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Seguro Nova Digital - 15ª edição

Um novo jeito de pensar saúde no Brasil O reajuste nos planos de saúde para o período de maio de 2020 a abril de 2021 foi de 8,14%, segundo a ANS. Anualmente, esse aumento afasta milhares de beneficiários e distancia aqueles que jamais tiveram acesso à saúde privada. A redução dos desperdícios e das fraudes nos procedimentos médicos são fundamentais para equilíbrio do reajuste anual, para que ele se adeque com mais facilidade ao bolso do consumidor. Um dos casos que mais gera custos extras são as fraudes nas cirurgias de órteses e próteses trazidas à tona há seis anos numa reportagem do Fantástico. A denúncia em rede nacional levou à criação de uma CPI, mas não avançou para processos criminais. A CPI não deu em nada, mas as redes especializadas na gestão desses equipamentos trabalham com o intuito integrar todas as vertentes do processo operatório, estreitando o relacionamento entre hospitais, fornecedores e médicos. É o caso da Inpart Saúde, líder no segmento com cerca de 800 mil cotações mensais. Não por acaso, a empresa é a capa desta edição, entrevistando o CEO Neto Carloni, que contou como a demanda da empresa aumentou ainda mais na pandemia. Os desperdícios também são fatores determinantes para o aumento do preço nos planos. A telemedicina virou uma tecnologia fundamental para o atendimento médico primário, além de ganhar importância durante o período de distanciamento social. A lei de telemedicina completou um ano no país e também é tema das próximas páginas. Para acompanhar esse momento de mudanças, uma entrevista exclusiva com Patricia Chacon, a nova CEO da Liberty Seguros. A executiva detalhou como sua gestão dará importância para os corretores de seguros.

Um novo jeito de pensar saúde no Brasil
O reajuste nos planos de saúde para o período de maio de 2020 a abril de 2021 foi de 8,14%, segundo a ANS. Anualmente, esse aumento afasta milhares de beneficiários e distancia aqueles que jamais tiveram acesso à saúde privada.
A redução dos desperdícios e das fraudes nos procedimentos médicos são fundamentais para equilíbrio do reajuste anual, para que ele se adeque com mais facilidade ao bolso do consumidor. Um dos casos que mais gera custos extras são as fraudes nas cirurgias de órteses e próteses trazidas à tona há seis anos numa reportagem do Fantástico. A denúncia em rede nacional levou à criação de uma CPI, mas não avançou para processos criminais.
A CPI não deu em nada, mas as redes especializadas na gestão desses equipamentos trabalham com o intuito integrar todas as vertentes do processo operatório, estreitando o relacionamento entre hospitais, fornecedores e médicos. É o caso da Inpart Saúde, líder no segmento com cerca de 800 mil cotações mensais. Não por acaso, a empresa é a capa desta edição, entrevistando o CEO Neto Carloni, que contou como a demanda da empresa aumentou ainda mais na pandemia.
Os desperdícios também são fatores determinantes para o aumento do preço nos planos. A telemedicina virou uma tecnologia fundamental para o atendimento médico primário, além de ganhar importância durante o período de distanciamento social. A lei de telemedicina completou um ano no país e também é tema das próximas páginas.
Para acompanhar esse momento de mudanças, uma entrevista exclusiva com Patricia Chacon, a nova CEO da Liberty Seguros. A executiva detalhou como sua gestão dará importância para os corretores de seguros.

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S E G U R O

N O V A D I G I T A L

15ª EDIÇÃO

MAI/2021

INPART SAÚDE

DOBRA DE TAMANHO E LIDERA GESTÃO

DE PRODUTOS OPMEs NO BRASIL

LEI DE TELEMEDICINA

COMPLETA UM ANO NO

BRASIL

ENTREVISTA COM PATRICIA

CHACON, NOVA CEO DA

LIBERTY NO BRASIL

EVENTO DE SEGURO DE

TRANSPORTE BRASILEIRO É

O MAIOR DA AMÉRICA LATINA



S E R G I O V I T O R

Jornalista

svitor@seguronovadigital.com.br

MTB 89.595

F E R N A N D A D E O .

E O L I V E I R A

Relações Públicas

foliveira@seguronovadigital.com.br

S E G U R O

N O V A D I G I T A L

A R E V I S T A O N L I N E D O M E R C A D O D E S E G U R O S

Telefones: (11) 99586-0545 / (11) 95116-0272

Email: contato@seguronovadigital.com.br

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UM NOVO JEITO DE

PENSAR SAÚDE NO BRASIL

O reajuste nos planos de saúde para o período de

maio de 2020 a abril de 2021 foi de 8,14%, segundo a

ANS. Anualmente, esse aumento afasta milhares de

beneficiários e distancia aqueles que jamais tiveram

acesso à saúde privada.

A redução dos desperdícios e das fraudes nos

procedimentos médicos são fundamentais para equilíbrio

do reajuste anual, para que ele se adeque com mais

facilidade ao bolso do consumidor. Um dos casos que

mais gera custos extras são as fraudes nas cirurgias de

órteses e próteses trazidas à tona há seis anos numa

reportagem do Fantástico. A denúncia em rede nacional

levou à criação de uma CPI, mas não avançou para

processos criminais.

A CPI não deu em nada, mas as redes especializadas

na gestão desses equipamentos trabalham com o intuito

integrar todas as vertentes do processo operatório, estreitando

o relacionamento entre hospitais, fornecedores e

médicos. É o caso da Inpart Saúde, líder no segmento

com cerca de 800 mil cotações mensais. Não por acaso,

a empresa é a capa desta edição, entrevistando o CEO

Neto Carloni, que contou como a demanda da empresa

aumentou ainda mais na pandemia.

Os desperdícios também são fatores determinantes

para o aumento do preço nos planos. A telemedicina

virou uma tecnologia fundamental para o atendimento

médico primário, além de ganhar importância durante o

período de distanciamento social. A lei de telemedicina

completou um ano no país e também é tema das

próximas páginas.

Para acompanhar esse momento de mudanças, uma

entrevista exclusiva com Patricia Chacon, a nova CEO da

Liberty Seguros. A executiva detalhou como sua gestão

dará importância para os corretores de seguros.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 3


E N T R E V I S T A

10

P A T R I C I A C H A C O N ,

N O V A C E O D A L I B E R T Y ,

É A E N T R E V I S T A D E S T E

M Ê S

C A P A

18

I N P A R T S A Ú D E C R E S C E U

E M 2 0 2 0 E P L A N E J A

E X P A N D I R A T U A Ç Ã O

N E S T E A N O

A R T I G O

28

S I D N E Y D I A S , D I R E T O R

D A C O N H E C E R

S E G U R O S , E S C R E V E

S O B R E O O P E N

I N S U R A N C E

T E L E M E D I C I N A

14

A T E N D I M E N T O M É D I C O

V I R T U A L G A N H O U F O R Ç A

N A P A N D E M I A

S E G U R O E M

D E B A T E

24

P R O G R A M A D E

E N T R E V I S T A C H E G A A

M I L V I S U A L I Z A Ç Õ E S

M O V I M E N T A Ç Õ E S

32

A D A N Ç A D A S

C A D E I R A S N O

M E R C A D O

S E G U R A D O R



NOTAS | CENÁRIO

BRB escolhe a Wiz para

parceria na oferta de

seguros

pleno senso do desafio e das

oportunidades. E a certeza de que

vamos construir uma nova companhia

de futuro grandioso”, celebra o

CEO da Wiz, Heverton Peixoto.

O Banco de Brasília

anunciou no dia 29 de abril a

escolha da Wiz Soluções

(WIZS3) para a oferta de seguros

no modelo bancassurance,

com exclusividade,

por 20 anos. O BRB e a gestora

dos canais de distribuição

de seguros e produtos financeiros

vão criar uma joint

venture para a potencialização

de negócios, junto aos clientes

de todo o Brasil.

Dos últimos dois anos para

cá, e principalmente neste começo

do ano, a Wiz vem

firmando contratos com importantes

instituições financeiras,

diversificando sua atuação e

chamando a atenção dos investidores.

“Estamos muito lisonjeados

com a escolha feita

pelo BRB. Trata-se de um

reconhecimento à nossa história,

ao DNA inovador da Wiz

e principalmente à alta performance

presente em cada parceria

por nós firmada. Temos

Heverton Peixoto

CEO da Wiz

TEx explica sobre a importância da

migração de dados no mercado de

seguros

Um dos avanços mais importantes

da era da informação é

a Lei Geral de Proteção de

Dados Pessoais (LGPD). Em

seu artigo 18, a Lei prevê o

direito à portabilidade de dados,

assegurando e facilitando

a busca de fornecedores que

melhor atendam às necessidades

e expectativas dos clientes.

Essa medida impacta todo

o mercado, inclusive o das corretoras

de seguro.

