12.05.2021 Views

*Maio/2021 Referência Florestal 229

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ENTREVISTA<br />

Vantagens em se adotar o sistema de drones dentro da floresta<br />

UMA NOVA ERA<br />

UM SÉCULO DE HISTÓRIA UNINDO<br />

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA<br />

A NEW ERA<br />

A CENTURY OF HISTORY UNITING<br />

INNOVATION AND TECHNOLOGY


SUMÁRIO<br />

38<br />

EVOLUÇÃO<br />

CONSTANTE<br />

MAIO <strong>2021</strong><br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Ivan Tomaselli<br />

14 Notas<br />

28 Coluna Cipem<br />

30 Frases<br />

32 Entrevista<br />

38 Principal<br />

44 Espécie<br />

50 Minuto Floresta<br />

52 Fiscalização<br />

54 Transporte<br />

58 Economia<br />

62 Ciência<br />

66 Pesquisa<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

54<br />

62<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

09 Agroceres<br />

05 Bayer<br />

31 Bismaq<br />

07 BKT<br />

11 Carrocerias Bachiega<br />

73 Chico Moreira Soluções Florestais<br />

57 D’Antonio Equipamentos<br />

76 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

29 DRV Ferramentas<br />

25 Engeforest<br />

35 Fabriktec<br />

23 Francio Soluções Florestais<br />

33 GF Pneus<br />

65 Globalmac<br />

61 Hansa Flex<br />

19 J de Souza<br />

37 Komatsu Forest<br />

75 Log Max<br />

27 Mill Indústrias<br />

49 Prêmio REFERÊNCIA<br />

15 Rotary-Ax<br />

21 Rotor Equipamentos<br />

13 Sergomel<br />

17 Unibrás<br />

51 Workshop online<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Promessas<br />

e o futuro<br />

Com a chegada da vacina, a vida poderá voltar ao<br />

normal em breve. E o setor florestal, que mostrou muita<br />

força durante este pedregoso período, poderá crescer ainda<br />

mais, investindo em conhecimento técnico e em tecnologia.<br />

Prova disto, a entrevista deste mês traz uma conversa com<br />

Daniel Estima Bandeira, diretor da Skydrones, empresa que<br />

tem trazido ao mercado o sistema de drones para a rotina<br />

das florestas brasileiras. Na editoria de Ciência, abordamos<br />

o lançamento da cartilha sobre a durabilidade natural de<br />

madeiras oriundas da Amazônia, criada pelo LPF (Laboratório<br />

de Produtos Florestai), vinculado ao SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />

Brasileiro). Além disso, você poderá conferir reportagens nas<br />

editorias de Economia, Transportes e Pesquisa, assim como,<br />

novidades do setor. Ótima leitura!<br />

2<br />

1<br />

Na capa dessa edição os<br />

100 anos da Komatsu, uma<br />

das líderes do mercado de<br />

máquinas florestais no mundo<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIII • N°<strong>229</strong> • Maio <strong>2021</strong><br />

ENTREVISTA<br />

Vantagens em se adotar o sistema de drones dentro da floresta<br />

UMA NOVA ERA<br />

UM SÉCULO DE HISTÓRIA UNINDO<br />

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA<br />

A NEW ERA<br />

A CENTURY OF HISTORY UNITING<br />

INNOVATION AND TECHNOLOGY<br />

PROMISES AND THE FUTURE<br />

With the arrival of the vaccine, life may return to normal<br />

soon. And the Forestry Sector, which has shown much<br />

strength during this stony period, could grow even more by<br />

investing in technical knowledge and technology. Proof of<br />

this, this month’s interview has a conversation with Daniel<br />

Estima Bandeira, Managing Director of Skydrones. This<br />

Company has brought to the market the drone system for<br />

the routine of Brazilian forests. In the Science Section, we<br />

discuss the launch of the booklet on the natural durability of<br />

the timber originating in the Amazon Forest, created by the<br />

Forest Products Laboratory (LPF), linked to the Brazilian Forest<br />

Service (SFB). In addition, you can check out the stories in<br />

the Economics, Transport, and Research Sections, as well as<br />

industry news. Pleasant reading!<br />

Entrevista com<br />

Daniel Estima Bandeira<br />

Operação Handroanthus<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>229</strong> - MAIO <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Luiz Kozak<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriel Faria<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

Aplicações florestais com<br />

autocarregadoras<br />

Excelente tração em condições de serviço<br />

pesado<br />

Talão e ombro do pneu robustos para uma<br />

resistência elevada às perfurações<br />

Chetan Ghodture<br />

Balkrishna Industries Ltd, India<br />

Email: chetang@bkt-tires.com<br />

Mobile: +917021000031


Fertilizantes Especiais<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

TRANSPORTE Cuidados com logística garantem a segurança no segmento de base florestal<br />

Capa da Edição 228 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de abril de <strong>2021</strong><br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

PARA CUIDAR DO SOLO<br />

INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES SAI NA FRENTE<br />

COM TECNOLOGIA DE NANOPARTÍCULAS<br />

Ano XXIII • N°228 • Abril <strong>2021</strong><br />

TAKING CARE OF THE SOIL<br />

A FERTILIZER PRODUCER COMES OUT AHEAD<br />

USING NANOPARTICLE TECHNOLOGY<br />

MANEJO FLORESTAL<br />

Por Larissa Valentim – engenheira florestal – Cuiabá (MT)<br />

Manejo florestal sustentável é vida!<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Por Diogo Junqueira – empresário – Florianópolis (SC)<br />

Muito positiva a entrevista sobre silvicultura em Santa<br />

Catarina. Parabéns!<br />

PRINCIPAL<br />

Por Gustavo Souza – empresário – Belém (PA)<br />

Muito interessante a tecnologia de fertilizantes da Polli. É o<br />

que o setor precisa para o futuro!<br />

Foto: divulgacão<br />

ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


Tecnologia Mirex-S2 e MIPIS<br />

FOCO TOTAL NO RESULTADO<br />

Levantamentos e acompanhamentos pré e pós controle.<br />

Avaliações de danos.<br />

Análises situacionais das infestações.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Fotos: divulgação<br />

COMUNIDADE INDÍGENA<br />

Estamos preparando um material especial sobre a independência das comunidades indígenas. Com o apoio do governo<br />

federal e da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) os índios poderão usufruir da floresta e viver dela dentro do conceito<br />

de manejo sustentável. Assim as comunidades indígenas não mais dependerão dos resquícios de verbas de ONGs, por<br />

exemplo, que mantêm os índios subordinados, sem proporcionar a eles uma adequada condição de vida. Através do<br />

trabalho de manejo sustentável nas florestas onde vivem, poderão ter o próprio sustento, inclusive para as futuras<br />

gerações, cuidando da floresta de forma racional, evitando assim, o desmatamento da floresta amazônia.<br />

ALTA<br />

IMPACTO POSITIVO<br />

Um setor que planeja, cultiva e projeta o amanhã. Com<br />

esse mote, a APRE (Associação Paranaense de Empresas<br />

de Base <strong>Florestal</strong>) lança o primeiro material de uma<br />

série de conteúdos que serão produzidos em <strong>2021</strong> para<br />

divulgar os impactos positivos do setor de florestas<br />

plantadas para a sociedade. O lançamento marca ainda<br />

a comemoração pelo Dia Internacional das Florestas,<br />

celebrado no dia 21 de março. Nesse primeiro vídeo, é<br />

possível conhecer alguns dos resultados gerados pelo<br />

segmento no Paraná por um setor que tem focado em<br />

produzir soluções para a nova economia, que passa a<br />

estar mais centrada nas pessoas, em inovações disruptivas,<br />

ampliando a atuação harmônica entre produção,<br />

avanços sociais e conservação ambiental. O material<br />

pode ser conferido no canal do youtube da APRE.<br />

MAIO <strong>2021</strong><br />

CONFIANÇA EM QUEDA<br />

O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial)<br />

registrou uma queda de 5,1 pontos em março deste<br />

ano, quando atingiu 54,4 pontos, informou a CNI (Confederação<br />

Nacional da Indústria). Segundo a entidade,<br />

essa foi a terceira maior queda mensal da série histórica,<br />

ficando abaixo somente dos recuos verificados em<br />

junho de 2018, consequência da paralisação dos caminhoneiros,<br />

e em abril de 2020, devido à pandemia.<br />

Essa também foi a terceira queda seguida do indicador.<br />

Apesar disso, pela metodologia utilizada, os empresários<br />

ainda estão confiantes. Isso porque o índice varia<br />

de zero a 100 pontos, sendo que valores acima de 50<br />

pontos indicam confiança do empresário.<br />

BAIXA<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br


(19) 3496-1555<br />

carroceriasbachiega<br />

qualidade e segurança<br />

que você precisa!<br />

PISO MÓVEL<br />

www.carroceriasbachiega.com.br<br />

Somos hoje a mais experiente montadora de<br />

piso móvel da marca HYVA ® , desenvolvendo<br />

produtos cada vez mais adequados às<br />

necessidades dos clientes, mantendo sempre<br />

a qualidade e resistência dos nossos produtos<br />

reconhecidos nacionalmente.


COLUNA<br />

Previsão de redução na<br />

oferta de madeira em tora<br />

no mercado internacional<br />

Rússia está buscando atrair investimentos<br />

estrangeiros para promover o<br />

desenvolvimento da indústria florestal<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Em 2020 a<br />

importação<br />

chinesa de<br />

madeira em<br />

toras de<br />

coníferas<br />

(Pinus) do Brasil<br />

atingiu cerca<br />

de 350 mil m 3<br />

(99% do total<br />

exportado)<br />

O<br />

comércio internacional de<br />

madeira de toras movimenta<br />

cerca de 140 milhões de m 3<br />

(metros cúbicos), ou US$<br />

16 bilhões por ano. Entre os<br />

maiores exportadores estão a Rússia, EUA<br />

(Estados Unidos da América) e Nova Zelândia.<br />

Nos últimos 10 anos a Rússia exportou<br />

entre 15 e 20 milhões de m 3 , mais de 10% do<br />

comércio mundial. Os principais importadores<br />

de toras russas foram a China e Finlândia<br />

(90%).<br />

Recentemente a Rússia anunciou que irá<br />

iniciar um processo de redução das exportações<br />

de toras e produtos primários. Em 2022<br />

irão ser reduzidas as exportações de toras<br />

de coníferas de processo e também de toras<br />

para laminação (Birch). Na sequência serão<br />

impostas restrições à exportação de madeira<br />

serrada verde e possivelmente também<br />

as de cavacos e de alguns tipos de painéis<br />

de madeira. Esta decisão da Rússia deverá<br />

afetar o mercado internacional de produtos<br />

florestais, particularmente o de toras.<br />

A Nova Zelândia é atualmente o maior<br />

fornecedor de toras para a China, e deverá<br />

aumentar a sua participação para atender a<br />

limitação de suprimento a partir da Rússia.<br />

No entanto esta alternativa de suprimento<br />

vai depender dos preços das toras, que<br />

deverão aumentar. Recentemente a Nova<br />

Zelândia firmou um acordo de livre comércio<br />

com a China que inclui uma redução de tarifas<br />

para produtos de valor agregado.<br />

A China também terá a possibilidade de<br />

suprimento de madeira em toras de países<br />

europeus, no entanto os preços desta fonte<br />

são mais elevados e o crescimento da demanda<br />

na Europa será uma limitante, espe-<br />

cialmente para toras de coníferas de melhor<br />

qualidade. O cenário indica que a redução<br />

das exportações de toras pela Rússia irá forçar<br />

a China a aumentar as importações de<br />

produtos de madeira processada, uma tendência<br />

que já iniciou nos últimos anos.<br />

Os novos investimentos russos para<br />

aumento da produção e modernização da<br />

indústria florestal na Sibéria e na região<br />

leste indicam que o país está apostando na<br />

alternativa de ser um supridor de produtos<br />

acabados para a China. O governo Russo está<br />

buscando atrair investimentos estrangeiros<br />

para promover o desenvolvimento da indústria<br />

florestal, e para tal tem um programa<br />

de redução de impostos e de facilitação ao<br />

acesso a créditos. Esta iniciativa tem atraído<br />

investidores finlandeses e também chineses.<br />

A China deverá também buscar uma<br />

diversificação das fontes de suprimento. De<br />

certa forma ela já vem buscando esta diversificação,<br />

e uma das novas fontes é a América<br />

Latina. Em 2020 a importação chinesa<br />

de madeira em toras de coníferas (Pinus) do<br />

Brasil atingiu cerca de 350 mil m 3 (99% do<br />

total exportado), um crescimento de mais<br />

de 100% em relação ao ano anterior. Já as<br />

importações de toras de não coníferas do<br />

Brasil em 2020 chegaram a mais de 600 mil<br />

m 3 (62% do total).<br />

O crescimento chinês da demanda de<br />

madeira em toras de outras fontes é, no<br />

curto prazo, uma oportunidade para o Brasil.<br />

Os preços internacionais deverão crescer e<br />

as exportações brasileiras deverão aumentar.<br />

No entanto isto poderá afetar o suprimento<br />

de madeira para a indústria local e o primeiro<br />

efeito será um aumento dos preços no<br />

mercado doméstico.<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

O adeus do mestre<br />

O setor florestal perdeu no final de março, o sócio fundador<br />

da Rotary-Ax, Sr. Werner Krüger D’Almeida, pioneiro na fabricação<br />

de sabres e produtos para o corte florestal mecanizado no Brasil.<br />

Werner começou a sua vida no setor florestal em empresas<br />

como a Volvo do Brasil, Blount, Maxion e New Holland. Em 1999,<br />

juntamente com sua esposa Mara Lúcia Polo Krüger D’Almeida,<br />

resolveu montar a sua própria empresa, fundando a Rotary-Ax.<br />

Nesse período, Werner que sempre foi um entusiasta sobre corte<br />

florestal, conseguiu com a sua empresa competir no mesmo nível<br />

com os produtos importados, colocando a indústria brasileira em<br />

um excelente patamar.<br />

O mestre, como era carinhosamente chamado, deixou mais<br />

de 15 patentes industriais que revolucionaram e continuam<br />

revolucionando o mercado de corte florestal. A Rotary-Ax, desde<br />

2017, é uma grande parceira comercial da Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL. “Lamento muito a ausência do Sr. Werner. Todas<br />

as vezes que tive o prazer de conversar com ele, aprendi muito<br />

sobre produtos e sistemas de corte florestal”, lamenta Fábio<br />

Machado, diretor comercial da Revista. A continuidade do seu legado,<br />

seguirá nas mãos da esposa e sócia, Mara Lúcia Polo Krüger<br />

D’Almeida, da filha e engenheira Bruna Polo Krüger D’Almeida e<br />

do genro e engenheiro Victor Hugo Shinohara Viviani.<br />

Fotos: divulgação<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


otaryax<br />

rotaryaxoficial<br />

disco de<br />

fellerbuncher<br />

linha<br />

feller<br />

LANÇAMENTO<br />

parafusos<br />

PATENTEADO<br />

LINHA DENTE DE CORTE COM<br />

CARBETO DE TUNGSTÊNIO POR DEPOSIÇÃO<br />

(com e sem haste)<br />

LINHA DENTE DE CORTE em<br />

aço temperado<br />

Maior ângulo de corte<br />

do mercado<br />

Maior<br />

durabilidade<br />

#7mm<br />

HASTE FIXAmaior<br />

segurança<br />

para<br />

sua operação<br />

florestal!<br />

A ROTARY-AX<br />

NÃO INDICA A<br />

UTILIZAÇÃO<br />

COM HASTE<br />

ROSCADA<br />

#3,5mm<br />

Sistema overlap<br />

linha<br />

dente de corte<br />

#7MM<br />

evolução rotary-ax<br />

linha<br />

dente de corte<br />

#3,5MM<br />

standard<br />

Outros<br />

produtos:


Foto: divulgação<br />

NOTAS<br />

Environmental Finance’s<br />

<strong>2021</strong> Bond Awards<br />

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos<br />

desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, foi homenageada<br />

no prêmio Environmental Finance’s <strong>2021</strong> Bond Awards<br />

organizado pela Environmental Finance, mídia especializada<br />

em investimentos sustentáveis e finanças verdes. A empresa<br />

foi reconhecida na categoria Sustainability-linked Bond of the<br />

Year pela emissão de dois títulos sustentáveis no último ano<br />

nos valores de US$ 750 milhões e US$ 500 milhões, totalizando<br />

US$ 1,25 bilhão. A companhia foi a segunda do mundo<br />

e a primeira do hemisfério sul e das Américas a emitir esse<br />

tipo de bond atrelado a metas ambientais. “Estamos muito<br />

orgulhosos deste prêmio, vindo de uma publicação de tanto<br />

prestígio. A emissão dos primeiros títulos sustentáveis em<br />

nosso setor e nas Américas foi um marco importante para<br />

nossa empresa. Além do reconhecimento e da reputação, também alcançamos o menor índice da história das empresas brasileiras em<br />

títulos de dívida de 10 anos”, comemora Marcelo Bacci, diretor executivo de finanças, relações com investidores e jurídico da Suzano.<br />

