Dane-se Edição 001 | ESpecial Piratas
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Piratas
LAVANDERIA EDITORA - ABRIL 2021 - EDIÇÃO 01
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Dane-se é uma revista digital/ virtual feita a mais de 20 mãos para
manter a chama da ilustração sempre acesa. Caso queira apoiar
essa nossa motivação e de quebra anunciar diretamente ao seu
público alvo, no caso o consumidor ilustrador, aqui é sem dúvida
o lugar certo!
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contato@dane-se.us
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Editorial
Piratas
Dane-se nasce da necessidade que nosso grupo de
ilustradores iniciantes tem de expor e difundir seus trabalhos e
ideias em conjunto ou individualmente. Ela chega sem um
formato único, sem tabus, sem compromisso com barreiras
gráficas e ou estéticas. Apresenta-se aqui na forma de revista
para que seu público possa usufruir das novas comodidades
que os padrões digitais de leitura oferecem, porém sem deixar
de sentir aquele gostinho nostálgico de ler uma revista. Cabe
então ao leitor entender o projeto e avaliar a melhor forma de
consumi-lo, em vídeo, áudio ou leitura, por meio de diferentes
canais e redes.
Para esta edição, o melhor das sete redes e mais algumas
outras que ainda não foram navegadas. Piratas são criaturas
asquerosas, traiçoeiras, corruptas, mas que ao mesmo tempo
mexem com nosso imaginário de várias formas. Aqui, temos
um compilado de nossos colaboradores, uma entrevista com o
ilustrador, Cartunista e Animador, Professor e fundador do
AteliêEscola Laqua Parla, Guilherme Bevilaqua ou Laqua para
os mais próximos. Textos, contos de arrepiar e muito mais para
acompanhar as noites frias em alto mar.
Dane-se vai além das páginas publicadas, datas de publicação
e qualquer tiragem declarada. A intenção é que seja um canal
aberto entre futuros e já conhecidos ilustradores para difundir
suas obras, a arte e a cultura. Somos uma publicação da
“Lavanderia Editora”, que nasceu e atua dentro da rede como
um coletivo de alunos graduados do curso Gigante Ilustrador
do Ateliê Escola Laqua Parla.
Para participar, propor novos conteúdos, enviar material para
avaliação e publicação, apoiar este projeto ou até mesmo
tomar um café virtual, entre com contato com: editor@danese.us.
Para falar com a editora: contato@lavanderiaeditora.com.br.
Estamos em todas as redes e sempre de olho! Se não gostou,
dane-se!
Assinado:
O Capitão
Expediente:
Somos piratas, não temos organização!
*Arte no fundo - Esboço digital
do ilustrador Rafael Trindade.
Tiago Ometto Fernandes
Email: tiagoofernandes@gmail.com
Instagram: @tiagooart
Julia Miranda
Instagram: @ilustramira
E-mail: ilustramira@gmail.com
Piratas:
verdades ou mentiras?
*Arte no fundo - Esboço do
ilustrador Christiano Landau.
Ouvimos muitas histórias de piratas, porém
sempre de forma estereotipada, como se
fosse algo irreal, um mito, uma lenda. Os
filmes da série “Pirates of the Caribbean ”
(Piratas do Caribe), que completam 18 anos
em 2021, obtiveram uma arrecadação de US$
4,5 bilhões com o lançamento dos 5 primeiros
filmes. Atualmente o lançamento do sexto
filme da franquia, despertam no imaginário de
muitos o tema pirataria e navegações. O que
pouco se sabe é que existem piratas até os
dias atuais, contudo poucas são as
semelhanças entre os reais e aqueles do
imaginário popularizado.
Começando com o significado da palavra
Pirata: ele é um marginal que, sozinho ou
organizado em grupos, cruza os mares só
com a intenção de promover saques e roubos
a navios e a cidades para obter riquezas e
poder (FERREIRA, 1986). Essa ação causa
muitos prejuízos não só aos barcos, mas
também a várias nações. Esses saques quase
sempre são realizados em alto mar, no que
consideramos hoje como águas
internacionais, para escapar às leis e punições
de um ou outro determinado país.