“A LGPD premia quem já se

preocupava com os dados de

seus clientes e, acertadamente,

constitui importante avanço

na chamada autodeterminação

informacional“, assinala João

José de Almeida Nassif, sócio

do Almeida Nassif & Costa

Martins Sociedade de Advogados.

No blog da TEx é possível

acessar uma infinidade de conteúdos

relevantes sobre LGPD.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 6


NOTAS | CENÁRIO

Solange Zaquem

Diretora Comercial da

SulAmérica

Plataforma da SulAmérica

e Órama conquista mais de

2500 corretores

Lançada em novembro de

2020 pela SulAmérica em parceria

com a Órama, a plataforma

IndicaSAS registrou a

marca de mais de 2500 corretores

de seguros cadastrados

– alcançando, nove meses

antes, a meta prevista para o

fim de 2021. Outros 500 parceiros

de negócios estão em fase

de integração. O objetivo da

plataforma é apoiar os corretores

para que eles possam

indicar para a Órama clientes

que queiram fortalecer a saúde

financeira.

“Hoje, os corretores podem

oferecer Saúde Integral para

seus clientes, com opções em

seu portfólio de saúde física,

emocional e financeira. Além

de produtos de Saúde, Odonto,

Vida e Previdência, agora eles

também podem apresentar a

Órama para quem tiver interesse

em investir”, diz Solange

Zaquem, diretora Comercial da

SulAmérica.

A IndicaSAS apoia corretores

para que eles possam atuar

como indicadores de clientes

para a Órama Investimentos.

Contribuições GBOEX

podem ser pagas com

cartão de crédito

amparo em ocasiões de imprevistos.

Para saber mais:

www.gboex.com.br

O GBOEX oferece mais

uma facilidade para os associados

que contratarem novos

planos: o pagamento de contribuições

via cartão de crédito.

As modalidades já praticadas

pela empresa seguem

disponíveis para os clientes,

mas a nova forma para quitação

dos valores mensais possibilita

mais comodidade, com

a mesma segurança aplicada

em outros formatos, uma vez

que os dados do cartão são

capturados após a confirmação

da proposta de venda e

repassadas pelo cliente em

ambiente seguro e automatizado.

Serão aceitas as bandeiras

Mastercard, Visa, Amex, Hipercard

e Elo. A conveniência

para o pagamento é mais uma

ação da empresa com o objetivo

de gerar tranquilidade no

momento da escolha de produtos

e serviços que permitam

futuros mais tranquilos e um

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NOTAS | CENÁRIO

Alper Cargo lança Proteção

360º para seguro de cargas

AAlper Cargo, divisão

de Transportes da

Alper, acaba de lançar

o Proteção 360º

voltado para o seguro

de cargas, cujo o

objetivo é contribuir para o gerenciamento

de risco e gestão logística

do cliente, se antecipar a eventos

que possam ocasionar sinistros e

colaborar com a gestão logística do

cliente e redução da taxa de sinistra

da apólice para a renovação do

seguro.

“A Alper vem investindo fortemente

em tecnologia para trazer as melhores

soluções para os nossos clientes.

Com essa nova ferramenta

nós queremos levar uma experiência

holística aos clientes,

onde iremos acompanhar o negócio,

identificar pontos frágeis e

antecipar possíveis ocorrências.

Mais do que a redução de preço

da apólice, esse serviço vai contribuir

para evitar futuras perdas

e auxiliar de forma estratégica o

negócio”, explica o diretor comercial

da Alper Cargo, André

Valgas.

Argo Seguros amplia base

de corretores cadastrados

pelo Brasil

O número de corretores

cadastrados para trabalhar

com a Argo Seguros vem

crescendo significativamente

em todas as regiões do

Brasil. No primeiro trimestre

deste ano, mais de 1.600

corretores se cadastraram

na companhia, um crescimento

de 36% na comparação

com o mesmo período

de 2020.

"Esse crescimento com capilaridade

por todo o país é

fruto de um trabalho que veio

sendo desenvolvido há algum

tempo. Em 2019, nós

fizemos uma série de road

shows pelo Brasil e a ideia

era repetir a estratégia em

2020, mas a chegada da

pandemia nos obrigou a

investir em um formato mais

digital, o que também se

mostrou bem efetivo”, comenta

Mariana Miranda,

Head Marine & Corporate

Sales da Argo Seguros.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 8



ENTREVISTA | LIBERTY SEGUROS

Gestão de Patricia Chacon

na Liberty promete

acelerar transformação

digital e dar autonomia

aos corretores

Patricia Chacon

CEO da Liberty Seguros

Sergio Vitor Guerra

ALiberty Seguros, uma das

maiores seguradoras do

mundo, anunciou em março

a indicação de Patricia

Chacon como presidente

no Brasil. Em entrevista exclusiva à Seguro

Nova Digital, a executiva revelou

quais são suas primeiras estratégias à

frente da companhia, além de destacar

a importância de mais uma mulher em

cargo de liderança no mercado de

seguros.

Seguro Nova Digital - Sua carreira na

Liberty iniciou na sede em Boston e,

em 2013, fez a transição para o Brasil.

Após oito anos, qual é a análise

que você faz da sua atuação no

país?

Patricia Chacon - Desde o meu início

na Liberty, há quase 10 anos, tive a

oportunidade de estar envolvida nos

planejamentos estratégicos da empresa,

além de ter trabalhado nos últimos

anos como Head de Digital e Customer

Experience na América Latina e Europa,

o que me permitiu realizar projetos

importantes nos diferentes mercados

e agregou muito nessa nova fase.

No Brasil, sempre tive um grande foco

em promover ações com impacto no

relacionamento dos clientes e corretores

com a Liberty, e pude liderar iniciativas

de transformação digital e evolução

da cultura de inovação da companhia.

Tenho muito orgulho de todas as

ações para parceiros que realizamos

nessa última década por meio do

Cresça com a Liberty e de estar entre

as seguradoras mais inovadoras do

mercado há três anos consecutivos.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 0


ENTREVISTA | LIBERTY SEGUROS

SND - Como foi para você

aceitar o desafio de se tornar

CEO da companhia no Brasil?

P.C - Em primeiro lugar, me senti

honrada com a oportunidade e,

após todos esses anos trabalhando

diretamente com o Carlos

Magnarelli, estou comprometida

em continuar seu excelente trabalho

que conduziram a Liberty a

um novo patamar nos últimos

seis anos.

Enxergo como principal desafio

continuar a trajetória de sucesso

da Liberty, sem perder de vista

os nossos pilares, crescendo

com rentabilidade, sempre aliados

à inovação e oferecendo a

melhor experiência ao cliente.

S.N.D - Qual a sua expectativa

de crescimento da Liberty Se-

GUROS Brasil nos próximos

anos?

P.C - Por questões estratégicas,

não podemos abrir dados sobre a

expectativa de crescimento. O

que posso dizer é que a Liberty

segue focada em crescer com

rentabilidade, avançando na ex--

pansão da companhia no mercado

brasileiro, sempre trabalhando

para que nossos clientes e corretores

tenham a melhor experriência

com a Liberty.

S.N.D - Poderia revelar as primeiras

ações estratégicas à

frente da seguradora?

P.C - Estamos muito atentos ao

momento em que vivemos e

sempre nos adaptando às novas

tendências, como por exemplo a

maior procura por serviços mais

acessíveis e personalizados.

Alinhado a esse novo comportamento,

lançamos em 2020 o Meu

Trabalhamos

todos os dias

para

fortalecer

cada vez

mais a

parceria que

temos com

os corretores

Meu Momento de Vida, que é

uma plataforma 100% digital, cocriada

com os nossos corretores

parceiros, com o objetivo de facilitar

a compra e venda do seguro

de vida, tanto para clientes quanto

para corretores, viabilizando o

processo de contratação do produto

de forma didática, ágil e

personalizada. Nela, os clientes

podem personalizar todos os valores

de coberturas de acordo

com sua necessidade.

Pensando em como podemos

oferecer uma opção completa e

mais acessível aos motoristas que

estão utilizando pouco seus automóveis

durante o período de isolamento

social mas que não

abrem mão das coberturas de um

seguro tradicional, lançamos o

projeto piloto do Liberty Auto Controle,

novo modelo de seguro auto

com um preço personalizado de

acordo com a distância percorrida

pelo condutor.

Neste seguro, o cliente paga por

quilometragem rodada, podendo

ser até 50% mais econômico que o

seguro comum, mas mantendo toda

a coberturas de um seguro

completo.

S.N.D – A busca por seguro de

vida cresce a cada ano. Qual é

o nível de atenção que a sua

gestão dará para esse segmento?

P.C - Na Liberty, sempre fomos

uma companhia reconhecida por

seguro de automóvel, porém sempre

acompanhamos as novas tendência

de mercado e mudanças no

comportamento dos consumidores.

Por isso, nos últimos três anos,

apostando fortemente no crescimento

dos produtos de Vida e temos

tido excelentes resultados. Em

2020, por exemplo, tivemos aumento

de 30% em seguros de vida.

