e demais assuntos de relevância para

o meio ambiente. Como novidade

para a 6ª edição, ocorreu de forma

on-line, em virtude do contexto atual

relacionado à pandemia do COVID-19.

Todas as palestras contaram com

tradução simultânea para libras

(Língua Brasileira de Sinais).

O CIJF/CEAC contribui com a

Doutrina Militar Terrestre e a Política

Nacional do Meio Ambiente, auxiliando

as organizações militares subordinadas

à 4ª Brigada a se adequarem de forma

mais efetiva às diretrizes propostas

pelo Sistema de Gestão Ambiental do

Exército Brasileiro, incutindo em cada

militar, elemento primário que compõe

o sistema, o senso de responsabilidade

e consciência de preservação do meio

ambiente, aplicando os ideais de

sustentabilidade, no desempenho de

suas atividades cotidianas.

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79 |


Curso de Recuperação de Áreas Degradadas

Casarão da

Fazenda

Ribeirão das

Rosas

Preservação

ambiental

Palestras de meio

ambiente

Curso de

Capacitação

de Viveiristas

Florestais

Seminário Meio Ambiente e Biossegurança

80 |


Plantio

de mudas

nativas

Gincana

ambiental

Comemoração

ao Dia

Mundial da

Floresta

81 |


“Nossas bandas de música

A Alma da Tropa”

A criação da Banda de Música da 4ª Bda Inf L

Mth tem origem na formação do 10º Regimento de

Infantaria, bem como dos Batalhões que fizeram

parte daquela formação.

Ao longo de sua existência, a Banda de Música

vem participando ativamente das atividades

cívico-militares na região da Zona da Mata Mineira,

fazendo-se presente nos momentos mais marcantes

da sociedade juiz-forana. Com a execução de um

repertório musical variado, que vai de dobrados

à canções, passando pelo popular até o erudito,

tornou-se um forte elo de ligação entre o Exército

Brasileiro e a sociedade civil.

A criação da Banda de Música do 12º BIL Mth se

deu pelo Decreto Presidencial nº 13.430 de 22 de

janeiro de 1919. Anteriormente, de acordo com o

BR n° 62 de 1920, a Banda pertencia ao 58° Batalhão

de Caçadores e tinha a seguinte constituição: cinco

1º Sargentos, quatro Soldados de 1ª classe e sete

Soldados de 2ª classe.

Grupo musical bastante eclético, tem como

repertório principal marchas, dobrados, hinos e

canções. Executa, ainda, populares, clássicos e

eruditos.

Participa ativamente da vida da comunidade,

tocando em festas, cerimônias fúnebres e

solenidades. Apresenta-se, geralmente, nas

organizações militares, em suas formaturas diárias,

e eventos cívicos militares, nas praças, coretos,

shopping, escolas, teatros e igrejas.

82 |


A Banda de Música do 32º Batalhão de

Infantaria Leve de Montanha tem sua criação

datada de 18 de agosto de 1888, quando da

criação de seu ancestral, o 26º Batalhão de

Infantaria.

Em 1º de janeiro de 1920, com uma nova

reorganização no Exército Brasileiro, o

Batalhão Dom Pedro II transferiu-se para seu

próprio quartel em Petrópolis.

Cabe dizer que a célebre Banda de Música

do “Nosso Batalhão”, como é conhecido o

32º BIL Mth na cidade de Petrópolis, goza de

grande reconhecimento e prestígio, tanto no

âmbito militar quanto no seio da sociedade

civil. Desde a sua fundação, há cento e trinta

e dois anos, vem desenvolvendo um trabalho

musical do mais alto nível.

A Banda do Regimento Tiradentes

remonta sua criação de uma Fanfarra de

Ala do 23° BI. Em 1920 ocupou o atual

aquartelamento, vislumbrando, com a

chegada do 51º BC de Santa Catarina e do

54º BC de Niterói, as bases do que viria a

ser a Banda do glorioso 11º RI.

Cabe ressaltar que em 1944, durante a

II Guerra Mundial, a Banda de Música do

11º RI compôs, juntamente com as bandas

de música do 1º RI e do 6º RI, a grande

Banda da FEB. Na Itália, além de prestar

honras militares, atuava também em shows

de música popular para elevar o moral da

tropa.