É muito comum atribuirmos também algumas
características aos piratas, desde acessórios
até a sua vestimenta, o mais interessante é
que muitos desses itens tem fundamento
como podemos observar na lista abaixo:
Tapa-olhos - diferentemente do que pensa a
crença popular (de que eles o usavam por
falta do olho ou qualquer outro tipo de
problema), segundo Jim Sheedy, médico
especialista em visão e diretor do Instituto de
Desempenho Visual da Pacific University, em
Oregon, nos Estados Unidos, explicou para o
Wall Street Journal que nossos olhos se
adaptam rapidamente quando ocorre a
transição de um ambiente escuro para um
lugar claro. Porém, o processo contrário
Pirates of the Caribbean é uma série de filmes de fantasia e aventura, baseada no brinquedo Pirates of the Caribbean dos parques
temáticos da Walt Disney Parks and Resorts, dirigido por Gore Verbinski e Rob Marshall, escrito por Terry Rossio e Ted Elliott, e
produzido por Jerry Bruckheimer.
pode levar até 25 minutos, já que os olhos
precisam regenerar os fotopigmentos. E como
os piratas estavam constantemente se
movimentando no navio e alternando entre o
lado de fora – com a luz direta do sol – e o
lado de dentro – que era quase uma escuridão
completa –, o tapa-olho servia para manter
um dos olhos sempre adaptado aos
ambientes escuros. Quando um pirata
precisava ir para a parte de dentro do navio,
bastava trocar o lado do tapa-olho e ele
poderia enxergar com muito mais facilidade.
Essa teoria foi testada pelos “Caçadores de
Mitos”, da Discovery Channel, e os resultados
foram positivos sobre esta estratégia pirata.
Ganchos e pernas de pau - os piratas
frequentemente perdiam membros em
batalhas e acidentes e quando isso acontecia
eles eram compensados pela sua perda. Se
um pirata fosse ferido na perna, a amputação,
muitas vezes, era a única saída. Os médicos
não eram comuns a bordo de navios piratas,
então, muitas vezes, o cozinheiro era
chamado para fazer os procedimentos.
Contudo, o pirata raramente sobrevivia e,
mesmo que conseguisse, podia não passar de
uma infecção posterior. Se continuasse vivo
precisava de um substituto para a perna em
falta, que, normalmente, era qualquer coisa
que estivesse livre no barco, como, por
exemplo, um pedaço de madeira comprido.
Esta prática também poderia acontecer no
caso de uma mão, tal como existe o vulgar
exemplo do gancho.
Armamentos - os piratas geralmente usavam
armas de pederneira, cutelos na forma de
machado e adagas;
Papagaios - os piratas geralmente
capturavam papagaios para vender.
Papagaios eram um souvenir popular entre
eles de suas viagens exóticas (e mais fáceis
de cuidar do que macacos). Aquelas aves
tinham alto valor nos mercados de Londres e
serviam também como propina para
funcionários da Marinha britânica.
Bandeiras negras com caveira e ossos -
Este era um dos muitos símbolos que os
piratas colocavam nas bandeiras. Outros eram
corações ensanguentados, bolas de fogo e
esqueletos inteiros.
Andar na prancha - Somente um registro
(1829) de andar na prancha é conhecido.
Quando um pirata queria matar, ele talhava a
vítima com um cutelo ou a jogava no mar.
Como podemos perceber muitos mitos estão
baseados na realidade, porém nem todos: os
piratas não usavam, por exemplo, um X num
mapa para marcar tesouros escondidos. Este
arquétipo vem da ilustração de capa da
primeira edição da “Ilha do Tesouro” (1881),
de Stevenson. Cordingly diz que, tirando o X,
o livro de Stevenson é bem preciso sobre a
vida pirata.
E aí? Gostou das curiosidades? Você tinha
noção de que “Piratas do Caribe” tem muito
mais a ver com a realidade do que vocês
imaginavam?
Escreva para nós e conte o que você já sabia
e o que foi realmente surpreendente!
Até a próxima edição.
Referencias:
FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição.
Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 337.
FOLHA DE SÃO PAULO – Caderno Mundo - domingo, 5 de outubro de
1997. Acesso em: 17 mar. 2021: https://
www.fatosdesconhecidos.com.br/por-que-os-piratas-usam-tapa-olhos/
MEGA CURIOSO - 2021 - NO ZEBRA NETWORK S.A. Acessado dia
17/03/2021: https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/40006-vocesabe-por-que-os-piratas-usavam-tapa-olhos-.htm?
utm_source=facebook.com&utm_medium=referral&utm_campaign=imggr
ande
OMELETE -escrito por MARIANA CANHISARES, data 15.05.2020 às
09h55 Acessado dia 17/03/2021:
https://www.omelete.com.br/piratas-do-caribe/piratas-do-caribejohnny-depp-participacao-incerta
Igor Terezane Nardocci - Sou formado em
Artes Visuais, Pedagogia e ed. Artística
com ênfase em Artes plásticas. Desenho
desde criança e sou apaixonado por arte,
me dedico ao máximo para fazer meus
trabalhos, tenho vários amigos e
professores que sempre me passam novos
conhecimentos, estou em constante
transformação e aprimoramento. Trabalhei
anos com tinta à óleo e desenho
acadêmico agora estou partindo para o
cartoon e desenho de humor além de estar
aprendendo a usar lápis de cor e aquarela.