Neste primeiro semestre, lançamos

expansões de coberturas e

serviços nos seguros de Vida

Individual e estamos no ar com a

campanha Cresça com o Vida,

que terá premiações e novidades

ao longo de todo o ano. Também

investimos na capacitação dos

nossos corretores parceiros, para

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 1


ENTREVISTA | LIBERTY SEGUROS

que possam aproveitar o bom

momento do produto e crescer

suas carteiras. Uma das iniciativas

de treinamento recentes é o

Acelera no Vida, uma especialização

de vendas focada nos seguros

de Vida que aborda assuntos

que vão desde planejamento inicial

e prospecção, até comunicação

eficiente, marketing digital, funil

de vendas, entre outros.

S.N.D - Recentemente, a companhia

iniciou os testes de telemetria

no ramo de seguro auto

e vida. Pode-se dizer que esse

tema será bastante tratado durante

o período que você estará

na presidência?

P.C - Há mais de 6 anos

utilizamos a tecnologia da telemetria

em alguns dos nossos produtos

com o objetivo de oferecer

precificações mais personalizadas.

O primeiro deles foi o Direção

em Conta, que oferecia descontos

de até 30% para os motoristas,

com base nas avaliações

de condução feitas pelo aplicativo.

Desde então, continuamos

avançando em outras tecnologias,

como por exemplo o Liberty Auto

Controle, em que utilizamos um

dispositivo de fácil instalação que

monitora a quilometragem rodada

para gerar a cobrança de acordo

com a distância percorrida no mês

vigente.

Nos nossos produtos de Vida

ainda não trabalhamos com telemetria,

mas seguimos em busca

de novas tecnologias, sempre focados

em oferecer a melhor experiência

para os clientes.

S.N.D - A Liberty é conhecida

por valorizar seus corretores

parceiros. Qual a atenção que

a sua gestão dará para os profissionais?

P.C - Trabalhamos todos os dias

para fortalecer cada vez mais a

parceria que temos com os corretores.

Temos o compromisso

de entregar as melhores ferramentas,

produtos competitivos

e um atendimento próximo para

que nossos parceiros possam

evoluir com a certeza de que

seus clientes podem sempre contar

com a gente.

Estamos atentos às mudanças

no mercado de seguros e no

comportamento dos consumidores,

acompanhando as principais

tendências e inovando sempre.

Como CEO, vou acelerar nossa

jornada de transformação digital,

para que nossos corretores tenham

mais autonomia e agilidade

no dia-a-dia, e assim, aumentar

as vendas e desenvolver suas

carreiras.

S.N.D - Durante a gestão de

Carlos Magnarelli, a Liberty

cresceu durante seis anos seguidos.

Por conta das mudanças

de comportamento do mercado,

como você pode mesclar

a estratégia do seu antecessor

com suas ações a partir de

agora?

P.C - Uma das características

mais marcantes da gestão do

Carlos nos últimos anos é o comprometimento

com a rentabilidade

e crescimento da companhia, algo

que continuaremos priorizando nos

próximos anos.

Nosso desafio como companhia

é nos manter como uma das

empresas mais inovadoras do

mercado, preparada para responder

com agilidade aos desejos e

necessidades dos consumidores.

O Auto Controle e o Meu Momento

de Vida são exemplos de iniciativas

que nasceram com o propósito

de oferecer opções personalizadas

e acessíveis, para aqueles

consumidores que não se sentiam

atendidos pelos seguros tradicionais

ou que buscam produtos com

melhor custo benefício.

S.N.D - Você acaba de entrar

para um grupo ainda restrito de

mulheres CEO’s de seguradoras

no Brasil. Qual é a análise

que você faz acerca da igualdade

de gênero em cargos de liderança

no setor de seguros?

P.C - Nos últimos anos, é possível

observar um crescente aumento

no número de mulheres trabalhando

nas seguradoras, porém, apesar

de 54,8% do quadro total de

funcionários das maiores empresas

do mercado serem mulheres,

somente 25% delas estão em

cargos de liderança. Acredito que

enquanto mercado ainda podemos

avançar muito neste tema.

Na Liberty, promovemos a

equidade de gênero e investimos

para oferecer oportunidades equilibradas

de crescimento e suporte

ao desenvolvimento das carreiras

das nossas colaboradoras. Hoje,

59% do nosso quadro de funcionários

é formado por mulheres e

38% dos nossos líderes são mulheres

e seguimos trabalhando

para aumentar este número cada

vez mais nos próximos anos.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 2



ESPECIAL |

TELEMEDICINA

Lei de telemedicina completa um ano e

empresas registram alto índice de

aprovação

Sergio Vitor Guerra

No dia 15 de abril, a chamada

‘Lei da Telemedicina’

(Lei nº 13.989/2020) completou

um ano de sua implantação

no Brasil. Mais

do que a liberação da sua

prática no país, seu legado

pode ir muito além da sua contribuição no

combate à pandemia.

Mesmo com os impactos negativos do

coronavírus na saúde e na economia, a pandemia

impulsionou o crescimento desse serviço,

acelerando a digitalização dos atendimentos

por vídeochamada. Nos EUA, por

exemplo, um estudo mostra que atualmente

46% dos americanos usam a telemedicina,

contra apenas 11% no ano passado.

Apesar de não existirem números oficiais –

principalmente por ainda não haver uma organização

que reúna os diversos players –

estima-se que até o mês passado foram

realizadas em torno de cinco

milhões de consultas à distância

em todo país. “Isso

demonstra a enorme contribuição

da telemedicina, descongestionando

as salas de

espera e proporcionando

conforto aos usuários através

da implementação de

protocolos modernos de

atendimentos à saúde”, disse

Fernando Ferrari, diretor

Geral da DOC24 no Brasil.

Aqui no Brasil, cada vez

mais as operadoras de saúde

e seguradoras tem investido

nessa tecnologia, assim

como outros segmentos da

indústria e serviços. “Já existem

soluções voltadas para

escolas e hotéis, por exemplo,

onde é possível ajudar

na detecção de sintomas iniciais,

contribuindo de forma

decisiva para a redução no

número de infectados”, garante

Ferrari.

Na SulAmérica, por

exemplo, a adesão dos clientes

foi imediata.

Dados da

compainha demonstram uma

mudança relevante no uso do

digital para cuidar da saúde

entre os segurados: o número

de consultas via tela saltou

de 500 em fevereiro do ano

passado para 91 mil no mês

de dezembro. Foram 641 mil

atendimentos digitais em

2020 – 635 mil desde março.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 4


ESPECIAL | TELEMEDICINA

MAIS ALGUNS ANOS PELA FRENTE

Fernando Ferrari

Diretor Geral da

DOC24 no Brasil

“Registramos um alto índice de

resolutividade do Médico na Tela,

com mais de 90% dos atendimentos

resolvidos e com qualidade: 9

em cada 10 clientes que realizaram

consulta online aprovaram o

serviço. Nosso NPS é de 91 p.p.”,

afirma Tereza Veloso, Diretora

Técnica e de Relacionamento com

Prestadores da SulAmérica.

Além de médicos e psicólogos, a

SulAmérica ampliou as especialidades

do serviço Saúde na Tela,

por meio do qual os clientes passaram

a agendar também consultas

com fisioterapeutas, fonoaudiólogos,

terapeutas ocupacionais

e nutricionistas. O resultado foi um

saldo de 528 mil atendimentos, entre

março e dezembro do ano passado.

Do outro lado da tela, um

reforço importante: mais de 2.200

profissionais, de mais de 50 especialidades,

uma alta de 32,4% em

relação à pré-pandemia.

“Olhando para esses números,

vemos que a tecnologia da

teleconsulta conseguiu chegar

a um público muito maior, seja

pela necessidade desse momento

histórico, seja pela

facilidade de navegar pela ferramenta.

Muitos beneficiários

que antes tinham dúvidas sobre

a eficácia e a qualidade,

hoje adotaram a telemedicina

para facilitar seus cuidados

com a saúde, recomendando

inclusive a conhecidos e familiares“,

diz Tereza.

A prova de que cada vez mais

brasileiros estão utilizando os serviços

de telemedicina vem de uma

pesquisa realizada pela Capterra,

plataforma de busca e comparação

de softwares. Ao ouvir 1004 pessoas

em todo o Brasil, o levantamento

concluiu que 55% dos entrevistados

já utilizaram serviços de

consulta médica à distância, sendo

que 46% deles pretendem seguir

utilizando esse modelo, mesmo a-

pós o fim da pandemia.

“Pela nossa experiência,

em mais de 80% dos casos

a gente consegue fazer o

primeiro atendimento e

encaminhar o paciente para

realizar exames, por

exemplo, sem a necessidade

de uma consulta

presencial. Esse índice

confirma a importância da

telemedicina não apenas

para atender casos em

cidades pequenas, onde

muitas

vezes não existe um médico

próximo; mas também nos grandes

centros, onde a dificuldade

de se locomover de um lugar

para outro e a aglomeração do

transporte público geram outros

problemas. Então, acredito que

essa inovação é algo que veio

para ficar”, concluiu.

