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COMUNICAÇÕES 238 - MULHERES E TECNOLOGIA O NAMORO QUE ACABARÁ EM CASAMENTO (2021)

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ticas fraudulentas com páginas alegando<br />

falsamente pertencer a departamentos ou<br />

serviços públicos e referindo prestar serviços<br />

aos cidadãos e divulgação não autorizada<br />

de fotografias, stalking, manifestações<br />

do discurso de ódio e violação de direito de<br />

autor. Há de tudo um pouco.<br />

Também o CERT.PT recebeu no ano<br />

passado 6,5 mil notificações de incidentes,<br />

mais 95% do que em 2019. Do total de incidentes<br />

registados, 31% afetaram entidades<br />

da AP, sendo que na tipologia dos incidentes<br />

se destacaram a fraude, código malicioso,<br />

intrusão e segurança da informação,<br />

que representaram 84% do total.<br />

“Os indivíduos e as organizações em<br />

Portugal não têm ainda os níveis de atitudes<br />

e comportamentos suficientemente<br />

adequados para a melhor proteção possível<br />

contra as ameaças do ciberespaço, comparativamente<br />

à média da UE”, adverte o Relatório<br />

Cibersegurança em Portugal – Sociedade<br />

2020, do Observatório de Cibersegurança,<br />

do Centro Nacional de Cibersegurança<br />

(CNCS).<br />

Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, está otimista:<br />

“Hoje temos empresas que reagem, mesmo não tendo acidentes”<br />

PREVENIR E REAGIR, MAS COM<br />

ESTRATÉGIA<br />

Enquanto entidade nacional responsável<br />

pela cibersegurança, o CNCS (que integra o Gabinete<br />

Nacional de Segurança) tem vindo a trabalhar com outros<br />

players relevantes – como o Conselho Superior de<br />

Segurança do Ciberespaço, Unidade Nacional de Combate<br />

ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da<br />

Polícia Judiciária (UNC3T), Gabinete de Cibercrime,<br />

Equipa de Resposta a Incidentes de Segurança Informática<br />

Nacional (CERT.PT) e Comissão Nacional de<br />

Proteção de Dados – e está a reforçar atividades. É que<br />

a pandemia confirmou e acelerou a necessidade de reforçar<br />

a resiliência das redes e sistemas informáticos,<br />

assim como de assegurar uma efetiva resposta a incidentes,<br />

com melhor articulação de informação e sensibilização<br />

dos cidadãos para os riscos decorrentes da<br />

utilização da internet.<br />

“Todas as organizações que têm presença digital<br />

têm vulnerabilidades. Podem é ter menos ou mais, estar<br />

melhor ou mais mal preparadas para prevenir ataques<br />

ou para reagir a ataques bem-sucedidos. Efetivamente,<br />

esta transição para um regime de teletrabalho<br />

veio criar a consciência de uma maior dependência do<br />

digital a todos os níveis, desde o simples colaborador<br />

até ao C-level. Há uma maior consciência sobre a dependência<br />

do digital e mais receio sobre o possível controlo<br />

da segurança de perímetro”, afirma Lino Santos,<br />

coordenador do CNCS.<br />

O facto de os colaboradores serem obrigados a trabalhar<br />

remotamente, usando pontos de acesso partilhados,<br />

veio criar a consciência de falta de controlo nas<br />

lideranças das empresas. O que levou, na perspetiva<br />

deste responsável, “a um reforço das capacidades preventivas<br />

e reativas ao contexto”.<br />

“Até agora, tínhamos sempre dois tipos de empresas:<br />

as que reagiam a incidentes que sofreram e as que<br />

não reagiam. Agora temos empresas que reagem, mesmo<br />

não tendo incidentes. A pandemia veio até criar<br />

um mercado, já que observamos um maior pedido e<br />

utilização de alguns instrumentos criados pelo CNCS,<br />

nomeadamente na área sensibilização e da criação de<br />

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