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CIÊNCIA<br />
O<br />
LPF (Laboratório de Produtos Florestais),<br />
vinculado ao SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro),<br />
lançou em março uma cartilha<br />
sobre a durabilidade natural de madeiras<br />
oriundas da Amazônia. O objetivo do estudo<br />
é oferecer informações técnicas quanto à alta durabilidade<br />
dessas madeiras a pesquisadores, empresários do<br />
setor madeireiro, engenheiros, arquitetos e consumidores<br />
finais de madeira. Essas informações podem auxiliar no<br />
uso mais inteligente do recurso florestal e, desta forma,<br />
contribuir tanto para a ampliação do uso quanto para a<br />
comercialização das madeiras pesquisadas.<br />
Ao todo, foram estudadas 12 espécies endêmicas do<br />
Brasil, que possuem grande potencial de uso. Dentre elas,<br />
estão o cumaru, a maçaranduba, muirapixuna, peroba<br />
mica e casca preciosa. No entanto, algumas são desconhecidas<br />
no mercado nacional. O trabalho de campo foi<br />
realizado em dois locais e biomas: na Floresta Nacional<br />
do Tapajós, no Pará em bioma Amazônia, e na Fazenda<br />
Água limpa, da UNB (Universidade de Brasília), em bioma<br />
Cerrado.<br />
Conhecer a durabilidade de espécies madeireiras é<br />
saber qual a capacidade de resistências delas em relação<br />
à ação dos agentes deterioradores, sejam biológicos ou<br />
físico-químicos. Essa resistência é classificada entre alta,<br />
média e baixa. Uma madeira altamente resistente dispensa<br />
o uso de fungicidas e inseticidas.<br />
As madeiras estudadas, oriundas de planos de manejo<br />
onde a extração é sustentável e conservam a floresta,<br />
apresentam alta durabilidade, estética e valor comercial.<br />
Além disso, podem ser usadas na construção civil em geral<br />
e, mais especificamente pela sua resistência comprovada<br />
pelo estudo, podem ser aplicadas em pisos de alto<br />
tráfego, vigas, colunas, esquadrias, dentre outros.<br />
PRODUÇÃO CIENTÍFICA<br />
O diretor-geral do SFB, Valdir Collato, disse que o<br />
LPF vem desempenhando, ao longo dos anos, um papel<br />
fundamental na produção de conhecimento acerca da<br />
ciência florestal e madeireira. Esta pesquisa é valiosa para<br />
a sociedade e para o mercado, que sempre almejam madeiras<br />
naturalmente resistentes. “Informações como as<br />
apresentadas na cartilha que estamos entregando neste<br />
momento à sociedade contribuem para a ampliação do<br />
uso e comercialização de novas espécies florestais, bem<br />
como para a melhoria da atividade de manejo florestal,<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br