Seguro Nova Digital - 15ª edição
Um novo jeito de pensar saúde no Brasil O reajuste nos planos de saúde para o período de maio de 2020 a abril de 2021 foi de 8,14%, segundo a ANS. Anualmente, esse aumento afasta milhares de beneficiários e distancia aqueles que jamais tiveram acesso à saúde privada. A redução dos desperdícios e das fraudes nos procedimentos médicos são fundamentais para equilíbrio do reajuste anual, para que ele se adeque com mais facilidade ao bolso do consumidor. Um dos casos que mais gera custos extras são as fraudes nas cirurgias de órteses e próteses trazidas à tona há seis anos numa reportagem do Fantástico. A denúncia em rede nacional levou à criação de uma CPI, mas não avançou para processos criminais. A CPI não deu em nada, mas as redes especializadas na gestão desses equipamentos trabalham com o intuito integrar todas as vertentes do processo operatório, estreitando o relacionamento entre hospitais, fornecedores e médicos. É o caso da Inpart Saúde, líder no segmento com cerca de 800 mil cotações mensais. Não por acaso, a empresa é a capa desta edição, entrevistando o CEO Neto Carloni, que contou como a demanda da empresa aumentou ainda mais na pandemia. Os desperdícios também são fatores determinantes para o aumento do preço nos planos. A telemedicina virou uma tecnologia fundamental para o atendimento médico primário, além de ganhar importância durante o período de distanciamento social. A lei de telemedicina completou um ano no país e também é tema das próximas páginas. Para acompanhar esse momento de mudanças, uma entrevista exclusiva com Patricia Chacon, a nova CEO da Liberty Seguros. A executiva detalhou como sua gestão dará importância para os corretores de seguros.
Um novo jeito de pensar saúde no Brasil
O reajuste nos planos de saúde para o período de maio de 2020 a abril de 2021 foi de 8,14%, segundo a ANS. Anualmente, esse aumento afasta milhares de beneficiários e distancia aqueles que jamais tiveram acesso à saúde privada.
A redução dos desperdícios e das fraudes nos procedimentos médicos são fundamentais para equilíbrio do reajuste anual, para que ele se adeque com mais facilidade ao bolso do consumidor. Um dos casos que mais gera custos extras são as fraudes nas cirurgias de órteses e próteses trazidas à tona há seis anos numa reportagem do Fantástico. A denúncia em rede nacional levou à criação de uma CPI, mas não avançou para processos criminais.
A CPI não deu em nada, mas as redes especializadas na gestão desses equipamentos trabalham com o intuito integrar todas as vertentes do processo operatório, estreitando o relacionamento entre hospitais, fornecedores e médicos. É o caso da Inpart Saúde, líder no segmento com cerca de 800 mil cotações mensais. Não por acaso, a empresa é a capa desta edição, entrevistando o CEO Neto Carloni, que contou como a demanda da empresa aumentou ainda mais na pandemia.
Os desperdícios também são fatores determinantes para o aumento do preço nos planos. A telemedicina virou uma tecnologia fundamental para o atendimento médico primário, além de ganhar importância durante o período de distanciamento social. A lei de telemedicina completou um ano no país e também é tema das próximas páginas.
Para acompanhar esse momento de mudanças, uma entrevista exclusiva com Patricia Chacon, a nova CEO da Liberty Seguros. A executiva detalhou como sua gestão dará importância para os corretores de seguros.
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S E G U R O
N O V A D I G I T A L
15ª EDIÇÃO
MAI/2021
INPART SAÚDE
DOBRA DE TAMANHO E LIDERA GESTÃO
DE PRODUTOS OPMEs NO BRASIL
LEI DE TELEMEDICINA
COMPLETA UM ANO NO
BRASIL
ENTREVISTA COM PATRICIA
CHACON, NOVA CEO DA
LIBERTY NO BRASIL
EVENTO DE SEGURO DE
TRANSPORTE BRASILEIRO É
O MAIOR DA AMÉRICA LATINA
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UM NOVO JEITO DE
PENSAR SAÚDE NO BRASIL
O reajuste nos planos de saúde para o período de
maio de 2020 a abril de 2021 foi de 8,14%, segundo a
ANS. Anualmente, esse aumento afasta milhares de
beneficiários e distancia aqueles que jamais tiveram
acesso à saúde privada.
A redução dos desperdícios e das fraudes nos
procedimentos médicos são fundamentais para equilíbrio
do reajuste anual, para que ele se adeque com mais
facilidade ao bolso do consumidor. Um dos casos que
mais gera custos extras são as fraudes nas cirurgias de
órteses e próteses trazidas à tona há seis anos numa
reportagem do Fantástico. A denúncia em rede nacional
levou à criação de uma CPI, mas não avançou para
processos criminais.
A CPI não deu em nada, mas as redes especializadas
na gestão desses equipamentos trabalham com o intuito
integrar todas as vertentes do processo operatório, estreitando
o relacionamento entre hospitais, fornecedores e
médicos. É o caso da Inpart Saúde, líder no segmento
com cerca de 800 mil cotações mensais. Não por acaso,
a empresa é a capa desta edição, entrevistando o CEO
Neto Carloni, que contou como a demanda da empresa
aumentou ainda mais na pandemia.
Os desperdícios também são fatores determinantes
para o aumento do preço nos planos. A telemedicina
virou uma tecnologia fundamental para o atendimento
médico primário, além de ganhar importância durante o
período de distanciamento social. A lei de telemedicina
completou um ano no país e também é tema das
próximas páginas.
Para acompanhar esse momento de mudanças, uma
entrevista exclusiva com Patricia Chacon, a nova CEO da
Liberty Seguros. A executiva detalhou como sua gestão
dará importância para os corretores de seguros.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 3
E N T R E V I S T A
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P A T R I C I A C H A C O N ,
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É A E N T R E V I S T A D E S T E
M Ê S
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I N P A R T S A Ú D E C R E S C E U
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E X P A N D I R A T U A Ç Ã O
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S I D N E Y D I A S , D I R E T O R
D A C O N H E C E R
S E G U R O S , E S C R E V E
S O B R E O O P E N
I N S U R A N C E
T E L E M E D I C I N A
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A T E N D I M E N T O M É D I C O
V I R T U A L G A N H O U F O R Ç A
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P R O G R A M A D E
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A D A N Ç A D A S
C A D E I R A S N O
M E R C A D O
S E G U R A D O R
NOTAS | CENÁRIO
BRB escolhe a Wiz para
parceria na oferta de
seguros
pleno senso do desafio e das
oportunidades. E a certeza de que
vamos construir uma nova companhia
de futuro grandioso”, celebra o
CEO da Wiz, Heverton Peixoto.
O Banco de Brasília
anunciou no dia 29 de abril a
escolha da Wiz Soluções
(WIZS3) para a oferta de seguros
no modelo bancassurance,
com exclusividade,
por 20 anos. O BRB e a gestora
dos canais de distribuição
de seguros e produtos financeiros
vão criar uma joint
venture para a potencialização
de negócios, junto aos clientes
de todo o Brasil.
Dos últimos dois anos para
cá, e principalmente neste começo
do ano, a Wiz vem
firmando contratos com importantes
instituições financeiras,
diversificando sua atuação e
chamando a atenção dos investidores.
“Estamos muito lisonjeados
com a escolha feita
pelo BRB. Trata-se de um
reconhecimento à nossa história,
ao DNA inovador da Wiz
e principalmente à alta performance
presente em cada parceria
por nós firmada. Temos
Heverton Peixoto
CEO da Wiz
TEx explica sobre a importância da
migração de dados no mercado de
seguros
Um dos avanços mais importantes
da era da informação é
a Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais (LGPD). Em
seu artigo 18, a Lei prevê o
direito à portabilidade de dados,
assegurando e facilitando
a busca de fornecedores que
melhor atendam às necessidades
e expectativas dos clientes.
Essa medida impacta todo
o mercado, inclusive o das corretoras
de seguro.
“A LGPD premia quem já se
preocupava com os dados de
seus clientes e, acertadamente,
constitui importante avanço
na chamada autodeterminação
informacional“, assinala João
José de Almeida Nassif, sócio
do Almeida Nassif & Costa
Martins Sociedade de Advogados.
No blog da TEx é possível
acessar uma infinidade de conteúdos
relevantes sobre LGPD.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 6
NOTAS | CENÁRIO
Solange Zaquem
Diretora Comercial da
SulAmérica
Plataforma da SulAmérica
e Órama conquista mais de
2500 corretores
Lançada em novembro de
2020 pela SulAmérica em parceria
com a Órama, a plataforma
IndicaSAS registrou a
marca de mais de 2500 corretores
de seguros cadastrados
– alcançando, nove meses
antes, a meta prevista para o
fim de 2021. Outros 500 parceiros
de negócios estão em fase
de integração. O objetivo da
plataforma é apoiar os corretores
para que eles possam
indicar para a Órama clientes
que queiram fortalecer a saúde
financeira.