Sandra Simioni
Trabalho com montagem de vídeodocumentário.
Apaixonada por mundos
imaginários. Instagram: @sansimi_art
Rutz Bertonni
Formada em Jornalismo e Publicidade.
Apaixonada por cinema, arte, ilustração e
quadrinhos (HQ). Instagram: @rutz_bertonni
Stephanny Vieira
Pedagoga e Ilustradora. Viver fora da realidade
é preciso e é na ponta do lápis onde encontro
meu refúgio. @stephannyfvieira
Rodrigo Gil
Conheça mais do meu trabalho nas redes
sociais. Instagram: @rodrigogil_ilustrador.
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Renata Ramos
Ilustradora e designer freelancer, que sente
falta das tretas do Orkut.
Instagram:@renatailustra
Rafael Trindade
Ilustrador, formado em cinema e estudioso
das diversas formas de se representar ideias
com a técnica de animação.
Marielen Sartori
Apaixonada por desenhos sei lá desde
quando e criatividade pra mais de metro.
Instagram: @marielensartor
Mar Carlins
Curitibana formada em design gráfico e a
ilustração agora faz parte da minha bagagem.
Instagram: @marcarlins
tesouro O
pirata
L. F. Riesemberg do
Ele prendeu o barco às rochas e entrou na
gruta. Segurava um lampião para iluminar o
caminho, enquanto o mapa indicava por quais
cavidades deveria passar.
Foi se espremendo pelas paredes úmidas, até
passar por uma apertada abertura que levava
ao coração da caverna.
O lugar era imenso, com um lago subterrâneo
de água azul e límpida. Mas ele não estava ali
pela paisagem.
Seguiu como indicado no mapa, equilibrandose
sobre a prótese de madeira. A luz fraca o
fazia forçar o olho bom, mas era o que
bastava.
Quando finalmente avistou a arca, havia dois
esqueletos sobre ela. Ele os afastou com o
gancho, e tirou uma chave do bolso.
A mão tremia quando a fechadura abriu.
“Estará mesmo aqui?”, pensou.
Um dos crânios no chão dava a impressão de
estar rindo.
Quando ergueu a tampa do baú, uma luz
dourada refletiu nas suas barbas brancas.
– Sim! Está tudo aqui! – gritou, gargalhando.
Havia passado décadas obcecado por aquele
tesouro, e não tinha como esquecer tudo o
que passou para chegar até ali.
Passou a mão no rosto e sentiu a cicatriz.
Lembrou o tiro que gangrenou e o fez amputar
a perna.
O tubarão que arrancou sua mão com uma
dentada.
iniciarem seu caso às espreitas. Mary decidiu
então que deveria entrar para aquela
Enfim, para esquecer tudo isso, atirou-se às
moedas de ouro. Finalmente havia
conseguido! Merecia aquele prêmio.
Rindo descontroladamente, demorou a notar
que as caveiras haviam se levantado e o
espiavam de modo zombeteiro.
– O que? – gritou, querendo fugir, mas sem
largar do baú.
Elas riam da cobiça dele.
– Não reconhece os amigos? – perguntou um
dos esqueletos.
Ele finalmente compreendeu que eram os dois
companheiros que ele havia traído para não
ter que dividir o tesouro.
Ele acorda assustado, e se vê deitado em uma
cama no convés do navio. Olha rapidamente
para as pernas: as duas estão lá. As mãos
também. Levanta-se para olhar no espelho, e
percebe que ainda é jovem e belo.
– Teve um pesadelo, capitão? – lhe pergunta
um encarregado.
O mar tranquilo e azul parecia estar ainda
mais bonito naquela manhã ensolarada.
– Acho que foi um aviso, marujo.
A grande embarcação mudou de rota naquele
dia, assim como a vida de todos aqueles
homens.
*Arte no fundo - Esboço do
ilustrador Jackson Lino.
