COMUNICAÇÕES 238 - MULHERES E TECNOLOGIA O NAMORO QUE ACABARÁ EM CASAMENTO (2021)
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portugal digital<br />
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Para António Bob dos Santos, o sistema de infraestruturas tecnológicas está<br />
cada vez mais sólido, “com competências e recursos humanos qualificados”.<br />
Realidade que posiciona Portugal no grupo de países inovadores da UE<br />
efeito mobilizador das regiões, estabelecendo ligações<br />
com as empresas, estimulando o aparecimento<br />
de novas empresas e desenvolvendo na academia investigação<br />
direcionada para dar resposta a problemas<br />
concretos. “Este tipo de entidades tem um papel cada<br />
vez mais importante na qualificação dos territórios e<br />
na atração de pessoas de outras zonas, incluindo de outros<br />
países, que querem fazer a sua carreira num país<br />
onde há boa qualidade de vida, estabilidade e segurança”,<br />
acrescenta.<br />
Esta evolução positiva é notória também em vários<br />
outros aspetos, como conclui o relatório do Mapeamento<br />
de 2020. Os resultados permitem afirmar que<br />
Portugal apresenta hoje um conjunto mais diversificado<br />
e complexo de infraestruturas tecnológicas, com<br />
maior abrangência em termos de competências para a<br />
inovação, acompanhando as dinâmicas do mercado e<br />
as necessidades tecnológicas das empresas. “Na generalidade<br />
das infraestruturas tecnológicas, verifica-se<br />
maior robustez nos principais indicadores económicos<br />
e financeiros, um leque mais alargado<br />
de clientes e de relações, nomeadamente<br />
com instituições de ensino superior e com<br />
o tecido empresarial. Há também uma<br />
percentagem cada vez maior de entidades<br />
envolvidas em projetos internacionais<br />
competitivos. Temos cada vez mais organizações<br />
com as competências necessárias<br />
para concorrerem a esses programas<br />
com condições competitivas. Muitas delas<br />
até são líderes desses consórcios e isso<br />
também é muito importante, pois mostra<br />
que cada vez mais temos um sistema de<br />
infraestruturas tecnológicas solidificado,<br />
com competências e recursos humanos<br />
qualificados”, revela António Bob dos<br />
Santos. Esta realidade tem contribuído<br />
para que Portugal esteja, atualmente, posicionado<br />
no grupo de países “fortemente<br />
inovadores” da União Europeia. Para este<br />
caminho positivo de evolução, o ex-administrador<br />
da ANI realça as iniciativas<br />
públicas de capacitação destas infraestruturas<br />
tecnológicas, com destaque para “o<br />
Programa Interface, assim como a estratégia<br />
de empreendedorismo, desenvolvida<br />
pelo IAPMEI e pela Startup Portugal”.<br />
ÁREAS A INVESTIR<br />
A caminho do futuro, de forma transversal,<br />
estas infraestruturas têm apostado<br />
em tecnologias ligadas ao conceito da indústria<br />
4.0, como a robótica, inteligência<br />
artificial e produção aditiva. Como preocupações<br />
comuns destacam-se também as<br />
áreas das tecnologias ligadas à economia<br />
circular, à área do mar, do agroalimentar e das smart cities.<br />
As lacunas a colmatar também são comuns a todo<br />
o tipo de infraestruturas: por um lado, a necessidade<br />
de investimento em algumas infraestruturas físicas<br />
e, por outro, a escassez de recursos humanos qualificados<br />
com formação em gestão da inovação. “Precisamos<br />
de pessoas que consigam gerir projetos de I&D e<br />
Inovação, que consigam falar as duas linguagens: a da<br />
academia e a das empresas. Este tipo de competências<br />
não é muito abundante nas infraestruturas tecnológicas<br />
e é muito importante”. No entanto, António Bob<br />
dos Santos mostra-se otimista: “Com os mecanismos<br />
de financiamento que estarão disponíveis a partir de<br />
agora, através do Plano de Recuperação e Resiliência e<br />
do Portugal 2030, haverá seguramente espaço e oportunidades<br />
para dar resposta a algumas destas necessidades”.<br />
No Mapeamento de 2024 poderemos, decerto,<br />
confirmar. •