“Hoje, os corretores podem
oferecer Saúde Integral para
seus clientes, com opções em
seu portfólio de saúde física,
emocional e financeira. Além
de produtos de Saúde, Odonto,
Vida e Previdência, agora eles
também podem apresentar a
Órama para quem tiver interesse
em investir”, diz Solange
Zaquem, diretora Comercial da
SulAmérica.
A IndicaSAS apoia corretores
para que eles possam atuar
como indicadores de clientes
para a Órama Investimentos.
Contribuições GBOEX
podem ser pagas com
cartão de crédito
amparo em ocasiões de imprevistos.
Para saber mais:
www.gboex.com.br
O GBOEX oferece mais
uma facilidade para os associados
que contratarem novos
planos: o pagamento de contribuições
via cartão de crédito.
As modalidades já praticadas
pela empresa seguem
disponíveis para os clientes,
mas a nova forma para quitação
dos valores mensais possibilita
mais comodidade, com
a mesma segurança aplicada
em outros formatos, uma vez
que os dados do cartão são
capturados após a confirmação
da proposta de venda e
repassadas pelo cliente em
ambiente seguro e automatizado.
Serão aceitas as bandeiras
Mastercard, Visa, Amex, Hipercard
e Elo. A conveniência
para o pagamento é mais uma
ação da empresa com o objetivo
de gerar tranquilidade no
momento da escolha de produtos
e serviços que permitam
futuros mais tranquilos e um
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 7
NOTAS | CENÁRIO
Alper Cargo lança Proteção
360º para seguro de cargas
AAlper Cargo, divisão
de Transportes da
Alper, acaba de lançar
o Proteção 360º
voltado para o seguro
de cargas, cujo o
objetivo é contribuir para o gerenciamento
de risco e gestão logística
do cliente, se antecipar a eventos
que possam ocasionar sinistros e
colaborar com a gestão logística do
cliente e redução da taxa de sinistra
da apólice para a renovação do
seguro.
“A Alper vem investindo fortemente
em tecnologia para trazer as melhores
soluções para os nossos clientes.
Com essa nova ferramenta
nós queremos levar uma experiência
holística aos clientes,
onde iremos acompanhar o negócio,
identificar pontos frágeis e
antecipar possíveis ocorrências.
Mais do que a redução de preço
da apólice, esse serviço vai contribuir
para evitar futuras perdas
e auxiliar de forma estratégica o
negócio”, explica o diretor comercial
da Alper Cargo, André
Valgas.
Argo Seguros amplia base
de corretores cadastrados
pelo Brasil
O número de corretores
cadastrados para trabalhar
com a Argo Seguros vem
crescendo significativamente
em todas as regiões do
Brasil. No primeiro trimestre
deste ano, mais de 1.600
corretores se cadastraram
na companhia, um crescimento
de 36% na comparação
com o mesmo período
de 2020.
"Esse crescimento com capilaridade
por todo o país é
fruto de um trabalho que veio
sendo desenvolvido há algum
tempo. Em 2019, nós
fizemos uma série de road
shows pelo Brasil e a ideia
era repetir a estratégia em
2020, mas a chegada da
pandemia nos obrigou a
investir em um formato mais
digital, o que também se
mostrou bem efetivo”, comenta
Mariana Miranda,
Head Marine & Corporate
Sales da Argo Seguros.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 8
ENTREVISTA | LIBERTY SEGUROS
Gestão de Patricia Chacon
na Liberty promete
acelerar transformação
digital e dar autonomia
aos corretores
Patricia Chacon
CEO da Liberty Seguros
Sergio Vitor Guerra
ALiberty Seguros, uma das
maiores seguradoras do
mundo, anunciou em março
a indicação de Patricia
Chacon como presidente
no Brasil. Em entrevista exclusiva à Seguro
Nova Digital, a executiva revelou
quais são suas primeiras estratégias à
frente da companhia, além de destacar
a importância de mais uma mulher em
cargo de liderança no mercado de
seguros.
Seguro Nova Digital - Sua carreira na
Liberty iniciou na sede em Boston e,
em 2013, fez a transição para o Brasil.
Após oito anos, qual é a análise
que você faz da sua atuação no
país?
Patricia Chacon - Desde o meu início
na Liberty, há quase 10 anos, tive a
oportunidade de estar envolvida nos
planejamentos estratégicos da empresa,
além de ter trabalhado nos últimos
anos como Head de Digital e Customer
Experience na América Latina e Europa,
o que me permitiu realizar projetos
importantes nos diferentes mercados
e agregou muito nessa nova fase.
No Brasil, sempre tive um grande foco
em promover ações com impacto no
relacionamento dos clientes e corretores
com a Liberty, e pude liderar iniciativas
de transformação digital e evolução
da cultura de inovação da companhia.
Tenho muito orgulho de todas as
ações para parceiros que realizamos
nessa última década por meio do
Cresça com a Liberty e de estar entre
as seguradoras mais inovadoras do
mercado há três anos consecutivos.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 0
ENTREVISTA | LIBERTY SEGUROS
SND - Como foi para você
aceitar o desafio de se tornar
CEO da companhia no Brasil?
P.C - Em primeiro lugar, me senti
honrada com a oportunidade e,
após todos esses anos trabalhando
diretamente com o Carlos
Magnarelli, estou comprometida
em continuar seu excelente trabalho
que conduziram a Liberty a
um novo patamar nos últimos
seis anos.
Enxergo como principal desafio
continuar a trajetória de sucesso
da Liberty, sem perder de vista
os nossos pilares, crescendo
com rentabilidade, sempre aliados
à inovação e oferecendo a
melhor experiência ao cliente.
S.N.D - Qual a sua expectativa
de crescimento da Liberty Se-
GUROS Brasil nos próximos
anos?
P.C - Por questões estratégicas,
não podemos abrir dados sobre a
expectativa de crescimento. O
que posso dizer é que a Liberty
segue focada em crescer com
rentabilidade, avançando na ex--
pansão da companhia no mercado
brasileiro, sempre trabalhando
para que nossos clientes e corretores
tenham a melhor experriência
com a Liberty.
S.N.D - Poderia revelar as primeiras
ações estratégicas à
frente da seguradora?
P.C - Estamos muito atentos ao
momento em que vivemos e
sempre nos adaptando às novas
tendências, como por exemplo a
maior procura por serviços mais
acessíveis e personalizados.
Alinhado a esse novo comportamento,
lançamos em 2020 o Meu
Trabalhamos
todos os dias
para
fortalecer
cada vez
mais a
parceria que
temos com
os corretores
Meu Momento de Vida, que é
uma plataforma 100% digital, cocriada
com os nossos corretores
parceiros, com o objetivo de facilitar
a compra e venda do seguro
de vida, tanto para clientes quanto
para corretores, viabilizando o
processo de contratação do produto
de forma didática, ágil e
personalizada. Nela, os clientes
podem personalizar todos os valores
de coberturas de acordo
com sua necessidade.
Pensando em como podemos
oferecer uma opção completa e
mais acessível aos motoristas que
estão utilizando pouco seus automóveis
durante o período de isolamento
social mas que não
abrem mão das coberturas de um
seguro tradicional, lançamos o
projeto piloto do Liberty Auto Controle,
novo modelo de seguro auto
com um preço personalizado de
acordo com a distância percorrida
pelo condutor.
Neste seguro, o cliente paga por
quilometragem rodada, podendo
ser até 50% mais econômico que o
seguro comum, mas mantendo toda
a coberturas de um seguro
completo.
S.N.D – A busca por seguro de
vida cresce a cada ano. Qual é
o nível de atenção que a sua
gestão dará para esse segmento?
P.C - Na Liberty, sempre fomos
uma companhia reconhecida por
seguro de automóvel, porém sempre
acompanhamos as novas tendência
de mercado e mudanças no
comportamento dos consumidores.
Por isso, nos últimos três anos,
apostando fortemente no crescimento
dos produtos de Vida e temos
tido excelentes resultados. Em
2020, por exemplo, tivemos aumento
de 30% em seguros de vida.
Neste primeiro semestre, lançamos
expansões de coberturas e
serviços nos seguros de Vida
Individual e estamos no ar com a
campanha Cresça com o Vida,
que terá premiações e novidades
ao longo de todo o ano. Também
investimos na capacitação dos
nossos corretores parceiros, para
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 1
ENTREVISTA | LIBERTY SEGUROS
que possam aproveitar o bom
momento do produto e crescer
suas carteiras. Uma das iniciativas
de treinamento recentes é o
Acelera no Vida, uma especialização
de vendas focada nos seguros
de Vida que aborda assuntos
que vão desde planejamento inicial
e prospecção, até comunicação
eficiente, marketing digital, funil
de vendas, entre outros.
