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*Março:2021 Referência Industrial 227 OPS

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ECONOMIA - ESG: uma tendência cada vez mais consistente na indústria de base madeireira<br />

INVESTIMENTO<br />

DE PRIMEIRA<br />

INDÚSTRIA DE RESINAS CONSTRÓI<br />

MODERNA FÁBRICA DE FORMOL<br />

FIRST CLASS INVESTMENT<br />

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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

54<br />

<strong>2021</strong><br />

36<br />

50<br />

46<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Alca Máquinas 11<br />

Benecke 09<br />

Bonardi Química 67<br />

Burntech 25<br />

Cipem 15<br />

DRV Ferramentas 19<br />

Engecass 17<br />

Gottert do Brasil 27<br />

Lignum Brasil 33<br />

Linck 05<br />

Máquinas Águia 63<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Mill Indústrias 68<br />

Montana Química 07<br />

MSM Química 13<br />

My Wood Home 29<br />

Omil 21<br />

Prêmio REFERÊNCIA 35<br />

Serf Drytech 23<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

14 Notas<br />

26 Aplicação<br />

28 Frases<br />

30 Entrevista<br />

34 Coluna ABIMCI<br />

36 Principal Ponte para o futuro<br />

42 Madeira Tratada<br />

46 Marcenaria<br />

50 Mercado<br />

54 Economia<br />

58 Artigo<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


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Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


0 0 2 2<br />

EDITORIAL<br />

DE OLHO<br />

NO FUTURO<br />

A<br />

s promessas para a indústria da<br />

madeira são diversas. Com o fortalecimento<br />

das empresas durante a<br />

pandemia, o setor está pronto para<br />

ampliar investimentos e busca abocanhar<br />

novos negócios. Na editoria de Mercado,<br />

abordamos o sistema construtivo wood frame, que<br />

utiliza produtos de madeira na construção civil. Na<br />

entrevista desta edição, o economista e professor<br />

da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Paulo Gala,<br />

avalia o atual panorama das políticas industriais<br />

no Brasil. Além disso, o leitor poderá acompanhar<br />

matérias exclusivas nas editorias de Madeira Tratada<br />

e Marcenaria, assim como novidades do setor.<br />

Tenha uma ótima leitura!<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

NA CAPA<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

A CAPA DESTA EDIÇÃO TRAZ<br />

REPORTAGEM SOBRE A NOVA<br />

PLANTA DE FORMOL DA<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>227</strong> - MARÇO <strong>2021</strong><br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

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Ano XXIII • N°<strong>227</strong> • Março <strong>2021</strong><br />

ECONOMIA - ESG: uma tendência cada vez mais consistente na indústria de base madeireira<br />

INVESTIMENTO<br />

DE PRIMEIRA<br />

INDÚSTRIA DE RESINAS CONSTRÓI<br />

MODERNA FÁBRICA DE FORMOL<br />

9 7 7 2 35 9 4 66 0 3 5 7<br />

BONARDI<br />

FIRST CLASS INVESTMENT<br />

RESIN COMPANY BUILDS MODERN<br />

FORMALDEHYDE FACTORY<br />

06<br />

WITH AN EYE ON<br />

THE FUTURE<br />

T<br />

he possibilities for the woodworking<br />

industry are diverse. With the strengthening<br />

of the companies during<br />

the pandemic, the Sector is ready<br />

to expand its investments and “take<br />

on” new markets. In the Market Section, we cover<br />

the Wood Frame construction system, which<br />

uses wood products in building construction. In<br />

this issues interview, Paulo Gala, Economist and<br />

Professor at the Getúlio Vargas Foundation (FGV),<br />

evaluates the current panorama of industrial policies<br />

in Brazil. Also, the reader will be able to follow<br />

exclusive articles in the Treated Wood and Woodworking<br />

Sections and news from the Sector.<br />

Have a pleasant read!<br />

referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Murilo Basso<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira | Gabriel Faria<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Redes Sociais / Social Media<br />

Larissa Araujo<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


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ECONOMIA - Reformas estruturais: aprovação é fundamental para retomada já em <strong>2021</strong><br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

75 ANOS DE<br />

TRADIÇÃO<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 226 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE FEVEREIRO DE <strong>2021</strong><br />

MERCADO<br />

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Ano XXIII • N°226 • Fevereiro <strong>2021</strong><br />

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MADEIRA TRATADA<br />

Por Dolores Gumm –<br />

Florianópolis (SC)<br />

Por William Sathler –<br />

Curitiba (PR)<br />

Excelente reportagem sobre como o setor<br />

moveleiro se fortaleceu durante a pandemia!<br />

Que belo exemplo<br />

do uso da madeira na<br />

construção civil. Que<br />

casa linda!<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

Por Natalia Rodrigues –<br />

São Paulo (SP)<br />

Entrevista muito<br />

esclarecedora sobre a Lei<br />

do Gás. Parabéns pelo<br />

trabalho!<br />

ECONOMIA<br />

Por Pedro Vargas –<br />

Santa Maria (RS)<br />

As reformas precisam sair logo, para que o<br />

país cresça e se torne uma nação rica.<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong><br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

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BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

CAPA<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO MACHADO,<br />

EM VISITA A PLANTA DE FORMOL DA INDÚSTRIA BONARDI QUÍMICA, DO<br />

DIRETOR COMERCIAL ROBSON LEMOS.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

ALTA<br />

RECONHECIMENTO<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA FLORESTAL, FÁBIO<br />

MACHADO, COM A EQUIPE COMERCIAL DA DRV, BRUNA RAFAELA,<br />

DIEGO VIEIRA, LILIANE CORDEIRO E MICHELE CORDEIRO<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

MERCADO DE MÓVEIS<br />

O comércio de móveis no Brasil confirmou<br />

a tendência dos últimos meses,<br />

sendo o segmento que teve o maior crescimento<br />

no volume de vendas em 2020,<br />

de acordo com a Pesquisa Mensal de<br />

Comércio divulgada pelo IBGE (Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística). O<br />

volume de vendas cresceu 11,9% comparado<br />

ao ano anterior, conforme dados<br />

apurados pela Inteligência Comercial do<br />

Sindmóveis Bento Gonçalves (RS). Observa-se,<br />

contudo, que esse crescimento<br />

ocorreu de forma bastante desigual ao<br />

longo do ano em função dos impactos<br />

da pandemia. O segundo trimestre foi de<br />

forte retração nas vendas, ao passo que o<br />

varejo acelerou de forma muito acentuada<br />

no segundo semestre. Os Estados que<br />

cresceram mais que a média brasileira<br />

foram Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São<br />

Paulo, além do Distrito Federal.<br />

BAIXA<br />

RECUPERAÇÃO MUNDIAL<br />

As dúvidas sobre a velocidade de uma<br />

possível recuperação da economia mundial<br />

no primeiro semestre de <strong>2021</strong> e uma<br />

grande diversidade entre as regiões provocaram,<br />

em fevereiro, uma desaceleração<br />

na alta do Barômetro Global Coincidente<br />

na comparação com janeiro e um recuo<br />

no Barômetro Global Antecedente, que<br />

se aproximou do nível de neutralidade.<br />

Enquanto o Barômetro Global Coincidente<br />

subiu 1,3 ponto em fevereiro e passou de<br />

96,3 para 97,6 pontos, o Barômetro Global<br />

Antecedente registrou queda de 6,9 pontos,<br />

indo para 104,1 pontos. Os resultados<br />

foram divulgados pelo IBRE/FGV (Instituto<br />

Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio<br />

Vargas). Segundo a análise, no horizonte<br />

Coincidente, enquanto a região da Ásia,<br />

Pacífico & África evolui favoravelmente,<br />

áreas da Europa e Hemisfério Ocidental influenciaram<br />

negativamente o desempenho.<br />

10 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


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COLUNA<br />

DE VOLTA PARA O FUTURO<br />

Flavio C. Geraldo<br />

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Ahistória da madeira como material construtivo<br />