83 |


mão amiga

Entrega de doações - 2019

Campanha

Montanhista

Solidário

Apresentação

da Banda

Campanha de doação de sangue

84 |


Campanha Comboio do Bem

Apresentação

da Banda de

Música em

Associações

Filantrópicas

de Juiz de Fora

Descontaminação de locais públicos

Apoio à Associação de Pais de Autistas de São João del-Rei

85 |


Cidade de

juiz de fora

Situada na Zona da Mata mineira, Juiz de Fora

possui uma população aproximada de 565

mil habitantes. Está adjacente à BR 040 e

próxima à BR 116, distando 283 Km de

Belo Horizonte e 175 km da cidade do

Rio de Janeiro. É cortada pelo Rio

Paraibuna e possui clima tropical

de altitude, com temperaturas

médias de 19°C a 28°C a maior parte do

ano.

Dotada de boa infraestrutura, é servida por

dois aeroportos, uma rodoviária interestadual

e intermunicipal e por um setor terciário bastante

desenvolvido, destacando-se pela existência de

ampla rede de hotéis e supermercados, comércio

variado e dois grandes centros de compras. Na

área da educação, ressalta-se a existência

de uma universidade federal e um

instituto federal de educação, além

de universidades particulares e

qualificada rede de escolas de

ensino médio e fundamental.

O setor da saúde também

merece destaque, na

medida em que Juiz

de Fora oferece a

seus moradores uma

vasta e diversificada

rede de hospitais

e clínicas públicas e

privadas.

Na área esportiva e cultural,

a cidade conta com um estádio

municipal com capacidade para

35 mil pessoas, inúmeros parques

e praças, o tradicional Cine Theatro

Central e amplos locais para a prática de

atividades desportivas, recreativas e sócioculturais.

A Brigada de Montanha do Exército Brasileiro

sente-se honrada em estar abrigada nesta

acolhedora e tradicional cidade do estado de Minas

Gerais e agradece ao povo de Juiz Fora o salutar

convívio há mais de 100 anos.

86 |


87 |


A BRIGADA DE MONTANHA

E A FEB: VOCAÇÃO

EXPEDICIONÁRIA

Ao ensejo das comemorações dos 75

anos do término da 2ª Guerra Mundial,

cabe destacar a participação gloriosa

da Força Expedicionária Brasileira, que

combateu e venceu, junto aos Aliados,

o nazifascismo na Europa.

No Teatro de Operações europeu, a

FEB teve que adaptar-se a condições

inéditas, como o terreno montanhoso,

o clima adverso, o armamento recémrecebido,

a doutrina militar aliada,

a presença em país estrangeiro e o

enquadramento em força multinacional,

dentre outras.

Superando as dificuldades, a tropa

brasileira portou-se com abnegação e o

inabalável propósito de defesa dos ideais

democráticos. Nossos pracinhas, assim

carinhosamente chamados, cumpriram

brilhantemente a missão a eles imposta,

vencendo memoráveis batalhas ao custo

do sacrifício de suas próprias vidas.

88 |


Seus feitos honram a história militar brasileira

e serão sempre cultuados. Anualmente, nossos

heróis, hoje centenários, são reverenciados nas

datas mais significativas que comemoram

as vitórias em Monte Castelo, em Colechio-

Fornovo e na tomada de Montese. Nessas

ocasiões, são lembrados todos aqueles

que tombaram, dentre eles o Sgt Max Wolff

Filho, exímio patrulheiro, que empresta seu

nome à Escola de Sargentos das Armas, o Frei

Orlando, Capelão da FEB e patrono do Serviço

de Assistência Religiosa do Exército e o Ten

Iporan Nunes, herói de Montese.

Integrando a FEB, estava a tropa mineira

do 11º Regimento de Infantaria – “Regimento

Tiradentes”, que era composto por efetivo das

diversas unidades da nossa atual Brigada de

Montanha.

Lançando o olhar àquele passado distante,

é possível identificar, ali, o berço da vocação

expedicionária da atual 4ª Brigada de Infantaria

de Montanha.

Na sua evolução, a Brigada de Montanha

atuou e adquiriu expertise e maturidade em

ações de alta complexidade, no Brasil e no

exterior, nas forças de paz de Angola e Haiti,

na garantia da lei e da ordem, na segurança de

grandes eventos e em operações interagências.

Recebemos de nossos antepassados um

legado de sacrifício e glória que temos o dever

de zelar.

Outras missões virão no futuro e serão

cumpridas com a mesma excelência e

entusiasmo, pois permaneceremos imbuídos

dos mesmos valores que permitiram que nossos

heróis triunfassem em solo italiano, aliados ao

lema do combatente de montanha:

PACIÊNCIA, HUMILDADE E PERSEVERANÇA!

