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26 ABRIL 2021<br />

ESPECIAL PET<br />

PET IDOSO<br />

A HORA DE CUIDADOS ESPECIAIS<br />

Os animais chegam à terceira idade quando atingem 75% da sua expectativa de vida<br />

À<br />

medida que os pets envelhecem, os cuidados devem<br />

ser redobrados. Nos últimos anos, a expectativa<br />

de vida dos animais de estimação aumentou<br />

devido aos avanços da medicina veterinária, rações, vacinas<br />

e maior conhecimento dos tutores sobre a importância<br />

de manter um acompanhamento veterinário em dia.<br />

Em tese, os animais chegam à terceira idade quando atingem<br />

75% da sua expectativa de vida. Contudo, isso varia<br />

de acordo com o porte. Cães de pequeno porte são considerados<br />

idosos a partir de nove anos. Os medianos, a<br />

partir de oito anos e os grandes, aos sete. Já os gatos, em<br />

geral, são considerados idosos a partir de oito anos, uma<br />

vez que a diferença de porte é relativamente pequena.<br />

Vale ressaltar que um aspecto determinante quanto à<br />

qualidade de vida dos bichanos é o ambiente em que vivem.<br />

Os que moram em espaços protegidos sem acesso<br />

à rua certamente terão maior segurança e tendem a viver<br />

mais e melhor.<br />

Arquivo<br />

Ainda que essa seja uma base para definir a idade dos<br />

pets, é comum os tutores terem dúvidas. A médica veterinária<br />

Bianca Vitola Bond revela que, por meio do exame<br />

físico, o profissional consegue ter uma ideia da idade do<br />

animal. “A partir da avaliação bucal, os dentes (quais estão<br />

presentes), suas fases, coloração, estado geral, presença<br />

ou não de cálculo (tártaro) é possível indicar um<br />

paciente filhote, adulto ou idoso”.<br />

IDADE PELA DENTIÇÃO<br />

A médica veterinária odontologista, Raquel Sillas, explica<br />

que até os 14 dias de vida, os cachorros não têm<br />

dentes. Até os quatro meses, nascem os dentes de leite.<br />

A partir disso, começam a nascer os permanentes.<br />

Aos oito meses, toda a dentição dos permanentes terá<br />

nascido. Aos dois anos, os cães começam a apresentar<br />

leve gengivite, com pouco acúmulo de cálculo (tártaro).<br />

Quando eles chegam aos três anos, aparecem os desgastes<br />

nos incisivos inferiores e, aos quatro, nos superiores.<br />

“Nessa idade, há um amarelamento de dentes e<br />

o esmalte já não está tão bom quanto anteriormente”,<br />

pontua Raquel. A partir dos seis anos, os desgastes<br />

aparecem em todos os dentes. “Nessa fase, é um pouco<br />

mais difícil mensurar a idade. Porém, a partir dos oito,<br />

eles começam a ter perda de dentes por idade”, conta.<br />

Raquel chama atenção, porém, de que essa não é uma<br />

regra. Depende do que o cão rói, por exemplo. “Se ele<br />

tem um ano, mas é roedor, vai ter desgaste dos incisivos,<br />

o que não é comum, mas o comportamento do animal<br />

pode influenciar”, diz.<br />

CUIDADO COM OS PETS IDOSOS<br />

Pacientes idosos podem ter uma série de alterações de<br />

saúde por conta da idade<br />

Pacientes idosos podem ter uma série de alterações<br />

de saúde por conta da idade. “Eles exigem<br />

maior necessidade de atenção por parte dos tutores,<br />

na parte de alimentação, quantidade e tipo de ração,<br />

hidratação, fornecimento de água de boa qualidade<br />

e da maneira correta, nível de atividade física<br />

e tipo de atividade física realizada”, pontua Bianca.<br />

De acordo com a profissional, tanto gatos como cachorros<br />

idosos podem apresentar alterações hormonais,<br />

tendência à obesidade, ou perda de peso, doenças gastrointestinais,<br />

cardíacas, cálculo dentário (tártaro) e neoplasias<br />

(câncer). “Sempre são uma preocupação com<br />

o passar da vida, atenção especial para as alterações<br />

renais em felinos, que chamam atenção pelo número de<br />

casos atendidos”, aponta.<br />

O médico veterinário Daniel Cooper também alerta<br />

para essas enfermidades. “Todo paciente idoso, assim<br />

como os humanos, começa a manifestar algum processo<br />

fisiológico inadequado. Quando isso é reconhecido<br />

de forma precoce, aumentam as chances de recuperação<br />

ou de não deixar que a doença avance de forma muito<br />

abrupta. Porém, isso só é possível através de alguns<br />

exames periódicos”, diz.<br />

Segundo ele, a parte nutricional é de suma importância.<br />

É como na medicina humana: uma alimentação<br />

saudável muitas vezes impede que a pessoa corra riscos<br />

desnecessários ou manifeste alguma doença. O veterinário<br />

ainda explica que, conforme os animais saem da<br />

fase adulta e entram na idosa, o acompanhamento veterinário<br />

e os check-ups anuais tornam-se essenciais.

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