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De Maria nunquam satis<br />
Vitória de João III Sobieski, Rei da<br />
Polônia, contra os turcos na Batalha<br />
de Viena - Museu do Vaticano<br />
Jean-Pol GRANDMONT (CC3.0)<br />
Que o Coração de Maria<br />
seja a nossa morada<br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> desejaria não somente reclinar a cabeça sobre o Coração<br />
de Maria, mas poder estabelecer lá dentro a sua morada para que,<br />
iluminado nessa luz, virginizado nessa pureza e inflamado nas<br />
chamas dessa caridade, tudo o que ele dissesse fossem palavras<br />
de luz e fogo a brotar da abundância desse Coração inefável.<br />
Coração de Maria, minha esperança!”<br />
era o lema do célebre<br />
João Sobieski, Rei da<br />
Polônia, que nos transes difíceis de<br />
sua vida e do seu reinado ia haurir<br />
no Coração Imaculado de Maria<br />
alento e valor para as dificuldades.<br />
Com este grito de guerra, “Cor Mariæ,<br />
spes mea”, a vibrar-lhe na alma<br />
e a inebriar-lhe o coração, se lançou<br />
ele afoito contra os turcos em 1683,<br />
e pouco depois libertava heroicamente<br />
a cidade de Viena do apertado<br />
cerco muçulmano.<br />
Grito de guerra para uma<br />
Cruzada invencível<br />
“Coração de Maria, nossa esperança!”<br />
é o grito de guerra com que<br />
dum recanto ao outro da Terra te-<br />
mos que convocar todas as almas de<br />
boa vontade para, numa Cruzada invencível,<br />
sob a égide da Rainha dos<br />
Céus, marcharmos à rude tarefa de<br />
libertar enfim a pobre humanidade<br />
dos terríveis cercos de ferro com<br />
que a perversidade e a insânia tentam<br />
aniquilá-la. É pelo Coração de<br />
Maria que faremos triunfar o Coração<br />
de Jesus!<br />
Leão XIII apontava para o Coração<br />
Santíssimo de Jesus como o<br />
grande sinal no firmamento a prometer-nos<br />
vitória: In hoc signo vinces!<br />
– Com este sinal vencerás! E<br />
com ele nos mandava armar, como<br />
outrora os soldados de Constantino,<br />
com o Sinal da Cruz. E muitos dos<br />
cristãos obedeceram e o mundo foi<br />
consagrado oficialmente pelo Papa<br />
ao Sagrado Coração do Salvador.<br />
Por isso podia na sua primeira encíclica<br />
escrever Pio XII: “Da difusão<br />
e aprofundamento do culto ao Divino<br />
Coração do Redentor, que encontrou<br />
o seu coroamento não só na<br />
consagração da humanidade, ao declinar<br />
do último século, mas também<br />
na instituição da festa da Realeza de<br />
Cristo pelo nosso imediato Predecessor,<br />
de feliz memória, resultaram<br />
indizíveis bens para inúmeras almas;<br />
foi um caudal impetuoso que alegra<br />
a cidade de Deus: fluminis impetus<br />
lætificat civitatem Dei” (Sl 45, 5).<br />
Mas havemos de reconhecer que<br />
os triunfos do Coração de Jesus ainda<br />
não correspondem plenamente<br />
nesta época às sorridentes esperanças<br />
de Leão XIII ao consagrar-Lhe o universo.<br />
“Que época mais do que a nossa<br />
– diz ainda Pio XII – foi atormen-<br />
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