Ainda de acordo com o executivo, este prêmio representa o compromisso e avanço da companhia na frente ESG, que é essencial para<br />

a geração de valor compartilhado. “Esperamos poder inspirar e estimular outras empresas a assumirem compromissos semelhantes,<br />

criando soluções sustentáveis e inovadoras para os diversos desafios que a nossa sociedade enfrenta.”<br />

Flona do Jamari<br />

O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) coordenou a reunião<br />

extraordinária do Conselho Consultivo da Floresta Nacional<br />

do Jamari e a audiência pública para debater a proposta do<br />

edital de concessão florestal do lote III da Flona (Floresta<br />

Nacional) do Jamari, em Rondônia. Os encontros virtuais<br />

aconteceram, respectivamente, nos dias 23 e 24 de março,<br />

e contaram com a participação de autoridades dos municípios<br />

de Itapuã do Oeste, Cujubim e Candeias de Jamari,<br />

empresários do setor madeireiro, estudantes, moradores<br />

da região, representantes do SFB, do IBAMA, do ICMBIO<br />

(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade),<br />

BNDES, organizações não-governamentais e associações locais. O objetivo dos eventos foi detalhar o processo de concessão florestal<br />

e apresentar a proposta de edital para a concessão da UMF (Unidade de Manejo <strong>Florestal</strong>) V da Flona do Jamari, com uma extensão<br />

de 38.4 mil ha (hectares). Essa área fazia parte da UMF III, que foi concedida à empresa Amata, em 2008. No entanto, esse contrato foi<br />

extinto, em 2020, por meio de um distrato amigável e permitiu a inclusão da UMF em novo processo licitatório. <strong>2021</strong> 02 24 audiência<br />

pública jamari. O diretor-geral adjunto do SFB, João Crescêncio, ressaltou que a realização da audiência pública está inserida na Lei<br />

11.284/2006 e visa dar transparência ao processo de concessão florestal e ouvir a comunidade e os setores público e privado envolvidos<br />

no processo. “A voz da comunidade que vive na floresta está presente na construção do edital e reforça a necessidade de aliar a<br />

sua conservação com a produtividade oriunda do manejo florestal sustentável.” O diretor de Concessão <strong>Florestal</strong> e Monitoramento do<br />

SFB, Paulo Carneiro, destacou que a realização da audiência é uma oportunidade para apresentar de maneira clara os dispositivos do<br />

edital. “Nesse momento é importante receber as contribuições que possam ajudar na melhoria do edital e na formatação do futuro<br />

contrato de concessão florestal.”<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


A PROTEÇÃO PRECISA E EFICAZ<br />

PARA O CRESCIMENTO DA SUA FLORESTA<br />

0800 18 3000<br />

www.unibras.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Comércio entre Brasil<br />

e Estados Unidos<br />

A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria<br />

de Madeira Processada Mecanicamente), representando<br />

o setor industrial madeireiro, integra a<br />

campanha que pede a aprovação no Congresso<br />

Nacional dos Protocolos de Facilitação de Comércio<br />

e de Boas Práticas Regulatórias entre Brasil<br />

e EUA (Estados Unidos da América). A iniciativa,<br />

liderada pela CNI (Confederação Nacional das<br />

Indústrias), Amcham Brasil e U.S Chamber of<br />

Commerce, conta com o apoio de 32 entidades<br />

empresariais, entre elas a Abimci. Por meio do envio<br />

de uma carta conjunta à Casa Civil, as instituições pedem celeridade no encaminhamento de mensagem ao congresso nacional para<br />

que seja iniciada a apreciação desses protocolos, que depende de aprovação dos parlamentares para entrar em vigor. Nos EUA, a definição<br />

dos procedimentos para vigência é de competência exclusiva do executivo. Os documentos concluídos em outubro de 2020 prevêem,<br />

entre outros pontos, a implementação de procedimentos aduaneiros eficientes e transparentes, redução de custos, cooperação<br />

na área de facilitação do comércio e fiscalização aduaneira e redução de burocracias de comércio bilateral entre os dois países. Quanto<br />

às boas práticas regulatórias, os protocolos abordam a necessidade de consultas públicas para novos regulamentos, definição de prazos<br />

para envio de contribuições, mecanismos para avaliar a necessidade de alteração regulatória e publicação da agenda regulatória.<br />

Cultivo<br />

do eucalipto<br />

Um das atividades realizadas pela EMBRA-<br />

PA Florestas, durante a edição online do Show<br />

Rural Coopavel <strong>2021</strong>, foi o lançamento do livro:<br />

Municípios formadores da Bacia do Paraná 3 e<br />

Palotina: estudos de clima, solos e aptidão das<br />

terras para o cultivo do eucalipto. A obra relata<br />

as ações de pesquisa desenvolvidas no projeto<br />

Bioeste Florestas e os resultados destes estudos,<br />

criados para dar bases mais sólidas ao plantio<br />

de eucalipto para a produção de energia a partir<br />

de biomassa florestal na região oeste do Paraná.<br />

O livro busca dar subsídio para agentes públicos<br />

e gestores de cooperativas, bem como, outros<br />

atores locais, visando um desenvolvimento mais<br />

sustentável e profissional da silvicultura regional.<br />

Com edição técnica dos pesquisadores da Embrapa<br />

Florestas, João Bosco Vasconcelos Gomes e<br />

Marcos Silveira Wrege, o livro reúne a contribuição<br />

de 16 autores em quatro capítulos.<br />

Foto: divulgação<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


EQUIPAMENTOS PARA<br />

SILVICULTURA<br />

ANCINHOS<br />

PARA APLICAÇÃO EM PÁ-CARREGADEIRAS<br />

MULCHER TRITURADORES<br />

E ROÇADEIRAS<br />

DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO NO BRASIL<br />

SUBSOLADORES<br />

FLORESTAIS<br />

Conheça nossas<br />

soluções completas<br />

www.jdesouza.com.br<br />

jdesouzaequipamentosflorestais<br />

+55 (49) 3226 0511 | +55 (49) 3226 0722<br />

MATRIZ: LAGES-SC<br />

FILIAL 1 : SETE LAGOAS-MG<br />

FILIAL 2 : IMPERATRIZ-MA<br />

EQUIPAMENTOS QUE SUPORTAM<br />

O RIGOR DA FLORESTA.


NOTAS<br />

Taxa externa<br />

comum<br />

Depois de reduzir em 10% as tarifas de importação<br />

de máquinas, computadores e celulares, o Ministério da<br />

Economia quer estender o benefício aos demais produtos<br />

tarifados em conjunto com os países do Mercosul. Em<br />

nota oficial, o Ministério da Economia informou que a<br />

TEC (Tarifa Externa Comum) está desatualizada e é alta<br />

para os padrões atuais. “Trabalhamos pela redução transversal<br />

das nossas tarifas de importação, que passam pela<br />

modernização da TEC do Mercosul, que data de 1995 e<br />

não mais reflete a realidade produtiva atual. Estamos em<br />

negociação com nossos parceiros do Mercosul uma redução<br />

de 10% em todas as alíquotas. A base dessa negociação<br />

são os princípios da transversalidade, previsibilidade<br />

e gradualismo”, informou a pasta. A nota veio após reação de parte da indústria brasileira, que considerou que a medida anunciada<br />

prejudica diversos fabricantes nacionais de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) e de bens de informática<br />

e de telecomunicações. Segundo o Ministério da Economia, o Brasil pode iniciar medidas de abertura comercial porque o custo Brasil<br />

(custo para manter empresas no país) diminuiu com uma série de reformas recentes.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

OCDE<br />

A ABIMCI (Associação Brasileira da<br />

Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)<br />

passa a ter mais uma importante<br />

representação institucional para apresentar<br />

as demandas do setor industrial madeireiro.<br />

A associação integra desde fevereiro o OCDE<br />

(Grupo de Trabalho da Organização para a<br />

Cooperação e Desenvolvimento Econômico).<br />

A entidade atuará ao lado da Diretoria de<br />

Desenvolvimento Industrial e Economia da<br />

CNI (Confederação Nacional da Indústria). O<br />

objetivo é contribuir para a pauta de temas<br />

de interesse da indústria brasileira e elaborar<br />

estudos que apoiem a adesão do Brasil à<br />

OCDE. A participação do país na organização<br />

é considerada pelo setor industrial uma<br />

conquista importante que poderá contribuir<br />

para a modernização regulatória e das estruturas<br />

brasileiras de governança.<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


www.rotorequipamentos.com.br<br />

Fone: (41) 3628-1583 | Cel: (41) 98414-6053 e (41) 98417-9271<br />

WhatsApp: (41) 98414-6053 e (41) 98498-7404<br />

vendas@rotorequipamentos.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Mercado<br />

americano<br />

Em meio às adversidades de um período que restringiu a economia,<br />

a produção e a mobilidade em todos os mercados ao redor<br />

do mundo, a indústria brasileira de móveis e colchões mostrou,<br />

mais do que nunca, sua força e potencial de expansão. Dando<br />

sequência à trajetória positiva do último ano, as exportações moveleiras<br />

em janeiro de <strong>2021</strong> apresentaram crescimento de 36,9%<br />

comparando-se a igual mês de 2020. Os dados atualizados são do<br />

estudo: Monitoramento das Exportações; — parte do conjunto de<br />

ações mensais de inteligência comercial e competitiva do Projeto<br />

Brazilian Furniture, realizado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira<br />

das Indústrias do Mobiliário) em parceria com a APEX-Brasil<br />

(Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).<br />

Destaque para a exportação de estofados, que no primeiro mês do<br />

ano cresceu 47,4% na comparação com janeiro de 2020. Nas demais<br />

categorias monitoradas pelo estudo, os números também são<br />

animadores: colchões, 44,2%; móveis de madeira, 36%; e móveis de<br />

metal, 27,2%. Demonstrando, assim, oportunidades de internacionalização<br />

em todos os segmentos.<br />

Sob nova<br />

direção<br />

O novo diretor-geral do SFB<br />

(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), Pedro<br />

Alves Correa Neto, foi nomeado para<br />

uma reestruturação do órgão. “O<br />

SFB está fortalecido com a estrutura<br />

renovada, mais capaz de atender às<br />

necessidades do desenvolvimento<br />

agroambiental sustentável do Brasil”,<br />

disse Neto. A ministra da Agricultura,<br />

Tereza Cristina, foi a responsável por<br />

empossar a nova diretoria. A antiga Diretoria de Cadastro e Fomento <strong>Florestal</strong>, que cuida do CAR (Cadastro Ambiental Rural), mudou<br />

de nome e passa a se chamar Diretoria de Regularização Ambiental. Essa nova diretoria foi fortalecida pelo Decreto 10.662, e passa de<br />

duas para três coordenações gerais (Coordenação-Geral de Apoio aos Estados, Coordenação-Geral de Gestão do CAR, Coordenação-<br />

-Geral de Gestão do SICAR). Antes possuía apenas duas. João Adrien será o diretor substituto. A Diretoria de Concessão e Monitoramento<br />

<strong>Florestal</strong> recebeu a função de manter o Cadastro Nacional de Florestas Públicas. Antes essa função era da Diretoria de Cadastro<br />

e Fomento <strong>Florestal</strong>. A diretoria é comandada por Paulo Henrique Marostegan e Carneiro. A Diretoria de Pesquisa e Informação<br />

<strong>Florestal</strong> passa a se chamar Diretoria de Desenvolvimento <strong>Florestal</strong> e recebeu a Coordenação de Fomento <strong>Florestal</strong>, que antes estava<br />

subordinada à antiga Diretoria de Cadastro e Fomento <strong>Florestal</strong>. O diretor é Humberto Navarro de Mesquita Junior.<br />

Foto: divulgação<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Manejo sustentável<br />

Em celebração ao dia Nacional da Conservação do Solo,<br />

a Bracell anunciou que tem realizado ações, nos Estados de<br />

São Paulo e Bahia, que visam ao manejo florestal sustentável<br />

como forma de melhorar o uso do solo, fazendo com<br />

que ele permaneça preservado e rico em nutrientes. João<br />

Fernando Silva, gerente de Silvicultura da Bracell, informa<br />

algumas destas ações, que têm início já na produção de<br />

mudas, obtidas a partir de materiais genéticos oriundos de<br />

árvores matrizes selecionadas e melhoradas. A empresa<br />

realiza também o planejamento de implantação – com a<br />

definição do uso do solo, objetivando maximizar o campo<br />

de plantio e delimitar as áreas de proteção ambiental. Ainda<br />

de acordo com João, o preparo de solo é realizado de forma<br />

mecanizada e apenas a linha de plantio é preparada (subsolada)<br />

– uma técnica chamada de cultivo mínimo. Além disso,<br />

a empresa adota o plantio em nível para as áreas com declividade, o que favorece a manutenção da umidade e dos nutrientes no solo,<br />

mitigando o risco de erosão e lixiviação. “Outro ponto importante é em relação à conservação química do solo. Para isso, sempre fazemos<br />

aporte de nutrientes, por meio de nutrição mineral. Este trabalho de conservação e melhoramento ocorre a partir de uma análise<br />

complexa e detalhada realizada pelo nosso setor de pesquisa, antes de fazer um novo plantio de eucalipto. Desta forma, garantimos<br />

os nutrientes necessários para nunca exaurir o solo”, ressalta João, informando que “a Bracell consegue melhorar, em algumas áreas, a<br />

qualidade do solo, deixando-o mais rico do que a média da região.”<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Ibá 7 anos<br />

Em abril, a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) comemorou 7<br />

anos de existência. Um caminho recheado de conquistas ao lado<br />

das empresas associadas, protagonistas fundamentais desse trabalho<br />

institucional. E, para marcar esta data, a IBÁ trouxe duas ações<br />

que valorizam o setor de árvores cultivadas. Alguns depoimentos<br />

de nomes do setor comentam sobre a força desta agroindústria e o<br />

trabalho de suporte da associação durante todos os anos. Será lançado<br />

um vídeo por semana até o início de maio, destacando a construção<br />

conjunta e consolidação deste setor, uma referência para<br />

o mundo. O primeiro vídeo conta com a participação de Horacio<br />

Lafer Piva, presidente do Conselho Deliberativo da IBÁ; Sabrina de<br />

Branco, gerente de Relações Institucionais da Bracell; Sérgio Ribas,<br />

diretor-presidente da Irani; Carlos Aguiar, membro do Conselho<br />

Consultivo da IBÁ; Ivone Namikawa, consultora de Sustentabilidade<br />

<strong>Florestal</strong> da Klabin. Para conferir o material, acesse o canal no<br />

youtube da instituição.<br />

24 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Corredor<br />

de árvores<br />

Foi concluída, em março deste ano, a primeira etapa de<br />

implantação do corredor de árvores na região do Araguaia,<br />

batizado de: Corredor de Biodiversidade do Araguaia; que<br />

faz a conexão do Cerrado com a floresta amazônica, perpassando<br />

por seis Estados da região norte e centro-oeste<br />

do Brasil. De acordo com reportagem do portal Ciclo Vivo,<br />

este corredor criará uma artéria verde com 2.600 km (quilômetros)<br />

de extensão e 40 km de largura, sendo 20 km de<br />

cada lado da margem do rio Araguaia e Tocantins. Com área<br />

total de 10,8 milhões de ha (hectares), a meta é reflorestar 1<br />

milhão de ha – que hoje estão degradados ou desmatados –<br />

com espécies nativas do Cerrado e da Amazônia. Para tanto,<br />

calcula-se que sejam necessários 1,7 bilhão de árvores. O<br />

ambicioso programa de plantio foi desenvolvido pela Fundação<br />

Black Jaguar, do empresário holandês Ben Valks. Além<br />

de restaurar a fragmentada paisagem do corredor ecológico,<br />

o projeto contribuirá para a preservação da fauna e flora e<br />

para a produção agroflorestal.<br />

Exportações<br />

acreanas<br />

O Estado do Acre tem muito a comemorar neste<br />

início de ano. Além de ser um dos principais produtores e<br />

exportadores de madeira tropical, a região ainda possui a<br />

menor taxa de desmatamento entre todos os Estados da<br />

Amazônia Legal. E o valor das exportações acreanas no setor<br />

de florestas anima ainda mais os produtores. O montante<br />

de negociações internacionais da madeira representou 28%<br />

da remessas totais do Estado, que valiam US$ 8 milhões,<br />

de acordo com o Observatório de Permanente Fórum de<br />

Desenvolvimento do Acre, mas em 2019 as exportações de<br />

madeira foram de US$ 12 milhões. O principal destino das<br />

exportações da madeira e produtos derivados do Estado do<br />

Acre em 2020 foram os EUA (Estados Unidos da América)<br />

com 41%, seguido pela Holanda com 19%, e China com 12%.<br />

Os principais portos de exportação foram Manaus (53%) no<br />

Estado do Amazonas, Paranaguá (42%), no Estado do Paraná,<br />

região sul do Brasil.<br />

Foto: divulgação<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br


AUMENTE SUA PRODUÇÃO<br />

COM EQUIPAMENTOS<br />

MILL INDÚSTRIAS<br />

LINHA COMPLETA DE SERRARIAS PARA EUCALIPTO, PINUS E TECA.<br />

Número 1 em vendas de equipamentos do setor madeireiro no Brasil<br />

BLOCO<br />

SERRA FITA HORIZONTAL<br />

PICADOR


COLUNA<br />

Parceria com EMBRAPA<br />

deve impulsionar estudos<br />

de manejo florestal<br />

A ampliação das<br />

pesquisas em<br />

torno do Manejo<br />

<strong>Florestal</strong> contribui<br />

diretamente para<br />

a continuidade e<br />

aprimoramento<br />

da atividade<br />

respeitando a<br />

legislação<br />

Iniciativa visa apresentar à sociedade<br />

o manejo florestal como atividade<br />

sustentável e essencial<br />

O<br />

CIPEM se reuniu, em abril, com representantes da EMBRAPA (Empresa<br />

Brasileira de Pesquisa Agropecuária), da unidade EMBRAPA Florestas, para<br />

dialogar sobre pesquisas florestais. A reunião ocorreu de modo remoto e<br />

teve como pauta central a definição das próximas etapas para os estudos<br />

de manejo florestal e também, de elaboração de projetos que incentivem e<br />

deem maior visibilidade à prática e aos trabalhos derivados dela e dos respectivos estudos.<br />