dá muitas voltas. Como um dos primeiros<br />

materiais utilizados na construção de<br />

habitações pelos homens primitivos, jamais<br />

deixou de ser uma opção interessante, por<br />

sua disponibilidade, versatilidade, sensação<br />

de aconchego e inúmeras outras vantagens. Acelerando a<br />

máquina do tempo, observamos que as práticas construtivas<br />

vão sempre deixando as suas marcas pelo mundo. O<br />

século XIX foi marcado pela intensa utilização de componentes<br />

metálicos. Já no século XX, a base de concreto foi<br />

predominante.<br />

No presente século XXI, a madeira começa a delinear<br />

seus caminhos de predominância dentro do setor da<br />

construção, mostrando-se definitivamente como o material<br />

mais amigo do ambiente, com respeitáveis benefícios<br />

comparativos dos pontos de vista prático e econômico,<br />

sem falar na enorme versatilidade, graças ao desenvolvimento<br />

de tecnologias voltadas à madeira engenheirada.<br />

Hoje, a estruturação e demais componentes de edifícios<br />

altos, que excedem facilmente os 20 pavimentos, encontram<br />

receptividade plena em muitos países, com o endosso<br />

dos seus respectivos Códigos de Obras e Edificações.<br />

A frenética disseminação de construções de edifícios<br />

altos (tall buildings) ao redor do mundo é impressionante!<br />

Parece mesmo estar havendo uma verdadeira competição<br />

– saudável, diga-se de passagem – para ver quem<br />

lidera essa verdadeira corrida. Esse movimento contribui<br />

tremendamente com a aceleração no desenvolvimento de<br />

novas tecnologias a cada dia, envolvendo conjuntamente<br />

as instituições de pesquisa, universidades e o setor produtivo.<br />

Vale aqui mencionar o importante programa de certificação<br />

internacional de sustentabilidade na construção,<br />

chamado Living Building Challenge, criado no ano de 2006<br />

pelo International Living Future Institute. Esse programa<br />

de certificação adota os mais avançados indicadores de<br />

sustentabilidade no ambiente de uma construção, contemplando<br />

abordagens que envolvem a localização, recursos<br />

hídricos, energia, bem-estar e felicidade, materiais,<br />

Foto: divulgação<br />

igualdade e beleza.<br />

A certificação é norteada com base no desempenho<br />

real de uma edificação, quando já em uso por pelo menos<br />

um ano, e não em projetos ou modelos que possam antecipar<br />

qualquer desempenho. Em junho de 2019, o instituto<br />

editou uma relevante publicação, a Living Building Challenge<br />

4.0 – A Visionary Path to a Regenerative Future, que<br />

pode ser acessada na íntegra, gratuitamente no site do<br />

instituto (living-future.org). É uma leitura obrigatória para<br />

os dirigentes de empresas do setor industrial madeireiro,<br />

assim como para os arquitetos e empresas de engenharia<br />

que acreditam que o setor da construção modular industrializada<br />

em madeira é um dos mais importantes caminhos<br />

para o futuro dos seus negócios.<br />

Trata-se de assunto que encontra respaldo em ações<br />

efetivas, já em curso em inúmeros países. Muito recentemente,<br />

entre os dias 02 e 04 de março, a Southern Forest<br />

Products Association, por meio de suas representações<br />

na América Latina, realizou um interessante evento online<br />

com o tema “Construa Com Madeira – Construções Seguras<br />

e Inovadoras”. Foi surpreendente a participação de representantes<br />

da indústria e pesquisa do setor madeireiro,<br />

de vários países. Parece estar havendo um despertar para<br />

essas oportunidades.<br />

12 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

REUNIÃO ONLINE<br />

A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente) realizou, no dia 11 de fevereiro,<br />

reunião online que contou com uma apresentação<br />

sobre dados florestais e evolução da produção brasileira<br />

de madeira processada, além de uma palestra sobre<br />

os: Desafios e Perspectivas para a Gestão Florestal em<br />

Nível Nacional; com Fernando Castanheira Neto, Coordenador<br />

Geral de Fomento e Inclusão Florestal do SFB<br />

(Serviço Florestal Brasileiro). Durante o evento, foram<br />

apresentadas as pautas e temas que são prioridade<br />

para o comitê, assim como informações relevantes para<br />

o segmento florestal e madeireiro. A participação de<br />

Fernando Castanheira Neto diagnosticou as perspectivas<br />

da agenda de desenvolvimento florestal brasileiro.<br />

“Sabemos da importância, abrangência e transversalidade<br />

da pauta florestal e de suprimento para o segmento<br />

madeireiro. É importante a participação de todas as<br />

empresas nas atividades que serão desenvolvidas pelo<br />

comitê, bem como, em contribuir nas comissões de trabalho<br />

que serão formadas”, informou a ABIMCI.<br />

RECONHECIMENTO<br />

INTERNACIONAL<br />

A John Deere é a empresa mais admirada na indústria de máquinas<br />

agrícolas e de construção, segundo o ranking World’s<br />

Most Admired Companies, divulgado pela revista americana<br />

Fortune. A publicação destaca as companhias mais respeitadas<br />

do mundo, levando em conta critérios como inovação, gestão<br />

de pessoas, responsabilidade social, qualidade da gestão, solidez<br />

financeira, investimentos de longo prazo, qualidade dos<br />

produtos e serviços, além da capacidade de competir globalmente.<br />

“Sempre nos orgulhamos em fazer parte de rankings<br />

tão importantes e reconhecidos como este da revista Fortune.<br />

Estar ao lado de marcas que também admiramos eleva ainda<br />

mais nossa responsabilidade com nossos clientes, funcionários<br />

e fãs. Há 184 anos, a John Deere vem construindo sua história<br />

baseada nos valores de integridade, qualidade, comprometimento<br />

e inovação, mas, principalmente, segue comprometida<br />

em construir um futuro ainda mais próspero e sustentável”,<br />

destaca Elisa Pimenta, gerente de marca e eventos corporativos<br />

da empresa.<br />

Foto: divulgação<br />

MERCADO<br />

INTERNACIONAL<br />

Foto: divulgação<br />

O SINDMÓVEIS retomou, em fevereiro, sua agenda de cursos e palestras sobre<br />

oportunidades de negócio no mercado internacional voltadas à indústria moveleira,<br />

fornecedores e designers. No dia 23 de fevereiro, a entidade promoveu o painel<br />

Por que exportar?, conduzido pelos instrutores Ana Cristina Sant’anna Schneider e<br />

Eduardo Trapp Santarossa. Os especialistas em mercado internacional do SINDMÓ-<br />

VEIS pontuaram os benefícios da presença em exportações e como diminuir riscos,<br />

custos e vender mais. Esses treinamentos têm como objetivo apresentar à indústria<br />

moveleira canais de vendas alternativos e formas de acesso a eles. Em sua maioria,<br />

essas oportunidades são focadas no mercado global. Ana Cristina Sant’anna Schneider<br />

é Mestre em Administração pela UFRGS, professora da Escola de Negócios da<br />

PUC (RS) e presta consultoria em estratégia e desenvolvimento de mercado global.<br />

Já prospectou mercados como a Índia, Rússia, China, Japão, EUA (Estados Unidos<br />

da América), Colômbia, Chile, Argentina, dentre outros.<br />

14 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


“O SETOR DE BASE FLORESTAL ORGANIZADO TEM COMO<br />

OBJETIVO MAJORITÁRIO A SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE<br />

EM TODOS OS CICLOS DA MADEIRA NATIVA.”<br />

Valdinei Bento dos Santos<br />

Diretor-executivo do CIPEM<br />

Enfim, é olhar para o passado e projetar o<br />

futuro da produção, respeitosamente<br />

utilizando a madeira nativa com o sentimento<br />

de dever cumprido e a certeza de que<br />

estamos no caminho do bem, mesmo por<br />

diversas vezes enfrentando adversidades. E<br />

mesmo sob dúvidas e questionamentos “dos<br />

de fora”, manter-se firme a respeito do<br />

grande objetivo deste segmento econômico,<br />

social e sustentável.<br />

Mato Grosso e a direção de suas ações<br />

rumo à conservação de suas florestas,<br />

capitaneado pela organização da base<br />

florestal tornou-se referência e, mais que isso,<br />

de atuações sem igual e cada vez mais um<br />

expressivo e importante modelo para outros<br />

estados, quiçá, países.<br />

Por fazer parte da construção de uma vida<br />

melhor e promover melhorias em um setor tão<br />

importante para o planeta, em especial, para<br />

esta nação.<br />

O sentimento que fica é um só: Gratidão!<br />

Gratidão por integrar este segmento que tem<br />

seu início na conservação das florestas por<br />

meio do Manejo Florestal Sustentável e segue<br />

cautelosamente toda uma cadeia de geração<br />

de emprego, renda e divisas, desde os<br />

trabalhadores até a grande responsabilidade<br />

da arrecadação de um Estado continental<br />

como Mato Grosso!<br />

Gratidão por participar de um setor<br />

econômico que promove desenvolvimento com<br />

origem em um produto sensacional, natural,<br />

renovável: a madeira nativa!<br />

Grato por poder desenvolver aqui meu<br />

papel na sociedade, inserido neste segmento<br />

que tem o foco principal na sustentabilidade,<br />

logo, na perenidade de todas as atividades.<br />

Em especial, a da construção civil, responsável<br />

por promover desde o desenvolvimento ao<br />

abrigo de pessoas e embelezamento dos<br />

meios ambientes urbanos.<br />

Esta mesma atividade é responsável pela<br />

promoção do sequestro de carbono e a<br />

regulação do clima.<br />

É esta mesma gratidão que me leva a<br />

perseverar em favor da economia florestal e<br />

contra a ilegalidade, corrupção, inverdades e<br />

tanto quanto mais possa ferir esta<br />

organização.<br />

Finalmente, gratidão!<br />

CipemdeMT CipemMT cipemmt<br />

Manejosustentavel (65) 3644-3666


NOTAS<br />

FIMMA<br />

E MOVELSUL<br />

As duas principais feiras do setor moveleiro no Brasil – Fimma e Movelsul<br />

– estão unindo forças e terão suas próximas edições no mesmo<br />

período, integrando toda cadeia de madeira e móveis, de 14 a 17 de<br />

março de 2022, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS). A decisão,<br />

inédita na história das feiras, responde ao momento de excepcionalidade<br />

e oferece uma nova data alinhada ao calendário mundial<br />

de eventos do setor. A definição foi anunciada pelos presidentes de<br />

suas entidades promotoras, a MOVERGS (Associação das Indústrias<br />

de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul) e o SINDMÓVEIS (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves).<br />