L.F.Riesemberg, nascido em 06 de
outubro de 1980, é paranaense, natural
de São Mateus do Sul, e mora em
Curitiba. Formado em Jornalismo e em
Letras. Apaixonado por literatura
fantástica, contos mágicos e histórias
sobrenaturais. Temas constantes em seus
contos: saudades, infância, nostalgia,
memórias, o passar do tempo e a morte.
Lucas Diniz Reis
Sou Arquiteto e Urbanista, atuando desde
2019, e Desenhista desde pequenininho!
Instagram: @arquitetoedesenhistaldr
Jackson Lino
@jacksonlino aluno do mestre ilustrador,
buscando encontrar meu próprio traço.
Isla Antonello
(@islaantonello) é Cientista Social e ilustradora.
Interesses: vestuário, história, antropologia e
natureza. Arte digital e analógica
Isla Antonello
(@islaantonello) é Cientista Social e ilustradora.
Interesses: vestuário, história, antropologia e
natureza. Arte digital e analógica
Piratas
Femininas
*Arte no fundo - Esboço do
ilustrador Rafael Trindade
Normalmente ouvimos falar de piratas sendo
homens, barbudos e cheios de “marra”,
porém fique sabendo que muitas mulheres
também exerceram a pirataria clássica,
algumas em postos de comando e grande
destaque. Vejamos algumas:
Ching Shih (Cantão, 1775 – 1844), foi uma
importante pirata que atuou durante a metade
da dinastia Qing na China, aterrorizando o mar
da China no início do século XIX.
Após a morte do marido, não deu nenhuma
chance para a tripulação fazer um motim e
escolher um novo capitão, pelo contrário:
arquitetou um plano e assumiu o posto do
falecido, comandando seus marujos com um
código de conduta rigoroso.
Ela comandou pessoalmente mais de 300
juncos tripulados por 20 000 a 40 000 piratas
— homens, mulheres e até crianças. Ela foi
uma de poucos capitães piratas a conseguir
se aposentar da pirataria e é considerada
como a pirata mais bem sucedida da história.
Quando finalmente o governo chinês desistiu
de tentar derrotá-la, ofereceram-lhe o perdão
em troca de paz. Ching Shih aceitou,
passando o restante de sua vida gerenciando
um cassino.
Sayda el Hora ou Sayyida al Hurra (1485 –
1561) Foi a última mulher do mundo islâmico a
portar legitimamente o título de “Hurra”
(Rainha) e é considerada uma das figuras
femininas mais importantes no ocidente
islâmico da época.
Junto com o também famoso pirata turco
Barba Ruiva (Barbarossa of Algiers) eles
dominaram o Mar Mediterrâneo, ela no oeste
e ele no leste. Além de se opor ferozmente à
presença ibérica em suas águas, aterrorizando
e saqueando navios portugueses e espanhóis,
há relatos de que sua frota tenha ajudado a
transportar muçulmanos que fugiam da
conversão e perseguição dos reis católicos
em terras castelhanas. Por ter o domínio
marítimo da área, acredita-se que ela ajudava
as embarcações com muçulmanos e também
judeus em diáspora a atravessar em
segurança o estreito de Gibraltar.
Anne Bonny (1702 - 1782, possível morte) foi
uma pirata irlandesa juntamente com Mary
Read. Era filha de um advogado nascido na
Irlanda e da sua empregada. O pai deixara a
Irlanda em desgraça, mas criou fortuna na
Carolina do Norte, nos Estados Unidos, onde
adquiriu uma grande plantação.
Um pirata com o nome de James Bonny
desposou Anne numa tentativa de se apossar
da plantação, mas o pai de Anne deserdou-a.
Bonny levou então a esposa para as
Bahamas, onde ele se tornou informante do
governador Woodes Rogers. Anne repugnava
a covardia do marido e depressa se envolveu
com Jack Morim Rackham, um pirata de
algum renome. Era exímia no uso da pistola e
da espada e considerada tão perigosa quanto
qualquer pirata masculino.
Mary Read (1690 - 1721) foi uma pirata
inglesa e era a filha ilegítima da viúva de um
Capitão do mar chamado James Kid. A mãe
de Read começou a disfarçar Mary de garoto
após a morte do irmão mais velho e legítimo
de Mary para que ela continuasse a ganhar
suporte financeiro de sua sogramas aos 13
anos, Mary fugiu e embarcou num navio de
guerra, onde se apaixonou por um soldado.
