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Revista Dr Plinio 279

Junho de 2021

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depois de muito rezar, e<br />

ainda assim com a condição<br />

do Rei, que ainda era<br />

pagão, deixar-lhe praticar<br />

a Religião cristã. Clóvis<br />

deu palavra de honra de<br />

querer respeitar a Religião<br />

de Clotilde, e assim contraíram<br />

núpcias em 493.<br />

O único desejo de Clotilde<br />

era a conversão do Rei<br />

e do povo ao Catolicismo.<br />

Contando com a influência<br />

do bom exemplo, instalou a<br />

Rainha no palácio uma capela<br />

riquíssima e organizou<br />

o culto do modo mais esplendoroso.<br />

Pessoalmente,<br />

de pontualidade rigorosa<br />

no cumprimento dos deveres<br />

religiosos, sua vida era<br />

de penitência, de caridade<br />

sem precedentes. Deste<br />

modo Clotilde não só alcançou<br />

ser respeitada e amada<br />

no meio dos elementos<br />

mais ou menos hostis à Religião<br />

cristã, mas ainda conseguiu<br />

que o Rei perdesse<br />

os preconceitos em matéria<br />

de religião e se sentisse feliz<br />

em possuir uma esposa virtuosa.<br />

Clotilde não perdia ocasião de<br />

mostrar ao esposo a beleza da Religião<br />

de Cristo. Incessantemente dirigia<br />

preces à misericórdia divina, para<br />

que se compadecesse do Rei e do povo<br />

da França e lhes concedesse a graça<br />

da conversão. Clóvis não era inacessível<br />

aos rogos da esposa, mas não<br />

se animava a abandonar as superstições<br />

do paganismo, receando o desagrado<br />

do povo. Não obstante consentiu<br />

que o primeiro filhinho fosse batizado<br />

com toda a solenidade.<br />

Provações duríssimas<br />

enfrentadas com<br />

confiança em Deus<br />

Clóvis, o Rei dos francos - Coleção<br />

do Palácio de Versailles<br />

ro filho morreu poucos dias depois<br />

de ter recebido o Batismo. Indescritível<br />

era a dor do Rei e o seu coração<br />

encheu-se de rancor contra a esposa,<br />

levantando-lhe as mais duras acusações.<br />

— Vejo na morte de meu filho a<br />

ira dos deuses que, irritados com o<br />

Batismo cristão, assim se vingaram.<br />

Clotilde, com mansidão, respondeu:<br />

— Não menos motivo tenho de<br />

chorar a morte da criança; mas dou<br />

graças a Deus que Se dignou de dar-<br />

-me um filho para recolhê-lo logo ao<br />

seu reino.<br />

Que bela resposta, digna duma<br />

mãe cristã!<br />

Clotilde não desanimou e continuou<br />

a preparar o espírito de Clóvis<br />

para que recebesse a graça do Cristia-<br />

Aprouve a Deus sujeitar a fiel serva<br />

a provações duríssimas. O primeinismo.<br />

Quando deu à luz o<br />

segundo filho, conseguiu<br />

do Rei o consentimento<br />

para o Batismo da criança.<br />

Aconteceu, porém,<br />

que esse segundo menino<br />

também adoeceu gravemente<br />

depois da recepção<br />

do Sacramento. Para Clóvis<br />

já não havia mais dúvida<br />

que era o Sacramento<br />

cristão o causador da morte<br />

do primeiro e da doença<br />

do segundo filho. Alucinado<br />

pela dor, rompeu em<br />

blasfêmia e lançou contra<br />

a esposa os mais graves insultos.<br />

Clotilde sofreu tudo<br />

calada, mas seu amor a<br />

Deus e a confiança na Divina<br />

Providência nenhum<br />

abalo sofreram. Com o intuito<br />

de desagravar a Santa<br />

Religião ultrajada, tomou<br />

a criança doente nos<br />

braços e, de joelhos ante<br />

o crucifixo, ofereceu a<br />

inocência do filhinho pela<br />

conversão do pai. Deus recompensou<br />

essa humildade<br />

e caridade pela repentina<br />

cura do menino.<br />

A alegria e o pasmo de Clóvis, ao<br />

ver o filho são e salvo, eram indescritíveis.<br />

Bendizendo a grandeza e o<br />

poder do Deus dos cristãos, prometeu<br />

aceitar a Fé cristã, promessa cujo<br />

cumprimento, porém, depois protelou,<br />

alegando mil motivos.<br />

François-Louis Dejuinne (CC3.0)<br />

“Se eu lá estivesse com<br />

os meus francos...”<br />

Neste entrementes, veio a guerra<br />

contra os alamanos. Despedindo-se<br />

da mulher, esta lhe disse:<br />

— Não ponhas tua confiança em<br />

teus deuses que nenhum poder têm,<br />

mas confia em Deus Todo-Poderoso<br />

que te dará a vitória sobre teus inimigos.<br />

Lembra-te destas palavras,<br />

quando te achares em perigo.<br />

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