89 |


Mística da Brigada

de montanha

A mística do combatente de

montanha é representada por

objetos, símbolos e tradições

que traduzem o espírito de

camaradagem, determinação

e de cumprimento de missão

dos militares integrantes das

organizações militares da Brigada

de Montanha do Exército Brasileiro.

GORRO CINZA

O gorro cinza é usado pelos

militares que concluíram com

aproveitamento o Estágio Básico

do Combatente de Montanha. A

cor cinza nos remete aos tons das

pedras e das rochas, ambiente

operacional complexo que exige da

tropa treinamento, equipamentos e

armamentos específicos.

BOINA CINZA

A boina cinza é um acessório

característico do fardamento usado

pelos integrantes da única Brigada

de Montanha do Exército Brasileiro.

FACA IBITURUNA

A palavra “Ibituruna” é de origem

indígena Tupi-Guarani e significa

“Montanha Negra” ou “Pedra Negra”,

através da junção dos termos ybytyra

(montanha) e un (preto). O Pico da

Ibituruna, localiza-se no município de

Governador Valadares-MG e faz parte

do terreno acidentado característico

do estado de Minas Gerais.

“A faca Ibituruna é constituída por

01 (uma) lâmina monobloco, feita

em aço Chromo Inox revestida com

pintura negra especial na espessura

de 5mm, além de possuir uma serra

no dorso e sangria. Seu cabo é

revestido de uma corda na cor preta e

sua bainha é feita de couro artesanal.

Em sua lâmina temos impressões

feitas a laser dos distintivos das

Unidades da 4ª Brigada de Infantaria

Leve de Montanha, a tarjeta semicircular

com a inscrição “MONTANHA”

e também uma identificação pessoal

(identidade militar e número de

curso/estágio).”

MOSQUETÃO

O mosquetão que compõe a

mística da Brigada de Montanha

é o “Mosquetão-Negro” de rosca,

marcado pelas cores bronze, prata

e ouro que indicam o tempo de

serviço em que o militar serve ou

serviu na Brigada de Montanha do

Exército Brasileiro. Possui a inscrição

“MONTANHA” gravado na cor branca

em sua lâmina e o símbolo de uma

montanha com a estrela.

COTURNO DE MONTANHA

O coturno de montanha faz parte

das inovações inseridas por meio

do Projeto Combatente Brasileiro

(COBRA). É um calçado adaptado

para o ambiente operacional de

montanha, proporcionando ao

combatente maior conforto e melhor

performance durante as marchas e

escaladas operacionais, possuindo

rigidez do solado e proteção

contra torções de

tornozelo.

90 |


CANÇÃO DO

COMBATENTE DE

MONTANHA

Se a guerra escolher como palco

As montanhas do nosso Brasil,

Levarei minha fé minha força.

Junto a mim estará meu fuzil.

À altitude e ao ar rarefeito

Adaptado tornei-me, assim

Eu sinto que sou parte delas

E que elas são parte de mim.

O meu grito de guerra é montanha!

‘Montanha!’ responde o rochedo.

Vencerei o inimigo com garra.

Sou guerreiro que luta sem medo.

Escalando as paredes de pedras,

Hei de ver a vitória chegar.

E do alto contemplo o horizonte,

A planície o planalto ou mar.

Ir lutar bem mais perto do céu:

Esta é minha nobre missão.

Minha alma se eleva ao topo,

A seguir os meus pés lá estarão!

O meu grito de guerra é montanha ...

ORAÇÃO DO

COMBATENTE DE

MONTANHA

Senhor!

Vós que sois onipotente

Concedei-nos no fragor da luta

A nós que vencemos nas pedras

A nós que conhecemos o sabor dos ventos

O destemor para combater

A Santa dignidade para perseverar

A força da coragem para sempre avançar

E a fé para tudo suportar

E dai-nos também, ó Senhor Deus

Quando a guerra nos for adversa

E quanto maior for a incerteza

A determinação de nunca recuar

E ante o inimigo jamais fracassar.

MONTANHA!

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Líder mundial na produção de

aço, o Grupo ArcelorMittal está presente

em mais de 60 países, com operações

industriais em 20 deles, contando com

mais de 190 mil empregados. Líder em

pesquisa & desenvolvimento, investe em

novas tecnologias para construção de aços

mais inteligentes para um mundo melhor.

Em seus 12 centros de pesquisa, cerca de

1.300 pesquisadores desenvolvem produtos

e processos mais eficientes voltados a

gerar valor para os clientes e assegurar o

crescimento futuro.