Quando ela confessou a esse homem que era
uma mulher, eles casaram-se e compraram
uma taverna.
O marido dela morreu precocemente, e mais
uma vez Mary se vestiu como um homem.
Entrou para o exército, mas como falhou,
embarcou para as Índias Ocidentais.
Mary e Anne foram as duas capitãs mais
famosas do Caribe e suas histórias se cruzam.
O navio de Mary foi atacado pelo capitão Jack
Rackham, também conhecido como Cálico
Jack. Na tripulação desse navio existia outra
mulher, Anne Bonny. Anne rapidamente se
apaixonou por um jovem marinheiro desse
navio. O que Anne não sabia é que esse
marinheiro era Mary, que confessou a Anne
ser também uma mulher, pouco antes de
iniciarem seu caso às espreitas. Mary decidiu
então que deveria entrar para aquela
tripulação pirata, e foi o que fez. Cálico Jack
era um pirata com grande sucesso nas Índias
Ocidentais e dirigiu sua tripulação na captura
de vários navios.
Em outubro de 1720, o governador da
Jamaica, ouvindo falar na presença de Jack
Rackham enviou uma embarcação armada
para intervir e capturá-lo. O navio “Revenge”
do capitão Jack Rackham, foi capturado de
surpresa e para o desânimo de Anne, os
piratas não lutaram (pois diz-se que estavam
bêbados demais para tanto) deixando todo o
trabalho para Mary e Anne, que após duas
horas de batalha foram capturadas.
Anne Bonny e Mary Read confessaram o
próprio sexo, se declarando culpadas, mas
grávidas. Seriam enforcadas depois que
dessem à luz. Mary Read escapou do
carrasco ao morrer de febre na prisão, já Anne
saiu da prisão por motivos desconhecidos.
Acredita-se que sua fiança tenha sido paga
pelo seu rico pai, ou que ambas tenham
escapado da prisão (já que o registro funerário
de Mary nunca foi encontrado).
Realmente são mulheres fascinantes essas
piratas. Você conhece alguma pirata famosa?
Conte-nos um pouco mais sobre o que você
sabe.
Abraços e até a próxima edição.
Referencias:
ANNE BONNY. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia
Foundation, 2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Anne_Bonny&oldid=59441285>. Acesso em: 25 set. 2020.
CHING SHIH. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia
Foundation, 2021. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Ching_Shih&oldid=60388097>. Acesso em: 5 fev. 2021.
MARY READ. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia
Foundation, 2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Mary_Read&oldid=58007634>. Acesso em: 10 abr. 2020.
SAYDA EL HORA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia
Foundation, 2021. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Sayda_el_Hora&oldid=60798408>. Acesso em: 1 abr. 2021.
SUPER INTERESSANTE – Revista. MUNDO ESTRANHO - Os 7 piratas
mais terríveis dos mares, escrito por Matheus Bianezzi. Atualizado em 4
jul 2018, 20h36 - Publicado em 5 ago 2015, 20h13. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/blog/index/os-7-piratas-mais-terriveis-dosmares/>
Acesso em: 17 Março. 2020
Igor Terezane Nardocci - Sou formado em
Artes Visuais, Pedagogia e ed. Artística
com ênfase em Artes plásticas. Desenho
desde criança e sou apaixonado por arte,
me dedico ao máximo para fazer meus
trabalhos, tenho vários amigos e
professores que sempre me passam novos
conhecimentos, estou em constante
transformação e aprimoramento. Trabalhei
anos com tinta à óleo e desenho
acadêmico agora estou partindo para o
cartoon e desenho de humor além de estar
aprendendo a usar lápis de cor e aquarela.
Fragão
Comecei a ilustrar na pandemia como hobby
e pretendo me divertir com o aprendizado e
as ilustrações criadas. Instagram: @fragao.art
Fragão
Comecei a ilustrar na pandemia como hobby
e pretendo me divertir com o aprendizado e
as ilustrações criadas. Instagram: @fragao.art
Felipe Mourão
Sou de Brasília, moro na Irlanda. No lockdown,
vi a possibilidade de aprimorar técnicas de
desenho. Instagram: @f1zarte
Felipe Mourão
Sou de Brasília, moro na Irlanda. No lockdown,
vi a possibilidade de aprimorar técnicas de
desenho. Instagram: @f1zarte
Sérgio Freitas
Designer, ilustrador e fotógrafo
www.sergiofreitas.com.br
Gabriel José
27 anos, ilustrador, fotógrafo, tatuador iniciante,
amante das artes e da liberdade de expressão.