A principal vantagem para os

pacientes está no acesso a consultas

online, onde quer que

eles estejam, 24 horas, todos os

dias da semana. Além de evitar

os problemas de deslocamento

e do tempo de espera na unidade

médica, a videoconsulta

também impede a exposição a

germes e doenças. Já para os

médicos, os serviços de

telemedicina permitem um melhor

gerenciamento da sua a-

genda e oferecem ao profissional

um canal seguro para o

relacionamento com o paciente,

além de acesso ao seu prontuário

e geolocalização em tempo

real, o que auxilia em caso de

emergência durante a consulta.

Tereza Veloso

Diretora Técnica e de

Relacionamento da

SulAmérica

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 5


As soluções de Telemedicina

do PASI chegaram para as

empresas e seus colaboradores

através das modalidades que

compreendem a Teleconsulta

Médica por Vídeo, Orientação

Médica por Telefone e Assistência

Farmacêutica. Todos os serviços

serão prestados por profissionais

altamente capacitados da

área de saúde: médicos, enfermeiros

e farmacêuticos. A partir

de R$0,50 já é possível incluir

alguma das soluções disponíveis

e começar a cuidar da saúde de

forma remota, rápida e segura,

garantindo acesso ao atendimento,

sem que o segurado tenha

que se deslocar a hospitais,

clínicas ou consultórios.

De acordo com André Araújo –

Gerente de Relações Institucionais

do PASI, “os serviços de

Telemedicina oferecidos pelo

PASI vêm para complementar os

cuidados com a saúde dos seguradis

e consequentemente podem

diminuir os custos das empresas,

ao minimizar eventuais

imprevistos causados por enfermidades.

As assistências surgem

como uma grande alternativa

para as empresas que querem

oferecer uma solução de saúde,

mas que eventualmente não

conseguem oferecer um plano de

saúde para seus colaboradores.’’

Os atendimentos realizados

através dos serviços da Telemedicina

seguirão as normas vigentes

pelo Conselho Federal de

Medicina (CFM). O serviço da

Teleconsulta pode contemplar o

atendimento pré-clínico, de suporte

assistencial, de consulta, monitoramento

e diagnóstico. O profissional

médico prestará atendimento

remoto, incluindo, caso necessário,

a prescrição de medicamentos

e encaminhamento para

exames. Os casos que não puderem

ser atendidos por teleconsulta

serão orientados para procurar

atendimento de urgência/emergência

nos hospitais mais próximos.

O atendimento remoto permite

que os segurados tenham acesso

à uma medicina de qualidade, a

um custo acessível, promovendo

o contato entre médico e paciente

em situações que não seja

possível uma locomoção. “Através

dos atendimentos, informações

e aconselhamentos sobre

André Araújo

Gerente de Relações

Institucionais do PASI

saúde chegam a todos, promovendo

qualidade de vida, o que

reflete diretamente no crescimento

da empresa e que no final tem

muito valor para todos os envolvidos”,

destaca André.

As soluções de Telemedicina

são uma excelente opção para o

corretor ampliar a oferta de

seguro de vida, agregando mais

valor para seus clientes. Para

saber mais informações sobre a

Telemedicina e outras proteções

do PASI, acesse o site do PASI

ou envie um e-mail para

sip@pasi.com.br. Se preferir

entre em contato com a Central

PASI de Atendimento através do

4000-1989 (Capitais e Regiões

Metropolitanas), 0800 703 6302

(demais localidades) ou

WhatsApp: (31) 99829-8588.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 6



CAPA |

INPART SAÚDE

Neto Carloni

CEO da Inpart Saúde,

Empresa especialista no gerenciamento dos produtos de

Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs) dobra de

tamanho durante a pandemia ao conquistar a confiança de

gigantes clientes

Sergio Vitor Guerra

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 8


CAPA |

INPART SAÚDE

Na área da saúde, um dos setores mais

delicados a se tratar é o de Órteses,

Próteses e Materiais Especiais, popularmente

conhecido como OPMEs.

Devido ao alto valor dos produtos e

alguns problemas burocráticos de

registro, o processo de aquisições é

custoso e demorado, causando problemas

como atrasos no atendimento

dos pacientes. A demora nas cirurgias se tornou comum por

causa da pandemia. A necessidade de reorganizar leitos para

combater o coronavírus afetou o atendimento de cirurgias

eletivas, comuns em OPME. Segundo dados do Ministério

da Saúde, esse procedimento médico reduziu em 40% em

2020.

Desde 2004, a Inpart Saúde, primeira empresa especializada

e vertical nesse segmento, atua para otimizar os processos

de compra e gerenciamento dos produtos a fim de

estabelecer uma conexão segura com todas as partes

envolvidas na aquisição das OPMEs.

A empresa conecta Operadoras,

Hospitais, fabricantes e distribuidores e

por meio da sua plataforma online que

beneficia mutuamente os envolvidos no

processo de compra e venda dos material

de OPME. Enquanto os fornecedores

agregam valor ao seu negócio,

alcançando novos hospitais, o hospital,

por sua vez, amplia seu leque de opções.

A tecnologia possibilita maior

transparência do início ao fim das negociações,

com acompanhamento em

tempo real de ambas as partes.

CEO da Inpart Saúde, Neto Carloni

explica que o serviço da empresa se

valorizou ainda mais devido ao fato da

inclusão de novos clientes de grande

relevância do mercado de saúde, e a

solução eletrônica trouxe de forma efetiva

uma redução substancial de custos

Órteses e próteses, cuja

colocação exija a realização

de procedimento cirúrgico,

têm cobertura obrigatória nos

planos de saúde

regulamentados pela Lei nº

9.656/1998 se o procedimento

cirúrgico estiver listado no Rol

de Procedimentos e eventos

em Saúde da ANS.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 9


CAPA |

INPART SAÚDE

dos materiais para os hospitais.

"Além de ampliar o controle da

gestão de compras hospitalares,

como leque de fornecedores do

mercado e melhorando o processo

através dos sistemas digitais,

ainda oferecemos todo um processo,

desde as guias de autorização

até a liberação de OPME e

inserção da NF no sistema, o que

foi fundamental neste momento”,

em que se busca cada vez mais

transparências e regras de Compliance

por todos os lados.

Desde a inauguração, a Inpart

Saúde formou uma grande cadeia

produtiva. Atualmente, sua base

conta com mais de 2.400 fabricantes

de OPME, 2.800 distribuidores

e mais de 516 mil médicos

cirurgiões. A empresa conta com

clientes como seguradoras, hospitais

de referência nacional e mundial

e operadoras de saúde, entre

elas a UHG – UnitedHealth

Group, controladora do grupo

Amil.

Carloni, explica que a empresa

cresceu organicamente em 2020,

após subir em 100% seu faturamento

e crescer 150% na carteira

de clientes. De acordo com o

executivo, a pandemia e o investimento

em tecnologia impulsionaram

esse resultado. “É um conjunto

de fatores. A mudança de

mentalidade da empresa com seu

serviço de tecnologia foi muito importante.

Desenvolvemos uma

plataforma mais robusta na entrega

para os beneficiários, revertendo

situações de risco de perda de

clientes e fazendo-o entender o

valor e a necessidade da plataforma”,

observa.

Os resultados expressivos do

ano passado viabilizaram novos

investimentos em sistemas e na

plataforma Inpart Saúde. Desse

modo, os clientes contam com

acesso a mais de 500 mil itens

únicos, divididos entre fornecedores

e fabricantes.

Devido à sua especialização

de quase 20 anos de mercado a

empresa se consolida como desenvolvedora

de soluções que

otimizam o processo de busca para

o fornecimento de materiais,

melhoria na qualidade do processo

operacional e agilidade de a-

cesso às informações.

O executivo explica, ainda, que

após o cadastro dos itens desejados,

a plataforma com o uso da

inteligência artificial permite que

Vantagens exclusivas da

plataforma

· Cotação e compras on-line e em

tempo real

· Rastreabilidade e histórico de

processos

· Rapidez, segurança, atualização,

clareza e confiabilidade de

informações

· Aumento de produtividade

· Diversidade de fornecedores e

materiais

· Relatórios customizáveis

· Transparência e ética em

processos

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 0


CAPA |

INPART SAÚDE

sejam montados ‘kits’ para os procedimentos

cirúrgicos.

Redução de desperdícios

Um dos aspectos mais importantes

do uso da solução é a análise

de custos dos materiais solicitados.

Na análise do CEO, a Inpart

Saúde contribui para a busca de

um processo ótimo no setor de

OPME, onde estão cadastrados

os mais importantes fornecedores

do mercado e possibilitando ao

cliente um melhor controle dos

materiais via sistema digital, sempre

de maneira nítida. “No mercado,

infelizmente ainda existe a

falta de transparência e organização,

gerando um acúmulo de

desperdício e dá margem a fraudes.