Um dos assuntos que nortearam a reunião foi o estudo de MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável)<br />

do Ipê, que será utilizado como modelo para desenvolver MFS de outras espécies<br />

florestais autorizadas. Para isso, os participantes discutiram sobre a condução deste estudo,<br />

desde a metodologia empregada, à divulgação dos resultados e o encaminhamento para o<br />

Jardim Botânico. Outro ponto discutido foi sobre a necessidade de estruturar as questões<br />

burocráticas que envolvem os estudos sobre manejo florestal, para que os resultados sejam<br />

validados pelos órgãos ambientais competentes.<br />

Nesse sentido, a parceria firmada entre CIPEM e EMBRAPA objetiva apresentar à sociedade<br />

o manejo florestal como atividade sustentável e essencial. Outro objetivo é o de<br />

fomentar a revisão e modernização de normas que regulam a atividade. Rafael Mason, presidente<br />

do CIPEM, agradeceu a parceria e reafirmou o compromisso em programar novas<br />

agendas técnicas para evoluir no conceito de produzir e conservar. “O CIPEM, SINDUSMAD<br />

juntamente com os demais Sindicatos Empresariais da base florestal de Mato Grosso reforçam<br />

seu compromisso com a floresta”, afirmou.<br />

Conforme apontou a EMBRAPA, não há forma mais eficaz de garantir a proteção às<br />

florestas, do que o aumento de áreas manejadas em todo país. Pois é o único uso do solo<br />

que não remove a cobertura florestal. Dessa forma, as próximas ações estabelecidas em<br />

conjunto, durante a reunião, consistem em somar esforços para ampliar os estudos e prática<br />

de MFS. São elas: Realizar agenda com o Jardim Botânico; solicitar e delimitar área para estudos<br />

de manejo florestal, definindo de 2 a 3 empresas que manejam Ipê, para serem amostradas;<br />

identificar proprietários para solicitar permissão de realização dos estudos; efetuar<br />

estes levantamentos com o apoio do CIPEM; verificar a disponibilidade das imagens das<br />

propriedades pelo Estado; Planejar visita do Pesquisador Evaldo Muñoz Braz, responsável<br />

por gerenciar os estudos; desenvolver demonstrativo parcial do que foi executado no estudo<br />

de MFS do Ipê entre os dias 5 e 9 de abril e, identificar as principais demandas do setor<br />

para novos ajustes e pesquisas.<br />

A ampliação das pesquisas em torno do manejo florestal contribui diretamente para a<br />

continuidade e aprimoramento da atividade respeitando a legislação. Outro ponto é que,<br />

aprofundar no tema, também auxiliará na desconstrução de conceitos errôneos preestabelecidos<br />

e que prejudicam o setor, como a associação da produção florestal com o desmatamento,<br />

por exemplo. Assim, o CIPEM entende que se faz essencial a continuidade da<br />

parceria firmada com a EMBRAPA para executar esta importante tarefa com a manutenção<br />

da floresta em pé e a sociedade.<br />

https://cipem.org.br<br />

EMBRAPA FLORESTAS<br />

A EMBRAPA Florestas atua de forma cooperativa com universidades, instituições estaduais<br />

de pesquisa, empresas de assistência técnica e de extensão rural, organizações<br />

não-governamentais, empresas e associações do setor privado, poder público, instituições<br />

internacionais, produtores e suas associações, cooperativas, entre outros parceiros.<br />

Para conferir o artigo na íntegra, acesse: https://cipem.org.br/parceria-com-embrapa-<br />

-deve-impulsionar-estudos-de-manejo-florestal/<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


DRV SUPREMA<br />

A MARCA DA<br />

FACA<br />

Para todas as<br />

marcas e<br />

modelos de<br />

Picadores<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

O setor madeireiro é carente de<br />

incentivos econômicos, como linhas<br />

de crédito, para o financiamento<br />

das suas operações. Além disso, o<br />

setor de florestas nativas enfrenta<br />

a concorrência desleal com a<br />

atividade de exploração ilegal.<br />

É preciso vigilância constante<br />

do poder público para coibir a<br />

ilegalidade”<br />

Álvaro Scheffer Junior, presidente da APRE<br />

(Associação Paranaense de Empresas de<br />

Base <strong>Florestal</strong>)<br />

“A mudança do SFB (Serviço<br />

<strong>Florestal</strong> Brasileiro) para o<br />

Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento<br />

reforça o empenho do Governo<br />

Federal em aliar a conservação<br />

ambiental com a agenda<br />

produtiva. É preciso olhar para<br />

as florestas públicas como um<br />

instrumento de geração de renda<br />

para a comunidade que vive<br />

nelas, de desenvolvimento da<br />

bioeconomia, ao mesmo tempo<br />

em que conservamos o meio<br />

ambiente”<br />

Valdir Colatto, diretor-geral do SFB (Serviço<br />

<strong>Florestal</strong> Brasileiro)<br />

“Acreditamos que essa<br />

parceria irá gerar bons frutos.<br />

Trabalho em grupo é muito<br />

produtivo e contar com uma<br />

representação tão atuante e<br />

abrangente como a da ABAF<br />

criará muitas oportunidades.<br />

Agradecemos o convite, nos<br />

associarmos à ABAF é uma<br />

grande satisfação”<br />

Maíra Venturoli, representante da área<br />

comercial da Cruzeta e Madeiras Venturoli,<br />

nova associada da ABAF (Associação Baiana das<br />

Empresas de Base <strong>Florestal</strong>)<br />

30 www.referenciaflorestal.com.br


A marca da silvicultura<br />

Calagem<br />

Limpeza de àrea<br />

pós colheita<br />

Subsolagem, fertilização<br />

e marcação de covas<br />

Plantio e irrigação<br />

Combate à incêndios<br />

Adubação de cobertura<br />

Capina mecânica e aplicação<br />

de pré-emergente<br />

Capina química<br />

Há quase 30 anos no mercado, a Bizmaq possui a mais completa linha de<br />

implementos para silvicultura, atendendo os maiores reflorestadores do Brasil.<br />

Rua dos Empresários, 201 - Sernamby | São Mateus - ES<br />

atendimento@bizmaq.com.br | (27) 3763-3353 / (27)99988-3371<br />

www.bizmaq.com.br


ENTREVISTA<br />

Tecnologia a<br />

FAVOR DO<br />

PRODUTOR<br />

Technology in favor<br />

of the producer<br />

Fotos: divulgação<br />

C<br />

ada vez mais utilizados pelo setor florestal, os<br />

drones vieram para ficar: auxiliam em tarefas<br />

mais complexas, cumprem trabalho em áreas<br />

cada vez maiores e promovem maior segurança<br />

ao operador. Para abordar este tema, a REFERÊNCIA FLORES-<br />

TAL entrevisou o diretor e CFO da Skydrones, Daniel Bandeira,<br />

que trouxe as particularidades e vantagens em se adotar o<br />

sistema de drones para dentro da floresta. Existe desde 2010,<br />

os primeiros protótipos de drones e desde então fizemos o primeiro<br />

voo em estádio, fotografia e filmagem. Em 2016 começamos<br />

a focar nos drones de pulverização, tecnologia própria,<br />

que basicamente atinge 90% do faturamento de drones de<br />

pulverização existentes no mercado nacional. Confira:<br />

I<br />

ncreasingly used in the Forestry Sector, drones have<br />

come to stay: they assist in the more complex tasks,<br />

work in increasingly more extensive areas, and<br />

promote better operator safety. To address this issue,<br />

REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> entertained Daniel Bandeira, Director<br />

and CFO of Skydrones, who told us about the particularities and<br />

advantages of using the drone system in the forest. Our first<br />

drone prototypes have been around since 2010, and since then,<br />

we have made flights over stadiums, taken photos, and filmed.<br />

In 2016, we started to focus on spray drones, a technology that,<br />

now, is 90% of our billing for drones<br />

Check out below:<br />

ENTREVISTA<br />

Daniel Estima<br />

Bandeira<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor/CFO Skydrones<br />

