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COMUNICAÇÕES 238 - MULHERES E TECNOLOGIA O NAMORO QUE ACABARÁ EM CASAMENTO (2021)

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POINT OF PREVIEW COM MARIA MANUEL LEITÃO MAR<strong>QUE</strong>S<br />

Conquistar um lugar<br />

de topo na Europa<br />

O país terá de saber aproveitar a ‘bazuca’ europeia para se tornar mais<br />

resistente e resiliente. E tentar fazer melhor do que os outros, com<br />

parcerias e inovação.<br />

Texto de Isabel Travessa<br />

OS VÁRIOS DOSSIERS da Agenda<br />

Digital Europeia, com destaque para<br />

a conetividade e o 5G, assim como<br />

os dados e a inteligência artificial, foram<br />

temas de análise do 1º encontro<br />

‘Point of Preview’ da APDC, realizado<br />

a 24 de fevereiro, que teve como<br />

oradora convidada a eurodeputada<br />

Maria Manuel Leitão Marques. Nesta<br />

iniciativa, reservada aos presidentes<br />

dos patrocinadores anuais e membros<br />

da direção, salientou a importância<br />

dos fundos estruturais, com<br />

destaque para o PRR, e das opções<br />

tomadas politicamente, para garantir<br />

que o país ganhe capacidade de disputar<br />

um lugar de topo na economia<br />

europeia.<br />

É que “não se trata apenas de<br />

recuperar o que foi esta crise e os<br />

estragos feitos, como se recupera<br />

um território depois de um incêndio<br />

ou de uma inundação. Trata-se de<br />

tornar a Europa mais resistente e<br />

resiliente a choques futuros, aprendendo<br />

com o que aconteceu. Por<br />

isso se fala de autonomia estratégica,<br />

de reindustrialização e de capacidade<br />

de produção interna em áreas<br />

críticas”, assegura a<br />

oradora.<br />

Na sua visão, preparar<br />

o futuro do país<br />

implica garantir “um<br />

papel no desafio da<br />

autonomia estratégica,<br />

para que<br />

ela não se faça só pelos campeões<br />

europeus”. Por isso, não se poderá<br />

fazer “apenas mais do mesmo”.<br />

Portugal, e a Europa como um todo,<br />

precisam de ser “mais autónomos<br />

de forma descentralizada, trabalhando<br />

com as periferias e distribuindo<br />

emprego e indústria de qualidade.<br />

Mas, para isso, é necessário garantir<br />

“Não se poderá fazer<br />

apenas mais do mesmo.<br />

Para isso, é preciso<br />

conetividade, incluindo<br />

o 5G”<br />

conetividade, incluindo o 5G, acelerando<br />

os investimentos em projetos<br />

que tornem os territórios mais<br />

competitivos”.<br />

Por isso, na sua ótica, os players das<br />

TIC têm de ajudar “Portugal e o governo<br />

a alinhar o plano nacional com<br />

Bruxelas. Se estivermos alinhados, é<br />

mais fácil concorrer aos fundos, pois<br />

o que estamos a fazer em matéria<br />

de inovação nas nossas empresas é<br />

aquilo que são as prioridades da Europa.<br />

Depois, se precisarmos de ser<br />

competitivos globalmente, temos de<br />

tratar da conetividade com o resto<br />

do mundo”.<br />

A multiplicação das parcerias entre<br />

empresas e a comunidade científica,<br />

um problema nacional e europeu<br />

que se arrasta há muito, será essencial<br />

no processo. Para a eurodeputada,<br />

será “muito importante utilizar<br />

os fundos europeus para estimular a<br />

experimentação, testar ideias entre<br />

empresas e comunidade científica.<br />

É assim que se inova”. É que “não<br />

se deve ir atrás dos<br />

outros, mas sim<br />

fazer melhor do que<br />

os outros”. No final,<br />

garantir-se-ão “empresas<br />

inovadoras<br />

e uma comunidade<br />

científica sensível<br />

aos problemas do tecido industrial.<br />

Será um caminho win-win para<br />

conseguirmos ter um país com mais<br />

capacidade de disputar um lugar de<br />

topo na economia europeia”.•<br />

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