Quem paga o alto custo é o

paciente/consumidor final”, explica.

Neste momento, um dos

principais objetivos da Inpart, segundo

o executivo, é reestruturar

a cadeia produtiva do setor de

OPME. “A nossa preocupação é

de adotar o espírito de fazer o

bem entre os profissionais envolvidos

e apresentar soluções de

transparência nesse segmento”,

projeta.

Foco nas aquisições

A Inpart vai aproveitar o bom

momento para destinar parte dos

investimentos a aquisições de

players de saúde no mercado nos

próximos anos. Por isso, a empresa

acredita que haverá alta na

base de clientes, o que possibilitaria

uma integração ainda mais

benéfica aos usuários da plataforma.

“Buscamos empresas para

aquisições no mercado de saúde.

Cresceremos nesse passo nos

próximos anos. Haverá uma busca

por soluções digitais que possam

trazer resultado para operadoras,

planos de saúde, hospitais

e fornecedores”, observa Carloni.

No mercado,

ainda existe

falta de

transparência

e de

organização,

gerando um

acúmulo de

desperdício e

dá margem a

fraudes

Neste ano, a empresa aposta

na exportação dos serviços para

o mercado latino-americano e

Europa. O executivo explica que

países como Argentina, Chile e

México ainda se desenvolvem

nessa área, fazendo o controle da

OPME de forma manual. Sendo

assim, o sistema vai evoluir esse

trabalho, garantindo redução de

custos operacionais e financeiros.

A internacionalização já começou.

No México, por exemplo, a empresa

está realizando parcerias

locais, que atuam na gestão hospitalar.

Carloni garante, ainda, que a

plataforma se adaptará facilmente

em outros países. “Nossa plataforma,

é 100% aderente à lei brasileira

LGPD (Lei Geral de

Proteção de Dados). Desse modo,

já configuramos nossas aplicações

para os mercados internacionais”

onde a LGPD já está aplicada

há mais tempo.

Após quase 20 anos de

mercado, Carloni acredita que a

empresa leva cada vez mais

transparência ao setor no Brasil,

com projeção de expandir essa

iniciativa internacionalmente. “Est

levando a cultura da importância

do controle do uso desses

produtos. Talvez por conta do

tamanho do mercado brasileiro de

OPMEs, estamos décadas à

frente nesta gestão”, declara o

CEO.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 1


SAÚDE |

ODONTOLOGIA

União de players por 10 anos promete

popularizar planos odontológicos

Companhia venceu licitação do banco público e terá exclusividade na distribuição dos

produtos pelos próximos 10 anos

A Alper Consultoria e Corretora

de seguros segue seu plano de

expansão no mercado segurador

brasileiro. Desta vez, a empresa

venceu a licitação para comercializar

os planos de saúde e

odontológicos da Caixa Seguridade,

a holding de seguros da

Caixa Econômica Federal. A

parceria incluirá a própria corretora

do banco federal.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 2

O contrato é válido para os

próximos dez anos e envolve a

venda de produtos para clientes

da Caixa Econômica Federal.

Atualmente, o banco possui mais

de 90 milhões de correntistas,

porém menos de 20% deles possuem

algum tipo de seguro.

“Para este ano, continuamos de

olho nas oportunidades para novas

aquisições, além dos altos investimentos

em tecnologia e em pessoas

para uma melhor experiência

do cliente. Toda a equipe

está engajada em procurar

soluções personalizadas

para a necessidade

de cada cliente.

Este é um dos nossos

diferenciais”, explica

Marcos Couto

presidente da Alper, sobre

as recentes aquisi-.

ções.

O avanço da Alper no

mercado de seguros brasileiro

ganhou força a partir

do segundo semestre do ano

passado, pois a companhia

preferiu manter cautela nos primeiros

meses devido à pandemia.

Desse modo, as aquisições já

iniciadas antes do surto da Covid-

19 deslancharam nos últimos

meses.

Em agosto de 2020, a Alper

adquiriu a Transbroker, gigante no

segmento de seguro de transporte,

por R$ 58 milhões. Pouco

depois, a companhia confirmou

seu interesse de expansão no

mercado nacional com o pioneirismo

no seguro para agentes

autônomos. A iniciativa é negociada

exclusivamente com a

seguradora e derruba a exclusão

para esse profissional.

"Num primeiro momento, assim

como todas as empresas, nós tivemos

que recuar para entender o

que estava acontecendo e planejar

como seriam as próximas

ações. Feito isso, voltamos com

mais força e apetite para alcançar

nossos objetivos e realizar as

aquisições que estavam programadas

para o 1º semestre, e

tiveram que ser adiadas para o 2º

sem. Definimos nossas estratégias

e atingimos nossos objetivos,

chegando ao final de 2020 muito

feliz com os resultados alcançados

e com a equipe bastante motivada

e engajada", destaca o executivo.



No mês de estreia, Seguro em Debate

alcança mil visualizações

Programa de entrevista da Seguro Nova Digital convida grandes personalidades do mercado

ASeguro Nova Digital

estreou no

mês de abril o

Seguro em Debate,

um programa

de entrevista ao

vivo que traz diversos profissionais

com o intuito de difundir informações

pertinentes para o setor de

seguros. Em um mês, mais de mil

espectadores acompanharam conteúdos

exclusivos pelo canal do

YouTube da publicação, o SND

Play.

Rodrigo Ventura, fundador da

88i Seguradora Digital, foi o convidado

do primeiro programa. A

startup foi uma das selecionadas

para atuar no ambiente regulatório

do sandbox da Susep e agora está

apta a desenvolver seguros inovadores

para o consumidor. Ventura

aproveitou a ocasião e revelou o

propósito de a empresa se assumir

como seguradora digital. “O seguro

por minuto é importante para diversos

consumidores que desejam

proteções adaptadas à sua necessidade”.

Além disso, indo na contramão

do que muitos profissionais

de seguros pensavam, o executivo

afirmou que conta com o

canal corretor no caminho da distribuição.

“Estamos à disposição para

atender todos os corretores de

seguros. No nosso site, inclusive,

há uma aba exclusiva para os

profissionais”.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 4

SND PLAY | SEGURO EM DEBATE Pouco depois foi a vez de

Nicholas Weiser, diretor de

digital da EZZE Seguros, uma

das seguradoras que mais cresce

no país. Na ocasião, o

executivo destacou a importância

da construção de uma jornada

digital na seguradora para

atender as necessidades dos

corretores de seguros. “O corretor

é muito importante para

nós. Ele é o maior canal de

distribuição da companhia e, por

isso, desenvolvemos soluções

para facilitar o seu cotidiano conosco

e com seus clientes”.

O Seguro em Debate também

trouxe corretor de seguros. Jefferson

Floriano, CEO da Via

Direta Seguros, corretora com

25 anos de atuação, foi o convidado

do quarto programa. Em

2018, a corretora mudou totalmente

sua maneira de atuação e

passou a comercializar pelo caminho

digital. Antes, a Via Direta

estreitava o relacionamento

com seus clientes por meio de

concessionárias. O seguro auto

é a especialidade, mas Floriano

afirmou que há interesse na expansão

de carteiras.

Walter Polido, diretor da

Conhecer Seguros Treinamentos,

foi uma das atrações que

mais deu audiência simultânea.

O professor dissecou para os

espectadores as mudanças em

seguro

torno dos Seguros de RC, colocado

em consulta pública na Susep

em abril. “Os corretores de seguros,

desarticulados em relação a

este processo modernizante, ainda

não se deram conta do papel importante

que eles devem desempenhar,

estimulando e impulsionando

os avanços sobre os seguros

de RC.

Ainda sobrou tempo no mês de

abril para trazer o advogado especialista

em combate à fraude no

seguro, Dr. Cléscio Galvão. Com

muita didática, o líder do escritório

Cléscio Galvão Adv. Destacou o

crescimento das fraudes no Brasil

e ressaltou que esse problema deve

ser resolvido por meio da educação.

O Seguro em Debate promete

trazer mais entrevistados para o

mês de maio. O objetivo dessa discussão

é fortalecer a indústria do

seguro por meio da difusão de informações,

trazendo as maiores

personalidades do setor. Para

acompanhar as séries de entrevistas

destacadas, acesse o SND

Play, canal do YouTube da Seguro

Nova Digital.

em

debate



Evento de seguro de transporte brasileiro é

um dos maiores da América Latina em 2021

Devido ao sucesso do ano passado, o encontro online está sendo preparado pela Fetransporte

Brasil e a Educa Seguros para duplicar a carga horária e o número de participantes

Para apresentar as oportunidades

que o segmento de

Seguro de Transportes reserva

a corretores e empresas

que atuam no segmento,

a Fetransporte Brasil,

uma empresa de soluções

de serviços para corretores, e a Educa Seguros,

realizam a segunda edição da Fetransporte

Brasil Conference. O maior evento

online de Seguros de Transporte de Cargas

do Brasil acontecerá de 7 a 10 de junho,

com a expectativa de reunir 5 mil profissionais

interessados no setor.