Director/CFO of Skydrones<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

MBA em Gestão de Tecnologia da Informação pela USP<br />

(Universidade de São Paulo)<br />

MBA in Information Technology Management, University of<br />

São Paulo (USP)<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br


Aplicações florestais<br />

com autocarregadoras<br />

forwarder<br />

780/50-28.5<br />

750/55-26.5<br />

700/70-34<br />

SKIDERS<br />

35.5L32 LS2<br />

30.5L32 LS2<br />

PNEUS<br />

GF pneus brasil ltda<br />

(51) 99922-3527 | (67) 99676-5150<br />

gfpneusbrasil.andrade@gmail.com


ENTREVISTA<br />

O drone consegue substituir<br />

15 pessoas no trabalho<br />

manual, com relatórios de<br />

aplicação, maior velocidade<br />

e menor custo<br />

>> Como a adoção de drones pode auxiliar no desenvolvimento<br />

do setor florestal brasileiro?<br />

De inúmeras formas. Nós, que trabalhamos desde 2017,<br />

realizamos nossos primeiros trabalhos para suprir as necessidades<br />

do pré-plantio, especialmente em áreas de encosta,<br />

pois tratores e aviões não podiam operar devido ao<br />

declive do terreno. O drone consegue substituir 15 pessoas<br />

no trabalho manual, com relatórios de aplicação, maior<br />

velocidade e menor custo. Após essa primeira experiência,<br />

tivemos atividades de dispersão de granulados, inseticidas<br />

e, atualmente, existem drones até mais modernos que<br />

possuem mapeamento, que identifica problemas e realiza<br />

aplicação em pontos necessários para evolução, sem contar<br />

o georreferenciamento e demais funcionalidades. Por<br />

exemplo, posso citar um cliente nosso que usa uma plataforma,<br />

criada pela Skydrones, que serve como radar para<br />

entender a compactação do solo e detectar formigueiros.<br />

Além disso tudo, existem projetos, ainda não implementados,<br />

na parte de vigilância com drones de alta duração,<br />

que podem prevenir incêndios florestais.<br />

>> Quais são as principais vantagens desses equipamentos<br />

em campo?<br />

Em nossos anos de experiência, podemos perceber que a<br />

segurança para o operador é uma das grandes vantagens,<br />

por não colocá-lo em situações que podem ser perigosas,<br />

assim como no quesito econômico. Um drone capacitado<br />

pode substituir 15 pessoas no campo. Sem contar todas as<br />

vantagens na gestão mais unificada de toda uma floresta.<br />

>> Na sua opinião, ainda há resistência de empresários<br />

do setor em investir em tecnologias como esta para a otimização<br />

de processos?<br />

Pelo contrário. Acho que essa fase já passou. Hoje em dia<br />

temos visto, em todas as empresas, uma vontade de iniciar<br />

as operações com drones. Muitas buscam terceirizar o processo<br />

ou até mesmo adquirir sua frota própria para, no mínimo,<br />

testar as funcionalidades dessa tecnologia. Estamos<br />

muito otimistas com o futuro para o setor de drones justamente<br />

por esse crescimento no interesse do consumidor.<br />

How can the use of drones help in the development<br />

of the Brazilian Forestry Sector?<br />

In countless ways, we have been working since 2017<br />

and carried out our first work to meet the pre-planting<br />

needs, especially on hillside areas, because<br />

tractors and airplanes could not operate due to the<br />

slope of the terrain. The drone can replace 15 people<br />

in manual labor with application reports, higher<br />

speeds, and lower costs. After this first experience,<br />

we carried out such activities as the dispersion of<br />

granules and insecticides. More modern drones<br />

even carry out mapping, which identifies problems<br />

and performs application in points necessary for the<br />

evolution of the forest, not counting georeferencing<br />

and other functionalities. For example, I can quote<br />

a customer who uses a platform created by Skydrones,<br />

which serves as a radar to understand soil<br />

compaction and anthill detection. In addition, there<br />

are projects not yet implemented in the surveillance<br />

area with high-duration drones, which can prevent<br />

the spread of forest fires.<br />

What are the main advantages of using this equipment<br />

in the field?<br />

In our years of experience, we have realized that<br />

operator safety is one of the significant advantages,<br />

by not putting him/her in dangerous situations and<br />

the economic aspect. A capable drone can replace 15<br />

people in the field. Not to mention all the advantages<br />

of unified management of an entire forest.<br />

In your opinion, is there still any resistance from entrepreneurs<br />

in the Sector to invest in technologies<br />

like this for process optimization?<br />

On the contrary, I think that phase is over. Today, in<br />

all companies, we have seen a willingness to start<br />

operations with drones. Many seek to outsource<br />

the process or even acquire their own fleet to test<br />

the functionalities of this technology. We are very<br />

optimistic about the future of the drone industry precisely<br />

because of this growth in customer interest.<br />

What are the main obstacles to a drone system not<br />

being widely used?<br />

These days, I don’t see any obstacles. What we<br />

need to understand is just the learning curve for the<br />

Brazilian market. But that is something that doesn’t<br />

have the proportion it had in 2017, for example.<br />

Technology has been evolving very fast, and the<br />

technical knowledge in the Brazilian market has<br />

accompanied this movement. And further, I say: this<br />

is a two-way street, because we also learn a lot from<br />

the customer, who present their needs and, in this<br />

way, we create new projects, aligned with customer<br />

needs.<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

>> Quais são os principais obstáculos para que esse sistema<br />

de drones não seja amplamente utilizado?<br />

Para ser sincero, não vejo obstáculos hoje em dia. O que<br />

nós precisamos entender é apenas a curva de aprendizado<br />

do mercado brasileiro. Mas isso é algo que não tem a proporção<br />

que tinha em 2017, por exemplo. A tecnologia vem<br />

evoluindo muito rápido, e o conhecimento técnico do mercado<br />

brasileiro tem acompanhado esse movimento. E digo<br />

mais: esse é um aprendizado de duas mãos, pois também<br />

aprendemos muito com o cliente, que nos passa demandas<br />

e, desta forma, criamos novos projetos, alinhados às<br />

necessidades do consumidor.<br />

>> Que outras novas tecnologias semelhantes podem ser<br />

inseridas no setor florestal para diminuir custos e otimizar<br />

processos?<br />

Essa é uma pergunta interessante, pois a tecnologia de<br />

drones caminha conjuntamente à parte de telefonia, então<br />

temos cada vez mais uma participação em processamento<br />

de imagem, pois o drone é uma plataforma de aplicação e<br />

captação de imagens. Hoje já temos desenvolvido alguns<br />

projetos de IA (Inteligência Artificial), conectividade com o<br />

5G e toda uma gama de novas tecnologias.<br />

Can other similar new technologies be introduced<br />

into the Forestry Sector to reduce costs and optimize<br />

processes?<br />

This is an exciting question because drone technology<br />

goes hand in hand with telephony, so we increasingly<br />

have a stake in image processing because<br />

the drone is a platform for applying and capturing<br />

images. Today, we have already developed some<br />

Artificial Intelligence projects, connectivity with 5G,<br />

and a whole range of other new technologies.<br />

A tecnologia vem<br />

evoluindo muito rápido, e<br />

o conhecimento técnico<br />

do mercado brasileiro<br />

tem acompanhado esse<br />

movimento<br />

Foto: divulgação<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


CONHEÇA O NOVO<br />

CABEÇOTE S-162E<br />

DA KOMATSU<br />

FOREST BR!<br />

Comprovadamente um cabeçote especialista em descascamento de eucaliptos<br />

de grande porte, altamente produtivo e com um baixo custo de manutenção.<br />

Principais características da máquina:<br />

Cabeçote flexível<br />

e confiável<br />

Projeto robusto e<br />

componentes comprovados<br />

Descascamento eficaz com facas<br />

desgalhadoras especialmente projetadas<br />

que seguem a forma natural da árvore<br />

Braços do rolo de tração em ângulo para<br />

otimizar o processo de descascamento<br />

Quatro facas desgalhadoras móveis<br />

hidráulicas e uma faca superior fixa<br />

Faca fixa na parte traseira do cabeçote,<br />

otimizada para descascamento de eucalipto<br />

Tensionador de corrente<br />

automático<br />

Medição de diâmetro incluída como padrão,<br />

localizada no pivô do braço do rolo de tração<br />

ISSO É KOMATSU FOREST.<br />

TECNOLOGIA IMBATÍVEL PARA GARANTIR MAIS RESULTADOS E PRODUTIVIDADE!<br />

Nos acompanhe nas redes sociais:<br />

siga @komatsuforest e fique por<br />

dentro de todas as novidades.<br />

Entre em contato: +55 (41) 98845 - 3211<br />

www.komatsuforest.com.br


PRINCIPAL<br />

Evolução<br />

CONSTANTE<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


Uma das líderes do mercado de máquinas<br />

florestais no mundo comemora 100 anos,<br />

pavimentados no sucesso do passado e na<br />

visão consistente de futuro<br />

Fotos: divulgação<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

39


PRINCIPAL<br />

E<br />

m <strong>2021</strong>, a Komatsu, gigante do mercado de máquinas<br />

florestais, celebra um século de sucesso, enquanto a<br />

sua divisão florestal , a Komatsu Forest comemora seis<br />

décadas de excelência. A empresa fundada em maio<br />

de 1921 construiu ao longo dos anos uma reputação<br />

irretocável de desenvolvimento e qualidade. Deixando assim de<br />

ser um pequeno pinheiro (significado de seu nome em japonês:<br />

ko-matsu), para se tornar referência em seus ramos de atuação.<br />

Hoje o grupo conta com 219 empresas subsidiárias, mais de 60<br />

mil funcionários, está presente em vários países e é a segunda<br />

maior empresa de máquinas de mineração do mundo, segunda<br />

maior de máquinas de construção e uma das líderes de máquinas<br />

florestais. Aproveitando o momento marcante da empresa, a Komatsu<br />

decidiu pela unificação do seu posicionamento de marca,<br />

fazendo com que todas as empresas do grupo, como a Komatsu<br />

Forest, por exemplo, seja reconhecida apenas como Komatsu.<br />

Dessa forma, sua presença nos seis continentes será sempre<br />

reconhecida da mesma maneira em todas as áreas de atuação da<br />

empresa. A decisão de unificar as marcas teve foco na expansão da<br />

apresentação da marca para os clientes, realizada recentemente.<br />

Segundo o representante de operações do Brasil, Toshiro Okada,<br />

todas as empresas, que operam sob a marca Komatsu adotaram<br />

a nova estratégia de integração. “Essa unificação faz parte desta<br />

estratégia. Com isso, a Komatsu está empenhada em apresentar<br />

uma imagem corporativa globalmente padronizada, capaz de se comunicar<br />

de forma mais consistente em todos os diversos mercados<br />

e áreas geográficas”, enaltece Okada. Quando perguntado sobre<br />

a situação dos clientes da Komatsu diante das mudanças, Okada<br />

tranquiliza e valoriza os parceiros da empresa: “Com a unificação,<br />

a Komatsu passa a ser vista de forma única por seus clientes, consequentemente,<br />

gerando mais valor aos seus negócios”, garante o<br />

representante de operações da empresa no Brasil.<br />

UM NOVO CAPÍTULO, UM NOVO LEMA<br />

Mudar toda a estrutura da marca também levou a um novo<br />

Constant evolution<br />

One of the world’s leaders in the forest<br />

machinery market celebrates 100 years, with<br />

a road paved with past successes and a<br />

consistent vision of the future<br />

I<br />

n <strong>2021</strong>, Komatsu, a giant in the forestry machinery<br />

market, celebrates a century of success, while its forest<br />

division, Komatsu Forest, celebrates six decades of excellence.<br />

Over the years, the Company, founded in May 1921,<br />

has built an untouchable reputation for development and<br />

quality. Thus, no longer a small pine tree (meaning of its name<br />

in Japanese: ko-matsu), the Company has become a reference in<br />

its branches of operation. Today, the Group comprises 219 subsidiaries<br />

with more than 60 thousand employees and is present in<br />

many countries. It is the 2nd largest mining machine supplier, 2nd<br />

largest construction machinery supplier, and one of the leading<br />

suppliers of forestry machinery worldwide. Taking advantage of<br />

the Company’s landmark moment, Komatsu decided to unify the<br />

positioning of its brand, making all companies in the Group, such<br />

as Komatsu Forest, for example, being recognized only as Komatsu.<br />

Thus, its presence on the six continents will be recognized consistently<br />

in the same way in all areas of the Company’s operations.<br />

The decision, made recently, was to unify the brands and expand<br />

the Company’s presentation of its brand to customers. According<br />

to Toshiro Okada, Operations Representative in Brazil, all companies<br />

operating under the Komatsu brand have adopted the new<br />

integration strategy. “This unification is part of this strategy. With<br />

this, Komatsu is committed to presenting a globally standardized<br />

corporate image, capable of communicating more consistently<br />

across all diverse markets and geographic areas,” clarifies Okada.<br />

When asked about the situation of Komatsu’s customers in the<br />

face of the changes, Okada reassures and values the Company’s<br />

Nova Fábrica Komatsu Forest One: um passo em frente<br />

para o meio ambiente, para a igualdade e integração<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


commercial relationships: “With unification, Komatsu is now seen<br />

uniquely by its customers, consequently generating more value to<br />

its business,” says the Operations Representative in Brazil.<br />

A NEW CHAPTER, A NEW MOTTO<br />

Changing the entire structure of the brand also led to a new<br />

slogan. Leaving aside mottos that could be directed only to the<br />

performance segments of each area, the motto chosen was<br />

“Creating Value Together.” “It concerns our mission which is to<br />

create value through production and technological innovation<br />

to ensure a sustainable future where people, businesses, and the<br />

planet thrive together,” explains Okada. Also, according to the<br />

new motto, Okada clarifies the depth of the slogan. “Creating<br />

Value refers to the products, solutions, information, activities,<br />

and services provided by Komatsu employees and distributors.”<br />

The Company’s focus is on sustainability and looking to a<br />

better future. “While ‘Together’ indicates that we conduct our<br />

activities and create solutions in collaboration with all stakeholders,<br />

not just our interests,” adds Okada, valuing the Company’s<br />

new business cycle.<br />

slogan. Deixando de lado lemas que pudessem ser direcionados<br />

apenas aos segmentos de atuação de cada área, o mote escolhido<br />

foi Creating value together (Criando valor juntos). “Ele diz respeito<br />

ao nosso propósito, que é criar valor por meio de produção e<br />

inovação tecnológica para garantir um futuro sustentável onde<br />

pessoas, negócios e o planeta prosperem juntos”, explica Okada.<br />

Ainda segundo o novo lema, Okada esclarece a profundidade do<br />

slogan. “Criando valor refere-se aos produtos, soluções, informações,<br />

atividades e serviços fornecidos pelos funcionários e<br />

distribuidores da Komatsu.”<br />

O foco da empresa está na sustentabilidade e no olhar para um<br />

futuro melhor. “Enquanto, juntos, indica que conduzimos nossas<br />

atividades e criamos soluções em colaboração com todas as partes<br />

interessadas, não apenas visando nossos próprios interesses”,<br />

completa Okada, valorizando o novo momento da empresa.<br />

KOMATSU NO BRASIL<br />

A Komatsu chega ao Brasil nos anos de 1960 através de importações<br />

e instala sua fábrica, a primeira fora do Japão, em 1975,<br />

menos de 15 anos depois da criação da então Komatsu Forest, sua<br />

divisão focada em máquinas e equipamentos florestais. Hoje a<br />

empresa conta com mais de 3,5 mil funcionários, entre fábricas e<br />

outras unidades, presentes em quatro Estados brasileiros. Além da<br />

exploração de recursos relacionados à madeira, a Komatsu produz<br />

máquinas para construção civil e mineração.<br />

Seu foco em excelência fez com que a entrada no país fosse<br />

baseada em dantotsu, palavra japonesa que significa incomparável.<br />

Essa busca constante pela primazia conquistou o mercado<br />

brasileiro e clientes, que estão com a marca há aproximadamente<br />

30 anos, como a <strong>Florestal</strong> Barra. Lauro José Tonin, diretor de qualidade<br />

da empresa conta que a parceria entre Komatsu e <strong>Florestal</strong><br />

Barra se iniciou em 1993, quando foi adquirida a primeira máquina<br />

de baldeio. Anos depois, em 2001, veio o cabeçote focado no<br />

descascamento de madeira. Tonin explica também os principais<br />

KOMATSU IN BRAZIL<br />

Komatsu arrived in Brazil in 1967 through imports. Later in<br />

1975, it installed its factory, the first outside Japan, less than 15<br />

years after creating the then Komatsu Forest, its division focused<br />

on forestry machines and equipment. Today, the Company has<br />

more than 35 hundred employees, including those in factories<br />

and other units present in four Brazilian states. In addition to<br />

the exploitation of forest-related resources, Komatsu produces<br />

construction and mining machinery.<br />

Its focus on excellence meant that the entry into the country<br />

was based on dantotsu, a Japanese word meaning “incomparable.”<br />

This constant search for primacy won over the Brazilian<br />

market and customers, such as <strong>Florestal</strong> Barra, which has been<br />

with the brand for approximately 30 years. Lauro José Tonin,<br />

Director of Quality Control for <strong>Florestal</strong> Barra, says that the business<br />

relationship between Komatsu and <strong>Florestal</strong> Barra began in<br />

1993 when a log handler was acquired. Years later, in 2001, came<br />

the head focused on timber debarking. Tonin also explains the<br />

main reasons for the long-standing relationship with Komatsu.<br />

“Komatsu has been able to develop in the forest area a product<br />

Nova Fábrica<br />

“Nós nos tornaremos UMA Komatsu Forest. Esse é o conceito<br />

por trás do Komatsu Forest One. Com isso queremos dizer que toda<br />

a produção é feita em um só lugar, em uma linha de montagem, é um<br />

passo em frente para o meio ambiente e um passo para a igualdade e<br />

integração. É o valor central das operações de produção da Komatsu<br />

LTD que permeia o design da nova fábrica. A nova unidade poderá<br />

atender rapidamente às mudanças e se adaptar às necessidades do<br />

negócio, tanto na fábrica quanto no escritório. A linha de produção<br />

obtém um processo mais eficiente e, ao mesmo tempo, proporciona<br />

uma melhor qualidade. Komatsu e o município de Umeå (Suécia) concordaram<br />

em um acordo de terra para a área entre a E12 no sul e os<br />

ramais ferroviários no lado norte. Com esta localização, nos tornamos<br />

um marco único na floresta, onde o local e a construção formam uma<br />

instalação óbvia e sustentável. Por meio desse esforço, queremos a<br />

fábrica mais produtiva do setor - a planta-mãe florestal do mercado.”


PRINCIPAL<br />

motivos para que a Komatsu seja uma parceira de longa data. “A<br />

Komatsu conseguiu desenvolver na área florestal um produto que<br />

vem de encontro com aquilo que procuramos: qualidade e peças<br />

de reposição imediata. As máquinas Komatsu têm se destacado<br />

nas operações florestais desenvolvidas pela <strong>Florestal</strong> Barra, principalmente<br />

pela confiabilidade e produtividade”, garante Tonin.<br />

Este novo ciclo da empresa no mundo também se reflete nas<br />

ações da Komatsu no Brasil. Felipe Vieira, Gerente Geral de Marketing<br />

e Vendas, valoriza a integração das marcas também para<br />

os clientes brasileiros. “A Komatsu busca um footprint positivo na<br />

sociedade, e como entendemos que nos referimos à um mundo,<br />

temos que agir como uma Komatsu.” Ele finaliza afirmando os valores<br />

envolvidos nessa nova etapa e o quanto isso é importante para<br />

clientes e funcionários do grupo. “Este alinhamento de proposta<br />

de valor, de intenções e posicionamento da marca, trará ganhos<br />

importantes à Komatsu Forest, que agirá de forma mais integrada<br />

e aproveitará os desenvolvimentos já feitos em outras empresas<br />

do próprio grupo.”<br />

PREPARAÇÃO VIRTUAL PARA O MUNDO REAL<br />

Já se foi o tempo em que maquinário florestal era composto<br />

por uma série de alavancas com movimentos bruscos e difíceis.<br />

As máquinas novas contam com sistemas intuitivos, práticos e<br />

com controle cada vez mais leve e de acesso fácil. Pensando na<br />

qualificação, a Komatsu oferece a seus parceiros e clientes um<br />

simulador para o treinamento dos operadores.<br />

O treinamento realizado nos aparelhos proporciona a prática<br />

qualitativa e quantitativa antes mesmo do começo do trabalho<br />

efetivo. Durante o treinamento, o participante conta com o auxílio<br />

de um instrutor, que apresenta todas as funcionalidades do maquinário<br />

disponível para o teste. Ao utilizar o simulador, o profissional,<br />

que será responsável pelo manejo do maquinário, pode escolher<br />

o tipo de terreno, a paisagem e as espécies de árvores com que<br />

irá trabalhar, para uma experiência real de campo. Além disso,<br />

operadores de máquinas diferentes podem treinar ao mesmo<br />

tempo, para que a simulação do trabalho beire o máximo possível<br />

da realidade e apresente resultados próximos daqueles que serão<br />

obtidos no dia a dia. Outro fator que é preponderante para a facilitação<br />

do aprendizado é a possibilidade de gravação das aulas. O<br />

aluno grava sua atividade e a partir dela o instrutor pode passar<br />

observações e dicas para que na próxima tentativa o operador<br />

saiba como desempenhar sua função de forma mais assertiva.<br />

that meets what we are looking for: quality and immediate spare<br />

parts. Komatsu machines have excelled in the forestry operations<br />

being carried out by <strong>Florestal</strong> Barra, mainly for reliability and<br />

productivity,” assures Tonin.<br />

Komatsu’s new worldwide cycle is also reflected in the<br />

Company’s domestic actions. Felipe Vieira, General Manager of<br />

Marketing and Sales, values the integration of brands for Brazilian<br />

customers. “Komatsu seeks a positive footprint in society, and<br />

because we understand that we refer to the world, we have to act<br />

like a Komatsu.” He concludes by stating the values involved in this<br />

new stage and how important this is for customers and employees<br />

of the Group. “This alignment of value proposition, intentions, and<br />

brand positioning will bring important gains to Komatsu Forest,<br />

which will act in a more integrated fashion and take advantage<br />

of developments already made in other companies in the Group.”<br />

VIRTUAL PREPARATION FOR THE REAL WORLD<br />

Gone is the time when forest machinery was composed of a<br />

series of levers with sudden and complex movements. The new<br />

machines have intuitive, practical systems with increased light<br />

control and easy access. Thinking about qualification, Komatsu<br />

offers its customers a simulator for operator training.<br />

The training performed on the devices provides qualitative<br />

and quantitative practice even before beginning practical work<br />

in the field. During training, the participant has the help of an<br />

instructor, who presents all the functionalities of the machinery<br />

available for the test. When using the simulator, the professional<br />

responsible for operating the machinery can choose the type of<br />

terrain, landscape, and tree species with which the equipment<br />

will work for a real in-field experience. In addition, operators of<br />

different machines can train simultaneously so that the work<br />

simulation represents in-field reality as much as possible and<br />

presents results close to those in daily operations. Another factor<br />

that is predominant for facilitating learning is the possibility of<br />

recording the training sessions. The student operator records his<br />

activity. From this, the instructor can pass along observations and<br />

A Komatsu passa a ser vista de<br />

forma única por seus clientes<br />

Toshiro Okada, representante de<br />

operações no Brasil, da Komatsu<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


