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Memória<br />
Hélio Florêncio<br />
Sobrado de Major João Salvador dos Santos -<br />
Foto do final do século XIX.<br />
CARUARU CIDADE<br />
32<br />
Os “Anais Pernambucanos” de autoria de Francisco<br />
Augusto Pereira da Costa (1851 - 1923), advogado,<br />
jornalista, historiador e político, um dos fundadores da<br />
Academia Pernambucana de Letras, é uma coletânea<br />
de livros publicada em 10 volumes, num total de 5.566<br />
páginas, ordenados cronologicamente, abrangendo a<br />
história e a vida de Pernambuco de 1493 a 1850. Essa<br />
coletânea registra, no último volume, que em 1850,<br />
sete anos antes de Caruaru ser elevada à condição de<br />
cidade, que no município de Caruaru - vila, povoados e<br />
zona rural - existia “uma população de 29.080 almas,<br />
sendo 26.8<strong>33</strong> livres e 2.247 escravos e que a sede do<br />
município contava 10 sobrados, 12 ruas, 10 becos, 01<br />
praça, 01 igreja Matriz, 01 capela dedicada à Nossa Senhora<br />
da Conceição, 01 cemitério público, 01 casa de<br />
caridade, além da maior feira semanal do Agreste”.<br />
Abril de 1857, Caruaru era a maior vila de todo o agreste<br />
e sertão de Pernambuco e já fazia por merecer sua<br />
elevação à condição de cidade.<br />
Um pouco antes, no dia 7 de setembro de 1856, com<br />
a situação política comandada pelo cel. João Vieira de<br />
Mello e Silva extremamente desgastada por conta da<br />
epidemia do Cólera Morbus que ocorrera entre 1855<br />
e 1856, com muitas vítimas fatais, foi eleita uma nova<br />
Câmara, a terceira de Caruaru, predominantemente<br />
oposicionista.<br />
Nessa eleição o major João Salvador dos Santos - o mesmo<br />
que em 1892 seria eleito primeiro prefeito constitucional<br />
de Caruaru - foi o mais votado, obtendo 608