Com a Movelsul já agendada para março de 2022, a data oferece também uma janela de oportunidades para o expositor da<br />

Fimma dentro do calendário mundial de eventos. Juntas, as feiras vão reunir em um mesmo espaço toda a cadeia produtiva:<br />

máquinas, tecnologia, design, serviços, insumos, acessórios e ferramentas – chegando ao fabricante de móveis e varejo nacional<br />

e internacional. Não se trata de uma fusão, mas de duas feiras importantes para o setor moveleiro mundial sendo realizadas<br />

na mesma data e local, numa decisão pontual que responde ao momento de excepcionalidade. A realização concomitante de<br />

Fimma e Movelsul resultará em mais de 400 expositores.<br />

Foto: divulgação<br />

POLO DE<br />

BENTO GONÇALVES (RS)<br />

BREXIT<br />

As empresas que exportam para o Reino Unido podem<br />

utilizar a plataforma Brazil Brexit Watch, desenvolvida pela<br />

Embaixada brasileira em Londres com a Apex-Brasil e<br />

Câmara de Comércio do Brasil na Grã-Bretanha. A página<br />

reúne uma gama de informações para apoiar os exportadores<br />

brasileiros com monitoramento constante de mudanças<br />

decorrentes do Brexit em aspectos tarifários, logísticos,<br />

exigências alfandegárias e regulamentos. É possível<br />

encontrar desde informações mais básicas sobre o Brexit<br />

e seus possíveis impactos gerais até dados que vão apoiar<br />

uma mudança na estratégia de exportação de setores específicos,<br />

com foco nos que têm maior volume exportado<br />

pelo Brasil para o mercado britânico (o que inclui o segmento<br />

moveleiro). O objetivo da iniciativa é minimizar os<br />

impactos do Brexit sobre os fluxos de comércio existentes<br />

e apontar potenciais oportunidades para o exportador<br />

brasileiro. A plataforma traz também informações que<br />

podem ser úteis ao exportador brasileiro em qualquer<br />

tempo, como uma lista de importadores britânicos. Atualmente,<br />

o Reino Unido ocupa a quinta colocação entre<br />

os destinos de exportação para os móveis produzidos no<br />

polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS).<br />

Foto: divulgação<br />

O polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS) reverteu a queda<br />

de desempenho verificada nos primeiros meses da pandemia.<br />

O balanço total de 2020, conforme dados apurados pela Inteligência<br />

Comercial do SINDMÓVEIS (Sindicato das Indústrias<br />

do Mobiliário de Bento Gonçalves), aponta que o polo teve<br />

faturamento de R$ 2,23 bilhões, um crescimento nominal de<br />

10,9% em relação a 2019. Atualmente, as empresas do polo<br />

moveleiro respondem por 27,2% do faturamento do estado<br />

do Rio Grande do Sul, onde o total faturado em 2020 foi de R$<br />

8,22 bilhões – crescimento nominal de 9,1% em relação ao ano<br />

anterior. A retomada, que teve início no segundo semestre,<br />

fica muito evidente no comparativo interanual do segundo<br />

semestre. Houve crescimento nominal de 22% e no Rio Grande<br />

do Sul, de 25,5%. O economista do SINDMÓVEIS, Eduardo<br />

Santarossa, explica que apesar da trajetória positiva nos últimos<br />

meses, as perdas decorrentes da pandemia ainda não foram<br />

recuperadas. Dentre os principais motivos estão a alta dos<br />

custos e a falta de matérias-primas e insumos em decorrência<br />

da desestruturação da cadeia produtiva. Nesse contexto, as<br />

vendas se recuperaram de modo mais rápido do que a produção<br />

em um cenário de estoques em baixa e alta no preço dos<br />

insumos, em especial os dolarizados.<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

NOVO<br />

MARCO LEGAL<br />

O novo marco legal para o mercado de câmbio, aprovado<br />

pela Câmara dos Deputados, facilitará a entrada do Brasil<br />

na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento<br />

Econômico), que reúne as economias mais industrializadas<br />

do planeta. A avaliação é da CNI (Confederação<br />

Nacional da Indústria), que divulgou estudo com o<br />

impacto da medida sobre a movimentação de capitais, o<br />

comércio de serviços e os investimentos estrangeiros no<br />

país. O projeto de lei, que depende de votação no Senado<br />

e sanção presidencial, simplifica e agiliza as operações<br />

internacionais, além de dar sequência à agenda do Banco<br />

Central de modernização do sistema financeiro nacional.<br />

De acordo com a CNI, o novo marco regulatório do câmbio<br />

facilita a adesão do Brasil a dois códigos de liberalização,<br />

que são requisitos para o ingresso na OCDE.<br />

ICMS<br />

SOBRE COMBUSTÍVEIS<br />

O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao congresso nacional<br />

um projeto de lei complementar para definir os combustíveis<br />

e lubrificantes sujeitos à incidência única do ICMS<br />

(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Na<br />

prática, a medida, se aprovada como quer o Governo Federal,<br />

altera a forma de cobrança do ICMS, que é um imposto<br />

estadual. Pela proposta, caberá ao CONFAZ (Conselho<br />

Nacional de Política Fazendária) definir as alíquotas no Icms<br />

sobre combustíveis, que deverão “ser uniformes em todo o<br />

território nacional e poderão ser diferenciadas por produto.”<br />

O CONFAZ é formado por integrantes do Ministério da Economia,<br />

incluindo o titular da pasta, Paulo Guedes, e todos os<br />

secretários estaduais de Fazenda. Essas alíquotas também<br />

serão, segundo dispõe o texto, “específicas, por unidade de<br />

medida adotada”, que pode ser quilo ou litro, por exemplo.<br />

A proposta, na prática, torna o ICMS invariável por causa do<br />

preço do combustível ou de mudanças do câmbio. Segundo<br />

o projeto, qualquer aumento no valor do tributo só entrará<br />

em vigor 90 dias depois de anunciado, de modo a dar mais<br />

previsibilidade ao setor.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

EXPORTAÇÕES DE MÓVEIS<br />

As exportações brasileiras de móveis e colchões fecharam o ano de 2020<br />

com um crescimento de 5,1% em volume exportado em relação ao resultado<br />

do acumulado de 2019. Por outro lado, em termos de valores exportados<br />

- US$ 628,2 milhões - nota-se recuo de 2,5%, também comparado com<br />

o ano anterior. Desse total, destacam-se as exportações de móveis para os<br />

EUA (Estados Unidos da América), com participação bastante significativa<br />

de 39,9% dos valores exportados, um aumento de 11,5% em relação a<br />

2019, demonstrando a força da relação entre esses dois mercados. Aliás, a<br />

exemplo do que aconteceu no Brasil, o varejo de móveis norte-americano<br />

experimentou um aquecimento substancial no segundo semestre de 2020.<br />

Essa situação deverá se manter durante o primeiro trimestre deste ano,<br />

continuando estável até pelo menos 2024, segundo análise de especialistas<br />

locais. Tais projeções indicam boas oportunidades de negócios com o país<br />

também neste e nos próximos anos.<br />

18 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


SOMOS DEPENDENTES DE ENERGIA<br />

<br />

<br />

<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


NOTAS<br />

VENDAS<br />

DE MÁQUINAS<br />

As vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos totalizaram<br />

no ano de 2020 R$ 144,5 bilhões, resultado 5,1% superior<br />

ao registrado em 2019. No mês de dezembro, as vendas somaram<br />

R$ 13,4 bilhões, 36,7% superior ao obtido no mesmo mês de 2019.<br />

Os dados são da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas<br />

e Equipamentos). “Após sucessivas retrações, o ano de 2020<br />

encerrou com a sinalização de normalização das vendas internas e<br />

melhoria das exportações para <strong>2021</strong>”, disse a entidade em nota.<br />

Dentre os segmentos que mais colaboraram com o aumento nas<br />

vendas estão máquinas para bens de consumo, em especial máquinas para madeira, alimentos e refrigeração. O setor vendeu<br />

ao exterior, no ano passado, R$ 7,3 bilhões em equipamentos, montante 23,7% inferior ao registrado em 2019. Em dezembro,<br />

as exportações somaram R$ 759,2 milhões, 0,9% a mais que o obtido no mesmo mês de 2019. “Ainda que o crescimento de<br />

dezembro seja modesto, o resultado sinaliza uma possível mudança de rumo das exportações em <strong>2021</strong>. No acumulado do ano,<br />

as vendas externas de máquinas registraram a maior queda desde a crise de 2009”, ressaltou a entidade.<br />