Dessa maneira, o operador terá lições que vão do nível mais<br />

básico, até o controle total das possibilidades de manuseio, seja<br />

ela uma grua padrão, combinada, ou por meio dos cabeçotes das<br />

linhas S ou C ou dos cabeçotes para descascamento de madeira.<br />

A CULTURA SUSTENTADA EM EFICIÊNCIA<br />

Os 100 anos de história não se construíram apenas por trabalho,<br />

mas por uma forma de pensar e agir chamada de Komatsu<br />

Way. O estilo Komatsu ou modo Komatsu tornou-se uma cultura<br />

interna da empresa. Essa cultura empresarial é o que norteia<br />

suas ações e faz com que a excelência e a alta qualidade sejam<br />

os principais alvos em tudo que a companhia disponibiliza para<br />

seus funcionários e clientes.<br />

O que orienta essa cultura são cinco pontos: Segurança em<br />

primeiro lugar; Garantia de qualidade; Melhorias contínuas;<br />

Foco no cliente e Certificação ISO9001. Cada um deles, aliado ao<br />

sistema de treinamento, a disponibilidade imediata de peças e<br />

serviços de manutenção, evolução constante, além da conquista<br />

de novos mercados.<br />

tips so that the operator knows how to perform his function more<br />

assertively in the next attempt. In this way, the operator will have<br />

sessions ranging from the most basic level to complete control of<br />

handling possibilities, be it a standard crane combined with heads<br />

from the S or C lines or with heads for timber debarking<br />

A CULTURE SUSTAINED IN EFFICIENCY<br />

The 100-year history was built not only on work but on a way<br />

of thinking and acting in the so-called Komatsu Way. The Komatsu<br />

Way has become an internal culture within the Company. This<br />

business culture guides actions and makes excellence and high<br />

quality the main targets in everything the Company makes available<br />

to its employees and customers.<br />

Five points guide this culture: Safety First; Quality Assurance;<br />

Continuous Improvements; Customer Focus; and ISO9001 Certification.<br />

Each coupled with the training system, the immediate<br />

availability of parts and maintenance services, constant evolution,<br />

and the conquest of new markets.<br />

Este alinhamento de proposta de valor,<br />

de intenções e posicionamento da<br />

marca, trará ganhos importantes à<br />

Komatsu Forest<br />

Felipe Vieira, gerente geral de marketing<br />

e vendas da Komatsu Forest Brasil<br />

Valores da empresa:<br />

- Técnicas de fabricação e inovação tecnológica;<br />

- Empoderamento ou capacitação;<br />

- Futuro responsável, que engloba resiliência,<br />

equilíbrio e o que a empresa defina como pessoas,<br />

negócios e o planeta.<br />

Company values:<br />

- Manufacturing techniques and technology innovation;<br />

- Empowerment or Proper Training;<br />

- Responsible future that encompasses resilience, balance,<br />

and what the Company defines as people, business, and<br />

the planet.<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

43


ESPÉCIE<br />

A propagação de espécies<br />

NATIVAS E SUA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

Fotos: divulgação<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


O desenvolvimento de técnicas silviculturais<br />

de propagação vegetativa voltadas para<br />

as espécies nativas é de fundamental<br />

importância devido a riqueza da<br />

biodiversidade florestal presente no Brasil<br />

O<br />

setor florestal brasileiro apresentou um<br />

grande desenvolvimento tecnológico através<br />

da silvicultura ao longo de sua história, desde<br />

seu início na década de 1960. Nesse cenário<br />

merece destaque a silvicultura clonal,<br />

que é marcada pelo uso de técnicas de propagação vegetativa<br />

que, em grande maioria, foram aplicadas as espécies<br />

exóticas, quando comparado as espécies nativas. Isso ocorreu<br />

visto que muitas espécies exóticas apresentaram grande<br />

adaptação as condições edafoclimáticas do Brasil, em especial<br />

as dos gêneros Eucalyptus e Pinus, apresentando ótimo<br />

crescimento e desenvolvimento, além de ciclos produtivos<br />

(rotações) mais curtos.<br />

Embora já se tenha uma tecnologia silvicultural bem<br />

estruturada para essas espécies exóticas, atualmente tem-se<br />

preocupado também com a propagação das espécies nativas<br />

do Brasil, onde as mudas produzidas são usadas para diversas<br />

finalidades, além da formação de plantios comerciais homogêneos.<br />

Com isso, a importância do cultivo e propagação<br />

de árvores nativas se torna muito discutida, embora ainda<br />

seja menos estudada quando comparada às tecnologias disponíveis<br />

para eucalipto e pinus plantados no país.<br />

O desenvolvimento de técnicas silviculturais de propagação<br />

vegetativa voltadas para as espécies nativas se torna de<br />

interesse e também justificada quando observada a riqueza<br />

da biodiversidade florestal presente no país. Muitas espécies<br />

são responsáveis por geração de renda ao setor florestal,<br />

devido ao fornecimento de madeira em tora ou serrada<br />

ou pela coleta e industrialização de produtos florestais não<br />

madeireiros. Nesse último caso podem ser coletados frutos,<br />

sementes, óleos, látex, etc., e a partir deles serem produzidos<br />

outros produtos a serem usados em diversos setores.<br />

Com isso é possível observar a necessidade do cultivo e<br />

propagação de espécies nativas para obtenção de produtos<br />

que servirão de matéria-prima para vários setores em escala<br />

comercial, pela contribuição para a conservação da biodiversidade<br />

nativa, pela domesticação e adaptação das espécies,<br />

equilíbrio do microclima da região de plantio, etc.<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

45


ESPÉCIE<br />

Nas últimas décadas têm se observado um aumento<br />

considerável da preocupação com a qualidade ambiental e<br />

conservação da biodiversidade existente no Brasil, o que cria<br />

incentivos para a recuperação de áreas degradadas e áreas<br />

de reservas legais, o que gera um aumento da necessidade<br />

de mudas de espécies nativas. Nesse sentido a produção de<br />

mudas de espécies nativas tem objetivos diversos, sendo<br />

muitos deles voltados para recuperação de áreas degradadas<br />

e reservas legais, paisagismo e arborização urbana,<br />

enriquecimento de áreas, usos em sistemas agroflorestais,<br />

além da formação de plantios homogêneos para finalidades<br />

comerciais, como a produção de madeira. Para isso é necessário<br />

ter o conhecimento da tecnologia de produção dessas<br />

espécies voltado para uma produção em larga escala.<br />

Várias técnicas podem ser usadas na propagação de<br />

espécies nativas e a sua escolha também pode estar relacionada<br />

ao uso final das mudas produzidas e custos envolvidos<br />

na sua produção. Nesse cenário a propagação sexuada por<br />

meio do uso de sementes para multiplicação das espécies<br />

florestais nativas ainda apresenta grande potencial. Esse<br />

método é preferível, por exemplo, para a produção de mudas<br />

a serem usadas na recuperação de áreas degradadas,<br />

pois o mesmo proporciona maior variabilidade genética.<br />

Através do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />

Abastecimento) foram estabelecidas normas para produção,<br />

comercialização e uso de sementes e mudas de espécies florestais<br />

nativas. Com o trabalho dos coletores em áreas destinadas<br />

a coletas de sementes de árvores matrizes, o acesso<br />

às mesmas tornou-se facilitado, assim foi possível criar um<br />

novo mercado, onde viveiros passaram a produzir e vender<br />

mudas de espécies nativas, com a aplicação das melhores<br />

técnicas para cada espécie.<br />

Com o passar dos anos, entretanto, a propagação sexuada<br />

tornou-se limitada para a produção comercial de mudas<br />

em larga escala, em decorrência dos problemas com sementes<br />

de determinadas espécies. Na produção de mudas via<br />

seminal encontra-se problemas relacionados à dificuldade<br />

de determinação da época de floração e frutificação de cada<br />

espécie, dificultando uma coleta contínua de sementes,<br />

além da necessidade de conhecimento de características<br />

próprias de cada tipo de semente. Outro fator de influência<br />

é em relação a dormência das sementes, que é um mecanismo<br />

que atrasa a germinação, podendo ser por fatores<br />

fisiológicos, físicos, mecânicos ou morfológicos. A diferença<br />

do tipo de camada que cobre e protege a semente, chamado<br />

tegumento, implica em diferentes padrões de absorção<br />

de água e oxigênio, além de influenciar no método e tempo<br />

de armazenamento. Isso possibilita separar as sementes em<br />

dois grupos chamados ortodoxas e recalcitrantes.<br />

A propagação vegetativa, por sua vez, ocorre pela multiplicação<br />

assexuada, que proporciona a formação de um<br />

novo indivíduo a partir de um segmento de uma planta já<br />

existente. Esse segmento, chamado propágulo, terá células<br />

As técnicas mais<br />

usuais de propagação<br />

vegetativa são a<br />

estaquia, a miniestaquia<br />

e a microestaquia, sendo<br />

amplamente utilizadas<br />

para a propagação das<br />

espécies exóticas<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


denominadas meristemas, que por sua vez são capazes de<br />

formar um novo sistema radicular quando colocado em<br />

um substrato apropriado, como terra de subsolo, matéria<br />

orgânica etc., além de uma condição ambiental controlada,<br />

como luz e temperatura, que variam de acordo com a espécie<br />

a ser utilizada.<br />

Com isso as técnicas mais usuais de propagação vegetativa<br />

são a estaquia, a miniestaquia e a microestaquia, sendo<br />

amplamente utilizadas para a propagação das espécies<br />

exóticas, como as do gênero Eucalyptus. Esses métodos são<br />

amplamente aplicados na clonagem de espécies exóticas,<br />

mas demostraram eficiência também em diversas espécies<br />

nativas. Existem ainda outras duas técnicas importantes,<br />

denominadas enxertia e alporquia, que também podem ser<br />

usadas na propagação vegetativa das espécies nativas.<br />

A principal diferença entre estaquia, miniestaquia e microestaquia<br />

é a variação do tamanho de segmento caulinar,<br />

foliar ou radicular retirado da planta matriz. A estaquia é o<br />

método mais conhecido de propagação vegetativa, a qual é<br />

a mais desenvolvida e que serviu de base para avanços em<br />

pesquisas no Brasil. Nela são utilizadas brotações de 6 a 10<br />

cm (centímetros) retirados de uma planta matriz, que são<br />

colocados em um substrato para o enraizamento. Assim, as<br />

pequenas brotações de plantas estabelecidas que possuem<br />

galhos novos, podem ser capazes de gerar um novo individuo<br />

por meio do enraizamento desse segmento. Essa técnica<br />

possui grande viabilidade econômica, principalmente por<br />

seu baixo custo em relação as outras técnicas.<br />

A miniestaquia partiu do aperfeiçoamento da estaquia,<br />

onde pesquisas apontaram que a redução do tamanho do<br />

segmento não teria influência negativa na capacidade de<br />

formar raízes. Assim essa técnica ficou caracterizada por<br />

utilizar segmentos que variam de 2 a 6 cm de comprimento,<br />

ou seja, segmentos menores em relação a estaquia. Desta<br />

forma, a miniestaquia apresentou vantagens por diminuir o<br />

tempo de espera de crescimento dos segmentos das plantas<br />

matrizes, bem como a área necessária para a obtenção dos<br />

mesmos. Os novos indivíduos produzidos através da estaquia<br />

e miniestaquia são replicados em tubetes contendo<br />

substrato, onde permanecem por um determinado tempo<br />

em casa de vegetação, com irrigação e temperatura regulada.<br />

Posteriormente essas mudas passam por processos de<br />

rustificação até estarem aptas para o plantio em campo.<br />

A miniestaquia vem sendo estudada e tem se mostrado<br />

viável de aplicação para a propagação de espécies nativas<br />

como o cedro (Cedrela fissilis), erva-mate (Ilex paraguariensis)<br />

e também para o ipê roxo (Handroanthus heptaphyllus).<br />

Especificamente para o ipê roxo, a miniestaquia é uma técnica<br />

interessante, pois a espécie possui madeira de alto valor<br />

comercial, sendo indicada para plantios florestais e recuperação<br />

de áreas degradadas, mas que apresenta queda no<br />

teor de germinação após certo tempo de armazenamento<br />

de suas sementes, além da ausência de uniformidade das<br />

árvores a partir da propagação seminal.<br />

A miniestaquia também apresenta viabilidade de aplicação<br />

para o paricá (Schizolobium amazonicum) e o guapuruvu<br />

(Schizolobium parahyba). As madeiras dessas espécies<br />

podem ser usadas como matéria-prima para produção de<br />

painéis reconstituídos de madeira, além da produção de<br />

madeira serrada para a fabricação de forros, palitos, móveis,<br />

molduras, etc. Essas espécies possuem sementes com dormência<br />

tegumentar, ou seja, uma barreira física ocasionada<br />

pela casca, a qual impede a entrada de água, tornando necessário<br />

a aplicação de métodos de quebra de dormência,<br />

como o processo de escarificação mecânica para que seja<br />

possível ocorrer a germinação das suas sementes. Isso faz<br />

com que a miniestaquia seja uma técnica interessante para<br />

a propagação dessas espécies.<br />

Os métodos de propagação vegetativa podem viabilizar<br />

ou acelerar o melhoramento genético das plantas, proporcionando<br />

vantagens como a maior uniformidade das árvores<br />

em um plantio, maiores taxas de crescimento e produtividade,<br />

além de resistência a doenças. Outra vantagem é a<br />

combinação genética, que possibilita agregar características<br />

benéficas como o melhoramento da resistência a doenças<br />

e pragas. É importante salientar também que mesmo com<br />

os benefícios proporcionados pela aplicação das técnicas de<br />

propagação vegetativa, a produção de mudas via seminal<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

47


ESPÉCIE<br />

não é totalmente substituída e inviável, sendo, em alguns<br />

casos, desejável na propagação de espécies florestais.<br />

Como desvantagem da aplicação dessas técnicas de<br />

propagação vegetativa é possível citar a falta de variabilidade<br />

genética, ocasionada pela falta de cruzamento entre<br />

árvores, visto que essas técnicas submetem a clonagem de<br />

indivíduos. Para a produção de mudas com finalidades de<br />

enriquecimento ou recuperação de áreas degradadas deve-<br />

-se coletar brotações de diferentes plantas a fim de diminuir<br />

esse problema. Um outro fator a ser considerado é o custo<br />

envolvido no processo de fabricação de estacas, bem como<br />

da mão de obra especializada para a aplicação correta das<br />

técnicas.<br />

A grande diversidade florística existente no Brasil ocasiona<br />

uma demanda de estudos mais aprofundados sobre<br />

a aplicação desses métodos para as diversas espécies<br />

florestais, de modo a ser escolhida a melhor técnica para<br />

determinada espécie. Cada espécie possui uma resposta<br />

específica diante da aplicação das tecnologias voltadas para<br />

sua propagação, as quais não seguem um padrão específico<br />

ou ainda não descoberto para todas as espécies de interesse<br />

econômico. Cada método apresenta vantagens e desvantagens,<br />

onde não é possível definir como uma regra qual é a<br />

mais viável, porém com os avanços nas pesquisas, fica cada<br />

vez mais comprovado a eficiência e benefícios da aplicação<br />

dos métodos de propagação vegetativa.<br />

Diante do exposto, é possível confirmar a importância<br />

que as técnicas de propagação vegetativa possuem para<br />

as espécies florestais nativas, bem como a necessidade de<br />

estudos contínuos para se conhecer as melhores técnicas<br />

de propagação vegetativa para cada gênero ou espécie.<br />

Contudo, para a aplicação das técnicas em maiores escalas<br />

de produção, faz-se necessário maiores investimentos em<br />

pesquisas, com maior número de testes a campo, para definição<br />

dos melhores resultados para cada espécie e finalidade<br />

de uso das mudas (plantios comerciais, enriquecimento<br />

de áreas, recuperação de áreas degradadas, etc.). Com isso,<br />

torna-se necessário uma análise geral do objetivo da propagação<br />

e sobre a escolha de qual espécie a ser utilizada. O<br />

conhecimento deverá ser voltado as particularidades das espécies<br />

de interesse comercial, visto que existe uma grande<br />

diversidade da flora brasileira, que apresentam diferentes<br />

comportamentos quanto a reprodução e propagação. Isso<br />

permite determinar detalhes desse comportamento e as<br />

respostas relacionados à cada espécie ou as técnicas escolhidas.<br />

Artigo desenvolvido pela estudante Vitoria Natali Nunes<br />

Melo e pelo professor Wescley Viana Evangelista<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Vem aí!<br />