A Fetransporte Brasil e a Educa Seguros

inovaram ao apresentar o evento no ano

passado, com mais de 23 horas de conteúdo

gratuito, reunindo 2.200

pessoas que tiveram expectativas

superadas. A segunda

edição promete ser

ainda mais grandiosa: o

tempo da programação do

evento foi dobrado, serão

mais de 40 horas de conteúdo,

com diversas autoridades

do setor e conteúdo

ao vivo em debates, entrevistas,

workshops, treinamentos

e estudos de casos.

Já estão confirmados mais

de 40 profissionais como

palestrantes e apresentadores,

todos eles importantes

players do segmento. Além

da plenária online, os participantes

terão como novidade

um dia exclusivo para acessar

as três salas de negócios

e entrar em contato com os

representantes das principais

seguradoras atuantes no país,

como forma de estreitar o

relacionamento com os principais

tomadores de decisão

do setor.

Já estão confirmados mais

de 40 profissionais como

palestrantes e apresentadores,

todos eles importantes

players do segmento. Além

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 6


da plenária online, os participantes

terão como novidade

um dia exclusivo para acessar

as três salas de negócios

e entrar em contato com os

representantes das principais

seguradoras atuantes no país,

como forma de estreitar o

relacionamento com os principais

tomadores de decisão

do setor.

Outra novidade deste ano

será que, além dos seguros

de transporte, haverá momentos

com dicas para atuação

dos corretores de seguros

em dois outros ramos

que estão aquecendo o mercado:

os seguros patrimoniais

e os seguros de vida, que

podem completar o mix de

produtos a serem oferecidos

aos clientes transportadores.

“No ano passado tivemos

um evento inovador e com

muito conteúdo, em plena

pandemia. Este ano modernizamos

um pouco mais as

formas de apresentação,

com a missão de superar,

mais uma vez, as expectativas”,

afirma Rogério Bruch,

Diretor Comercial da Fetransporte

Brasil. Segundo

ele, as informações apresentadas

no evento serão relevantes

para o dia a dia dos

profissionais deste segmento,

sejam corretores ou seguradores.

“Teremos desde

conteúdos sobre o mercado

logístico no Brasil, o cenário

do transporte de carga, as

oportunidades para seguradores

e corretores, as tendências

para o futuro do mercado.

Ouviremos a visão das

seguradoras, das empresas

de gerenciamento de riscos,

de regulação de sinistros.

Daremos caminhos para a

diversificação da carteira do

corretor e como se preparar

para atuar com seguro de

transportes nacional, internacional,

RC ambiental e

vida. Além de temas que

possam ajudar na prospecção

de clientes e no atendimento

a este setor”, adianta

o diretor.

“A primeira edição foi

sensacional, sendo um sucesso

de audiência e público.

Foram mais de 2 mil participantes,

mais de 22 horas de

conteúdo e 23 painéis”, completa

Bruno Barazzutti, Gerente

Gerente de Inside Sales e Marketing da

Fetransporte Brasil. “Nesta edição, nossa

expectativa está ainda maior e nossa

missão é proporcionar um momento único

de aprendizado, compartilhamento e

crescimento para o nosso mercado”, diz

Anderson Ojope, fundador da Educa

Seguros, justifica que o mercado de seguros

brasileiro necessita de aprimoramento

técnico e operacional para a venda, operacionalização

e gestão dos seguros no

ramo de transporte de carga. “A grande

maioria dos corretores de seguros ainda

está distante deste segmento. É preciso

conhecer o ecossistema do seguro de

transporte de carga e o mercado de

logística em geral para poder diversificar

a carteira através do desenvolvimento da

venda do seguro de transporte de carga,

que tem grande potencial de crescimento”,

diz.

Rogério Bruch

Diretor Comercial

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 7


ARTIGO

| SIDNEY DIAS

Open Insurance: a

concorrência nos

seguros vai

aumentar?

Por Sidney Dias*

ASusep colocou em Consulta

Pública, no dia 22

de abril, minutas de Resolução

e de Circular

para regulamentação do

Sistema de Seguros

Aberto – o Open Insurance.

O prazo para apresentação de sugestões

à autarquia vai até o dia 25 de maio

deste ano.

Este artigo é apenas uma primeira análise

do panorama. O tema é amplo e demanda

análises mais detalhadas, para que se obtenha

uma compreensão mais profunda das

transformações pelas quais o mercado de

seguros passará nos próximos meses e

anos.

Mas, afinal, o que é o Open Insurance?

Não existe uma definição precisa, consolidada

e universalmente aceita sobre o que

isso realmente significa. Para simplificar,

pode-se utilizar a visão da Susep: Open

Insurance é o “compartilhamento padronizado

de dados e serviços por meio de abertura

e integração de sistemas no âmbito dos

mercados de seguros, previdência complementar

aberta e capitalização”(**).

Como se pode ver, isso é bem abrangente;

mas, utilizando-se o conceito e as propostas

de normativos para o mercado brasileiro

apresentadas pela Susep e dando-se

uma olhadinha em algumas iniciativas e

práticas de outros mercados, é possível

irmos entendendo a transformação que o

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 8

Open Insurance trará para o

nosso mercado.

E a mudança é grande: tudo

indica que a concorrência vai

aumentar – tanto para seguradoras

quanto para os corretores

de seguros.

Transformação do

mercado pela inovação

e empoderamento do

consumidor

O que a Susep está fazendo

é colocar em prática, no mercado

de seguros, o que está

expresso na Lei 13.709/18 – a

LGPD (Lei Geral de Proteção

de Dados). Essa lei está em

vigor e garante a cada pessoa

o direito à portabilidade dos

seus dados, podendo demandar

ao seu fornecedor de produtos

ou serviços que forneça

os seus dados a outros fornecedores.

Essa mudança, por outro

lado, está relacionada com

outras iniciativas introduzidas

pela Susep para a dinamização

e modernização do mercado

de seguros brasileiro –

como o Sistema de Registro

de Operações (SRO) e o

sandbox regulatório, por

exemplo.

O Open Insurance está

associado, também, à iniciativa

do Open Banking, que é

conduzida pelo Banco Central

e começou a ser colocada em

prática no ano passado. A

previsão é de que a portabilidade

dos dados sobre seguros

e previdência tenha início

em dezembro de 2021. Logo,


ARTIGO

| SIDNEY DIAS

há necessidade do setor de seguros

se preparar para que isso

possa ocorrer.

A perspectiva do

consumidor

De imediato, é possível antever

que a cadeia de valor dos seguros

massificados será fortemente

impactada, enquanto os seguros

de grandes riscos e aqueles chamados

de personalizados terão,

presumivelmente, um impacto

bem mais reduzido.

Para ficar mais claro, considere

o caso do Seguro de Automóvel,

reconhecidamente um tipo de

seguro que possui uma oferta de

produtos bastante semelhantes

entre si. Quando isso ocorre, é

comum que o foco da atenção do

consumidor se desloque para o

preço do produto, uma vez que

ele não percebe diferenças significativas

entre os concorrentes.

Com o Open Insurance, o titular

de uma apólice próxima do seu

término de vigência pode solicitar

à seguradora que efetue o compartilhamento

dos seus dados

pessoais e do seguro com outras

seguradoras para obter cotações

e decidir por aquela oferta que,

na sua visão, seria a mais adequadas

às suas necessidades.

Tudo isso de forma digital,

com tempos mínimos para sua

realização. Fica claro que, à semelhança

do que está planejado

e já em implementação no Open

Banking, o consumidor decidirá

sobre o compartilhamento dos

seus dados, buscando o que considera

ser o melhor atendimento e

a melhor relação custo/benefício.

A interação por canais digitais

para buscar alternativas de solução

e formar opinião é algo típico

dos consumidores das chamadas

Geração Y (ou Milênio) e Geração

Z. Se considerarmos que as

pessoas da Geração Y estão na

faixa etária dos 25 aos 40 anos e

os da Geração Z estão com idades

entre 10 e 25 anos, há poucas

dúvidas sobre a importância

assumida pelos canais digitais.

Tudo indica

que a

concorrência

vai aumentar

– tanto para

seguradoras

quanto para

corretores de

seguros

A perspectiva da

seguradora

As seguradoras deverão

disponibilizar dados sobre seus

produtos e coberturas. De igual

forma, deverão também ceder a

outras entidades os dados dos

segurados – tanto os pessoais

quanto os relativos aos seguros

contratados – sempre que demandados

expressamente pelos

seus titulares.

Em uma primeira análise, isso

traz ameaças e oportunidades para

cada seguradora que já atua

no mercado. Como ameaça, de

imediato se visualiza que o compartilhamento

dos dados pelo

Open Insurance e o Open Banking

reduz as barreiras de entrada

no mercado de seguros brasileiro.