Instagram: @noisecookie
Papo Furado
A Jornada do
Mestre Laqua
Entrevista de
Gui Souza
Nosso convidado do mês é o professor e
ilustrador Laqua. Que tipo de desafio ele teve
que enfrentar ao longo de mais de 30 anos no
mundo dos desenhos? Confira os destaques
da nossa entrevista (a versão completa está
disponível aqui)
Começando pelo começo: onde e
quando você nasceu?
Eu nasci em São José dos Campos, SP, em
81… Mas fiquei lá só por uns cinco ou seis
meses. Depois fui pra São Paulo e, com
quatro anos, vim pra Curitiba. Já sou
curitibano.
Com quantos anos começou a
desenhar?
Eu comecei a desenhar quando era criancinha
ainda. O que marcou o meu início é que eu
tinha o sonho de ser desenhista na loja da
minha mãe, que era de decoração de festas
infantis (Teretetê Festas). Ela tinha painéis
temáticos, com desenhos do Homem Aranha,
Ursinhos Carinhosos, Disney…
Tinha um desenhista 10 anos mais velho que
eu, Paulo Maurício, que trabalhava lá. Somos
amigos até hoje. Minha mãe disse: “pra você
chegar no nível do Paulo, tem que desenhar
muito, praticar. Desenhar todo dia”. Isso virou
meio que uma “obsessão” para mim. Foi o
que me motivou.
Comecei copiando desenhos da Disney, mas
passei por outras “áreas” também. Isso no
final dos anos 1980.
Lembra quais desenhos estavam
em alta naquela época?
A gente assistia muito Caverna do Dragão,
Thundercats, Silver Hawks, Doug, Ursinhos
Carinhosos, Smurfs, desenhos da Hanna
Barbera.
Eu me mantenho atualizado, claro, mas tenho
minhas raízes. Warner Brothers, Looney
Toons, Animaniacs, X-men… Assistia muito
Jaspion, também.
Ao longo dessa sua trajetória,
quais foram os maiores desafios
para chegar aonde você está?
Acho que um dos maiores desafios era
encontrar alguém que pudesse dar uma boa
orientação (sobre desenho). Acesso a
conteúdo, bibliografia, também era difícil. O
mais próximo que eu tive de um art book [na
época] eram livros de RPG, que eram
ilustrados. GERPS, Dungeons & Dragons…
Eu tinha dois livros que levava pra cima e pra
baixo: Os 100 Melhores do Estadão, do Ike,
que eu ficava olhando e tentando entender as
ilustrações; e Como Desenhar Caricaturas, do
Mendez, que me ajudou muito também.
Mas o mais difícil era encontrar um professor
que tivesse um método, que respeitasse a
vontade do aluno, seus sonhos e preferências.
Naquela época as pessoas vinham muito com
fórmulas prontas, como “você não pode girar
o papel” ou “você tem que pegar o lápis
desse jeito”. Regras, mistérios, lendas e mitos
em relação ao desenho. Isso desanimava. Isso
engessa qualquer pessoa.
Laqua
Formado em Publicidade e Propaganda e em Licenciatura em
Desenho. Pós graduado em História da Arte do Século XX.
Apaixonado por ilustração, animação, cartuns de humor e
acima de tudo pela docência.
Nesse sentido, minha maior qualidade foi ser persistente
e nunca desistir definitivamente.
Outro desafio que existe até hoje é o menosprezo que
muitas pessoas têm em relação a desenho. Como
quando dizem “ah, você desenha, mas não trabalha” ou
“artista é tudo maluco”. Naquela época era pior.
Você teve na sua trajetória pessoas
que ajudaram e encorajaram?
O que eu fiz foi buscar, ir atrás. Com quinze anos, fui
fazer um curso de Quadrinhos, passei um ano, mas não
aprendi quase nada. Professor ruim, arrogante, fazia
você se sentir mal, tratava bem apenas alguns alunos. E
era um excelente ilustrador, fazia quadrinhos muito bem,
mas não sabia ensinar.
Um ou dois anos depois, fiz um curso com o
Washington, um mineiro que viajava pelo Brasil dando
curso de animação. Foi aí que deu um resgate na minha
carreira artística. “Esse caminho aqui é legal… desenhar
com lápis de cor, pensar no quadro a quadro”, pensei.