Patrocinadores:<br />

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />

MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

www<br />

revistareferencia.com.br<br />

comercial@revistareferencia.com.br


MINUTO FLORESTA<br />

A indústria mais eficiente<br />

E SUSTENTÁVEL<br />

O Programa de Excelência em<br />

Pulverização é a base para uma<br />

revolução nos processos florestais<br />

G<br />

arantir os melhores resultados, com os menores<br />

custos e maiores lucros é o objetivo de<br />

toda e qualquer empresa. Pensando nisso,<br />

há 10 anos a Bayer Floresta desenvolve junto<br />

aos seus parceiros e clientes o PEP (Programa<br />

de Excelência em Pulverização). Com nome autoexplicativo,<br />

seu objetivo é fazer com que a pulverização, por exemplo,<br />

de defensivos nas mudas tenha o mais alto nível de eficácia.<br />

O PEP funciona através de uma consultoria que dura<br />

uma semana, em que uma equipe de especialistas da Bayer<br />

Floresta visita o cliente e analisa os procedimentos que<br />

podem ser melhorados para otimização da produção. Paulo<br />

Coutinho, consultor florestal do PEP, explica que o programa<br />

consiste em visitas ao campo, fornecimento de boletins<br />

técnicos, treinamentos presenciais e online, além de uma<br />

constante disponibilidade para troca de informações com os<br />

clientes e prestadores de serviços e treinamentos.<br />

Conforme citado por Coutinho, o PEP é dividido em quatro<br />

etapas:<br />

Diagnóstico: quando é realizada a coleta de informações;<br />

Recomendações: quando a equipe aponta possíveis<br />

melhorias;<br />

Relatório Final: onde são apresentados todos os dados<br />

recolhidos e as sugestões;<br />

Treinamentos e Acompanhamento: que podem ser presenciais<br />

ou virtuais.<br />

Coutinho ressalta que os processos de pulverização<br />

eram feitos quase sempre por empresas terceirizadas. Não<br />

existia uma cobrança sistemática de um padrão de qualidade<br />

para os pulverizadores, o que levava ao desperdício e<br />

baixo rendimento do trabalho. “Através das visitas no campo<br />

percebemos a necessidade de se criar um alto nível de conhecimento<br />

técnico sobre qualidade dos equipamentos e<br />

aplicações, tanto no corpo técnico das empresas florestais,<br />

como das empresas prestadoras”, ressalta Coutinho.<br />

Guilherme Christo, gerente de silvicultura da Suzano<br />

Papel e Celulose, explica que o PEP foi um espelho de boas<br />

práticas do passado trazido de volta pela Bayer Floresta com<br />

bastante sucesso e a participação no programa foi baseada<br />

em uma necessidade. “Tínhamos uma carência do ponto<br />

de vista de qualificação técnica das equipes, de condições<br />

dos equipamentos, das estruturas de campo e o programa<br />

trouxe uma visão mais técnica de tecnologia e aplicação,<br />

capacitando os profissionais, internos e terceirizados, buscando<br />

uma evolução contínua do processo de pulverização”,<br />

explica Guilherme. Ele comenta ainda, os resultados do PEP.<br />

“Houve uma redução de desperdício de produto químico,<br />

redução de doses e a diminuição em torno de 25% do uso<br />

do principal defensivo aplicado pela empresa, mantendo a<br />

mesma qualidade”, comemora o gerente de silvicultura da<br />

Suzano.<br />

“Outro resultado muito importante é a evolução da<br />

conformidade. Tínhamos no passado pontas de pulverização<br />

com gotejamento ou despadronizadas. Hoje não vemos<br />

mais isso no campo.”<br />

Para Julia Junqueira, analista de processos florestais da<br />

Veracel, além da padronização na aplicação e diminuição<br />

de gastos, o PEP trouxe outros benefícios. “Redução do impacto<br />

ambiental, evitando a necessidade de se realizar uma<br />

nova aplicação em decorrência de falhas, além do aumento<br />

do conhecimento técnico dos trabalhadores de campo em<br />

decorrência dos treinamentos”, destaca Julia.<br />

O gerente de operações florestais de silvicultura da<br />

Unidade <strong>Florestal</strong> da Suzano no Maranhão, Luís Carlos de<br />

Abreu, conta que aliar o PEP ao programa de excelência<br />

já adotado pela empresa foi chave para o sucesso. “Todas<br />

ações do nosso Programa, incluindo o PEP fundamentalmente<br />

tem contribuído para a melhoria contínua dos processos<br />

ligados à tecnologia de aplicação de herbicidas, garantindo<br />

padronizações, multiplicação do conhecimento, otimizações<br />

operacionais e finalmente reduções de custos.”<br />

Foto: divulgação<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


Tema:<br />

WORKSHOP<br />

ONLINE<br />

SILVICULTURA DE ALTA PERFORMANCE:<br />

do plantio à indústria<br />

29 de junho às 19h<br />

Palestrantes:<br />

Realização:<br />

REVISTA<br />

Acompanhe em nosso canal:<br />

@revistareferencia


FISCALIZAÇÃO<br />

Operação<br />

HANDROANTHUS<br />

Foto: divulgação<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


Indústria madeireira denuncia<br />

abusos de operação da Polícia<br />

Federal na apreensão de<br />

madeira no Pará<br />

D<br />

esde o início do ano tem circulado nas redes<br />

sociais um vídeo de um empresário do setor<br />

madeireiro que alega que a Operação Handroanthus,<br />

da Polícia Federal, teria cometido<br />

abusos contra a extração legal e sustentável<br />

de madeira na região de divisa entre os Estados do Pará e de<br />

Amazonas.<br />

Vinicius Belusso, da Rondobel Indústria e Comércio de<br />

Madeira, afirma que suas operações foram interrompidas<br />

durante várias semanas, sem nenhum motivo aparente.<br />

Segundo ele, máquinas de movimentação de toras foram<br />

apreendidas e sua mercadoria teria apodrecido, sem o<br />

transporte ao consumidor.<br />

“Em um ato de desespero, [gravo esse vídeo] e denuncio<br />

a ação abusiva da Operação Handoranthus em nosso porto,<br />

em dezembro de 2020. Policiais e membros do Exército, fortemente<br />

armados, bateram à nossa porta e nos ordenaram<br />

parar as operações. Em fevereiro, levaram, sem qualquer<br />

ordem judicial, muitas das nossas máquinas. Já tivemos de<br />

demitir 300 funcionários e não sabemos o que será do futuro”,<br />

suplica Belusso na gravação.<br />

Deflagrada em dezembro do ano passado, a Operação<br />

Handroanthus (batizada pelo nome científico do Ipê,<br />

árvore tradicional da região), apreendeu mais de 130 mil<br />

m 3 (metros cúbicos) de madeiras em toras, na divisa dos<br />

Estados do Pará e do Amazonas. Segundo a Polícia Federal,<br />

a quantidade de madeira seria capaz de lotar cerca de 6.243<br />

caminhões.<br />

“Todos do setor madeireiro são a favor da proteção da<br />

Amazônia e acreditamos que a nação tem de proteger suas<br />

florestas. O madeireiro defende tudo isso. Sabemos também<br />

que bandidos vêm extrair madeira ilegal e queremos<br />

a mão forte do Estado contra eles, pois são nossos maiores<br />

concorrentes, e que ainda atuam de forma ilegal”, lamenta o<br />

empresário. “Já nós somos uma empresa séria, em sua terceira<br />

geração, que trabalha com manejo florestal sustentá-<br />

vel e que tem o respeito, inclusive, das comunidades locais.<br />

Atuamos em áreas privadas, pagamos impostos e geramos<br />

empregos.”<br />

De acordo com o diretor da Rondobel, esse não é o caso<br />

da sua empresa, fundada em 1999 na cidade de Belém (PA),<br />

com foco em madeiras tropicais, “cujos produtos obtidos<br />

são destinados ao mercado interno e externo”, afirma a<br />

empresa.<br />

Relatório da Auditoria <strong>Florestal</strong> Independente da SysFlor,<br />

inclusive, atesta a sustentabilidade e legalidade da atuação<br />

da Rondobel no Estado do Pará. “Os planos de manejo<br />

executados pela Rondobel tem como principal objetivo a<br />

produção de madeira em toras para abastecimento de suas<br />

unidades industriais”, afirma o levantamento.<br />

Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato dos Policiais<br />

Federais no Amazonas afirma que a Operação Handroanthus<br />

não realizou excessos, mas também não apresentou nenhuma<br />

prova consistente contra a empresa.<br />

A investigação segue sendo acompanhada pelo Ministério<br />

Público Federal do Amazonas e pelo juízo da 7ª Vara<br />

Federal da Seção Judiciária do Amazonas.<br />

Em janeiro deste ano, a Justiça Federal do Pará determinou<br />

a prisão e multa de R$ 200 mil a cada policial envolvido<br />

em uma das etapas da Operação Handroanthus, por entender<br />

que não houve irregularidade na atuação de uma das<br />

empresas envolvidas no caso.<br />

A juíza Mara Elisa Andrade, da 7ª Vara Federal, responsável<br />

pelo caso, determinou recentemente, que a Polícia<br />

Federal devolva as máquinas e equipamentos apreendidos<br />

durante a operação. A julgar pelo entendimento da justiça,<br />

a Polícia Federal teve mais uma vez uma atuação no mínimo<br />

infeliz e comprovadamente abrupta. A ação da Polícia Federal<br />

foi tão exarcebada, o que causa estranheza, exatamente<br />

pelo fato de chegar a retirar e apreender as máquinas e<br />

equipamentos de uma empresa que trabalha há muitos<br />

anos na área.<br />

Na decisão, a Justiça entendeu que os indícios de ilegalidades<br />

são muito frágeis. Por isso, determinou a devolução<br />

do material. A Polícia Federal e o Ministério Público apresentaram<br />

imagens de satélite mostrando a exploração sem<br />

autorização. A juíza alega que a Polícia Federal não teria<br />

conseguido provar que a madeira de fato foi extraída fora de<br />

áreas de manejo. Ela afirma, ainda, que não está claro que<br />

a autoridade tivesse conhecimento prévio de crime que justificasse<br />

a apreensão, uma vez que o único documento que<br />

poderia justificar a ação só foi apresentado dois meses depois.<br />

Ainda assim, sem nenhuma prova consistente e inúmeras<br />

perguntas sem respostas, não se justifica reter o material,<br />

que é perecível, então tudo deverá ser devolvido. Pelas<br />

redes sociais, o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles<br />

defende a celeridade do devido processo legal e o amplo direito<br />

de defesa. “Se estiverem errados, que sejam punidos”,<br />

alertou o ministro. Ao que tudo indica, e de acordo com o<br />

entendimento da justiça, a ação teve mais viés político, que<br />

de defesa da ordem e da lei, que é efetivamente o que os<br />

responsáveis da Polícia Federal deveriam executar.<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

53


TRANSPORTE<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


Legislação e<br />

SEGURANÇA<br />

Saiba quais são as diretrizes e principais cuidados para o<br />

transporte de madeira, de acordo com as leis brasileiras<br />

Fotos: divulgação<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

55


TRANSPORTE<br />

U<br />

ma importante tarefa no processo florestal<br />

é, sem dúvida, o transporte de madeira da<br />

floresta até o consumidor final, seja ele uma<br />

serraria ou uma fábrica de móveis. Essa logística<br />

não é barata e, se não realizada da forma<br />

correta, pode dar muita dor de cabeça ao empresário.<br />

O transporte florestal, ou transporte de produtos florestais,<br />

é bastante delicado e regido por um punhado de regras<br />

que devem ser atentamente cumpridas pelas empresas e<br />

motorista. Por isso, a REFERÊNCIA FLORESTAL vai trazer nesta<br />

reportagem algumas precauções e dicas na hora de realizar a<br />

logística de seus insumos. Confira:<br />

CONHEÇA A LEGISLAÇÃO<br />

Como toda função produtiva, o transporte florestal é<br />

regido por regras municipais, estaduais e nacionais. Caso o<br />

produtor não obedeça algumas dessas regras, o transporte<br />

é considerado ilegal e também crime ambiental. Caminhões<br />

que transportam madeira ilegalmente podem ser apreendidos<br />

– junto com a carga – pela Polícia Militar Ambiental.<br />

No Brasil, o transporte de madeira é regulamentado pela<br />

Resolução nº 196/2006, do CONTRAN (Conselho Nacional de<br />

Trânsito). No ano seguinte, ela foi alterada em partes pela Resolução<br />

nº 246/2007. As duas resoluções estabelecem as boas<br />

práticas para o transporte de madeira, desde as exigências<br />

básicas de segurança até a descrição das características que<br />

tornam caminhões e carretas aptos a prestar esse tipo de serviço,<br />

como a presença de painéis e, em alguns casos, cabos de<br />

aço. As resoluções determinam que o comprimento mínimo<br />

de uma tora é 2,5m (metros) de madeira bruta.<br />

LOCOMOÇÃO<br />

As toras devem ser transportadas no sentido longitudinal<br />

do veículo (isto é: no mesmo sentido do que o veículo) e dispostas<br />

verticalmente ou formando pirâmides/triângulos.<br />

Para transportá-las na vertical, é obrigatório que a carroceria<br />

do caminhão tenha:<br />

• Painéis dianteiros e traseiros (os painéis traseiros só<br />

são dispensados aos veículos extensíveis);<br />

• No mínimo duas escoras laterais metálicas (fueiros),<br />

perpendiculares ao assoalho, para cada tora ou pacote<br />

de toras;<br />

• Cabo de aço ou cintas de poliéster capazes de suportar<br />

tração mínima de 3.000 kgf (quilograma-força) e<br />

tensionados a um sistema pneumático autoajustável<br />

ou por catracas fixadas na carroceria do veículo.<br />

Já para transportar as toras dispostas na forma de triângulos<br />

ou pirâmides, a carroceria deve ter:<br />

• Painel dianteiro com largura igual à da carroceria;<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


• No mínimo duas escoras laterais (fueiros), perpendiculares<br />

ao assoalho, com altura mínima de 50 cm<br />

(centímetros) e reforçadas por salva-vidas (pelo menos<br />

dois conjuntos salva-vidas para cada tora inferior<br />

externa, ou seja, que formam a base do triângulo/<br />

pirâmide) em cada um dos lados da carroceria;<br />

• Cabos de aço ou cintas de poliéster capazes de suportar<br />

tração mínima de 3 mil kg (quilograma) e tensionados<br />

por um sistema pneumático autoajustável<br />

ou por catracas fixadas na carroceria (são necessários<br />

pelo menos dois cabos de fixação por tora para<br />

manter a carga segura na carroceria);<br />

LICENÇA AMBIENTAL<br />

Como citado anteriormente, transportar madeira ilegalmente<br />

(sem a devida licença) é crime ambiental e pode<br />

resultar na apreensão da carga e também do caminhão – e<br />

em muita dor de cabeça para o motorista. Desde 2006, é<br />

obrigatório um DOF (Documento de Origem <strong>Florestal</strong>) para<br />

transportar e armazenar produtos florestais de origem nativa<br />

(inclusive carvão vegetal).<br />

O documento de origem florestal atesta a procedência<br />

da madeira e é obrigatório para o transporte de produto florestal<br />

bruto (tora, torete, poste não imunizado, escoramento,<br />

estaca, mourão, achas e lascas em fases de extração, lenha,<br />

palmito, xaxim) e também de produto florestal processado<br />

(piso, forro, porta de madeira maciça, rodapé, portal, batente,<br />

tocos, lâminas, carvão vegetal, bolacha de maneira etc). O<br />

DOF é emitido via internet, no site do IBAMA.<br />

Como toda função produtiva,<br />

o transporte florestal é<br />

regido por regras municipais,<br />

estaduais e nacionais<br />

Disco de corte para Feller<br />

Usinagem<br />

• Disco de Corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra,<br />

fabricado em aço de alta<br />

qualidade;<br />

• Discos com encaixe para<br />

utilização de até 20<br />

ferramentas, conforme<br />

diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

•Discos especiais;<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Soldagem<br />

Prestamos serviços de usinagem, caldeiraria e soldagem em peças e equipamentos conforme<br />

desenho ou amostra. Fabricação e manutenção em pistões hidráulicos.<br />

D’Antonio Equipamentos Mecânicos e Industriais Ltda<br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337 Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 | dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br


ECONOMIA<br />

Investimento<br />

EM ATIVOS<br />

FLORESTAIS<br />

Fotos: divulgação<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


Estudo da Embrapa analisou o setor moveleiro<br />

da microrregião de São Bento do Sul (SC) e trouxe<br />

detalhes sobre investimentos em ativos florestais<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

