*Maio/2021 Referência Florestal 229

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12.05.2021 Views

ESPÉCIE não é totalmente substituída e inviável, sendo, em alguns casos, desejável na propagação de espécies florestais. Como desvantagem da aplicação dessas técnicas de propagação vegetativa é possível citar a falta de variabilidade genética, ocasionada pela falta de cruzamento entre árvores, visto que essas técnicas submetem a clonagem de indivíduos. Para a produção de mudas com finalidades de enriquecimento ou recuperação de áreas degradadas deve- -se coletar brotações de diferentes plantas a fim de diminuir esse problema. Um outro fator a ser considerado é o custo envolvido no processo de fabricação de estacas, bem como da mão de obra especializada para a aplicação correta das técnicas. A grande diversidade florística existente no Brasil ocasiona uma demanda de estudos mais aprofundados sobre a aplicação desses métodos para as diversas espécies florestais, de modo a ser escolhida a melhor técnica para determinada espécie. Cada espécie possui uma resposta específica diante da aplicação das tecnologias voltadas para sua propagação, as quais não seguem um padrão específico ou ainda não descoberto para todas as espécies de interesse econômico. Cada método apresenta vantagens e desvantagens, onde não é possível definir como uma regra qual é a mais viável, porém com os avanços nas pesquisas, fica cada vez mais comprovado a eficiência e benefícios da aplicação dos métodos de propagação vegetativa. Diante do exposto, é possível confirmar a importância que as técnicas de propagação vegetativa possuem para as espécies florestais nativas, bem como a necessidade de estudos contínuos para se conhecer as melhores técnicas de propagação vegetativa para cada gênero ou espécie. Contudo, para a aplicação das técnicas em maiores escalas de produção, faz-se necessário maiores investimentos em pesquisas, com maior número de testes a campo, para definição dos melhores resultados para cada espécie e finalidade de uso das mudas (plantios comerciais, enriquecimento de áreas, recuperação de áreas degradadas, etc.). Com isso, torna-se necessário uma análise geral do objetivo da propagação e sobre a escolha de qual espécie a ser utilizada. O conhecimento deverá ser voltado as particularidades das espécies de interesse comercial, visto que existe uma grande diversidade da flora brasileira, que apresentam diferentes comportamentos quanto a reprodução e propagação. Isso permite determinar detalhes desse comportamento e as respostas relacionados à cada espécie ou as técnicas escolhidas. Artigo desenvolvido pela estudante Vitoria Natali Nunes Melo e pelo professor Wescley Viana Evangelista 48 www.referenciaflorestal.com.br

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ESPÉCIE<br />

não é totalmente substituída e inviável, sendo, em alguns<br />

casos, desejável na propagação de espécies florestais.<br />

Como desvantagem da aplicação dessas técnicas de<br />

propagação vegetativa é possível citar a falta de variabilidade<br />

genética, ocasionada pela falta de cruzamento entre<br />

árvores, visto que essas técnicas submetem a clonagem de<br />

indivíduos. Para a produção de mudas com finalidades de<br />

enriquecimento ou recuperação de áreas degradadas deve-<br />

-se coletar brotações de diferentes plantas a fim de diminuir<br />

esse problema. Um outro fator a ser considerado é o custo<br />

envolvido no processo de fabricação de estacas, bem como<br />

da mão de obra especializada para a aplicação correta das<br />

técnicas.<br />

A grande diversidade florística existente no Brasil ocasiona<br />

uma demanda de estudos mais aprofundados sobre<br />

a aplicação desses métodos para as diversas espécies<br />

florestais, de modo a ser escolhida a melhor técnica para<br />

determinada espécie. Cada espécie possui uma resposta<br />

específica diante da aplicação das tecnologias voltadas para<br />

sua propagação, as quais não seguem um padrão específico<br />

ou ainda não descoberto para todas as espécies de interesse<br />

econômico. Cada método apresenta vantagens e desvantagens,<br />

onde não é possível definir como uma regra qual é a<br />

mais viável, porém com os avanços nas pesquisas, fica cada<br />

vez mais comprovado a eficiência e benefícios da aplicação<br />

dos métodos de propagação vegetativa.<br />

Diante do exposto, é possível confirmar a importância<br />

que as técnicas de propagação vegetativa possuem para<br />

as espécies florestais nativas, bem como a necessidade de<br />

estudos contínuos para se conhecer as melhores técnicas<br />

de propagação vegetativa para cada gênero ou espécie.<br />

Contudo, para a aplicação das técnicas em maiores escalas<br />

de produção, faz-se necessário maiores investimentos em<br />

pesquisas, com maior número de testes a campo, para definição<br />

dos melhores resultados para cada espécie e finalidade<br />

de uso das mudas (plantios comerciais, enriquecimento<br />

de áreas, recuperação de áreas degradadas, etc.). Com isso,<br />

torna-se necessário uma análise geral do objetivo da propagação<br />

e sobre a escolha de qual espécie a ser utilizada. O<br />

conhecimento deverá ser voltado as particularidades das espécies<br />

de interesse comercial, visto que existe uma grande<br />

diversidade da flora brasileira, que apresentam diferentes<br />

comportamentos quanto a reprodução e propagação. Isso<br />

permite determinar detalhes desse comportamento e as<br />

respostas relacionados à cada espécie ou as técnicas escolhidas.<br />

Artigo desenvolvido pela estudante Vitoria Natali Nunes<br />

Melo e pelo professor Wescley Viana Evangelista<br />

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