Eu encorajo quem gosta de ilustrar a estudar animação.
É impressionante.
Enfim, fui caçando oportunidades e informações.
Fez curso no exterior também?
Eu não tinha dinheiro pra ir fazer aula fora do país, mas
fiz cursos com gente de fora que veio para o Brasil.
Como o Norberto La Fabri; [—]; Lara Bank, da Califórnia.
Estava sempre no Anima Mundi fazendo cursos
curtos sobre vários temas, como criação de
personagens, narrativa em animação.
O acesso a informação era muito difícil. Havia uma
“mania” de esconder conhecimentos, medo que
você aprendesse e tomasse o emprego da pessoa.
Você falou do Anima Mundi. Pode falar
mais desse evento?
O Anima Mundi transformou tudo no Brasil inteiro,
na América Latina. Começou tímido, com amostras
de desenhos animados, mas a partir da sétima ou
oitava edição se tornou um evento bancado por
grandes empresas. Os organizadores traziam gente
do mundo inteiro para ministrar palestras, master
classes, workshops. E você podia assistir
animações exclusivas, dava nota. Peguei muita
cultura de animação que foge do eixo Disney-
Pixar-Dreamworks, coisas que a gente não
conhece no dia a dia.
Qualquer pessoa pode aprender a
desenhar?
Sim. Na verdade, qualquer pessoa pode aprender o que
ela quiser, se ela tem paixão, interesse. Se você dedicar
tempo, vai conseguir.
Tenho visto centenas de alunos se dedicando, trocando
ideias, publicando seus desenhos. Testemunhos temos
a dar com o rodo.
O que é o curso Dom Eh O KCT? Pra quem ele é? O
que oferece?
Nem todo mundo sabe, mas eu comecei a dar aula aos
16 anos, em um atelier particular chamado Glossy. Dava
aula para gente de todas as idades. Era bem difícil…
Tinha que fazer muitas coisas “na unha”, não tinha um
método definido. Parei dois anos depois, fui trabalhar
como animador, fiz faculdade, ganhei mais experiência
como professor.
Aí surgiu a oportunidade de dar aula para um rapaz que
me pediu pra ensinar ele a desenhar. Comecei a aplicar
com ele conceito que usava no dia a dia do trabalho,
como forma, silhueta e composição.
Aí fui desenvolvendo um método, e ganhei mais alunos.
Abri meu atelier, que se chamava Casa Terezinha
Bevilaqua, em homenagem à minha mãe.
Os alunos foram tendo resultados rápidos.
Também dei aula em faculdades, outro sonho. Fiz
isso por dez anos, mas infelizmente desanimei, vi
que não tinha tanto resultado, porque muitos
alunos não se dedicavam, não prestavam atenção.
Em 2015, parei. No ano seguinte, decidi montar um
curso online.
Como eu tinha muitas demandas, não conseguia
direcionar muita energia para a estruturação do
curso, estava sempre “apagando incêndios”. Com
o início da pandemia, fechei minha produção para
terceiros e passei a focar apenas no curso,
montando as aulas, aprendendo sobre marketing
digital. Dei sorte de reencontrar o João [Mattos],
que é meu estrategista digital e faz com que o
curso alcance as pessoas.
É um curso bem universal, fácil de acompanhar e
compreender, com técnicas que podem ser
aplicadas de forma primária ou avançada. Serve
para todos, do realismo e do mangá ao cartum de
humor. Foi um longo caminho que eu trilhei, dos
meus 16 anos até agora.
E eu não ensino as pessoas a desenhar como eu:
elas aprendem o método para fazer suas próprias
criações. Os alunos desenham da maneira que
desejam, no estilo com o qual se identificam.
Há também uma série de diferenciais, com o
módulo da Jornada do Ilustrador, feito pela dra.
Aline Von Bathen, que é especialista em educação;
o módulo de materiais, que ensina a mexer com
grafite, nanquim, aquarela; o atendimento prestado
pelos navegadores; as aulas mensais ao vivo; os
sketchbooks exclusivos…
Qual o seu envolvimento com a revista
Dane-se?
Temos uma outra comunidade, a do Gigante
Ilustrador, que hoje conta com mais de 60 alunos e
é focada em ensinar esses ilustradores a ganhar
dinheiro com ilustração. Não é preciso ter muitos
anos de experiência para conseguir isso… é
preciso saber se posicionar.
Nós reunimos profissionais de diversas áreas,
como direito, finanças, marketing, publicidade,
fotografia, para ensinar os alunos. É um curso bem
robusto.