Foto: divulgação<br />

DESMATAMENTO<br />

NA AMAZÔNIA<br />

O mês de janeiro apresentou a menor área de alertas de<br />

desmatamento na Amazônia Legal dos últimos quatro anos,<br />

com uma redução de 70% em relação a janeiro de 2020. A informação<br />

foi divulgada pelo Ministério da Defesa, com dados<br />

do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo<br />

a pasta, nos últimos seis meses, os avisos de desmatamento<br />

tiveram redução de 21%. “Entre agosto de 2020 e janeiro de<br />

<strong>2021</strong> foram 988 km² (quilômetros quadrados) de redução em<br />

alertas, de acordo com dados do INPE. A título comparativo,<br />

trata-se de uma área superior à área urbana da cidade de São<br />

Paulo (SP) - maior centro urbano do país, com aproximadamente<br />

950 km²”, informou o Ministério da Defesa. O órgão<br />

acrescentou que esses dados demonstram o bom desempenho<br />

do trabalho integrado coordenado pelo Conselho Nacional<br />

da Amazônia Legal na região, principalmente por meio da<br />

Operação Verde Brasil 2.<br />

Foto: divulgação<br />

EXPORTAÇÕES<br />

EM 2020<br />

A ABIMCI (Associação Brasileira de Madeira Processada<br />

Mecanicamente) publicou, em fevereiro deste<br />

ano, o desempenho das exportações de produtos<br />

oriundos da madeira no ano de 2020. No segmento de<br />

compensado tropical, o volume embarcado chegou<br />

a 101.720 m 3 (metros cúbicos), representando um aumento<br />

de 14% em relação ao volume embarcado no<br />

ano anterior. As exportações de folheados tropicais no<br />

ano passado registraram 83.625 m 3 , um aumento em<br />

relação a 2019, com a Ásia sendo o principal destino.<br />

Em 2020, as exportações de madeira serrada tropical<br />

foram de 450.217 m 3 , um declínio anual de 15%, com<br />

o Vietnã como principal comprador do produto. Já as<br />

molduras tropicais seguiram a mesmo tendência, com<br />

redução de 7% no volume expedido em comparação<br />

a 2019. As exportações de pisos de madeira projetada<br />

foram 4.028.076 kg, sendo 29% abaixo do resultado<br />

obtido no ano anterior, mesmo com uma grande<br />

quantidade adquirida pelos EUA (Estados Unidos da<br />

América).<br />

Foto: divulgação<br />

20 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

GRANDES NEGÓCIOS<br />

“Os pequenos negócios são a coluna vertebral da economia”. O<br />

comentário foi feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante<br />

a primeira reunião da Frente Parlamentar da Micro e Pequena<br />

Empresa, em <strong>2021</strong>. O evento foi coordenado pelo senador Jorginho<br />

Melo (PL-SC) e contou com as presenças do presidente da República,<br />

Jair Bolsonaro; do secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade,<br />

Carlos da Costa e do presidente do Sebrae, Carlos Melles.<br />

Entre parlamentares e presidentes de instituições comprometidas<br />

com os micro e pequenos negócios, estiveram presentes mais de 500<br />

pessoas ao evento. O ministro Paulo Guedes defendeu que os micro<br />

e pequenos negócios tem um papel fundamental na economia brasileira.<br />

“As micro e pequenas empresas geram quase 60% dos empregos,<br />

produzem cerca de 28% do PIB e são a coluna vertebral da<br />

nossa economia. É por isso que muito dos nossos esforços estão em<br />

desenvolver essa camada da sociedade. Leis que incentivam o crédito,<br />

como o Pronampe e a da Empresa Simples de Crédito são exemplos<br />

disso. As palavras de ordem nesse momento são: vacinação em<br />

massa de um lado e manutenção de empregos de outro. Com isso,<br />

vamos retomar o crescimento econômico”, afirmou o ministro.<br />

Foto: divulgação<br />

IMIGRAÇÃO<br />

FLORESTAL<br />

A J.D. Irving Limited, empresa canadense, sediada<br />

na cidade de New Brunswick, contratou 13<br />

brasileiros para operar máquinas florestais em<br />

suas florestas no leste do Canadá. Os colaboradores<br />

deverão receber cerca de 70 mil dólares<br />

canadenses por ano e deverão ser agraciados<br />

com um programa de imigração para a província<br />

de Quebec. Segundo a Irving, o conhecimento<br />

operacional das empresas brasileiras é referência<br />

no setor. A ideia, de acordo com a empresa, é<br />

ampliar o programa para os próximos anos, e estreitar<br />

os laços entre os ramos florestais dos dois<br />

países. O Canadá é um dos maiores incentivadores<br />

de programas de imigração do mundo, e<br />

pretende, nos próximos cinco anos, receber mais<br />

de 3 milhões de imigrantes.<br />

Foto: divulgação<br />

NOTA DE FALECIMENTO<br />

A IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) lamenta o falecimento de Erling Lorentzen,<br />

pioneiro e visionário do setor de árvores cultivadas. Empresário<br />

norueguês radicado no Brasil, Erling Lorentzen é reconhecido por sua marcante<br />

atividade empresarial e socioambiental. Foi fundador e presidente da<br />

Aracruz Celulose, na década de 1970, tida como a primeira fábrica de celulose<br />

em linha do Brasil. Fundador da Aracruz Celulose, o norueguês começou<br />

a dar corpo ao projeto com o plantio florestal, que previa a exportação<br />

de cavaco. Buscando agregar valor e gerar riqueza com a industrialização,<br />

o executivo sugeriu o desenvolvimento de uma indústria local de processamento<br />

de celulose. Obstinado, não se intimidou com as desconfianças da época ao idealizar a então maior fábrica, com 400 mil<br />

t (toneladas). Hoje o setor de base florestal emprega mais de 3,75 milhões de pessoas no Brasil, é líder mundial em exportação<br />

e é protagonista no investimento em novas aplicações e novos produtos de base florestal. Só chegamos até aqui, pois tivemos<br />

na nossa fundação líderes como Erling Lorentzen, que mudou o paradigma de um país exportador de commodities sem valor<br />

agregado e sem industrialização, inovou no entendimento de que o valor precisa ser compartilhado com a comunidade e com<br />

o meio ambiente, e que se não nos anteciparmos ao futuro, ficaremos no passado”, disse Paulo Hartung, presidente da IBÁ.<br />

Foto: divulgação<br />

22 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


A NOVA ERA<br />

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NOTAS<br />

VISÃO<br />

SOBRE EXPORTAÇÕES<br />

A ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário)<br />

divulgou recentemente uma nova edição do relatório Conjuntura<br />

de Móveis, em que mostra as exportações de móveis em 2020<br />

divididas por cada estado. A região sul se mostrou a maior exportadora<br />

de produtos. Juntos, os Estados de Santa Catarina (41,3%),<br />

Rio Grande do Sul (27,6%) e Paraná (14,9%) responderam por quase<br />

85% das exportações brasileiras de móveis em 2020. Apesar do<br />

desempenho bastante impressionante, as exportações de Santa<br />

Catarina e Rio Grande do Sul recuaram na comparação a 2019. Em<br />

Santa Catarina houve queda de US $ 5,9 milhões e no Rio Grande do Sul houve queda de US $ 16,2 milhões em exportações.<br />

O Estado do Paraná, por outro lado, experimentou um crescimento nas exportações de móveis de US $ 2,3 milhão. Em 2020 os<br />

estados do Pará e Rio de Janeiro conseguiram expandir sua participação nas exportações, mas a partir de uma base muito baixa.<br />

Exportações do Pará em 2020 aumentaram 121% em relação ao ano anterior, enquanto a indústria moveleira do Estado do<br />

Rio de Janeiro exportou 93% a mais em 2020 em comparação com o ano anterior.<br />