Os novos entrantes – sejam

companhias tradicionais ou

insurtechs – podem ofertar produtos

inovadores, com preços mais

competitivos, particularmente para

os produtos massificados.

Análises mais aprofundadas, em

função das características de cada

seguradora, irão evidenciar outras

possíveis oportunidades e ameaças.

De qualquer forma, a pressão

competitiva entre as seguradoras

aumenta.

A perspectiva do corretor

de seguros

As minutas de normas não

abordam mudanças no papel do

corretor de seguros – ao menos,

diretamente. Mas, temos um indicador

de mudança importante, que

está presente na minuta de Resolução:

um novo tipo de entidade foi

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 9


ARTIGO

| SIDNEY DIAS

conceituado - a sociedade

iniciadora de serviço de seguro:

“Sociedade iniciadora de

serviço de seguro: sociedade

anônima, exclusivamente digital,

credenciada pela Susep como

participante do Open Insurance,

que provê serviço de a-

gregação de dados, painéis de

informação e controle (dashboards)

ou, como representante

do cliente, compartilha

serviço relacionados a seguros,

por ele consentidos, sem deter

em momento algum os recursos

pagos pelo cliente, à exceção

de eventual remuneração pelo

serviço, ou por ele recebidos;”

(**)

Pela leitura, já é possível

entender que essa nova entidade

não será uma corretora se

seguros: a exigência de que

seja uma sociedade anônima,

exclusivamente digital, já afasta

essa possibilidade.

Outra indicação importante é

que esse integrador pode, eventualmente,

ser remunerado diretamente

pelo cliente.

Olhando para entidades

similares em outros mercados -

como o americano e os mercados

de alguns países europeus -

encontramos a figura do agregador

de dados. As particularidades

variam de acordo com o mercado

local; geralmente, são empresas

que oferecem um ponto centralizado

de informações sobre produtos

de seguros de diferentes companhias,

facilitando a análise pela

pessoa interessada na compra de

proteção por seguro.

Elas prestam serviços tanto para

as pessoas e empresas interessadas

em seguros, quanto para os

corretores de seguros que, em

lugar de buscar informações sobre

produtos, coberturas e preços em

diferentes seguradoras, acessam

e obtêm as informações de que

necessitam nesses agregadores

de dados.

Difícil dizer, agora, se isso vai

trazer melhorias – ou não – para o

corretor de seguros tradicional. O

que se sabe é que o corretor, como

consultor especializado em

gestão e transferência de riscos

através de seguros, continuará

sendo muito importante para a

proteção das pessoas, famílias e

negócios. Nenhum agregador de

dados, exclusivamente digital, irá

substituir o corretor nesse papel.

Como se pode ver, o assunto é

amplo e instigante e, neste momento,

estamos apenas no começo

das definições. Tem muito,

ainda, por ser feito. Isso vai demandar

outras análises e, consequentemente,

outros artigos.

* Sidney Dias é diretor da Conhecer Seguros, doutor em Informática e bacharel em

Administração Pública. Também é corretor de seguros habilitado em todos os

ramos, professor em cursos de graduação e pós-graduação, e membro de instituições

internacionais, como da IEEE/Computer Society, da Association for Computing

Machinery (ACM) e da International Coach Federation (ICF).

(**) Minuta de Resolução CNSP – Consulta Pública Susep 12/2021

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 0



MOVIMENTAÇÕES | MERCADO

AXA no Brasil

A fim de potencializar sua atuação no país e a

proximidade com corretores, a AXA no Brasil

anuncia a chegada da Analúcia Bibiano, que

dará atendimento dedicado aos parceiros no

Espírito Santo. Com mais de 20 anos de experiência

no mercado, a executiva possui a missão de

estreitar ainda mais o relacionamento entre a

seguradora e seus parceiros, sob a gestão de

Mariana Azevedo, que atua no Rio de Janeiro e

Espírito Santo e é responsável também pelo

atendimento dedicado à carteira de Transportes

na região.

Alper

André Lins assume a diretoria de Agro da

Alper Consultoria em Seguros, com o desafio de

apresentar as melhores soluções em seguros

para o produtor rural. A mudança faz parte da

estratégia de companhia de se posicionar como

referência no segmento, que hoje responde por

21,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Berkley Brasil Seguros

Delphos

Admitida na empresa em 1980 como analista de

sinistros, Elisabete Prado teve uma carreira

exemplar, que avançou rapidamente de encarregada

da área de sinistros de danos materiais

para subgerente de sucursal, gerente de sucursal,

gerente regional sudeste, diretora adjunta de

corporações, diretora comercial e de marketing até

chegar à vice-presidência e, finalmente, presidência.

A Berkley International do Brasil Seguros S.A,

(“Berkley Brasil Seguros”) membro de um dos

maiores grupos seguradores dos Estados Unidos,

anuncia a contratação de Henry Arima como

diretor de digital, marketing e distribuição. Com

mais de 20 anos de experiência no mercado de

seguros e resseguros, Henry é formado pela New

York University em Economia e Finanças. O

executivo ocupou cargos de liderança em várias

seguradoras e liderou a startup de duas seguradoras

internacionais no Brasil.

S EPrédio G U R O da N Susep, O V A Dem I G IBrasília T A L | - Foto: 3 2 Foursquare


MOVIMENTAÇÕES | MERCADO

Brasilprev

A Brasilprev, empresa especialista em previdência

privada, anuncia Ana Paula Sabbag para a

Superintendência Jurídica e de Governança Corporativa.

Funcionária de carreira da companhia

desde 2006, a executiva ocupava anteriormente a

gerência jurídica da organização. Em sua nova

função, Ana Paula passa a responder também

pela governança corporativa da companhia.

Sompo Seguros

O Grupo Sompo contratou Daniel de Rosa como

novo diretor executivo de Tecnologia da Informação

no Brasil. O executivo, que atua há mais de 30

anos no setor de TI em cargos de liderança em

seguradoras, bancos e consultorias de mercado;

chega para contribuir com as estratégias de expansão

do market share e a abrangência de atuação

do grupo segurador no mercado nacional.

Abramge

No dia 5 de abril, a Abramge (Associação Brasileira

de Planos de Saúde) anuncia Renato Casarotti

para o cargo de presidente da instituição no triênio

2021-2024. O executivo sucede Reinaldo

Scheibe, que esteve à frente da associação por

cinco anos. A Abramge representa atualmente

136 operadoras associadas, responsáveis pelo

atendimento de 22,7 milhões de beneficiários. As

associadas da Abramge possuem 175 hospitais

próprios, além de milhares de clínicas e laboratórios.

Qsaúde

A administradora de empresas Camila Dantas,

43 anos, assume como líder de Recursos Humanos

do Qsaúde. A executiva atuou por mais de 11

anos na Braskem, onde ocupou, mais recentemente,

a posição de diretora de Pessoas e Desenvolvimento

Organizacional. “O Qsaúde é uma

empresa nova, mas que já nasce com uma cultura

forte, pautada pelo cuidado. Nossa missão é

fortalecer esse pilar não só no relacionamento e

atendimento ao cliente, como também com cada

um de nossos colaboradores," afirma.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 3


S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 4



Chuva de IPOs

Caixa Seguridade entrou na

bolsa no dia 29 de abril

Sergio Vitor Guerra

No dia 13 de abril iniciou o

período de reserva para

pequenos investidores

comprarem ações da

Caixa Seguridade antes

de entrar na bolsa. O ciclo

da reserva terminou em 26

de abril. Enquanto isso, a estreia do braço de

seguros do banco público na bolsa ocorreu no

dia 29 do mesmo mês. A subsidiária da Caixa

Econômica Federal possui uma fatia de 13,5%

no mercado de seguros brasileiro.

O banco projeta vender até 17,3% da empresa

de seguros. No total, a operação pode chegar

a 450 milhões de ações. Desse modo, metade

dessa oferta é destinada para investidores

de varejo (qualquer investidor que esteja

na bolsa) .

De acordo com informações anunciadas, a

princípio, no site Valor Econômico, do total da

oferta de varejo, até 10% serão alocados

prioritariamente para os empregados da Caixa.

Também há prioridade na alocação para quem

aceitar um lockup (período no qual não se

pode vender as ações) de 45 dias. “Já recebemos

R$ 7 bilhões por conta da reestruturação

de seguridade. Somente neste ano foram

mais de R$ 2 bilhões. O negócio de seguridade

reforça o tamanho da Caixa”,

explicou o presidente

da Caixa, Pedro Guimarães,

durante o evento do

Credit Suisse, ocorrido em

janeiro deste ano.

Em março de 2020, o

banco anunciou o fim do

processo de IPO. Isso porque

a pandemia do coronavírus

avançava no mundo,

causando incertezas

no mercado financeiro.

“Tudo é uma questão do

impacto econômico e social

da pandemia, e existe

zero chance de abrirmos

capital para vender a qualquer

preço. Só faremos o

IPO quando o mercado

precificar o que achamos

que vale”, disse Guimarães

na época.