59


ECONOMIA<br />

D<br />

e acordo com recente estudo da Embrapa<br />

Florestas, a microrregião de São Bento do Sul<br />

(SC) tem aumentado seus investimentos em<br />

ativos florestais nos últimos anos, especialmente<br />

em períodos de valorização cambial.<br />

“Os ativos florestais próprios proporcionam estabilidade na<br />

matéria-prima, tanto em qualidade como preço; garantem a<br />

exploração adequada do plantio florestal e, em situações de<br />

necessidade de formação de caixa, podem ser utilizadas para<br />

liquidação de ativos”, analisa o pesquisador José Mauro Moreira,<br />

da Embrapa Florestas.<br />

No entanto, embora a maioria dos empreendedores<br />

reconheça a necessidade de se obter áreas próprias para<br />

o plantio de florestas, a carência de recursos financeiros, a<br />

elevação do preço da terra e o longo período de maturação<br />

do investimento dificultam a realização deste tipo de investimento<br />

no curto prazo. “O preço da terra é um componente<br />

importante do custo de produção florestal. Ao se retirar o<br />

custo da colheita que ocorre, logicamente, no final do projeto,<br />

o custo do aluguel da terra é aproximadamente igual<br />

ao somatório das despesas silviculturais e dos gastos gerais”,<br />

alerta José Mauro. “Esta expansão demanda um capital monetário<br />

que poderia ser utilizado para investimentos em máquinas<br />

e equipamento que aumentassem a produtividade da<br />

fabricação dos móveis, aumentando a nossa competitividade<br />

no mercado externo e interno”, alerta.<br />

As empresas possuem<br />

plantios florestais próprios e<br />

os utilizam na sua produção,<br />

mas a proporção de madeira<br />

própria e de mercado a cada<br />

ano pode variar de acordo com<br />

cada plantio<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


Por outro lado, ainda que o Brasil continue sendo um<br />

grande produtor de madeira, a necessidade de madeira<br />

adequada ao melhor aproveitamento no setor moveleiro em<br />

termos de diâmetro e qualidade a torna um produto específico<br />

para o setor, e necessita de maior atenção aos plantios<br />

florestais com destino ao setor moveleiro. “Atualmente, em<br />

função do longo período de maturação do investimento e da<br />

competição com lavouras (principalmente, soja), o investimento<br />

florestal tem perdido competitividade e as áreas de<br />

florestas provenientes de produtores independentes estão<br />

diminuindo, o que coloca o setor em alerta”, explica o pesquisador.<br />

Estas especificidades do sortimento adequado às empresas<br />

moveleiras somadas à elevação do valor da terra dificultam<br />

a obtenção de autossuficiência por empresas de médio<br />

e grande porte. Outra dificuldade que algumas empresas<br />

enfrentam é o consumo de madeira de florestas próprias<br />

todo ano, visto que seria necessário ter áreas em idade de<br />

colheita todo ano.<br />

As empresas possuem plantios florestais próprios e os<br />

utilizam na sua produção, mas a proporção de madeira própria<br />

e de mercado a cada ano pode variar em decorrência<br />

do próprio desenvolvimento de seus plantios. Uma forma<br />

apontada pelos pesquisadores para fomentar este desenvolvimento<br />

e ao mesmo tempo o setor moveleiro, seria substituir<br />

a busca de recursos para ampliar a produção própria de<br />

madeira para móveis por um instrumento de organização da<br />

produção via contratos de parceria com os pequenos produtores<br />

florestais e/ou suas associações ou cooperativas.<br />

O fortalecimento das relações de mercado dos pequenos<br />

e médios produtores florestais com as empresas consumidoras<br />

de madeira para móveis e outros produtos de maior valor<br />

agregado permitiria um maior desenvolvimento da região,<br />

pela valorização da produção florestal destes produtores,<br />

manutenção da oferta de madeira ao polo moveleiro e redução<br />

da necessidade de investimentos em plantios florestais,<br />

possibilitando maior foco na elevação de produtividade do<br />

processamento da madeira e produção dos móveis.<br />

CARACTERIZAÇÃO DO POLO DE SÃO BENTO DO SUL<br />

O polo conta com 391 empresas e mais de 6.500 empregos<br />

diretos, destinando cerca de 80% da sua produção para<br />

o mercado externo. A região sul do Brasil é responsável por<br />

mais de 44% da produção de móveis do Brasil, sendo Santa<br />

Catarina o quinto maior produtor nacional em número de<br />

peças.<br />

VOCÊ SABIA QUE A TORÇÃO EM<br />

MANGUEIRAS É UM DOS PRINCIPAIS<br />

VILÕES NA OPERAÇÃO FLORESTAL?<br />

O constante desafio de mobilidade x<br />

versatilidade mecânica nos equipamentos<br />

de colheita florestal, exigem a utilização de<br />

juntas rotativas ou swiwell como também<br />

são conhecidas. Nossa linha de juntas<br />

rotativas contam com o que há de mais<br />

moderno no sistema de vedação e rotação.<br />

Conte com nosso time técnico para um<br />

diagnóstico em suas aplicações.<br />

Conheça toda linha de produtos em: shop.hansa-flex.com.br<br />

0800 591 1215<br />

www.hansa-flex.com.br


CIÊNCIA<br />

Cartilha de<br />

DURABILIDADE<br />

Fotos: divulgação<br />

Estudo pretende auxiliar no uso<br />

mais inteligente do recurso<br />

florestal oriundo de planos de<br />

manejo com grande potencial<br />

de utilização<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


Maio <strong>2021</strong> 63


CIÊNCIA<br />

O<br />

LPF (Laboratório de Produtos Florestais),<br />

vinculado ao SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro),<br />

lançou em março uma cartilha<br />

sobre a durabilidade natural de madeiras<br />

oriundas da Amazônia. O objetivo do estudo<br />

é oferecer informações técnicas quanto à alta durabilidade<br />

dessas madeiras a pesquisadores, empresários do<br />

setor madeireiro, engenheiros, arquitetos e consumidores<br />

finais de madeira. Essas informações podem auxiliar no<br />

uso mais inteligente do recurso florestal e, desta forma,<br />

contribuir tanto para a ampliação do uso quanto para a<br />

comercialização das madeiras pesquisadas.<br />

Ao todo, foram estudadas 12 espécies endêmicas do<br />

Brasil, que possuem grande potencial de uso. Dentre elas,<br />

estão o cumaru, a maçaranduba, muirapixuna, peroba<br />

mica e casca preciosa. No entanto, algumas são desconhecidas<br />

no mercado nacional. O trabalho de campo foi<br />

realizado em dois locais e biomas: na Floresta Nacional<br />

do Tapajós, no Pará em bioma Amazônia, e na Fazenda<br />

Água limpa, da UNB (Universidade de Brasília), em bioma<br />

Cerrado.<br />

Conhecer a durabilidade de espécies madeireiras é<br />

saber qual a capacidade de resistências delas em relação<br />

à ação dos agentes deterioradores, sejam biológicos ou<br />

físico-químicos. Essa resistência é classificada entre alta,<br />

média e baixa. Uma madeira altamente resistente dispensa<br />

o uso de fungicidas e inseticidas.<br />

As madeiras estudadas, oriundas de planos de manejo<br />

onde a extração é sustentável e conservam a floresta,<br />

apresentam alta durabilidade, estética e valor comercial.<br />

Além disso, podem ser usadas na construção civil em geral<br />

e, mais especificamente pela sua resistência comprovada<br />

pelo estudo, podem ser aplicadas em pisos de alto<br />

tráfego, vigas, colunas, esquadrias, dentre outros.<br />

PRODUÇÃO CIENTÍFICA<br />

O diretor-geral do SFB, Valdir Collato, disse que o<br />

LPF vem desempenhando, ao longo dos anos, um papel<br />

fundamental na produção de conhecimento acerca da<br />

ciência florestal e madeireira. Esta pesquisa é valiosa para<br />

a sociedade e para o mercado, que sempre almejam madeiras<br />

naturalmente resistentes. “Informações como as<br />

apresentadas na cartilha que estamos entregando neste<br />

momento à sociedade contribuem para a ampliação do<br />

uso e comercialização de novas espécies florestais, bem<br />

como para a melhoria da atividade de manejo florestal,<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


que se torna mais eficiente e diversificado”, declarou Valdir<br />

Collato.<br />

A pesquisa envolve o trabalho de diferentes gerações<br />

de profissionais do setor de Biodegradação e Preservação<br />

de Madeira do LPF, que iniciaram os estudos na década de<br />

1980. A partir dessas contribuições, a Cartilha foi finalizada<br />

pelos pesquisadores Marcelo Fontana da Silveira, José<br />

Roberto Victor de Oliveira, Anna Sofya Vanessa Silvério da<br />

Silva e Fernando Nunes Gouveia.<br />

Segundo o pesquisador José Roberto Victor de Oliveira,<br />

a importância deste trabalho é “contribuir para a<br />

ampliação, o uso e a comercialização de novas espécies<br />

florestais. Dessa forma, tornar o uso delas mais eficiente e<br />

diversificado.”<br />

“Foi um trabalho conjunto e demorado, pois estudar<br />

a durabilidade natural de espécies demanda estudos de<br />

campo, notadamente longos. A ideia é ampliar o estudo<br />

estendendo sua abrangência para os outros biomas<br />

brasileiros. Desse modo, teremos as ferramentas para<br />

entender como uma madeira se comporta em todo o território<br />

nacional. Isso é algo que devemos iniciar o quanto<br />

antes, pois do contrário, teremos que aguardar a próxima<br />

geração de pesquisadores do LPF para trazer essas informações”,<br />

afirmou José Roberto.<br />

A pesquisa envolve o<br />

trabalho de diferentes<br />

gerações de profissionais<br />

do setor de Biodegradação<br />

e Preservação de Madeira<br />

do LPF<br />

Nossos serviços são prestados por<br />

profissionais habilitados e com<br />

equipamentos de ponta<br />

AssESSORIA<br />

AGROFLORESTAL<br />

• Marcação de áreas de preservação<br />

• Compra e venda de imóveis rurais<br />

• Tipografia e georreferenciamento<br />

• Captura de imagens aéreas<br />

• Compra e venda de florestas<br />

• Exportação de madeiras<br />

• Inventário florestal<br />

• Extração florestal<br />

Av. João Sacarem, 571, Sala 1010 - Centro Navegantes - SC<br />

comercial@globalmac.com.br<br />

globalmac.com.br<br />

(47) 2033-4758 | (41) 9 8835-3079<br />

GLOBALMAC<br />

ASSESSORIA AGROFLORESTAL


PESQUISA<br />

Importância do manejo de<br />

florestas nativas para a<br />

renda da propriedade e<br />

ABASTECIMENTO DO<br />

MERCADO MADEIREIRO<br />

Fotos: divulgação<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


PAULO RENATO SCHNEIDER<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA<br />

MIGUEL ANTÃO DURLO<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA<br />

FRANZ HEINRICH ANDRAE<br />

UNIVERSITY OF NATURAL RESOURCES AND APPLIED<br />

LIFE SCIENCES DE VIENA<br />

RESUMO<br />

A<br />

produção brasileira de madeira industrial<br />

baseia-se essencialmente nas plantações florestais,<br />

porém, somente no setor de serraria<br />

existe ainda uma parcela apreciável de toras<br />

de origem de florestas nativas, desconsiderando<br />

o uso da madeira para fins energéticos. Com a criação<br />

de concessões florestais deu-se um passo importante<br />

rumo ao manejo das florestas nativas do norte do país. Já<br />

no extremo sul, existem florestas nativas somente em estágios<br />

de recuperação, em propriedades familiares e cujo<br />

manejo é muito restrito. No presente artigo argumenta-se<br />

sobre a importância de manejar as florestas nativas, mesmo<br />

em pequenas propriedades. Para isto, toma-se como<br />

exemplo o caso da Áustria, cujo território é dominado por<br />

florestas nativas em pequenas propriedades.<br />

A tradição deste uso é baseada em uma legislação adequada,<br />

no trabalho do serviço de extensão e de pesquisa<br />

que geram um ambiente no qual os benefícios materiais e<br />

imateriais da floresta se aliam aos interesses da sociedade<br />

e aos econômicos dos proprietários. O manejo das pequenas<br />

unidades florestais permite alcançar um regime de<br />

sustentabilidade periódico, cujas intervenções silviculturais<br />

partem das condições locais, sendo o objetivo central a árvore<br />

e não o povoamento. Este procedimento de manejo,<br />

atualmente recomendado para a produção de madeira de<br />

elevado valor econômico, é descrito de maneira resumida.<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

67


PESQUISA<br />

INTRODUÇÃO<br />

O Brasil, país com a maior área de florestas naturais<br />

tropicais do mundo, ciente da riqueza que possui, protege-as<br />

com uma legislação ambiental bastante rígida. A administração<br />

florestal desenvolveu modelos interessantes,<br />

como as já tradicionais reservas extrativistas e o direito da<br />

exploração de florestas públicas por meio de concessões<br />

florestais. Os dois modelos, na prática, são direcionados à<br />

região norte do país. Simultaneamente, observa-se um número<br />

crescente de publicações científicas nas especialidades<br />

de biometria, silvicultura e de economia florestal (Instituto<br />

do homem e meio ambiente da Amazônia, 2008).<br />

No Rio Grande do Sul, a devastação ocorrida durante o<br />

processo de ocupação territorial, a mudança no uso da terra<br />

e a evolução da legislação que regula o uso da floresta<br />

tornou-se rígida e muito pouco flexível, por vezes, inexequível.<br />

Neste contexto, faltam mecanismos menos agressivos<br />

que possibilitem o uso racional das florestas naturais.<br />

Este trabalho busca contribuir para a discussão a respeito<br />

do uso deste tipo florestal e não tem o intuito de<br />

provocar ou mexer em tabus, mas sim, convidar as pessoas<br />

à reflexão sobre uma potencialidade florestal, real e presente,<br />

praticamente ociosa no Estado.<br />

O manejo não é apenas a aplicação de uma técnica,<br />

pois a própria Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande<br />

do Sul (Rio Grande do Sul, 2008) o define em sentido mais<br />

amplo, como sendo a utilização de ecossistemas para que<br />

as comunidades possam desfrutar dos produtos biológicos,<br />

subentendendo-se que deveriam fazer parte desta<br />

comunidade beneficiada os proprietários de bens de interesse<br />

comum.<br />

O maior obstáculo não é o<br />

conhecimento da técnica de<br />

manejo, mas a superação de<br />

entraves administrativos e de<br />

paradigmas<br />

Existem opiniões divergentes sobre o manejo de florestas<br />

nativas, e sobre o futuro de sua utilização, já que o<br />

progresso com as plantações florestais poderia atender à<br />

demanda de madeira, sobrando, para as florestas naturais,<br />

a produção de bens imateriais (Tomaselli, 2001), o que não<br />

está muito distante da realidade do Rio Grande do Sul, porém,<br />

a capacidade é outra. Para exemplificar, na América<br />

Central, a análise econômica revelou a dificuldade que a<br />

floresta natural (sem manejo) enfrenta ao competir com<br />

plantações florestais ou com a pecuária (Nieuwenhuyse et<br />

al., 2000).<br />

PONTO DE PARTIDA<br />

Com relação às florestas nativas deve-se pensar no seu<br />

ambiente socioeconômico e histórico tão diferente das outras<br />

regiões do território nacional. É singular a coincidência<br />

entre a propriedade familiar e a região da ocorrência<br />

natural das florestas no Rio Grande do Sul, onde ocorre,<br />

há quase dois séculos, o processo de substituição das florestas<br />

pelo uso agropecuário. Por outro lado, o processo<br />

de retorno das florestas em decorrência do abandono da<br />

pequena propriedade ocorre, certamente, em um ritmo<br />

mais rápido do que era o próprio desmatamento. Os dados<br />

obtidos pelos inventários florestais do estado do Rio Grande<br />

do Sul comprovam estas afirmativas.<br />

A modificação da paisagem do Rio Grande do Sul é<br />

significativa, pois tem se tornado mais florestada (IBAMA,<br />

2010), mas mais abandonada e decadente nas suas estruturas.<br />

Isto não se deve a uma decisão consciente de optar<br />

pela floresta, mas sim da falta de alternativas de produção<br />

na pequena propriedade em situação topográfica e edáfica<br />

difícil, em áreas de vocação florestal. As limitações naturais<br />

de muitas regiões coloniais impõem para o agricultor<br />

sobreviver com a produção agrícola, sem poder manejar<br />

florestas naturais como uma alternativa econômica, que<br />

poderia contribuir para frear o êxodo rural. Certamente, a<br />

estrutura fundiária na região de florestas nativas dificulta<br />

o manejo das florestas; porém, a produção de madeira<br />

deveria ser considerada como um produto igual a outros,<br />

permitindo uma renda adicional, objetivo procurado há<br />

anos. Neste sentido, a acacicultura no Rio Grande do Sul,<br />

praticada no minifúndio, prova que os agricultores são<br />

capazes de operar eficientemente com cultivo florestal. Entretanto,<br />

a atividade com as florestas nativas, logicamente,<br />

é uma tarefa exigente e justamente por isso, mais urgente<br />

de ser iniciada.<br />

O MANEJO DA FLORESTA NATURAL E O CONCEITO<br />

DE SUSTENTABILIDADE REQUEREM O DISCURSO<br />

CIENTÍFICO<br />

A sustentabilidade não é sinônimo único de proteção<br />

da natureza, mas principalmente de produção, visto que<br />

a primeira não pode existir sem a segunda. Assim, o uso<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


sustentável pode ser a maior garantia da continuidade de<br />

um sistema, ao contrário de uma exclusiva proteção da<br />

natureza. Utilizar de forma racional é, também, a garantia<br />

da manutenção da dimensão econômica para o desenvolvimento<br />

sustentável como foi postulado pela Conferência<br />

do Rio 92.<br />

No Rio Grande do Sul são quase cinco milhões de hectares<br />

de florestas naturais, incluindo todos os estágios de<br />

sucessão, conforme comprovado no inventário florestal<br />

realizado em 2000. O acompanhamento técnico deste processo,<br />

visando a um futuro aproveitamento, poderia abrir<br />

uma nova perspectiva econômica para as áreas florestais.<br />

O maior obstáculo não é o conhecimento da técnica de<br />

manejo, mas a superação de entraves administrativos e de<br />

paradigmas. Também, é verdade que o manejo sustentável<br />

somente será econômico enquanto não houver competição<br />

por produtos de origem de exploração extrativista.<br />

Sem dúvida, existe interesse na utilização da floresta<br />

natural, mas também não há dúvida que, no Rio Grande<br />

do Sul, parece ser uma profanação pensar em silvicultura,<br />

arte para qual a engenharia florestal possui as ferramentas<br />

de execução. Para exemplificar, pode-se analisar a relação<br />

dos 71 trabalhos voluntários do Simpósio Latino-Americano<br />

sobre manejo florestal realizado em 2008, em Santa<br />

Maria (RS). Destes, trinta e oito tratavam de florestas nativas,<br />

vinte e cinco de florestas nativas do Rio Grande do Sul,<br />

mas de forma descritiva e, somente cinco trabalhos podem<br />

ser relacionados com a biometria ou o manejo. Por isto, é<br />

preciso desenvolver mais pesquisas sobre a autoecologia e<br />

comportamento vegetativo das espécies e suas interações<br />

com o ambiente local, tornando mais seguro o manejo.<br />

O manejo destes tipos florestais não necessariamente<br />

precisa de fórmulas e planos sofisticados, mas a simples<br />

transferência de algumas regras básicas para a prática, pois<br />

no manejo é válido desenvolver receitas simples para aplicá-las<br />

às realidades complexas.<br />

As informações obtidas nos inventários florestais de<br />

grande escala, por outro lado, deveriam servir como justificativas<br />

para a adoção de políticas públicas e para a elaboração<br />

da legislação florestal. A nosso ver, o Rio Grande do<br />

Sul precisa tomar um novo rumo e ter uma visão diferente<br />

sobre o conceito de funcionalidade de florestas.<br />

FLORESTA NATIVA E A PEQUENA PROPRIEDADE<br />

Aproximadamente, a metade do território nacional da<br />

Áustria é coberto de florestas, correspondendo a cerca de<br />

4 milhões de ha (hectares), dos quais 15 % são considerados<br />

improdutivos. Da área restante, ou seja, das florestas<br />

produtivas, 56 % pertencem a pequenos proprietários, 31<br />

% a empresas e 13 % a florestas nacionais.<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