Foto: divulgação<br />

PODCAST<br />

A geração de informação qualificada sobre o setor<br />

moveleiro é um dos pilares do SINDMÓVEIS (Sindicato<br />

das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves)<br />

como estratégia de desenvolvimento para<br />

a indústria. A entidade tem um setor de Inteligência<br />

Comercial que, permanentemente, gera dados<br />

de mercado e apoia as empresas com relatórios<br />

e estudos econômicos. Agora, o SINDMÓVEIS<br />

estreia mais um canal para levar informação ao<br />

seu público: o podcast Somos Móveis. Este será<br />

um espaço de análise, debate e divulgação dos<br />

principais fatos que interessam ao setor moveleiro<br />

nacional em episódios semanais, disponíveis todas<br />

as terças-feiras. O programa estreou com dois<br />

episódios no ar: o primeiro explicando como o<br />

Sindmóveis trabalha pelo setor moveleiro nacional<br />

e o segundo sobre a decisão de promoção conjunta<br />

de Fimma e Movelsul em 2022.<br />

Foto: divulgação<br />

DIÁLOGO<br />

PARA CRESCER<br />

Após problemas gerados pela pandemia, entidades e empresas<br />

do setor moveleiro no Brasil divulgaram um comunicado para<br />

tentar resolver dificuldades no abastecimento e reajustes. Na<br />

nota, as instituições pedem que seja esclarecida a situação sobre<br />

a falta de matéria-prima e a alta dos preços. “Para dar transparência,<br />

as indústrias moveleiras e sindicatos abaixo esclarecem<br />

ao mercado as dificuldades pelas quais estão passando desde o<br />

início da pandemia no que se refere a abastecimento e reajustes.<br />

É de conhecimento de todos que o aumento de vendas e dificuldades<br />

de produção de insumos no ano passado fizeram com que<br />

muitas matérias-primas faltassem na indústria e que alterações<br />

de câmbio e de preços internacionais afetaram o custo, mas não<br />

é justo que a indústria moveleira seja vista como causadora deste<br />

problema, pois vem lutando muito para equilibrar mercado e produção<br />

o tempo todo, com a responsabilidade de manter empregos<br />

e empresa saudáveis em meio a uma turbulência nunca vista<br />

antes. Ao contrário do que se pode pensar, as margens das indústrias<br />

estão sendo esmagadas entre aumentos de matéria-prima<br />

imediatos e repasses nos móveis tardiamente”, afirma a nota.<br />

Foto: divulgação<br />

24 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


APLICAÇÃO<br />

SAÚDE BUCAL<br />

COM ESTILO<br />

Foto: divulgação<br />

Todo o design e conforto da madeira<br />

ao alcance das mãos. Esse é o conceito<br />

das escovas ecológicas da Wowe, desenvolvidas<br />

com madeira de bambu.<br />

Com um desenho moderno e alinhado<br />

às necessidades da saúde bucal humana,<br />

as peças são resistentes à água. De<br />

acordo com a empresa, as escovas são<br />

100% ecológicas, já que não possuem<br />

nenhum resíduo plástico em sua produção.<br />

“É uma escova de dente normal,<br />

só que produzida com madeira. Assim<br />

como as outras, recomenda-se trocar<br />

a escova de dentes a cada três meses.<br />

Após o uso normal, suas cerdas começam<br />

a se desgastar, criando uma escova<br />

de dentes menos eficaz”, afirmam os<br />

idealizadores do projeto. O bambu funciona<br />

muito bem como uma escova de<br />

dentes porque repele naturalmente a<br />

água, não lasca e é antimicrobiano.<br />

PAVILHÃO<br />

DO UNA<br />

Projetado pelos arquitetos Anderson Freitas, Pedro Barros<br />

e Acácia Furuya, do escritório Apiacás, o Pavilhão<br />

do Una faz parte do condomínio residencial Sertão do<br />

Una, no litoral norte paulista. Abrigando portaria, sala<br />

multiuso, áreas de serviço e lançando mão da madeira<br />

cumaru em bitolas disponíveis comercialmente, o projeto<br />

disponibiliza aos moradores ambientes singelos, com<br />

madeira, vidro e, em menor quantidade, concreto. A<br />

construção é suspensa do solo, que, sujeito ao encharcamento<br />

devido à proximidade de um córrego intermitente,<br />

acomodou apenas as vigas baldrame que interligam<br />

as duplas de pilares de madeira.<br />

Foto: divulgação<br />

26 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


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FRASES<br />

“A PARCERIA ENTRE APEX-BRASIL E ABIMÓVEL VEM DE LONGA<br />

DATA E TEM OBTIDO EXCELENTES RESULTADOS NO APOIO À INSERÇÃO<br />

INTERNACIONAL DAS INDÚSTRIAS DE MÓVEIS BRASILEIRAS. NO ÚLTIMO<br />

CICLO, O BRAZILIAN FURNITURE APOIOU 187 EMPRESAS QUE FORAM<br />

RESPONSÁVEIS POR 42% DAS EXPORTAÇÕES DO SETOR MOVELEIRO NACIONAL.<br />

ESTA É UMA INDÚSTRIA QUE DEMONSTROU, DURANTE A PANDEMIA,<br />

TER GRANDE RESILIÊNCIA E FORÇA. NESTE NOVO CICLO DO PROJETO,<br />

ASSINADO EM 11 DE FEVEREIRO DE <strong>2021</strong>, BUSCAMOS APRIMORAR AINDA<br />

MAIS ESTE TRABALHO E REFORÇAR A PRESENÇA BRASILEIRA NO MERCADO<br />

INTERNACIONAL”<br />

SERGIO SEGOVIA BARBOSA, PRESIDENTE DA APEX-BRASIL<br />

“HOUVE<br />

UMA<br />

MUDANÇA NO<br />

COMPORTAMENTO<br />

DO CONSUMIDOR,<br />

QUE FICOU MAIS<br />

TEMPO EM CASA E<br />

MUITAS ATIVIDADES<br />

PASSARAM A SER<br />

DESENVOLVIDAS<br />

NO FORMATO HOME<br />

OFFICE. MAS A INDÚSTRIA<br />

MOVELEIRA SEGUE<br />

AQUECIDA, MOVIDA<br />

PELA ALTA DEMANDA DO<br />

MOBILIÁRIO E ESTOQUES EM<br />

BAIXA. APESAR DO AMBIENTE<br />

INSTÁVEL QUE SE APRESENTA NO<br />

INÍCIO DE <strong>2021</strong>, A EXPECTATIVA<br />

AINDA É OTIMISTA”<br />

ROGÉRIO FRANCIO,<br />

PRESIDENTE<br />

DA MOVERGS<br />

(ASSOCIAÇÃO<br />

DAS INDÚSTRIAS<br />

DE MÓVEIS, DO<br />

ESTADO DO RIO<br />

GRANDE DO SUL)<br />

28 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong><br />

“O TRANSPORTE PRECISA SER DIVIDIDO EM MAIS<br />

CAMINHÕES, PARA PRESERVAR AS ESTRADAS, QUE NO<br />

INTERIOR SÃO MUITO AFETADAS PELAS CHUVAS. ISSO<br />

GERA MAIS CUSTOS. TODO ESSE PROCESSO RESULTA EM<br />

MENOS MADEIRA NAS SERRARIAS E, POR CONSEQUÊNCIA,<br />

AS INDÚSTRIAS ESTÃO PRODUZINDO MENOS, APESAR DA<br />

ALTA DEMANDA POR PRODUTOS DE MADEIRA”<br />

AURÉLIO DE BORTOLO, PRESIDENTE DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA MADEIRA<br />

DE CAÇADOR (SC), SOBRE AS DIFÍCEIS CONDIÇÕES PARA EXTRAÇÃO E<br />

ESCOAMENTO DA MADEIRA, DO REFLORESTAMENTO ATÉ A SERRARIA<br />

Foto: Evandro Soares<br />

“A AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL<br />

É UM PASSO IMPORTANTE PARA SEPARAR<br />

O CICLO POLÍTICO DO CICLO DE POLÍTICA<br />

MONETÁRIA. POR SUA PRÓPRIA NATUREZA,<br />

A POLÍTICA MONETÁRIA REQUER UM<br />

HORIZONTE DE LONGO PRAZO, POR CONTA<br />

DA DEFASAGEM ENTRE AS DECISÕES<br />

DE POLÍTICA E SEU IMPACTO SOBRE A<br />

ATIVIDADE ECONÔMICA E A INFLAÇÃO. EM<br />

CONTRASTE, O CICLO POLÍTICO POSSUI UM<br />

HORIZONTE DE PRAZO MAIS CURTO”<br />

ROBERTO CAMPOS NETO, PRESIDENTE DO<br />

BANCO CENTRAL, SOBRE O PROJETO DE<br />

INDEPENDÊNCIA DO ÓRGÃO


ENTREVISTA<br />

A INDÚSTRIA<br />

É A SOLUÇÃO<br />

INDUSTRY IS<br />

THE SOLUTION<br />

E<br />

conomista, professor da FGV (Fundação Getúlio<br />

Vargas) e autor do livro: Brasil, uma economia que<br />

não aprende; Paulo Gala é enfático ao relacionar<br />

o desenvolvimento econômico de um país à sua<br />

capacidade de aplicar conhecimento à produção:<br />

“Países emergentes apenas usam as máquinas; países ricos<br />

produzem as máquinas no coração de seus sistemas industriais.”<br />

ENTREVISTA<br />

P<br />

aulo Gala, Economist, Professor at the Getúlio Vargas<br />

Foundation (FGV, and author of the book “Brazil, an<br />

economy that does not learn”, is emphatic in relating<br />

the economic development of a country to its ability<br />

to apply knowledge to production: “Emerging countries<br />

only use the machines; rich countries produce the machines<br />

which are at the heart of their industrial systems.”<br />

PAULO GALA<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ECONOMISTA (FEA-USP)<br />

CARGO: PROFESSOR DE ECONOMIA NA FGV-SP<br />

Foto: divulgação<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: PROFESSOR OF ECONOMICS, FGV-SP<br />

FUNCTION: ECONOMICS, FEA-USP<br />

30 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


COMO AVALIA A POLÍTICA INDUSTRIAL DO<br />

BRASIL?<br />

Erros de política industrial não significam que ela<br />

não funciona. O fato de o Brasil não ter conseguido<br />

avançar mais no mercado mundial significa apenas que<br />

não executou essa política de maneira adequada, com<br />

destaque para metas de exportação, de sofisticação<br />

tecnológica e de conquista de mercados mundiais.<br />

Abrir mão de políticas industriais significa abrir mão da<br />

possibilidade de se desenvolver.<br />

EM QUE MEDIDA O SISTEMA FINANCEIRO<br />

PODE POTENCIALIZAR A ATIVIDADE INDUS-<br />

TRIAL?<br />

O salto de escala e tecnológico das indústrias de<br />

países pobres e de renda média não vai ocorrer sem<br />

políticas adequadas que recuperem o papel dos bancos<br />

públicos como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social). A experiência asiática<br />

da segunda metade do século XX demonstra que<br />

é incontornável a constituição de um sistema financeiro<br />

formado pela interação virtuosa entre grandes bancos<br />

comerciais públicos e privados.<br />

HOW DO YOU EVALUATE BRAZIL’S INDUS-<br />

TRIAL POLICY?<br />

<strong>Industrial</strong> policy errors don’t signify it doesn’t work.<br />

The fact that Brazil has not been able to advance further<br />

in the world markets just means that it has not implemented<br />

this policy properly by emphasizing export<br />

goals, technological sophistication, and the conquest<br />

of world markets. Giving up on industrial policies means<br />

giving up on the possibility of developing.<br />

TO WHAT EXTENT CAN THE FINANCIAL SYS-<br />

TEM ENHANCE INDUSTRIAL ACTIVITY?<br />

The leap in scale and technology of industries<br />

in poor and middle-income countries will not occur<br />

without adequate policies that restore the role of<br />

public banks, such as the Brazilian National Bank for<br />

Economic and Social Development (Bndes). The Asian<br />

experience of the second half in the 20th century demonstrates<br />

that building a financial system formed by<br />

a virtuous interaction between large public and private<br />

commercial banks is entirely necessary.<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 31