Durante o processo, a

Caixa anunciou duas joint

ventures: uma com a Tokio

Marine, que toma conta

da carteira de seguro

habitacional, e a outra com

com a Icatu Seguros, para

vendas de serviços de

capitalização.

Os recursos captados

pela oferta de ações serão

integralmente repassados

para a Caixa Econômica

Federal, na qualidade de

acionista vendedora. O

ganho bruto no próximo

resultado da Caixa será

de R$ 3,3 bilhões, segundo

informou o banco

estatal.

A abertura de capital da

Caixa Seguridade se arrastava

desde 2015. A

última tentativa tinha sido

feita em setembro passado,

mas a operação

acabou sendo suspensa

pelo banco estatal diante

das condições adversas

do mercado em razão da

pandemia da Covid-19, e

foi retomada neste começo

de 2021 em meio ao

cenário de maior aquecimento

do mercado de a-

ções no país.

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Simplificação do seguro auto tenta

atingir clientes fora do mercado

Susep coloca em consulta

pública a simplificação do seguro

auto. De acordo com a

autarquia, medidas visam

inclusão e ampliação do acesso

ASusep colocou em consulta

pública proposta de circular

que flexibiliza e simplifica

os seguros de automóveis

no Brasil. A medida

visa facilitar e ampliar o

acesso a essa importante

modalidade de seguro, responsável por um

volume de R$ 35 bilhões em prêmios emitidos

em 2020, permitindo maior diversificação de

produtos, mais inovação e seguros mais baratos.

Apesar do alto volume de receitas, segundo

dados do Denatran e da Susep, apenas

16% da frota de veículos no Brasil tinha

cobertura de seguros em

2019. Mesmo considerando

a frota com idade de até 10

anos, esse número não supera

33%.

Entre as mudanças

propostas está a possibilidade

de o seguro ser contratado

mesmo sem identificação

exata do veículo. Já há esta

prática em países desenvolvidos,

mas ainda é inexplorada

no mercado brasileiro.

Isso facilita, por exemplo, o

acesso ao seguro por motorista

de aplicativos e condutores

que já adotam o compartilhamento

de automóveis,

utilizam carros por assinatura

ou alugados, ampliando

ainda mais as oportunidades

de acesso – e de

modo mais inclusivo. Essa

proposta está em linha com

a crescente tendência de

economia compartilhada,

com o comportamento migrando

da posse para a

utilização dos veículos.

Para a Superintendente da

Susep, Solange Vieira, essa

iniciativa é uma ação

importante no processo de

acesso ao seguro e desenvolvimento

do setor: “Temos

trabalhado para que o seguro

seja uma escolha relevante

para que o consumidor,

o cidadão, possa se proteger

e proteger seu patrimônio”,

afirma. Na avaliação

da Superintendente, um

dos avanços promovidos pelo

novo marco regulatório que

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 8


vem sendo implementado pela

Susep, a flexibilização no segmento

auto é um exemplo de

transformação de forte impacto

em termos de possibilidades de

desenvolvimento de negócios e

inovação em um mercado tradicional:

“Esta medida, sem dúvida,

propiciará muitas oportunidades

para o mercado e, principalmente,

para novos consumidores do

seguro, como aqueles que não

são proprietários do veículo, mas

precisam do seguros como instrumento

de trabalho – motoristas de

aplicativos e locadores, por exemplo.

Trata-se de oferecer mais

acesso e possibilidade de escolhas,

dando mais poder para o

consumidor e desenvolvendo o

mercado”, afirma.

O Diretor da Susep, Rafael

Scherre, destaca outras importantes

novidades trazidas pela proposta.

Ele cita, por exemplo, a

livre possibilidade de combinação

de coberturas, tanto típicas do segmento

automóvel quanto de outras

linhas de negócio. Destaca,

ainda, a possibilidade de coberturas

parciais de casco e a exclusão

de limite para caracterização

de indenização integral, permitindo

maior diversificação de produtos

e preços, atendendo às necessidades

e preferências de diferentes

consumidores: “Esperamos

um crescimento significativo

do mercado nos próximos anos,

com ampliação de cobertura, inclusão

principalmente inovação.

A simplificação

propiciará

oportunidades

para o mercado e,

principalmente,

para os novos

consumidores de

seguros

Solange Vieira,

superintendente da Susep

E a partir de agora as bases para

um ambiente favorável à competição

e novos negócios, com menos

restrições regulatórias, estão

lançadas“.

Mariana Arozo, Coordenadorageral

de Seguros Massificados,

Pessoas e Previdência da Susep,

destaca ainda que o consumidor

terá também a possibilidade de

contratar coberturas de responsabilidade

civil facultativa e acidentes

pessoais de passageiros

vinculadas ao condutor: “A proposta

traz grande flexibilidade em

relação às regras atuais. Esperamos

novos produtos e mais

segurados – sempre com boas

práticas de conduta e total transparência

por parte das seguradoras.

Comparando com os números

da OCDE, é um mercado com

potencial para dobrar de tamanho”.

Com base nos dados da OCDE

(2019), a penetração do mercado

de seguros de automóvel no

Brasil é de 0,53% do PIB, que

representa a metade da média da

OCDE (1,06%).

Em termos de arrecadação de

prêmios, os seguros de automóvel

representaram 44,8% do

mercado de seguros de danos no

Brasil, em 2020. Trata-se da mobilidade

de seguros mais “popular”

no país, que gerou uma receita

de R$ 35,34 bilhões no ano

passado, frente aos R$ 78,86

movimentados pelo segmento de

danos. Veja abaixo o gráfico com

a participação do ramo no segmento,

de acordo com os dados

de 2020.

O Seguro Auto possui

pagamento fixo e previamente estabelecido;

a indenização é feita

em até 30 dias ou menos; a

atividade é regulamentada pela

SUSEP; não tem limite para

acionar sinistro (com exceção de

PT) em uma vigência; e, se a

seguradora não for acionada,

acumula pontos a cada ano que

são aplicados como desconto na

renovação da apólice.

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Setor de seguros

reage no primeiro

bimestre do ano

Alta de 4,5% no acumulado do ano

sobre o mesmo período de 2020;

arrecadação do ramo Auto cresce 7,4%

em fevereiro contra o mesmo mês no

ano passado

Osetor segurador continua a

gerar receitas de prêmios

voláteis no ano, em virtude

dos impactos heterogêneos

da pandemia entre

ramos e modalidades de

seguros. Resultado: no primeiro

bimestre de 2021, o setor apresentou

crescimento de 4,5% contra o mesmo período

de 2020, quando ainda não havia pandemia,

decretada em março. “A liderança cabe a Danos

e Responsabilidade, com avanço de 12,6%. O

segmento de Pessoas sobe pouco, 1,5%, influenciado

por virtual estabilidade de planos de

acumulação”, assinala o Presidente da Confederação

Nacional das Seguradoras – CNseg,

Marcio Coriolano, em editorial da publicação

Conjuntura CNseg nº 41.

Chama a atenção a forte aceleração apresentada

por algumas modalidades no acumulado

do ano. Quase todos os ramos de seguros

observam avanços, alguns verdadeiramente superlativos.

Pelo menos, oito ramos contribuíram

para o resultado positivo no ano, que são: Responsabilidade

Civil (42,7%); Rural (32,2%); Crédito

e Garantias (27,2%); Patrimonial (26,4%);

Transportes (20,9%); Habitacional

(10,9%); Marítimo

e Aeronáuticos (9,9%) e

Planos de Vida – Risco

(6,3%).

Alguns ramos vêm tendo

desempenho tão consistente,

principalmente a partir

do segundo semestre de

2020, que, mesmo tendo

queda em fevereiro sobre

janeiro, puxaram a alta do

ano. Entre eles, aparecem

Marítimos e Aeronáuticos

(-35,6%); Responsabilidade

Civil (-28,1%); Transportes

(-24%); Garantia Estendida

(-17,7%); Patrimonial (-6,2%);

Automóveis (-5,7%) e Rural

(-2,7%). Os Títulos de Capitalização

recuaram 3,5%. Os

únicos que cresceram foram

Crédito e Garantias, com

17,5%, e Planos Tradicionais

de Vida, com 3,4%. Os prêmios

de fevereiro, de R$ 22

bilhões, registraram queda

de 9,9% sobre janeiro, de

R$ 24,2 bi.

Outra realidade de mercado

é apresentada na

comparação mês contra

mesmo mês do ano anterior,

métrica ainda mais importante

de aferição do desempenho.

A receita de fevereiro

último foi 5,5% superior

ao mesmo mês de

2020, mês que antecedeu

a decretação da pandemia

e de bom desempenho.

Nesse caso, o desempenho

positivo foi, novamente,

influenciado pelo segmento

de Danos e Responsabilidade,

com alta de

14,9%, enquanto o segmento

de Cobertura de

Pessoas avançou 1,5% e

os Títulos de Capitalização

tiveram receitas aumentadas

em 6,6%.

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