S.N.D - Recentemente, a companhia
iniciou os testes de telemetria
no ramo de seguro auto
e vida. Pode-se dizer que esse
tema será bastante tratado durante
o período que você estará
na presidência?
P.C - Há mais de 6 anos
utilizamos a tecnologia da telemetria
em alguns dos nossos produtos
com o objetivo de oferecer
precificações mais personalizadas.
O primeiro deles foi o Direção
em Conta, que oferecia descontos
de até 30% para os motoristas,
com base nas avaliações
de condução feitas pelo aplicativo.
Desde então, continuamos
avançando em outras tecnologias,
como por exemplo o Liberty Auto
Controle, em que utilizamos um
dispositivo de fácil instalação que
monitora a quilometragem rodada
para gerar a cobrança de acordo
com a distância percorrida no mês
vigente.
Nos nossos produtos de Vida
ainda não trabalhamos com telemetria,
mas seguimos em busca
de novas tecnologias, sempre focados
em oferecer a melhor experiência
para os clientes.
S.N.D - A Liberty é conhecida
por valorizar seus corretores
parceiros. Qual a atenção que
a sua gestão dará para os profissionais?
P.C - Trabalhamos todos os dias
para fortalecer cada vez mais a
parceria que temos com os corretores.
Temos o compromisso
de entregar as melhores ferramentas,
produtos competitivos
e um atendimento próximo para
que nossos parceiros possam
evoluir com a certeza de que
seus clientes podem sempre contar
com a gente.
Estamos atentos às mudanças
no mercado de seguros e no
comportamento dos consumidores,
acompanhando as principais
tendências e inovando sempre.
Como CEO, vou acelerar nossa
jornada de transformação digital,
para que nossos corretores tenham
mais autonomia e agilidade
no dia-a-dia, e assim, aumentar
as vendas e desenvolver suas
carreiras.
S.N.D - Durante a gestão de
Carlos Magnarelli, a Liberty
cresceu durante seis anos seguidos.
Por conta das mudanças
de comportamento do mercado,
como você pode mesclar
a estratégia do seu antecessor
com suas ações a partir de
agora?
P.C - Uma das características
mais marcantes da gestão do
Carlos nos últimos anos é o comprometimento
com a rentabilidade
e crescimento da companhia, algo
que continuaremos priorizando nos
próximos anos.
Nosso desafio como companhia
é nos manter como uma das
empresas mais inovadoras do
mercado, preparada para responder
com agilidade aos desejos e
necessidades dos consumidores.
O Auto Controle e o Meu Momento
de Vida são exemplos de iniciativas
que nasceram com o propósito
de oferecer opções personalizadas
e acessíveis, para aqueles
consumidores que não se sentiam
atendidos pelos seguros tradicionais
ou que buscam produtos com
melhor custo benefício.
S.N.D - Você acaba de entrar
para um grupo ainda restrito de
mulheres CEO’s de seguradoras
no Brasil. Qual é a análise
que você faz acerca da igualdade
de gênero em cargos de liderança
no setor de seguros?
P.C - Nos últimos anos, é possível
observar um crescente aumento
no número de mulheres trabalhando
nas seguradoras, porém, apesar
de 54,8% do quadro total de
funcionários das maiores empresas
do mercado serem mulheres,
somente 25% delas estão em
cargos de liderança. Acredito que
enquanto mercado ainda podemos
avançar muito neste tema.
Na Liberty, promovemos a
equidade de gênero e investimos
para oferecer oportunidades equilibradas
de crescimento e suporte
ao desenvolvimento das carreiras
das nossas colaboradoras. Hoje,
59% do nosso quadro de funcionários
é formado por mulheres e
38% dos nossos líderes são mulheres
e seguimos trabalhando
para aumentar este número cada
vez mais nos próximos anos.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 2
ESPECIAL |
TELEMEDICINA
Lei de telemedicina completa um ano e
empresas registram alto índice de
aprovação
Sergio Vitor Guerra
No dia 15 de abril, a chamada
‘Lei da Telemedicina’
(Lei nº 13.989/2020) completou
um ano de sua implantação
no Brasil. Mais
do que a liberação da sua
prática no país, seu legado
pode ir muito além da sua contribuição no
combate à pandemia.
Mesmo com os impactos negativos do
coronavírus na saúde e na economia, a pandemia
impulsionou o crescimento desse serviço,
acelerando a digitalização dos atendimentos
por vídeochamada. Nos EUA, por
exemplo, um estudo mostra que atualmente
46% dos americanos usam a telemedicina,
contra apenas 11% no ano passado.
Apesar de não existirem números oficiais –
principalmente por ainda não haver uma organização
que reúna os diversos players –
estima-se que até o mês passado foram
realizadas em torno de cinco
milhões de consultas à distância
em todo país. “Isso
demonstra a enorme contribuição
da telemedicina, descongestionando
as salas de
espera e proporcionando
conforto aos usuários através
da implementação de
protocolos modernos de
atendimentos à saúde”, disse
Fernando Ferrari, diretor
Geral da DOC24 no Brasil.
Aqui no Brasil, cada vez
mais as operadoras de saúde
e seguradoras tem investido
nessa tecnologia, assim
como outros segmentos da
indústria e serviços. “Já existem
soluções voltadas para
escolas e hotéis, por exemplo,
onde é possível ajudar
na detecção de sintomas iniciais,
contribuindo de forma
decisiva para a redução no
número de infectados”, garante
Ferrari.
Na SulAmérica, por
exemplo, a adesão dos clientes
foi imediata.
Dados da
compainha demonstram uma
mudança relevante no uso do
digital para cuidar da saúde
entre os segurados: o número
de consultas via tela saltou
de 500 em fevereiro do ano
passado para 91 mil no mês
de dezembro. Foram 641 mil
atendimentos digitais em
2020 – 635 mil desde março.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 4
ESPECIAL | TELEMEDICINA
MAIS ALGUNS ANOS PELA FRENTE
Fernando Ferrari
Diretor Geral da
DOC24 no Brasil
“Registramos um alto índice de
resolutividade do Médico na Tela,
com mais de 90% dos atendimentos
resolvidos e com qualidade: 9
em cada 10 clientes que realizaram
consulta online aprovaram o
serviço. Nosso NPS é de 91 p.p.”,
afirma Tereza Veloso, Diretora
Técnica e de Relacionamento com
Prestadores da SulAmérica.
Além de médicos e psicólogos, a
SulAmérica ampliou as especialidades
do serviço Saúde na Tela,
por meio do qual os clientes passaram
a agendar também consultas
com fisioterapeutas, fonoaudiólogos,
terapeutas ocupacionais
e nutricionistas. O resultado foi um
saldo de 528 mil atendimentos, entre
março e dezembro do ano passado.
Do outro lado da tela, um
reforço importante: mais de 2.200
profissionais, de mais de 50 especialidades,
uma alta de 32,4% em
relação à pré-pandemia.
“Olhando para esses números,
vemos que a tecnologia da
teleconsulta conseguiu chegar
a um público muito maior, seja
pela necessidade desse momento
histórico, seja pela
facilidade de navegar pela ferramenta.
Muitos beneficiários
que antes tinham dúvidas sobre
a eficácia e a qualidade,
hoje adotaram a telemedicina
para facilitar seus cuidados
com a saúde, recomendando
inclusive a conhecidos e familiares“,
diz Tereza.
A prova de que cada vez mais
brasileiros estão utilizando os serviços
de telemedicina vem de uma
pesquisa realizada pela Capterra,
plataforma de busca e comparação
de softwares. Ao ouvir 1004 pessoas
em todo o Brasil, o levantamento
concluiu que 55% dos entrevistados
já utilizaram serviços de
consulta médica à distância, sendo
que 46% deles pretendem seguir
utilizando esse modelo, mesmo a-
pós o fim da pandemia.
“Pela nossa experiência,
em mais de 80% dos casos
a gente consegue fazer o
primeiro atendimento e
encaminhar o paciente para
realizar exames, por
exemplo, sem a necessidade
de uma consulta
presencial. Esse índice
confirma a importância da
telemedicina não apenas
para atender casos em
cidades pequenas, onde
muitas
vezes não existe um médico
próximo; mas também nos grandes
centros, onde a dificuldade
de se locomover de um lugar
para outro e a aglomeração do
transporte público geram outros
problemas. Então, acredito que
essa inovação é algo que veio
para ficar”, concluiu.
A principal vantagem para os
pacientes está no acesso a consultas
online, onde quer que
eles estejam, 24 horas, todos os
dias da semana. Além de evitar
os problemas de deslocamento
e do tempo de espera na unidade
médica, a videoconsulta
também impede a exposição a
germes e doenças. Já para os
médicos, os serviços de
telemedicina permitem um melhor
gerenciamento da sua a-
genda e oferecem ao profissional
um canal seguro para o
relacionamento com o paciente,
além de acesso ao seu prontuário
e geolocalização em tempo
real, o que auxilia em caso de
emergência durante a consulta.