ENTREVISTA<br />

32 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


COLUNA ABIMCI<br />

INDÚSTRIA PRECISA FAZER<br />

PARTE DA DISCUSSÃO SOBRE FLORESTAS<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da ABIMCI<br />

(Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente)<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE<br />

MADEIRA PROCESSADA<br />

MECANICAMENTE É UM DOS SETORES<br />

MAIS PRÓXIMOS E PROMISSORES EM<br />

TERMOS DE OPORTUNIDADES DE<br />

NEGÓCIO NA NOVA ECONOMIA<br />

umento da área plantada, consolidação de<br />

Apolíticas de incentivo ao aumento da base<br />

florestal, otimização e operacionalização<br />

de modalidades de fomento florestal – em<br />

especial para as pequenas propriedades –,<br />

desburocratização e simplificação do plantio.<br />

Esses são alguns dos principais desafios que se apresentam<br />

ao setor florestal e madeireiro brasileiro.<br />

Sem base florestal não há indústria. Sem indústria, o<br />

planejamento e o uso das florestas produtivas ficam comprometidos.<br />

Cada elo da cadeia florestal e madeireira tem<br />

um papel indispensável para o sucesso dessa complexa<br />

engrenagem que, ao fim, produz uma imensa variedade<br />

de bens de consumo essenciais para o dia a dia da sociedade<br />

moderna.<br />

A indústria brasileira de madeira processada mecanicamente<br />

– que inclui a produção de madeira serrada,<br />

compensados, painéis, portas, molduras, pisos, pellets,<br />

biomassa, entre outros produtos – tem exercido historicamente<br />

um importante papel para a economia do país por<br />

meio da geração de emprego e renda, saldo positivo na<br />

balança comercial, conservação de áreas de preservação<br />

e fabricação de produtos a partir de matéria-prima reno-<br />

34 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


PRINCIPAL<br />

36 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


PONTE<br />

PARA O FUTURO<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

COM ALTO INVESTIMENTO E GRANDES<br />

AMBIÇÕES, INDÚSTRIA DO SETOR DE<br />

RESINAS PARA MADEIRA SE PERPETUA<br />

NO MERCADO AO CONSTRUIR SUA<br />

PRÓPRIA PLANTA DE FORMOL<br />

A BRIDGE TO<br />

THE FUTURE<br />

WITH SIGNIFICANT INVESTMENTS AND<br />

GOOD PROSPECTS, A COMPANY IN THE<br />

WOOD RESINS SEGMENT PROTECTS ITSELF<br />

IN THE MARKET BY BUILDING ITS OWN<br />

FORMALDEHYDE PLANT<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 37


PRINCIPAL<br />

M<br />

atéria-prima fundamental para o setor de<br />

produtos oriundos da madeira, as resinas<br />

e colas utilizadas em painéis de compensados,<br />

MDP e MDF são de suma importância<br />

no segmento madeireiro, tanto no Brasil,<br />

quanto no resto do mundo. Graças a ela, peças e fibras de<br />

madeira podem ser unidas e transformadas em belos painéis<br />

para móveis, e de outros componentes da construção civil,<br />

de forma segura e duradoura.<br />

Mas para que essa resina seja produzida, um importante<br />

insumo precisa ser, geralmente, adquirido de outras<br />

companhias: o formol. O fornecimento terceirizado desta<br />

substância química pode, muitas vezes, gerar gargalos<br />

produtivos para uma indústria de resinas. Este problema<br />

foi resolvido pela Bonardi em outubro de 2020, quando a<br />

empresa inaugurou sua primeira planta de formol, em sua<br />

sede, na cidade de Colombo (PR), e trouxe independência<br />

para o fornecimento deste insumo.<br />

O projeto, desenhado há alguns anos pela diretoria da<br />

Bonardi Química, saiu do papel no ano passado e já tem<br />

mostrado ótimos resultados em seus cinco meses iniciais de<br />

atuação. De acordo com o diretor comercial da companhia,<br />

Robson Lemos, a iniciativa era um grande sonho dos sócios<br />

da empresa.<br />

“Esse é um projeto, em que estudamos, avaliamos<br />

investimentos, fornecedores e equipamentos. Foi uma idealização<br />

dos diretores da empresa, e acabamos realizando<br />

com sucesso, pois sabíamos que era o melhor caminho<br />

e o futuro da companhia. Esse processo trata-se de uma<br />

verticalização em nossa produção. Hoje, tudo que nós produzimos<br />

de formol é consumido pela fábrica, o que nos dá<br />

mais competitividade e segurança de ter a matéria-prima<br />

sob nosso controle”, explica Robson.<br />

Com a construção da nova planta de formol, a Bonardi<br />

tornou-se a mais nova fabricante de Formaldeído no Brasil,<br />

há mais de duas décadas o setor não recebia um novo<br />

player. “Esta planta, com tecnologia de última geração,<br />

obtém o formol a partir da reação metanol + O 2<br />

em catálise<br />

38 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


MARÇO <strong>2021</strong> 39


PRINCIPAL<br />

40 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


MARÇO <strong>2021</strong> 41


MADEIRA TRATADA<br />

INÚMERAS<br />

POSSIBILIDADES<br />

PARA A MADEIRA<br />

42 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


CONTRA A MARÉ, INDÚSTRIA DE MÓVEIS MOSTROU<br />

CRESCIMENTO DURANTE A PANDEMIA, COM NÚMEROS<br />

SUPERIORES AOS DE ANOS ANTERIORES<br />

Fotos: divulgação<br />

C<br />

om as florestas mais produtivas do<br />

mundo, o Brasil conta com grandes<br />

áreas de plantações de árvores<br />

como eucalipto, pinus, acácia, cedro<br />

australiano, teca, entre outras.<br />

Como uma das matérias-primas mais utilizadas<br />

no mundo, o setor traz boas possibilidades para<br />

o segmento madeireiro nacional.<br />

Segundo dados da IBÁ (Indústria Brasileira de<br />

Árvores), por exemplo, essa indústria tem hoje<br />

uma participação de 7% no PIB (Produto Interno<br />

Bruto) industrial, com destaque para produtos<br />

como pisos, painéis de madeira, papel, celulose,<br />

madeira serrada e carvão vegetal.<br />

Além de todo esse bom momento vivido<br />

pelas indústrias, a diminuição da pressão sobre<br />

as florestas nativas, a rentabilidade e o grande<br />

potencial de geração de emprego e renda fazem<br />

dos polos florestais o sustentáculo para um novo<br />

e promissor segmento econômico no Brasil.<br />

E tais vantagens já têm sido utilizadas por<br />

gestões municipais e estaduais no país, seja na<br />

reforma ou construção de pontes, prédios públi-<br />

cos ou até mesmo em conhecidos cartões-postais<br />

de diversas regiões brasileiras.<br />

Um bom exemplo desse bom uso dos recursos<br />

públicos é a construção e instalação das<br />

novas lixeiras da cidade de Timbó, localizada no<br />

interior de Santa Catarina. O projeto, que prevê<br />

a ampliação das lixeiras em diversos pontos da<br />

cidade, foi inaugurado em 2020 pelo SAMAE<br />

(Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto<br />

de Timbó), na região do Travessão dos Tiroleses.<br />

A prefeitura informa, inclusive, que outras 23 deverão<br />

ser colocadas em pontos estratégicos nos<br />

próximos meses.<br />

De acordo com o presidente do SAMAE,<br />

Waldemar Gebauer, a iniciativa vai ao encontro<br />

de uma antiga solicitação dos moradores, que<br />

pediam um número maior de pontos de coleta<br />

de lixo pela cidade. Além disso, as novas estruturas<br />

são maiores, com capacidade para diversos<br />

sacos de lixo, e foram construídas totalmente em<br />

madeira.<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 43


MADEIRA TRATADA<br />

A CIDADE DE<br />

TIMBÓ E A REGIÃO<br />

DE SANTA CATARINA SÃO<br />

CONHECIDAS NO BRASIL<br />

INTEIRO POR SUA GRANDE<br />

PRODUTIVIDADE DE<br />

MADEIRA<br />

44 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


MARCENARIA<br />

46 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


AUMENTA A<br />

PRODUTIVIDADE, MARCENEIRO!<br />

DIANTE DOS DESAFIOS IMPOSTOS PELO ÚLTIMO ANO, O SETOR<br />

DE MARCENARIA TEM INVESTIDO EM TÉCNICAS, SOFTWARES E<br />

EQUIPAMENTOS PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE<br />

Fotos: divulgação<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 47


MARCENARIA<br />

C<br />

ortar gastos, adequar tarefas e escolher<br />

as ferramentas corretas são três das mais<br />