69


PESQUISA<br />

O efeito da estrutura fundiária, dominada pela pequena<br />

e média propriedade, com florestas nativas manejadas<br />

sob o conceito de uso múltiplo, pode parecer complexa<br />

para a administração pública e privada. Contudo, mesmo<br />

com essas características, o país ocupa um lugar de destaque<br />

no mercado de madeira, sendo, por exemplo, o quarto<br />

maior exportador de madeira serrada do mundo. Segundo<br />

o Ministério de Agricultura e Florestas (Lebensministerium,<br />

2008), foram produzidos na Áustria, em 2007, cerca<br />

de 11,3 milhões de metros cúbicos de madeira serrada, 1<br />

milhão de metros cúbicos a mais que toda a Amazônia, no<br />

mesmo período (Lentini; Verissimo; Pereira, 2005).<br />

Como instrumento da política florestal, o inventário<br />

florestal sistemático é executado sobre 11 mil parcelas<br />

amostrais permanentes, cujo resultado serve para, entre<br />

outros, atualizar os enfoques de fiscalização, apoio, incentivo<br />

aos produtores, etc. Na Áustria, existem cerca de<br />

210 mil proprietários florestais que são apoiados nos seus<br />

trabalhos pelo sistema escolar profissionalizante, além da<br />

atividade de técnicos de vários níveis, e por cerca de mil<br />

engenheiros florestais.<br />

Para garantir o manejo e a manutenção dos ecossistemas,<br />

a lei obriga que em propriedades maiores seja<br />

contratado um ou mais técnicos ou engenheiro florestal.<br />

Já os proprietários com áreas pequenas são assistidos por<br />

centros regionais de aperfeiçoamento agrícola, cujos currículos<br />

oferecem maior ou menor ênfase a matérias relacionadas<br />

ao manejo florestal. Para estes proprietários, sobretudo,<br />

está à disposição o Serviço de Extensão <strong>Florestal</strong><br />

com técnicos e Engenheiros Florestais. O próprio Serviço<br />

<strong>Florestal</strong> (correspondente à Secretaria da Agricultura/RS)<br />

considera a sua função, não somente a de fiscalizar o cumprimento<br />

da legislação florestal, mas principalmente como<br />

de indutor de serviços de assistência e de perícia técnica.<br />

Esta estrutura fundiária e a assistência técnica do setor<br />

público representam, por um lado, a parte da produção<br />

florestal confrontada nos processos de concentração de<br />

mercado, bem como os paradigmas ambientais da sociedade.<br />

O aumento da capacidade das indústrias de transformação,<br />

como as serrarias e as indústrias de celulose, por<br />

exemplo, levou à maior procura de matéria-prima, para<br />

a qual não existe a mesma capacidade de abastecimento<br />

imediato, já que a produção florestal encontra os limites<br />

impostos pela sustentabilidade. Este processo, obviamente,<br />

conduziu a um desequilíbrio entre parceiros de mercado,<br />

dificultando a posição dos proprietários florestais,<br />

sobretudo dos pequenos, com quantidades modestas de<br />

venda anual.<br />

Desta forma tornou-se indispensável, para o setor,<br />

organizar-se para incrementar seu peso no mercado. Para<br />

atender a essa necessidade, o Serviço de Extensão iniciou,<br />

há pouco mais de 10 anos, um programa de fomento à<br />

criação de CMF (Comunidades de Manejo <strong>Florestal</strong>), organizações<br />

voluntárias locais, com funcionamento semelhante<br />

a cooperativas.<br />

Entre as finalidades das CMF estão a ajuda mútua no<br />

manejo, a organização da comercialização conjunta, a<br />

aquisição comunitária de máquinas, acessórios e materiais<br />

de consumo. Simultaneamente, o Serviço de Extensão organiza<br />

a venda pública de toras de qualidade, muitas vezes<br />

de espécies menos frequentes e raras. Esta iniciativa foi<br />

muito bem aceita, pois o agricultor tem a oportunidade de<br />

obter preços excepcionais, mesmo ofertando, tão somente,<br />

uma ou duas árvores.<br />

Este evento anual de comercialização fez crescer muito<br />

o interesse dos agricultores em realizar tratamentos de<br />

melhoria qualitativa das árvores e das florestas, assim<br />

como favorecer o crescimento de espécies um tanto raras.<br />

Em relação aos paradigmas ambientais, verificou-se<br />

nas últimas décadas um sucessivo distanciamento da população<br />

urbana da realidade rural, e o aumento das pressões<br />

sobre o setor de produção, confrontando o produtor<br />

rural com exigências ambientais ingratas.<br />

Como forma de esclarecimento e de proteção o Serviço<br />

de Extensão <strong>Florestal</strong> apoia amplos programas de educação<br />

ambiental na busca da reconciliação entre ecologia e<br />

economia. Paralelamente à indústria de turismo ecológico<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


A acacicultura no Rio Grande<br />

do Sul, praticada no minifúndio,<br />

prova que os agricultores<br />

são capazes de operar<br />

eficientemente com cultivo<br />

florestal<br />

convenceu-se que é justo integrar os proprietários florestais<br />

no seu planejamento, bem como estabelecer indenizações<br />

para algumas exigências ambientais, induzindo a<br />

sociedade a valorizar seus interesses imateriais na floresta.<br />

A UTILIZAÇÃO DAS FLORESTAS NATIVAS<br />

Na Áustria foi considerado essencial desenvolver uma<br />

política adequada para o setor de florestas produtivas em<br />

pequenas propriedades para que o ambiente rural tivesse<br />

futuro. A combinação entre condições topográficas difíceis,<br />

elevada participação de coberturas florestais e uma estrutura<br />

fundiária dominada por propriedades familiares dificultava<br />

a sobrevivência econômica com base tão somente<br />

na agricultura e na pecuária. Nessas condições, a madeira<br />

oferecia-se como uma opção lógica para a geração alternativa<br />

de rendas.<br />

Uma pesquisa entre agricultores com até 20 hectares<br />

de floresta revelou que os mesmos extraiam entre 5 a 50<br />

% da renda total da propriedade com a venda de madeira<br />

industrial e de lenha. Porém, para obter uma parcela razoável<br />

da renda da propriedade, não era suficiente que o<br />

agricultor soubesse manejar somente a motosserra, mas<br />

precisava ter experiência quanto às exigências ecológicas<br />

das espécies, obedecer às normas de elaboração dos sortimentos,<br />

bem como conhecer as técnicas de cortes e de<br />

extração.<br />

Até a pouco tempo, a produção de madeira em pequena<br />

escala parecia não ter condições de competir no mercado<br />

globalizado ( SAYER, 2001 ). Os efeitos dos aumentos recentes<br />

nos custos de transporte fizeram com que se incentivasse a<br />

produção para distâncias curtas. A produção de sortimentos<br />

de maior qualidade foi uma reação lógica para atender<br />

aos mercados mais distantes e o crescimento exponencial<br />

dos mercados regionais de energia renovável abriu uma<br />

oportunidade para a comercialização de sortimentos de<br />

baixo valor, sem maiores custos de transportes.<br />

O Rio Grande do Sul, na sua condição primária, tinha<br />

uma cobertura florestal em menos da metade de sua<br />

extensão territorial. Ainda hoje é consenso, que ele é um<br />

estado com um perfil florestal nítido, seja pelos reflorestamentos<br />

existentes ou em vias de implantação, seja pelas<br />

florestas nativas em fase de recuperação, sobretudo na<br />

formação florestal com araucária, que apresenta um excelente<br />

valor tecnológico e ecológico.<br />

A transferência de experiências internacionais foi bastante<br />

útil para a realização das primeiras plantações industriais<br />

de exóticas no Brasil. Atualmente, o país é capaz de<br />

exportar experiências e tecnologias geradas localmente.<br />

Assim, poder-se-ia questionar, por que as experiências<br />

de outros países, com a utilização consciente de florestas<br />

nativas, não poderiam ter serventia? Não como modelo,<br />

mas de incentivo para a reflexão sobre as matas nativas do<br />

Rio Grande do Sul, que se encontram em uma posição de<br />

morte aparente, igual a uma Bela Adormecida, esperando<br />

ser despertada para que sua potencialidade resolva vários<br />

desafios simultaneamente. Neste sentido, já houve uma<br />

reivindicação quanto à falta de políticas consistentes para<br />

desenvolver o segmento de florestas nativas (Sociedade<br />

Brasileira de Silvicultura, 2006).<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Do anteriormente exposto, pode-se inferir que o manejo<br />

das pequenas unidades florestais, quando baseado<br />

em uma legislação adequada, no trabalho do serviço de<br />

extensão e de pesquisa, gera um ambiente no qual os benefícios<br />

materiais e imateriais da floresta aliam-se aos interesses<br />

da sociedade e aos econômicos dos proprietários,<br />

permite alcançar um regime de sustentabilidade periódico,<br />

no qual as intervenções silviculturais devem ser direcionadas<br />

às condições locais da floresta, sendo o objetivo central<br />

a árvore e não o povoamento.<br />

Finalmente, acrescenta-se que é necessário haver continuidade<br />

neste processo de reivindicação quanto à falta<br />

de políticas consistentes para o desenvolvimento do segmento<br />

de florestas nativas, para possibilitar o manejo de<br />

florestas nativas com o objetivo de produzir bens materiais<br />

e imateriais de maneira constante e contínua no tempo,<br />

em benefício dos proprietários e de toda a sociedade.<br />

Confira o artigo completo em:<br />

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-50982018000301293&lang=pt<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

71


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2021</strong><br />

Formóbile <strong>2021</strong><br />

2 a 5<br />

São Paulo (SP)<br />

www.formobile.com.br/pt/home.html<br />

AGOSTO<br />

<strong>2021</strong><br />

AGOSTO<br />

<strong>2021</strong><br />

AGO<br />

<strong>2021</strong><br />

FORMÓBILE<br />

Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira<br />

— conta com cerca de 600 marcas expositoras que<br />

apresentarão novidades em acessórios e componentes,<br />

máquinas e equipamentos, tecidos e materiais<br />

para colchões, ferragens, matérias-primas e insumos.<br />

O maior evento do setor moveleiro da América Latina<br />

apresenta todas as soluções do segmentos aos principais<br />

envolvidos no processo de criação e produção<br />

do mobiliário.<br />

Imagem: reprodução<br />

Timber and Working with Wood Show<br />

– Melbourne<br />

27 a 29<br />

Melbourne (Austrália)<br />

www.timberandworkingwithwoodshow.<br />

com.au/melbourne<br />

WMF & WMA Beijing<br />

3 a 6<br />

Local: Pequim (China)<br />

www.woodworkfair.com<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

MAR<br />

2022<br />

MOVELSUL<br />

O mundo caminha para questões de economia<br />

compartilhada e potencialização de investimentos.<br />

Nesse contexto, Movergs e Sindmóveis anunciaram a<br />

decisão de realizar as feiras Fimma e Movelsul no mesmo<br />

período, de 14 a 17 de março de 2022, no Parque<br />

de Eventos de Bento Gonçalves (RS). A definição inédita<br />

na história das entidades responde ao momento e<br />

oferece uma nova data alinhada ao calendário mundial<br />

de eventos do setor.<br />

Imagem: reprodução<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


Engenheiros Florestais Associados<br />

Chico Moreira<br />

Gilson Almeida<br />

AGENDA<strong>2021</strong><br />

SETEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS<br />

Georreferenciamento<br />

CAR<br />

Uso do solo<br />

Retificação de matrícula<br />

Subdivisão de áreas<br />

Lotes urbanos<br />

MANEJO FLORESTAL<br />

Inventário<br />

Marcação para desbaste<br />

Consultoria<br />

Simpos <strong>2021</strong><br />

22 a 24<br />

Curitiba (PR)<br />

https://simpos2020.galoa.com.br/<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

Avenida Coronel Rogério Borba, nº 300 - Centro | Reserva - PR<br />

Chico Moreira: (42) 99136-3588 Gilson Almeida: (42) 98827-5693<br />

Lignum Brasil<br />

10 a 12<br />

Pinhais (PR)<br />

https://lignumlatinamerica.com/<br />

MARÇO<br />

2022<br />

Movelsul<br />

Data: 14 a 17<br />

Local: Bento Gonçalves (RS)<br />

www.movelsul.com.br<br />

Maio <strong>2021</strong><br />

73


Foto: divulgação<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

Topo das<br />

PRIORIDADES<br />

Por Rich Hale ,<br />

CTO da ActiveNav,<br />

fornecedora global<br />

de software para<br />

a governança e<br />

privacidade de dados<br />

A oportunidade para a<br />

criação de valor reside nos<br />

dados não estruturados e as<br />

empresas poderão perceber<br />

o valor que pode ser gerado<br />

a partir de um melhor<br />

gerenciamento<br />

Foto: divulgação<br />

N<br />

em sempre percebemos, mas cada tecla que pressionamos<br />

se torna um dado - seja uma equação em<br />

um relatório financeiro de uma planilha eletrônica do<br />

final de ano fiscal, ou um meme engraçado para um<br />

colega de trabalho em um canal do nosso aplicativo<br />

corporativo de mensagens. Cada uma dessas ações, multiplicada milhares<br />

de vezes por dia pelo número de funcionários que se tem, nos<br />

leva a uma quantidade exorbitante de dados. E o mais assustador é<br />

que a maioria das empresas ainda não sabe quais dados possuem<br />

ou onde eles estão armazenados, especialmente quando se trata<br />

de dados não estruturados, que não são facilmente encontrados ou<br />

pesquisáveis.<br />

Com base no trabalho que temos realizado com clientes, prevemos<br />

que uma avalanche de preocupações afetará fortemente as<br />

empresas como parte do tratamento de dados necessário pós-Covid.<br />

Todas as novas práticas de jornadas laborais flexíveis e home office<br />

que se acumularam ao longo do ano logo precisará ser desvendado.<br />

Gerenciar dados não estruturados será cada vez mais difícil.<br />

Levando em conta este pano de fundo e as atuais normas de conformidade<br />

no horizonte, incluindo a LGPD, abaixo podemos listar seis<br />

previsões para o que aguarda os profissionais de gerenciamento de<br />

dados e conformidade ao longo de <strong>2021</strong>.<br />

A oportunidade para a criação de valor reside nos dados não<br />

estruturados e as empresas poderão perceber o valor que pode<br />

ser gerado a partir de um melhor gerenciamento dos seus vastos<br />

armazenamentos de dados. No momento, as empresas coletam,<br />

gerenciam e armazenam grandes quantidades de informações, mas<br />

muitos deles não são estruturados (até 80% dos dados corporativos,<br />

de acordo com o Gartner). Para ser capaz de identificar oportunidades<br />

de expansão, as organizações precisam tornar suas informações<br />

acessíveis e utilizáveis - e isso significa “melhor aproveitar dados não<br />

estruturados.”<br />

Organizações inteligentes reconhecem a necessidade de construir<br />

mapas persistentes de seus dados para poder responder a<br />

eventos inesperados - uma violação, por exemplo - com rapidez e<br />

eficiência. As organizações que se concentram em entender verdadeiramente<br />

como e onde seus dados são coletados e armazenados<br />

têm grande parte da batalha já vencida, principalmente aquelas que<br />

devem proteger os dados pessoais de seus clientes, independentemente<br />

do que as leis determinam. O maior acesso a grandes quantidades<br />

de dados, especialmente dados não estruturados, significa<br />

que as estruturas de governança adequadas precisam ser implementadas,<br />

e tudo começa com um bom e abrangente inventário de<br />

dados e sempre ativo.<br />

Em <strong>2021</strong>, as organizações precisarão cuidar dos dados além de<br />

somente “trancar as portas” para evitar o acesso a dados ou vazamento.<br />

Embora isso possa ter funcionado no passado, hoje não é<br />

mais o suficiente. Violações aconteceram; não é uma questão de<br />

“se”, mas de “quando”. Empresas de todos os tamanhos precisam<br />

entender os dados que realmente possuem, onde estão e, o mais<br />

importante, fazer isso em escala para que possam investir seus esforços<br />

para proteger as informações corretas e compreender adequadamente<br />

o risco e o impacto pós-violação.<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

Serviço: (41) 2102-2881<br />

Cabeçote: (41) 2102-2811<br />

Peças: (41) 2102-2881<br />

(41) 9 8856.4302<br />

Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />

(41) 9 9232.7625<br />

Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181<br />

(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE<br />

logmaxbr<br />

logmaxbr<br />

contato@logmax.com<br />

www.logmaxbr.com.br

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!