Tereza Veloso
Diretora Técnica e de
Relacionamento da
SulAmérica
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 5
As soluções de Telemedicina
do PASI chegaram para as
empresas e seus colaboradores
através das modalidades que
compreendem a Teleconsulta
Médica por Vídeo, Orientação
Médica por Telefone e Assistência
Farmacêutica. Todos os serviços
serão prestados por profissionais
altamente capacitados da
área de saúde: médicos, enfermeiros
e farmacêuticos. A partir
de R$0,50 já é possível incluir
alguma das soluções disponíveis
e começar a cuidar da saúde de
forma remota, rápida e segura,
garantindo acesso ao atendimento,
sem que o segurado tenha
que se deslocar a hospitais,
clínicas ou consultórios.
De acordo com André Araújo –
Gerente de Relações Institucionais
do PASI, “os serviços de
Telemedicina oferecidos pelo
PASI vêm para complementar os
cuidados com a saúde dos seguradis
e consequentemente podem
diminuir os custos das empresas,
ao minimizar eventuais
imprevistos causados por enfermidades.
As assistências surgem
como uma grande alternativa
para as empresas que querem
oferecer uma solução de saúde,
mas que eventualmente não
conseguem oferecer um plano de
saúde para seus colaboradores.’’
Os atendimentos realizados
através dos serviços da Telemedicina
seguirão as normas vigentes
pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM). O serviço da
Teleconsulta pode contemplar o
atendimento pré-clínico, de suporte
assistencial, de consulta, monitoramento
e diagnóstico. O profissional
médico prestará atendimento
remoto, incluindo, caso necessário,
a prescrição de medicamentos
e encaminhamento para
exames. Os casos que não puderem
ser atendidos por teleconsulta
serão orientados para procurar
atendimento de urgência/emergência
nos hospitais mais próximos.
O atendimento remoto permite
que os segurados tenham acesso
à uma medicina de qualidade, a
um custo acessível, promovendo
o contato entre médico e paciente
em situações que não seja
possível uma locomoção. “Através
dos atendimentos, informações
e aconselhamentos sobre
André Araújo
Gerente de Relações
Institucionais do PASI
saúde chegam a todos, promovendo
qualidade de vida, o que
reflete diretamente no crescimento
da empresa e que no final tem
muito valor para todos os envolvidos”,
destaca André.
As soluções de Telemedicina
são uma excelente opção para o
corretor ampliar a oferta de
seguro de vida, agregando mais
valor para seus clientes. Para
saber mais informações sobre a
Telemedicina e outras proteções
do PASI, acesse o site do PASI
ou envie um e-mail para
sip@pasi.com.br. Se preferir
entre em contato com a Central
PASI de Atendimento através do
4000-1989 (Capitais e Regiões
Metropolitanas), 0800 703 6302
(demais localidades) ou
WhatsApp: (31) 99829-8588.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 6
CAPA |
INPART SAÚDE
Neto Carloni
CEO da Inpart Saúde,
Empresa especialista no gerenciamento dos produtos de
Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs) dobra de
tamanho durante a pandemia ao conquistar a confiança de
gigantes clientes
Sergio Vitor Guerra
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 8
CAPA |
INPART SAÚDE
Na área da saúde, um dos setores mais
delicados a se tratar é o de Órteses,
Próteses e Materiais Especiais, popularmente
conhecido como OPMEs.
Devido ao alto valor dos produtos e
alguns problemas burocráticos de
registro, o processo de aquisições é
custoso e demorado, causando problemas
como atrasos no atendimento
dos pacientes. A demora nas cirurgias se tornou comum por
causa da pandemia. A necessidade de reorganizar leitos para
combater o coronavírus afetou o atendimento de cirurgias
eletivas, comuns em OPME. Segundo dados do Ministério
da Saúde, esse procedimento médico reduziu em 40% em
2020.
Desde 2004, a Inpart Saúde, primeira empresa especializada
e vertical nesse segmento, atua para otimizar os processos
de compra e gerenciamento dos produtos a fim de
estabelecer uma conexão segura com todas as partes
envolvidas na aquisição das OPMEs.
A empresa conecta Operadoras,
Hospitais, fabricantes e distribuidores e
por meio da sua plataforma online que
beneficia mutuamente os envolvidos no
processo de compra e venda dos material
de OPME. Enquanto os fornecedores
agregam valor ao seu negócio,
alcançando novos hospitais, o hospital,
por sua vez, amplia seu leque de opções.
A tecnologia possibilita maior
transparência do início ao fim das negociações,
com acompanhamento em
tempo real de ambas as partes.
CEO da Inpart Saúde, Neto Carloni
explica que o serviço da empresa se
valorizou ainda mais devido ao fato da
inclusão de novos clientes de grande
relevância do mercado de saúde, e a
solução eletrônica trouxe de forma efetiva
uma redução substancial de custos
Órteses e próteses, cuja
colocação exija a realização
de procedimento cirúrgico,
têm cobertura obrigatória nos
planos de saúde
regulamentados pela Lei nº
9.656/1998 se o procedimento
cirúrgico estiver listado no Rol
de Procedimentos e eventos
em Saúde da ANS.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 9
CAPA |
INPART SAÚDE
dos materiais para os hospitais.
"Além de ampliar o controle da
gestão de compras hospitalares,
como leque de fornecedores do
mercado e melhorando o processo
através dos sistemas digitais,
ainda oferecemos todo um processo,
desde as guias de autorização
até a liberação de OPME e
inserção da NF no sistema, o que
foi fundamental neste momento”,
em que se busca cada vez mais
transparências e regras de Compliance
por todos os lados.
Desde a inauguração, a Inpart
Saúde formou uma grande cadeia
produtiva. Atualmente, sua base
conta com mais de 2.400 fabricantes
de OPME, 2.800 distribuidores
e mais de 516 mil médicos
cirurgiões. A empresa conta com
clientes como seguradoras, hospitais
de referência nacional e mundial
e operadoras de saúde, entre
elas a UHG – UnitedHealth
Group, controladora do grupo
Amil.
Carloni, explica que a empresa
cresceu organicamente em 2020,
após subir em 100% seu faturamento
e crescer 150% na carteira
de clientes. De acordo com o
executivo, a pandemia e o investimento
em tecnologia impulsionaram
esse resultado. “É um conjunto
de fatores. A mudança de
mentalidade da empresa com seu
serviço de tecnologia foi muito importante.
Desenvolvemos uma
plataforma mais robusta na entrega
para os beneficiários, revertendo
situações de risco de perda de
clientes e fazendo-o entender o
valor e a necessidade da plataforma”,
observa.
Os resultados expressivos do
ano passado viabilizaram novos
investimentos em sistemas e na
plataforma Inpart Saúde. Desse
modo, os clientes contam com
acesso a mais de 500 mil itens
únicos, divididos entre fornecedores
e fabricantes.
Devido à sua especialização
de quase 20 anos de mercado a
empresa se consolida como desenvolvedora
de soluções que
otimizam o processo de busca para
o fornecimento de materiais,
melhoria na qualidade do processo
operacional e agilidade de a-
cesso às informações.
O executivo explica, ainda, que
após o cadastro dos itens desejados,
a plataforma com o uso da
inteligência artificial permite que
Vantagens exclusivas da
plataforma
· Cotação e compras on-line e em
tempo real
· Rastreabilidade e histórico de
processos
· Rapidez, segurança, atualização,
clareza e confiabilidade de
informações
· Aumento de produtividade
· Diversidade de fornecedores e
materiais
· Relatórios customizáveis
· Transparência e ética em
processos
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 0
CAPA |
INPART SAÚDE
sejam montados ‘kits’ para os procedimentos
cirúrgicos.
Redução de desperdícios
Um dos aspectos mais importantes
do uso da solução é a análise
de custos dos materiais solicitados.
Na análise do CEO, a Inpart
Saúde contribui para a busca de
um processo ótimo no setor de
OPME, onde estão cadastrados
os mais importantes fornecedores
do mercado e possibilitando ao
cliente um melhor controle dos
materiais via sistema digital, sempre
de maneira nítida. “No mercado,
infelizmente ainda existe a
falta de transparência e organização,
gerando um acúmulo de
desperdício e dá margem a fraudes.
Quem paga o alto custo é o
paciente/consumidor final”, explica.
Neste momento, um dos
principais objetivos da Inpart, segundo
o executivo, é reestruturar
a cadeia produtiva do setor de
OPME. “A nossa preocupação é
de adotar o espírito de fazer o
bem entre os profissionais envolvidos
e apresentar soluções de
transparência nesse segmento”,
projeta.