A ArcelorMittal Brasil

é a maior produtora de aço do país, com

capacidade instalada superior a 12,5 milhões

de toneladas/ano. Com plantas industriais

em seis estados, emprega cerca de 17 mil

pessoas. Produz aços longos e planos de alta

qualidade para indústrias automobilística,

eletrodomésticos, embalagens, construção

civil e naval. Também atua em mineração,

geração de energia, produção de biorredutor

renovável e tecnologia da informação. Sua

ampla rede de distribuição e serviços atende

às demandas dos mercados doméstico e

internacional.

Cientes da importância de

sua presença no mercado como grande

empregadora, a ArcelorMittal Brasil vem

buscando aprimorar sua estratégia e

gestão dentro dos seus principais valores:

sustentabilidade, liderança e qualidade. Sua

atuação é pautada em uma governança

transparente, suportada pelas 10 diretrizes do

Desenvolvimento Sustentável: um conjunto

de princípios que descreve, de maneira clara,

como deve ser produzido o aço, o uso de

recursos e, principalmente, como deve ser a

relação entre empregados e as comunidades.

As operações na Unidade

de Juiz de Fora completaram 36

anos neste ano! A Unidade gera mais de mil

empregos diretos e indiretos, tem capacidade

de produção de 1 milhão de toneladas de

aço bruto e 250 mil toneladas de trefilados

por ano, para o setor de construção civil

e indústria de transformação. Conta

com a melhor tecnologia para produção

de aço associada às melhores práticas

relativas à preservação do meio ambiente.

É reconhecida por seus indicadores de

performance, produtividade e segurança,

sendo uma forte referência no grupo e

no setor. Está atenta aos novos desafios

da Indústria 4.0, buscando metodologias

inovadoras com o foco do cliente.

A Unidade de Juiz de Fora

atua sob uma política de responsabilidade

social corporativa. Isso significa que a

líder na produção de aço do mundo se

preocupa, para além de seu negócio, com

o meio ambiente e com as comunidades

onde está presente. Tem como um dos

seus objetivos estratégicos ser percebida

como uma empresa comprometida com

a sustentabilidade, contribuindo com o

desenvolvimento de crianças e jovens nas

cidades em torno da empresa: Juiz de Fora,

Santos Dumont e Ewbank da Câmara. Em

2019, a ArcelorMittal beneficiou cerca de 49

mil pessoas em Juiz de Fora e região com

investimentos de R$ 3,5 milhões, distribuídos

através de projetos próprios, por meio de

leis de incentivo fiscal e em parceria com

a Fundação ArcelorMittal, nas áreas de

promoção social, meio ambiente, educação,

esporte e cultura.

O diferencial da

ArcelorMittal são as pessoas,

por isso a empresa investe em diversas

ações para a integração e motivação dos seus

empregados, além de reforçar as melhores

práticas de gestão tendo como prioridade

a Saúde e Segurança. Com o objetivo de

promover um ambiente saudável e livre de

acidentes, a empresa investe no bem-estar, na

integridade e no desenvolvimento das pessoas

comprometidas com os valores humanos.

Neste momento de

pandemia que estamos passando, a

empresa implantou um comitê de crise para

discutir diariamente medidas necessárias

para mitigação de qualquer risco e exposição

das pessoas - isso inclui empregados

próprios, terceiros e estagiários.

Cuidar da segurança dos

empregados é a prioridade máxima da

empresa. “Neste momento em que o mundo

está mobilizado para combater a COVID-19,

estamos reafirmando esse cuidado com mais

ações de preservação da saúde da equipe e

para assegurar a sustentabilidade do negócio.”

afirma o Diretor da Unidade, Eduardo Diniz.

Como forma de

reconhecimento, a ArcelorMittal

Juiz de Fora agradece os serviços

prestados à pátria e se orgulha em apoiar e

participar deste Livro Comemorativo do 10º

Batalhão de Infantaria Leve Montanha em

Juiz de Fora, que tem como missão contribuir

para a garantia da soberania da população e

dos poderes constitucionais da lei e da ordem,

salvaguardando os interesses nacionais e

cooperando com o desenvolvimento nacional,

além de valorizar o cotidiano da comunidade, por

meio de eventos que incentivam à prevenção,

o cuidado com a saúde e a qualidade vida da

nossa cidade.

Atendimento Loja Virtual

WhatsApp: 11 97355-4682

atendimento@arcelormittal.com.br

Atendimento SAC

0800 015 1221

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