importantes decisões na hora de aumentar<br />

a produtividade de uma marcenaria<br />

em tempos de crise econômica nacional.<br />

E essas são apenas algumas das medidas que podem<br />

fazer com que o seu negócio continue rentável<br />

e, mais importante ainda, sem parar sua produção<br />

por causa de imprevistos. A REFERÊNCIA INDUS-<br />

TRIAL lista abaixo algumas dicas para a saúde financeira<br />

e operacional do seu negócio.<br />

ESPAÇO DE TRABALHO<br />

Ninguém gosta de um espaço de trabalho desorganizado,<br />

no qual as máquinas e ferramentas<br />

não estejam dispostas harmonicamente na linha de<br />

produção. Essa falta de praticidade faz com que o<br />

trabalhador perca tempo (e até mesmo a paciência)<br />

ao realizar suas atividades. Funcionalidade é a palavra-chave<br />

durante essa etapa de organização do seu<br />

negócio.<br />

Vários são os layouts que você pode utilizar em<br />

sua marcenaria. Tudo dependerá do tipo e escala dos<br />

48 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


EM QUALQUER RAMO<br />

DA INDÚSTRIA,<br />

POSSUIR UMA MÃO DE OBRA<br />

QUALIFICADA PODE SER O<br />

GRANDE DIFERENCIAL DA SUA<br />

EMPRESA NA ENTREGA DE<br />

PRODUTOS<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 49


MERCADO<br />

UM NOVO<br />

HORIZONTE<br />

50 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA WOOD<br />

FRAME PODERIA REVOLUCIONAR<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 51


PRINCIPAL MERCADO<br />

AABIMCI (Associação Brasileira da Indústria<br />

de Madeira Processada Mecanicamente)<br />

tem acompanhado todo o processo<br />

para a implementação do sistema<br />

construtivo wood frame, que utiliza produtos<br />

de madeira na construção, no Brasil e liderado<br />

o desenvolvimento dessa e de outras frentes sobre o<br />

uso do material no setor da construção civil brasileira.<br />

Por ser um modelo construtivo industrializado, que<br />

reduz o tempo em canteiro de obras, o sistema wood<br />

frame é visto como uma solução para atender parte<br />

do déficit habitacional brasileiro. A PNAD (Pesquisa<br />

Nacional por Amostra de Domicílios) de 2019, a mais<br />

recente nesse sentido, mostra que faltam, no país, 7,7<br />

milhões de habitações.<br />

No site oficial da ABIMCI, o presidente, Juliano<br />

Vieira de Araujo, afirma que as indústrias da construção<br />

e de madeira estão diante de novas oportunidades.<br />

“Estamos diante de um momento para consolidar<br />

esse método construtivo eficiente, sustentável e que<br />

há décadas vem sendo utilizado em diferentes países<br />

do mundo. Os fabricantes de produtos de madeira<br />

estão acompanhando essas transformações e se pre-<br />

O WOOD FRAME SE<br />

APRESENTA COMO UMA<br />

OPORTUNIDADE PARA O SETOR<br />

INDUSTRIAL MADEIREIRO NO<br />

MERCADO INTERNO, JÁ QUE<br />

INÚMEROS PRODUTOS PODEM<br />

FAZER PARTE DO PROJETO<br />

52 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


A CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

ESTÁ DANDO MAIS<br />

UM PASSO PARA O SEU<br />

DESENVOLVIMENTO NO PAÍS<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 53


ECONOMIA<br />

INVESTIMENTO<br />

EM ALTA<br />

54 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


SETOR DE MADEIRA CHAMA A ATENÇÃO PELO<br />

TRABALHO PAUTADO NO ESG E SEGUE CRESCENDO,<br />

CONTRARIANDO A LÓGICA DA RECESSÃO MUNDIAL<br />

Fotos: divulgação<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 55


PRINCIPAL ECONOMIA<br />

O<br />

setor representado institucionalmente<br />

pela IBÁ (Indústria Brasileira de<br />

Árvores), que reúne empresas que<br />

têm nas árvores cultivadas a base<br />

da sua produção, oferecendo bioprodutos<br />

e biomateriais para o mercado nacional<br />

e internacional, prevê investimentos em expansão<br />

de R$ 35,5 bilhões até 2023, destinado a florestas,<br />

novas fábricas, expansões, tecnologia e ciência.<br />

Esse investimento é praticamente o dobro do registrado<br />

nos quatro anos anteriores, entre 2016 e<br />

2019, quando foram realizados investimentos de<br />

R$ 18 bilhões para a construção de diversas novas<br />

unidades.<br />

Esse alto nível de investimento demonstra a<br />

confiança do segmento no crescimento da economia<br />

verde, na opção dos consumidores por produtos<br />

com rastreabilidade, originados em fontes<br />

renováveis, recicláveis, muitos deles, biodegradáveis,<br />

e que, por sua base em árvores plantadas,<br />

absorvem e estocam CO 2<br />

(dióxido de carbono).<br />

“Rastreabilidade é um imperativo para esta<br />

cadeia, que há mais de duas décadas opera dentro<br />

de níveis de excelência, não somente cumprindo,<br />

mas indo além do que certificadores como FSC<br />

e até mesmo a legislação ambiental nacional exigem.<br />

100% da matéria-prima vinda da indústria<br />

tem origem em florestas cultivadas. O desmatamento<br />

ilegal é repudiado pelas companhias do<br />

setor, que inclusive se destacam como as que mais<br />

conservam áreas naturais no país”, afirma Paulo<br />

Hartung, presidente da IBÁ.<br />

O setor de árvores plantadas atua há anos com<br />

produção sustentável, provendo inúmeros produtos<br />

de origem renovável, essenciais para o dia a<br />

dia das pessoas, como móveis, livros, pisos, papéis<br />

higiênicos e embalagens. A IBÁ, associação que<br />

reúne empresas do setor, lança seu novo estudo<br />

apontando os avanços ambientais, sociais, econômicos,<br />

além de revelar o olhar para o futuro desta<br />

cadeia.<br />

56 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


RASTREABILIDADE<br />

É UM IMPERATIVO<br />

PARA ESTA CADEIA, QUE HÁ<br />

MAIS DE DUAS DÉCADAS<br />

OPERA DENTRO DE NÍVEIS<br />

DE EXCELÊNCIA<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 57


ARTIGO<br />

ESTIMATIVA DA<br />

RESISTÊNCIA E DA<br />

RIGIDEZ À COMPRESSÃO<br />

PARALELA ÀS<br />

FIBRAS DA MADEIRA DE<br />

PINUS SP. PELA COLORIMETRIA<br />

Fotos: divulgação<br />

LUCAS JOSÉ MARINI<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />

JÚLIA CRUZ DA SILVA<br />

INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO BIOMASSA<br />

DIEGO HENRIQUE ALMEIDA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA<br />

ANDRÉ LUIS CHRISTOFORO<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />

FRANCISCO ANTONIO ROCCO LAHR<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

58 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


RESUMO<br />

Propriedades de resistência e de rigidez da<br />

madeira, fundamentais em um projeto estrutural,<br />

são determinadas com base em ensaios<br />

mecânicos. Entre as propriedades mecânicas<br />

da madeira, destacam-se as de resistência<br />

(f c0<br />

) e de rigidez (E c0<br />

) à compressão na direção<br />

paralela às fibras. A cor é uma característica própria de<br />

cada espécie. Se determinadas experimentalmente as<br />

propriedades f c0<br />

e E c0<br />

de uma espécie de madeira com<br />

base em um significativo número de amostras caracterizadas,<br />

a correlação dessas propriedades por meio<br />

de equações obtidas por regressão possibilita realizar<br />

estimativas de tais propriedades sem a necessidade<br />

de novos ensaios, procedimento esse com potencial<br />

de aplicação por empresas madeireiras.<br />

Com o auxílio do sistema CIE L*a*b* e de 403<br />

peças de madeira de Pinus sp., equações obtidas por<br />

modelo de regressão foram utilizadas para a estimativa<br />

do E c0<br />

e da f c0<br />

em função dos parâmetros colorimétricos<br />

e do número de anéis de crescimento. Da estimativa<br />

do E c0<br />

(R 2 = 43,61%), pela Anova da equação<br />

de regressão foi constatada significância apenas do<br />

número de anéis de crescimento (Nle). Para a resistência<br />

à compressão paralela às fibras (R 2 = 48,53%),<br />

apenas os parâmetros colorimétricos e as interações<br />

desses parâmetros afetaram significativamente a f c0<br />

.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A madeira está presente no cotidiano das pessoas<br />