Foco nas aquisições
A Inpart vai aproveitar o bom
momento para destinar parte dos
investimentos a aquisições de
players de saúde no mercado nos
próximos anos. Por isso, a empresa
acredita que haverá alta na
base de clientes, o que possibilitaria
uma integração ainda mais
benéfica aos usuários da plataforma.
“Buscamos empresas para
aquisições no mercado de saúde.
Cresceremos nesse passo nos
próximos anos. Haverá uma busca
por soluções digitais que possam
trazer resultado para operadoras,
planos de saúde, hospitais
e fornecedores”, observa Carloni.
No mercado,
ainda existe
falta de
transparência
e de
organização,
gerando um
acúmulo de
desperdício e
dá margem a
fraudes
Neste ano, a empresa aposta
na exportação dos serviços para
o mercado latino-americano e
Europa. O executivo explica que
países como Argentina, Chile e
México ainda se desenvolvem
nessa área, fazendo o controle da
OPME de forma manual. Sendo
assim, o sistema vai evoluir esse
trabalho, garantindo redução de
custos operacionais e financeiros.
A internacionalização já começou.
No México, por exemplo, a empresa
está realizando parcerias
locais, que atuam na gestão hospitalar.
Carloni garante, ainda, que a
plataforma se adaptará facilmente
em outros países. “Nossa plataforma,
é 100% aderente à lei brasileira
LGPD (Lei Geral de
Proteção de Dados). Desse modo,
já configuramos nossas aplicações
para os mercados internacionais”
onde a LGPD já está aplicada
há mais tempo.
Após quase 20 anos de
mercado, Carloni acredita que a
empresa leva cada vez mais
transparência ao setor no Brasil,
com projeção de expandir essa
iniciativa internacionalmente. “Est
levando a cultura da importância
do controle do uso desses
produtos. Talvez por conta do
tamanho do mercado brasileiro de
OPMEs, estamos décadas à
frente nesta gestão”, declara o
CEO.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 1
SAÚDE |
ODONTOLOGIA
União de players por 10 anos promete
popularizar planos odontológicos
Companhia venceu licitação do banco público e terá exclusividade na distribuição dos
produtos pelos próximos 10 anos
A Alper Consultoria e Corretora
de seguros segue seu plano de
expansão no mercado segurador
brasileiro. Desta vez, a empresa
venceu a licitação para comercializar
os planos de saúde e
odontológicos da Caixa Seguridade,
a holding de seguros da
Caixa Econômica Federal. A
parceria incluirá a própria corretora
do banco federal.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 2
O contrato é válido para os
próximos dez anos e envolve a
venda de produtos para clientes
da Caixa Econômica Federal.
Atualmente, o banco possui mais
de 90 milhões de correntistas,
porém menos de 20% deles possuem
algum tipo de seguro.
“Para este ano, continuamos de
olho nas oportunidades para novas
aquisições, além dos altos investimentos
em tecnologia e em pessoas
para uma melhor experiência
do cliente. Toda a equipe
está engajada em procurar
soluções personalizadas
para a necessidade
de cada cliente.
Este é um dos nossos
diferenciais”, explica
Marcos Couto
presidente da Alper, sobre
as recentes aquisi-.
ções.
O avanço da Alper no
mercado de seguros brasileiro
ganhou força a partir
do segundo semestre do ano
passado, pois a companhia
preferiu manter cautela nos primeiros
meses devido à pandemia.
Desse modo, as aquisições já
iniciadas antes do surto da Covid-
19 deslancharam nos últimos
meses.
Em agosto de 2020, a Alper
adquiriu a Transbroker, gigante no
segmento de seguro de transporte,
por R$ 58 milhões. Pouco
depois, a companhia confirmou
seu interesse de expansão no
mercado nacional com o pioneirismo
no seguro para agentes
autônomos. A iniciativa é negociada
exclusivamente com a
seguradora e derruba a exclusão
para esse profissional.
"Num primeiro momento, assim
como todas as empresas, nós tivemos
que recuar para entender o
que estava acontecendo e planejar
como seriam as próximas
ações. Feito isso, voltamos com
mais força e apetite para alcançar
nossos objetivos e realizar as
aquisições que estavam programadas
para o 1º semestre, e
tiveram que ser adiadas para o 2º
sem. Definimos nossas estratégias
e atingimos nossos objetivos,
chegando ao final de 2020 muito
feliz com os resultados alcançados
e com a equipe bastante motivada
e engajada", destaca o executivo.
No mês de estreia, Seguro em Debate
alcança mil visualizações
Programa de entrevista da Seguro Nova Digital convida grandes personalidades do mercado
ASeguro Nova Digital
estreou no
mês de abril o
Seguro em Debate,
um programa
de entrevista ao
vivo que traz diversos profissionais
com o intuito de difundir informações
pertinentes para o setor de
seguros. Em um mês, mais de mil
espectadores acompanharam conteúdos
exclusivos pelo canal do
YouTube da publicação, o SND
Play.
Rodrigo Ventura, fundador da
88i Seguradora Digital, foi o convidado
do primeiro programa. A
startup foi uma das selecionadas
para atuar no ambiente regulatório
do sandbox da Susep e agora está
apta a desenvolver seguros inovadores
para o consumidor. Ventura
aproveitou a ocasião e revelou o
propósito de a empresa se assumir
como seguradora digital. “O seguro
por minuto é importante para diversos
consumidores que desejam
proteções adaptadas à sua necessidade”.
Além disso, indo na contramão
do que muitos profissionais
de seguros pensavam, o executivo
afirmou que conta com o
canal corretor no caminho da distribuição.
“Estamos à disposição para
atender todos os corretores de
seguros. No nosso site, inclusive,
há uma aba exclusiva para os
profissionais”.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 4
SND PLAY | SEGURO EM DEBATE Pouco depois foi a vez de
Nicholas Weiser, diretor de
digital da EZZE Seguros, uma
das seguradoras que mais cresce
no país. Na ocasião, o
executivo destacou a importância
da construção de uma jornada
digital na seguradora para
atender as necessidades dos
corretores de seguros. “O corretor
é muito importante para
nós. Ele é o maior canal de
distribuição da companhia e, por
isso, desenvolvemos soluções
para facilitar o seu cotidiano conosco
e com seus clientes”.
O Seguro em Debate também
trouxe corretor de seguros. Jefferson
Floriano, CEO da Via
Direta Seguros, corretora com
25 anos de atuação, foi o convidado
do quarto programa. Em
2018, a corretora mudou totalmente
sua maneira de atuação e
passou a comercializar pelo caminho
digital. Antes, a Via Direta
estreitava o relacionamento
com seus clientes por meio de
concessionárias. O seguro auto
é a especialidade, mas Floriano
afirmou que há interesse na expansão
de carteiras.
Walter Polido, diretor da
Conhecer Seguros Treinamentos,
foi uma das atrações que
mais deu audiência simultânea.
O professor dissecou para os
espectadores as mudanças em
seguro
torno dos Seguros de RC, colocado
em consulta pública na Susep
em abril. “Os corretores de seguros,
desarticulados em relação a
este processo modernizante, ainda
não se deram conta do papel importante
que eles devem desempenhar,
estimulando e impulsionando
os avanços sobre os seguros
de RC.
Ainda sobrou tempo no mês de
abril para trazer o advogado especialista
em combate à fraude no
seguro, Dr. Cléscio Galvão. Com
muita didática, o líder do escritório
Cléscio Galvão Adv. Destacou o
crescimento das fraudes no Brasil
e ressaltou que esse problema deve
ser resolvido por meio da educação.
O Seguro em Debate promete
trazer mais entrevistados para o
mês de maio. O objetivo dessa discussão
é fortalecer a indústria do
seguro por meio da difusão de informações,
trazendo as maiores
personalidades do setor. Para
acompanhar as séries de entrevistas
destacadas, acesse o SND
Play, canal do YouTube da Seguro
Nova Digital.
em
debate
Evento de seguro de transporte brasileiro é
um dos maiores da América Latina em 2021
Devido ao sucesso do ano passado, o encontro online está sendo preparado pela Fetransporte
Brasil e a Educa Seguros para duplicar a carga horária e o número de participantes
Para apresentar as oportunidades
que o segmento de
Seguro de Transportes reserva
a corretores e empresas
que atuam no segmento,
a Fetransporte Brasil,
uma empresa de soluções
de serviços para corretores, e a Educa Seguros,
realizam a segunda edição da Fetransporte
Brasil Conference. O maior evento
online de Seguros de Transporte de Cargas
do Brasil acontecerá de 7 a 10 de junho,
com a expectativa de reunir 5 mil profissionais
interessados no setor.