E dentro da comunidade dos alunos surgiu a ideia
de fazer um trabalho coletivo que se concretizou
com esta revista.
Na entrevista, abrimos espaço para o público
enviar suas perguntas. Acesse o link e confira a
entrevista completa!
Todas as ilustrações desta entrevista são de
autoria do professor e ilustrador Laqua e fazem
parte de seu acervo pessoal.
Contatos?
https://instagram.com/professorlaqua
https://www.facebook.com/atelierlaquaparla
https://www.youtube.com/professorlaqua
http://mestreilustrador.com.br/
“Gênio, bilionário, filantropo” é a descrição
que eu gostaria de ter, mas na real posso
ser resumido como “ilustrador, amante dos
livros e curtidor da vida”
Igor T. Nardocci
Formado em Artes Visuais, Pedagogia e ed.
Artística com ênfase em Artes plásticas.
Instagram: @igor_nardocci
Gui Souza
Ilustrador, amante dos livros e curtidor da
vida. Instagram: @guisouzaart
Helaman Menk
Formado em Administração e Gestão
Financeira e Controladoria atuando nesta área
profissionalmente. Instagram: @hmenky
Christiano Landau
Apaixonado por ilustração e HQs e com muita
vontade de me tornar um quadrinista algum
dia. Instagram: @christianoeerica
Rodrigo Cruz
Ilustrador e design de personagens freelancer.
Foco em ilustração infantil, games e
animação. Instagram: @rodrigocruz.art
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– Mano, deu match.
– Ô, aí sim, hein! Agora? Deixa eu ver.
– Agorinha. É essa aqui, ó.
– Orra, gata! E tá aqui perto. Chama ela pra vir
aqui no bar.
– Será? Vou puxar o assunto.
– Manda aí.
– Mandando…
– Mas, então, daí os caras resolveram mandar
aquela porra pro diretor, o cara cagou em
cima do relatório todo e…
– Respondeu! Mano, ela falou que tá aqui
nesse bar também!
– Tá de zuera? Cadê, deixa eu ver a foto aí de
novo pra ver se a gente acha ela.
– Tá vendo em algum lugar?
– Hmm… ainda não.
– Será que tá numa mesa lá fora?
– Não sei, deixa eu perguntar.
– Peraí, olha ali no fundo.
– A mesa do canto?
– Quase, uma que tá do lado.
– Tá escuro, não tô vendo direito.
– Aquela ali, ó. Tem uma garrafa em cima, tá
vendo? Acho que é de rum.
– Porra, cê enxerga bem hein?
– Ali, ou, não tá tão difícil.
– Qual, mano?
– “Apaixonada pelo mar. Gosto de viajar, o
mundo é minha casa”
– Daora, aventureira então. Curto.
– Ali ó, a morena de tapa olho.
– Hein? Não é óculos não?
– Só se tiver uma lente só escura, mas acho
que não é.
– Certeza?
– É ela ali, ó. Com o papagaio no ombro.
– Hein?
– É, pô. Que tá segurando o copo agora com
a mão esquerda.
– É um gancho aquilo na mão direita?
– Esssa! A de perna de pau.
– Mano… quê?
– Acho que ela é pirata. Que daora!
– Como assim pirata?
– É, pô. Ela tá de pirata na foto também, não
tá?
– Mas eu achei que era de alguma festa a
fantasia.
– Acho que não, ela é pirata mesmo.
– Caraio, como é que eu chego numa pirata?
– Chegando, ué. Qual o problema?
– Sei lá, ué! Nunca cheguei numa pirata.
– É sua chance então, vai lá!
– Será?
– Vai, meu filho! Atitude!
– Ai, ai, ai…
– Vai! Só vai.
– Beleza, beleza. Vou lá.
– Boa, garoooto!
[ 2 min depois ]
– Ih, já voltou? Como foi?
– Mano, foi estranho pra caramba.
– Por quê? Que aconteceu?
– Cê não acredita, colei na mina errada.
– Como? Como isso foi possível? Cê tá me
tirando.
– Eu juro pra você.
– Como assim?! Não é possível, na moral.
– Vai falar que não tava fácil de confundir com
a cigana?
Murilo Battistella - se depender
de mim, @tudovirabichinho
Não sei
divulgar…
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mais detalhes sobre as próximas edições em nosso site
www.dane-se.us e mande seu trabalho!
dane se
contato@dane-se.us
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