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PAULO RENATO SCHNEIDER<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA<br />
MIGUEL ANTÃO DURLO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA<br />
FRANZ HEINRICH ANDRAE<br />
UNIVERSITY OF NATURAL RESOURCES AND APPLIED<br />
LIFE SCIENCES DE VIENA<br />
RESUMO<br />
A<br />
produção brasileira de madeira industrial<br />
baseia-se essencialmente nas plantações florestais,<br />
porém, somente no setor de serraria<br />
existe ainda uma parcela apreciável de toras<br />
de origem de florestas nativas, desconsiderando<br />
o uso da madeira para fins energéticos. Com a criação<br />
de concessões florestais deu-se um passo importante<br />
rumo ao manejo das florestas nativas do norte do país. Já<br />
no extremo sul, existem florestas nativas somente em estágios<br />
de recuperação, em propriedades familiares e cujo<br />
manejo é muito restrito. No presente artigo argumenta-se<br />
sobre a importância de manejar as florestas nativas, mesmo<br />
em pequenas propriedades. Para isto, toma-se como<br />
exemplo o caso da Áustria, cujo território é dominado por<br />
florestas nativas em pequenas propriedades.<br />
A tradição deste uso é baseada em uma legislação adequada,<br />
no trabalho do serviço de extensão e de pesquisa<br />
que geram um ambiente no qual os benefícios materiais e<br />
imateriais da floresta se aliam aos interesses da sociedade<br />
e aos econômicos dos proprietários. O manejo das pequenas<br />
unidades florestais permite alcançar um regime de<br />
sustentabilidade periódico, cujas intervenções silviculturais<br />
partem das condições locais, sendo o objetivo central a árvore<br />
e não o povoamento. Este procedimento de manejo,<br />
atualmente recomendado para a produção de madeira de<br />
elevado valor econômico, é descrito de maneira resumida.<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
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