A Fetransporte Brasil e a Educa Seguros
inovaram ao apresentar o evento no ano
passado, com mais de 23 horas de conteúdo
gratuito, reunindo 2.200
pessoas que tiveram expectativas
superadas. A segunda
edição promete ser
ainda mais grandiosa: o
tempo da programação do
evento foi dobrado, serão
mais de 40 horas de conteúdo,
com diversas autoridades
do setor e conteúdo
ao vivo em debates, entrevistas,
workshops, treinamentos
e estudos de casos.
Já estão confirmados mais
de 40 profissionais como
palestrantes e apresentadores,
todos eles importantes
players do segmento. Além
da plenária online, os participantes
terão como novidade
um dia exclusivo para acessar
as três salas de negócios
e entrar em contato com os
representantes das principais
seguradoras atuantes no país,
como forma de estreitar o
relacionamento com os principais
tomadores de decisão
do setor.
Já estão confirmados mais
de 40 profissionais como
palestrantes e apresentadores,
todos eles importantes
players do segmento. Além
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 6
da plenária online, os participantes
terão como novidade
um dia exclusivo para acessar
as três salas de negócios
e entrar em contato com os
representantes das principais
seguradoras atuantes no país,
como forma de estreitar o
relacionamento com os principais
tomadores de decisão
do setor.
Outra novidade deste ano
será que, além dos seguros
de transporte, haverá momentos
com dicas para atuação
dos corretores de seguros
em dois outros ramos
que estão aquecendo o mercado:
os seguros patrimoniais
e os seguros de vida, que
podem completar o mix de
produtos a serem oferecidos
aos clientes transportadores.
“No ano passado tivemos
um evento inovador e com
muito conteúdo, em plena
pandemia. Este ano modernizamos
um pouco mais as
formas de apresentação,
com a missão de superar,
mais uma vez, as expectativas”,
afirma Rogério Bruch,
Diretor Comercial da Fetransporte
Brasil. Segundo
ele, as informações apresentadas
no evento serão relevantes
para o dia a dia dos
profissionais deste segmento,
sejam corretores ou seguradores.
“Teremos desde
conteúdos sobre o mercado
logístico no Brasil, o cenário
do transporte de carga, as
oportunidades para seguradores
e corretores, as tendências
para o futuro do mercado.
Ouviremos a visão das
seguradoras, das empresas
de gerenciamento de riscos,
de regulação de sinistros.
Daremos caminhos para a
diversificação da carteira do
corretor e como se preparar
para atuar com seguro de
transportes nacional, internacional,
RC ambiental e
vida. Além de temas que
possam ajudar na prospecção
de clientes e no atendimento
a este setor”, adianta
o diretor.
“A primeira edição foi
sensacional, sendo um sucesso
de audiência e público.
Foram mais de 2 mil participantes,
mais de 22 horas de
conteúdo e 23 painéis”, completa
Bruno Barazzutti, Gerente
Gerente de Inside Sales e Marketing da
Fetransporte Brasil. “Nesta edição, nossa
expectativa está ainda maior e nossa
missão é proporcionar um momento único
de aprendizado, compartilhamento e
crescimento para o nosso mercado”, diz
Anderson Ojope, fundador da Educa
Seguros, justifica que o mercado de seguros
brasileiro necessita de aprimoramento
técnico e operacional para a venda, operacionalização
e gestão dos seguros no
ramo de transporte de carga. “A grande
maioria dos corretores de seguros ainda
está distante deste segmento. É preciso
conhecer o ecossistema do seguro de
transporte de carga e o mercado de
logística em geral para poder diversificar
a carteira através do desenvolvimento da
venda do seguro de transporte de carga,
que tem grande potencial de crescimento”,
diz.
Rogério Bruch
Diretor Comercial
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 7
ARTIGO
| SIDNEY DIAS
Open Insurance: a
concorrência nos
seguros vai
aumentar?
Por Sidney Dias*
ASusep colocou em Consulta
Pública, no dia 22
de abril, minutas de Resolução
e de Circular
para regulamentação do
Sistema de Seguros
Aberto – o Open Insurance.
O prazo para apresentação de sugestões
à autarquia vai até o dia 25 de maio
deste ano.
Este artigo é apenas uma primeira análise
do panorama. O tema é amplo e demanda
análises mais detalhadas, para que se obtenha
uma compreensão mais profunda das
transformações pelas quais o mercado de
seguros passará nos próximos meses e
anos.
Mas, afinal, o que é o Open Insurance?
Não existe uma definição precisa, consolidada
e universalmente aceita sobre o que
isso realmente significa. Para simplificar,
pode-se utilizar a visão da Susep: Open
Insurance é o “compartilhamento padronizado
de dados e serviços por meio de abertura
e integração de sistemas no âmbito dos
mercados de seguros, previdência complementar
aberta e capitalização”(**).
Como se pode ver, isso é bem abrangente;
mas, utilizando-se o conceito e as propostas
de normativos para o mercado brasileiro
apresentadas pela Susep e dando-se
uma olhadinha em algumas iniciativas e
práticas de outros mercados, é possível
irmos entendendo a transformação que o
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 8
Open Insurance trará para o
nosso mercado.
E a mudança é grande: tudo
indica que a concorrência vai
aumentar – tanto para seguradoras
quanto para os corretores
de seguros.
Transformação do
mercado pela inovação
e empoderamento do
consumidor
O que a Susep está fazendo
é colocar em prática, no mercado
de seguros, o que está
expresso na Lei 13.709/18 – a
LGPD (Lei Geral de Proteção
de Dados). Essa lei está em
vigor e garante a cada pessoa
o direito à portabilidade dos
seus dados, podendo demandar
ao seu fornecedor de produtos
ou serviços que forneça
os seus dados a outros fornecedores.
Essa mudança, por outro
lado, está relacionada com
outras iniciativas introduzidas
pela Susep para a dinamização
e modernização do mercado
de seguros brasileiro –
como o Sistema de Registro
de Operações (SRO) e o
sandbox regulatório, por
exemplo.
O Open Insurance está
associado, também, à iniciativa
do Open Banking, que é
conduzida pelo Banco Central
e começou a ser colocada em
prática no ano passado. A
previsão é de que a portabilidade
dos dados sobre seguros
e previdência tenha início
em dezembro de 2021. Logo,
ARTIGO
| SIDNEY DIAS
há necessidade do setor de seguros
se preparar para que isso
possa ocorrer.
A perspectiva do
consumidor
De imediato, é possível antever
que a cadeia de valor dos seguros
massificados será fortemente
impactada, enquanto os seguros
de grandes riscos e aqueles chamados
de personalizados terão,
presumivelmente, um impacto
bem mais reduzido.
Para ficar mais claro, considere
o caso do Seguro de Automóvel,
reconhecidamente um tipo de
seguro que possui uma oferta de
produtos bastante semelhantes
entre si. Quando isso ocorre, é
comum que o foco da atenção do
consumidor se desloque para o
preço do produto, uma vez que
ele não percebe diferenças significativas
entre os concorrentes.
Com o Open Insurance, o titular
de uma apólice próxima do seu
término de vigência pode solicitar
à seguradora que efetue o compartilhamento
dos seus dados
pessoais e do seguro com outras
seguradoras para obter cotações
e decidir por aquela oferta que,
na sua visão, seria a mais adequadas
às suas necessidades.
Tudo isso de forma digital,
com tempos mínimos para sua
realização. Fica claro que, à semelhança
do que está planejado
e já em implementação no Open
Banking, o consumidor decidirá
sobre o compartilhamento dos
seus dados, buscando o que considera
ser o melhor atendimento e
a melhor relação custo/benefício.
A interação por canais digitais
para buscar alternativas de solução
e formar opinião é algo típico
dos consumidores das chamadas
Geração Y (ou Milênio) e Geração
Z. Se considerarmos que as
pessoas da Geração Y estão na
faixa etária dos 25 aos 40 anos e
os da Geração Z estão com idades
entre 10 e 25 anos, há poucas
dúvidas sobre a importância
assumida pelos canais digitais.
Tudo indica
que a
concorrência
vai aumentar
– tanto para
seguradoras
quanto para
corretores de
seguros
A perspectiva da
seguradora
As seguradoras deverão
disponibilizar dados sobre seus
produtos e coberturas. De igual
forma, deverão também ceder a
outras entidades os dados dos
segurados – tanto os pessoais
quanto os relativos aos seguros
contratados – sempre que demandados
expressamente pelos
seus titulares.
Em uma primeira análise, isso
traz ameaças e oportunidades para
cada seguradora que já atua
no mercado. Como ameaça, de
imediato se visualiza que o compartilhamento
dos dados pelo
Open Insurance e o Open Banking
reduz as barreiras de entrada
no mercado de seguros brasileiro.
Os novos entrantes – sejam
companhias tradicionais ou
insurtechs – podem ofertar produtos
inovadores, com preços mais
competitivos, particularmente para
os produtos massificados.
Análises mais aprofundadas, em
função das características de cada
seguradora, irão evidenciar outras
possíveis oportunidades e ameaças.