nas mais diversas formas de utilização, tais como fabricação<br />

de móveis, celulose e papel, geração de energia<br />

e, especificamente para o escopo deste trabalho,<br />

na construção civil (Andrade Jr. et al., 2014; Almeida et<br />

al., 2017). Para suprir a demanda por madeira serrada<br />

foi introduzido no Brasil o gênero Pinus, que conta<br />

com mais de cem espécies e é nativo do hemisfério<br />

Norte (Empresa..., 2018). Atualmente, no Brasil, as<br />

plantações de Pinus ocupam 1,6 milhão de ha (hectare)<br />

- Instituto..., 2018.<br />

Uma das principais características do gênero Pinus<br />

sp. é a presença de anéis de crescimento, que se originam<br />

da atividade sazonal do câmbio vascular, que é<br />

a estrutura interna responsável pelo crescimento radial<br />

das árvores. Em países onde o clima tem uma clara<br />

distinção entre as estações do ano é mais fácil identificar<br />

o início e o fim de um período de crescimento da<br />

árvore (Ferreira, 2009).<br />

Em cada anel de crescimento é possível encontrar<br />

duas regiões distintas, uma apresentando coloração<br />

clara e outra escura. O lenho inicial corresponde ao<br />

crescimento da árvore no início do período vegetativo,<br />

normalmente primavera e verão, em que há<br />

células de paredes finas e lumes grandes, o que lhe<br />

confere coloração clara e densidade menor. O lenho<br />

tardio é formado durante o outono e o inverno, sendo<br />

constituído de células com paredes mais largas e menor<br />

lúmen, uma vez que as células vão diminuindo a<br />

atividade fisiológica. Em consequência desse fato, sua<br />

coloração é escura e sua densidade é maior do que a<br />

do lenho inicial (Santini; Haselein; Gatto, 2000; Burger;<br />

Richter, 1991).<br />

O comportamento do material quando submetido<br />

a esforços varia de acordo com as propriedades mecânicas<br />

da madeira. O ensaio de compressão paralela às<br />

fibras é um dos mais importantes, uma vez que o valor<br />

característico da resistência à compressão paralela às<br />

fibras (f c0,k<br />

) possibilita o enquadramento da madeira<br />

nas classes de resistência estabelecidas pela NBR<br />

7190 (Abnt, 1997), além de possibilitar a estimação do<br />

módulo de elasticidade (E c0<br />

), que determina a rigidez<br />

da madeira utilizada no projeto (Bertolini et al., 2012;<br />

Ferro et al., 2015; Almeida, 2017).<br />

A coloração é uma propriedade organoléptica<br />

da madeira, que em conjunto com as propriedades<br />

anatômicas permite a identificação de espécies, exercendo<br />

também extrema importância sobre o valor<br />

decorativo do material, por adicionar valor estético.<br />

Pode ser influenciada por diversos fatores, tais como<br />

espécie, estrutura anatômica, composição química,<br />

genética, densidade e tratamentos silviculturais (Montes<br />

et al., 2008; Garcia; Marinonio, 2016; Gierlinger et<br />

al., 2003; Garcia et al., 2014).<br />

A VARIABILIDADE<br />

DOS ANÉIS DE<br />

CRESCIMENTO É CAUSADA POR<br />

DIVERSOS FATORES, SENDO O<br />

CLIMA UM DELES<br />

MARÇO <strong>2021</strong> 59


ARTIGO<br />

60 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


MARÇO <strong>2021</strong> 61


ARTTIGO<br />

62 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


MARÇO <strong>2021</strong> 63


AGENDA<br />

AGENDA<br />

<strong>2021</strong><br />

MARÇO<br />

16 A 17<br />

INTERNATIONAL BIOMASS<br />

CONFERENCE & EXPO<br />

LOCAL: ONLINE<br />

WWW.BIOMASSCONFERENCE.<br />

COM/<br />

MARÇO<br />

24<br />

MONTREAL WOOD<br />

CONVENTION<br />

LOCAL: MONTREAL (CANADÁ) -<br />

VIRTUAL EXPERIENCE<br />

TION.COM/EN<br />

MARÇO<br />

26 A 29<br />

MEDWOOD<br />

DATA: 26/03/<strong>2021</strong> A 29/03/<strong>2021</strong><br />

LOCAL: ATENAS (GRÉCIA)<br />

WWW.MONTREALWOODCONVEN-<br />

WWW.MEDWOOD.GR/EN/MED-<br />

WOOD<br />

LIGNA HANNOVER <strong>2021</strong><br />

27 DE SETEMBRO A 01 DE OUTUBRO<br />

HANNOVER (ALEMANHA)<br />

WWW.NFEIRAS.COM/LIGNA-HANNOVER-22/<br />

A CIDADE DE HANNOVER, NA ALEMANHA, SE TRANSFORMA NO FOCO DE ATENÇÃO<br />

PARA O MUNDO DA MADEIRA E A INDÚSTRIA MADEIREIRA. CONSIDERADA A MAIOR<br />

OU A MAIS IMPORTANTE FEIRA DO MUNDO NO SETOR, A LIGNA EXPÕE TODA A<br />

CADEIA DE PRODUÇÃO MADEIREIRA: DESDE A CAPTAÇÃO E O PROCESSAMENTO DA<br />

MADEIRA, ATÉ A PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE PRODUTOS DA MADEIRA E TECNOLOGIAS<br />

INOVADORAS DE TRATAMENTO DA MADEIRA, ENTRE OUTROS.<br />

MAIO<br />

18 A 21<br />

WOODPROCESSING LVIV<br />

LOCAL: LVIV (UCRÂNIA)<br />

WWW.GALEXPO.COM.UA<br />

JUNHO<br />

8 A 11<br />

FESQUA<br />

LOCAL: SÃO PAULO<br />

WWW.FESQUA.COM.BR<br />

SETEMBRO<br />

21 A 23<br />

EXPOBIOMASSA <strong>2021</strong><br />

LOCAL: VALLADOLID (ESPANHA)<br />

WWW.EXPOBIOMASA.COM/EN/<br />

SALON-GAS-RENOVABLE<br />

NOVEMBRO<br />

3 A 5<br />

EXPOCORMA <strong>2021</strong><br />

LOCAL: CONCEPCIÓN (CHILE)<br />

WWW.EXPOCORMA.CL/<br />

64 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


ESPAÇO ABERTO<br />

OS TRÊS<br />

PROBLEMAS PRINCIPAIS<br />

Foto: divulgação<br />

Pobreza, desemprego e violência assolam o<br />

Brasil. Planejamento pode ser entendido<br />

como um processo intelectual composto<br />

de seis passos: 1) identifique um problema<br />

e seus aspectos; 2) identifique as causas do<br />

problema; 3) encontre as soluções possíveis; 4) liste as<br />

vantagens e desvantagens de cada solução; 5) escolha<br />

uma solução; 6) justifique sua escolha. Esse roteiro é útil<br />

para organizar o pensamento e a compreensão de problemas,<br />

suas causas e soluções, seja no plano pessoal,<br />

empresarial ou nacional.<br />

Examinando a economia nacional por esse roteiro,<br />

não é difícil chegar aos problemas principais e pensar<br />

nas soluções possíveis, mesmo porque o Brasil é previsível,<br />

repetitivo e contumaz nos mesmos erros. Os três<br />

problemas principais hoje são: a pobreza, o desemprego,<br />

a violência. É possível aumentar essa lista, mas<br />

as demais deficiências nacionais, como o baixo nível<br />

educacional e a baixa qualidade das instituições, fazem<br />

parte das causas daqueles problemas principais.<br />

A descrição dos aspectos que envolvem cada um<br />

dos três problemas, que são graves, pode ser resumida<br />

em uns poucos indicadores. Tomando tudo o que o Brasil<br />

produz e dividindo pela população, temos em torno<br />

de US$ 10 mil/ano, contra US$ 55 mil nos EUA (Estados<br />

Unidos da América), US$ 40 mil na Inglaterra, só para<br />

ficar nesses exemplos. Em algumas semanas, devem sair<br />

as estatísticas de 2018 e esses números terão se modificado,<br />

mas a relação deve seguir a mesma.<br />

A renda per capita, ou renda por habitante, é apenas<br />

a outra face da moeda do produto por habitante,<br />

e a comparação com os países adiantados conduz à<br />

conclusão de que o Brasil não é apenas pobre; é muito<br />

pobre. A renda per capita inglesa é equivalente a quatro<br />

vezes a renda brasileira. É uma distância brutal. Grosso<br />

modo, o fato de o Brasil produzir por habitante apenas<br />

um quarto do que a Inglaterra produz define que o padrão<br />

bem-estar médio aqui será um quarto do padrão<br />

médio de lá.<br />

O segundo maior problema brasileiro é o desemprego.<br />

De um total de 208,5 milhões de habitantes, o<br />

país tem 104 milhões de pessoas em condições de trabalhar,<br />

13 milhões trabalham no setor estatal (portanto,<br />

sem risco de perder o emprego, mesmo na crise), 91<br />

milhões estão no setor privado e, destes, 12,2 milhões<br />

estão desempregados. O desemprego é causa da pobreza<br />

e também sua consequência.<br />

POR<br />

JOSÉ PIO<br />

MARTINS<br />

ECONOMISTA, REITOR<br />

DA UNIVERSIDADE<br />

POSITIVO<br />

66 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


LINHA MADEIRA<br />

- Resinas Fenólicas<br />

- Resinas Uréicas<br />

- Resinas Melamínicas<br />

- Resinas baixa emissão de formol<br />

(CARB/E0/E1)<br />

LINHA PAPEL<br />

- Papel Tego Film<br />

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