De qualquer forma, a pressão
competitiva entre as seguradoras
aumenta.
A perspectiva do corretor
de seguros
As minutas de normas não
abordam mudanças no papel do
corretor de seguros – ao menos,
diretamente. Mas, temos um indicador
de mudança importante, que
está presente na minuta de Resolução:
um novo tipo de entidade foi
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 9
ARTIGO
| SIDNEY DIAS
conceituado - a sociedade
iniciadora de serviço de seguro:
“Sociedade iniciadora de
serviço de seguro: sociedade
anônima, exclusivamente digital,
credenciada pela Susep como
participante do Open Insurance,
que provê serviço de a-
gregação de dados, painéis de
informação e controle (dashboards)
ou, como representante
do cliente, compartilha
serviço relacionados a seguros,
por ele consentidos, sem deter
em momento algum os recursos
pagos pelo cliente, à exceção
de eventual remuneração pelo
serviço, ou por ele recebidos;”
(**)
Pela leitura, já é possível
entender que essa nova entidade
não será uma corretora se
seguros: a exigência de que
seja uma sociedade anônima,
exclusivamente digital, já afasta
essa possibilidade.
Outra indicação importante é
que esse integrador pode, eventualmente,
ser remunerado diretamente
pelo cliente.
Olhando para entidades
similares em outros mercados -
como o americano e os mercados
de alguns países europeus -
encontramos a figura do agregador
de dados. As particularidades
variam de acordo com o mercado
local; geralmente, são empresas
que oferecem um ponto centralizado
de informações sobre produtos
de seguros de diferentes companhias,
facilitando a análise pela
pessoa interessada na compra de
proteção por seguro.
Elas prestam serviços tanto para
as pessoas e empresas interessadas
em seguros, quanto para os
corretores de seguros que, em
lugar de buscar informações sobre
produtos, coberturas e preços em
diferentes seguradoras, acessam
e obtêm as informações de que
necessitam nesses agregadores
de dados.
Difícil dizer, agora, se isso vai
trazer melhorias – ou não – para o
corretor de seguros tradicional. O
que se sabe é que o corretor, como
consultor especializado em
gestão e transferência de riscos
através de seguros, continuará
sendo muito importante para a
proteção das pessoas, famílias e
negócios. Nenhum agregador de
dados, exclusivamente digital, irá
substituir o corretor nesse papel.
Como se pode ver, o assunto é
amplo e instigante e, neste momento,
estamos apenas no começo
das definições. Tem muito,
ainda, por ser feito. Isso vai demandar
outras análises e, consequentemente,
outros artigos.
* Sidney Dias é diretor da Conhecer Seguros, doutor em Informática e bacharel em
Administração Pública. Também é corretor de seguros habilitado em todos os
ramos, professor em cursos de graduação e pós-graduação, e membro de instituições
internacionais, como da IEEE/Computer Society, da Association for Computing
Machinery (ACM) e da International Coach Federation (ICF).
(**) Minuta de Resolução CNSP – Consulta Pública Susep 12/2021
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 0
MOVIMENTAÇÕES | MERCADO
AXA no Brasil
A fim de potencializar sua atuação no país e a
proximidade com corretores, a AXA no Brasil
anuncia a chegada da Analúcia Bibiano, que
dará atendimento dedicado aos parceiros no
Espírito Santo. Com mais de 20 anos de experiência
no mercado, a executiva possui a missão de
estreitar ainda mais o relacionamento entre a
seguradora e seus parceiros, sob a gestão de
Mariana Azevedo, que atua no Rio de Janeiro e
Espírito Santo e é responsável também pelo
atendimento dedicado à carteira de Transportes
na região.
Alper
André Lins assume a diretoria de Agro da
Alper Consultoria em Seguros, com o desafio de
apresentar as melhores soluções em seguros
para o produtor rural. A mudança faz parte da
estratégia de companhia de se posicionar como
referência no segmento, que hoje responde por
21,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Berkley Brasil Seguros
Delphos
Admitida na empresa em 1980 como analista de
sinistros, Elisabete Prado teve uma carreira
exemplar, que avançou rapidamente de encarregada
da área de sinistros de danos materiais
para subgerente de sucursal, gerente de sucursal,
gerente regional sudeste, diretora adjunta de
corporações, diretora comercial e de marketing até
chegar à vice-presidência e, finalmente, presidência.
A Berkley International do Brasil Seguros S.A,
(“Berkley Brasil Seguros”) membro de um dos
maiores grupos seguradores dos Estados Unidos,
anuncia a contratação de Henry Arima como
diretor de digital, marketing e distribuição. Com
mais de 20 anos de experiência no mercado de
seguros e resseguros, Henry é formado pela New
York University em Economia e Finanças. O
executivo ocupou cargos de liderança em várias
seguradoras e liderou a startup de duas seguradoras
internacionais no Brasil.
S EPrédio G U R O da N Susep, O V A Dem I G IBrasília T A L | - Foto: 3 2 Foursquare
MOVIMENTAÇÕES | MERCADO
Brasilprev
A Brasilprev, empresa especialista em previdência
privada, anuncia Ana Paula Sabbag para a
Superintendência Jurídica e de Governança Corporativa.
Funcionária de carreira da companhia
desde 2006, a executiva ocupava anteriormente a
gerência jurídica da organização. Em sua nova
função, Ana Paula passa a responder também
pela governança corporativa da companhia.
Sompo Seguros
O Grupo Sompo contratou Daniel de Rosa como
novo diretor executivo de Tecnologia da Informação
no Brasil. O executivo, que atua há mais de 30
anos no setor de TI em cargos de liderança em
seguradoras, bancos e consultorias de mercado;
chega para contribuir com as estratégias de expansão
do market share e a abrangência de atuação
do grupo segurador no mercado nacional.
Abramge
No dia 5 de abril, a Abramge (Associação Brasileira
de Planos de Saúde) anuncia Renato Casarotti
para o cargo de presidente da instituição no triênio
2021-2024. O executivo sucede Reinaldo
Scheibe, que esteve à frente da associação por
cinco anos. A Abramge representa atualmente
136 operadoras associadas, responsáveis pelo
atendimento de 22,7 milhões de beneficiários. As
associadas da Abramge possuem 175 hospitais
próprios, além de milhares de clínicas e laboratórios.
Qsaúde
A administradora de empresas Camila Dantas,
43 anos, assume como líder de Recursos Humanos
do Qsaúde. A executiva atuou por mais de 11
anos na Braskem, onde ocupou, mais recentemente,
a posição de diretora de Pessoas e Desenvolvimento
Organizacional. “O Qsaúde é uma
empresa nova, mas que já nasce com uma cultura
forte, pautada pelo cuidado. Nossa missão é
fortalecer esse pilar não só no relacionamento e
atendimento ao cliente, como também com cada
um de nossos colaboradores," afirma.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 3
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Chuva de IPOs
Caixa Seguridade entrou na
bolsa no dia 29 de abril
Sergio Vitor Guerra
No dia 13 de abril iniciou o
período de reserva para
pequenos investidores
comprarem ações da
Caixa Seguridade antes
de entrar na bolsa. O ciclo
da reserva terminou em 26
de abril. Enquanto isso, a estreia do braço de
seguros do banco público na bolsa ocorreu no
dia 29 do mesmo mês. A subsidiária da Caixa
Econômica Federal possui uma fatia de 13,5%
no mercado de seguros brasileiro.
O banco projeta vender até 17,3% da empresa
de seguros. No total, a operação pode chegar
a 450 milhões de ações. Desse modo, metade
dessa oferta é destinada para investidores
de varejo (qualquer investidor que esteja
na bolsa) .
De acordo com informações anunciadas, a
princípio, no site Valor Econômico, do total da
oferta de varejo, até 10% serão alocados
prioritariamente para os empregados da Caixa.
Também há prioridade na alocação para quem
aceitar um lockup (período no qual não se
pode vender as ações) de 45 dias. “Já recebemos
R$ 7 bilhões por conta da reestruturação
de seguridade. Somente neste ano foram
mais de R$ 2 bilhões. O negócio de seguridade
reforça o tamanho da Caixa”,
explicou o presidente
da Caixa, Pedro Guimarães,
durante o evento do
Credit Suisse, ocorrido em
janeiro deste ano.
Em março de 2020, o
banco anunciou o fim do
processo de IPO. Isso porque
a pandemia do coronavírus
avançava no mundo,
causando incertezas
no mercado financeiro.
“Tudo é uma questão do
impacto econômico e social
da pandemia, e existe
zero chance de abrirmos
capital para vender a qualquer
preço. Só faremos o
IPO quando o mercado
precificar o que achamos
que vale”, disse Guimarães
na época.
Durante o processo, a
Caixa anunciou duas joint
ventures: uma com a Tokio
Marine, que toma conta
da carteira de seguro
habitacional, e a outra com
com a Icatu Seguros, para
vendas de serviços de
capitalização.
Os recursos captados
pela oferta de ações serão
integralmente repassados
para a Caixa Econômica
Federal, na qualidade de
acionista vendedora. O
ganho bruto no próximo
resultado da Caixa será
de R$ 3,3 bilhões, segundo
informou o banco
estatal.
A abertura de capital da
Caixa Seguridade se arrastava
desde 2015. A
última tentativa tinha sido
feita em setembro passado,
mas a operação
acabou sendo suspensa
pelo banco estatal diante
das condições adversas
do mercado em razão da
pandemia da Covid-19, e
foi retomada neste começo
de 2021 em meio ao
cenário de maior aquecimento
do mercado de a-
ções no país.
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Simplificação do seguro auto tenta
atingir clientes fora do mercado
Susep coloca em consulta
pública a simplificação do seguro
auto. De acordo com a
autarquia, medidas visam
inclusão e ampliação do acesso
ASusep colocou em consulta
pública proposta de circular
que flexibiliza e simplifica
os seguros de automóveis
no Brasil. A medida
visa facilitar e ampliar o
acesso a essa importante
modalidade de seguro, responsável por um
volume de R$ 35 bilhões em prêmios emitidos
em 2020, permitindo maior diversificação de
produtos, mais inovação e seguros mais baratos.
Apesar do alto volume de receitas, segundo
dados do Denatran e da Susep, apenas
16% da frota de veículos no Brasil tinha
cobertura de seguros em
2019. Mesmo considerando
a frota com idade de até 10
anos, esse número não supera
33%.
Entre as mudanças
propostas está a possibilidade
de o seguro ser contratado
mesmo sem identificação
exata do veículo. Já há esta
prática em países desenvolvidos,
mas ainda é inexplorada
no mercado brasileiro.
Isso facilita, por exemplo, o
acesso ao seguro por motorista
de aplicativos e condutores
que já adotam o compartilhamento
de automóveis,
utilizam carros por assinatura
ou alugados, ampliando
ainda mais as oportunidades
de acesso – e de
modo mais inclusivo. Essa
proposta está em linha com
a crescente tendência de
economia compartilhada,
com o comportamento migrando
da posse para a
utilização dos veículos.
Para a Superintendente da
Susep, Solange Vieira, essa
iniciativa é uma ação
importante no processo de
acesso ao seguro e desenvolvimento
do setor: “Temos
trabalhado para que o seguro
seja uma escolha relevante
para que o consumidor,
o cidadão, possa se proteger
e proteger seu patrimônio”,
afirma. Na avaliação
da Superintendente, um
dos avanços promovidos pelo
novo marco regulatório que
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vem sendo implementado pela
Susep, a flexibilização no segmento
auto é um exemplo de
transformação de forte impacto
em termos de possibilidades de
desenvolvimento de negócios e
inovação em um mercado tradicional:
“Esta medida, sem dúvida,
propiciará muitas oportunidades
para o mercado e, principalmente,
para novos consumidores do
seguro, como aqueles que não
são proprietários do veículo, mas
precisam do seguros como instrumento
de trabalho – motoristas de
aplicativos e locadores, por exemplo.
Trata-se de oferecer mais
acesso e possibilidade de escolhas,
dando mais poder para o
consumidor e desenvolvendo o
mercado”, afirma.
O Diretor da Susep, Rafael
Scherre, destaca outras importantes
novidades trazidas pela proposta.
Ele cita, por exemplo, a
livre possibilidade de combinação
de coberturas, tanto típicas do segmento
automóvel quanto de outras
linhas de negócio. Destaca,
ainda, a possibilidade de coberturas
parciais de casco e a exclusão
de limite para caracterização
de indenização integral, permitindo
maior diversificação de produtos
e preços, atendendo às necessidades
e preferências de diferentes
consumidores: “Esperamos
um crescimento significativo
do mercado nos próximos anos,
com ampliação de cobertura, inclusão
principalmente inovação.
A simplificação
propiciará
oportunidades
para o mercado e,
principalmente,
para os novos
consumidores de
seguros
Solange Vieira,
superintendente da Susep
E a partir de agora as bases para
um ambiente favorável à competição
e novos negócios, com menos
restrições regulatórias, estão
lançadas“.
Mariana Arozo, Coordenadorageral
de Seguros Massificados,
Pessoas e Previdência da Susep,
destaca ainda que o consumidor
terá também a possibilidade de
contratar coberturas de responsabilidade
civil facultativa e acidentes
pessoais de passageiros
vinculadas ao condutor: “A proposta
traz grande flexibilidade em
relação às regras atuais. Esperamos
novos produtos e mais
segurados – sempre com boas
práticas de conduta e total transparência
por parte das seguradoras.
Comparando com os números
da OCDE, é um mercado com
potencial para dobrar de tamanho”.
Com base nos dados da OCDE
(2019), a penetração do mercado
de seguros de automóvel no
Brasil é de 0,53% do PIB, que
representa a metade da média da
OCDE (1,06%).
Em termos de arrecadação de
prêmios, os seguros de automóvel
representaram 44,8% do
mercado de seguros de danos no
Brasil, em 2020. Trata-se da mobilidade
de seguros mais “popular”
no país, que gerou uma receita
de R$ 35,34 bilhões no ano
passado, frente aos R$ 78,86
movimentados pelo segmento de
danos. Veja abaixo o gráfico com
a participação do ramo no segmento,
de acordo com os dados
de 2020.
O Seguro Auto possui
pagamento fixo e previamente estabelecido;
a indenização é feita
em até 30 dias ou menos; a
atividade é regulamentada pela
SUSEP; não tem limite para
acionar sinistro (com exceção de
PT) em uma vigência; e, se a
seguradora não for acionada,
acumula pontos a cada ano que
são aplicados como desconto na
renovação da apólice.
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Setor de seguros
reage no primeiro
bimestre do ano
Alta de 4,5% no acumulado do ano
sobre o mesmo período de 2020;
arrecadação do ramo Auto cresce 7,4%
em fevereiro contra o mesmo mês no
ano passado
Osetor segurador continua a
gerar receitas de prêmios
voláteis no ano, em virtude
dos impactos heterogêneos
da pandemia entre
ramos e modalidades de
seguros. Resultado: no primeiro
bimestre de 2021, o setor apresentou
crescimento de 4,5% contra o mesmo período
de 2020, quando ainda não havia pandemia,
decretada em março. “A liderança cabe a Danos
e Responsabilidade, com avanço de 12,6%. O
segmento de Pessoas sobe pouco, 1,5%, influenciado
por virtual estabilidade de planos de
acumulação”, assinala o Presidente da Confederação
Nacional das Seguradoras – CNseg,
Marcio Coriolano, em editorial da publicação
Conjuntura CNseg nº 41.
Chama a atenção a forte aceleração apresentada
por algumas modalidades no acumulado
do ano. Quase todos os ramos de seguros
observam avanços, alguns verdadeiramente superlativos.
Pelo menos, oito ramos contribuíram
para o resultado positivo no ano, que são: Responsabilidade
Civil (42,7%); Rural (32,2%); Crédito
e Garantias (27,2%); Patrimonial (26,4%);
Transportes (20,9%); Habitacional
(10,9%); Marítimo
e Aeronáuticos (9,9%) e
Planos de Vida – Risco
(6,3%).
Alguns ramos vêm tendo
desempenho tão consistente,
principalmente a partir
do segundo semestre de
2020, que, mesmo tendo
queda em fevereiro sobre
janeiro, puxaram a alta do
ano. Entre eles, aparecem
Marítimos e Aeronáuticos
(-35,6%); Responsabilidade
Civil (-28,1%); Transportes
(-24%); Garantia Estendida
(-17,7%); Patrimonial (-6,2%);
Automóveis (-5,7%) e Rural
(-2,7%). Os Títulos de Capitalização
recuaram 3,5%. Os
únicos que cresceram foram
Crédito e Garantias, com
17,5%, e Planos Tradicionais
de Vida, com 3,4%. Os prêmios
de fevereiro, de R$ 22
bilhões, registraram queda
de 9,9% sobre janeiro, de
R$ 24,2 bi.
Outra realidade de mercado
é apresentada na
comparação mês contra
mesmo mês do ano anterior,
métrica ainda mais importante
de aferição do desempenho.
A receita de fevereiro
último foi 5,5% superior
ao mesmo mês de
2020, mês que antecedeu
a decretação da pandemia
e de bom desempenho.
Nesse caso, o desempenho
positivo foi, novamente,
influenciado pelo segmento
de Danos e Responsabilidade,
com alta de
14,9%, enquanto o segmento
de Cobertura de
Pessoas avançou 1,5% e
os Títulos de Capitalização
tiveram receitas aumentadas
em 6,6%.
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