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Patriarcas e Profetas - Ellen G. White

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seguindo os costumes do mundo. O amargo resultado de desposar muitas

mulheres foi dolorosamente sentido durante toda a vida de Davi.

Depois da morte de Samuel, Davi ficou em paz por alguns meses.

Novamente se dirigiu à solidão dos zifeus; mas estes inimigos, esperando

conseguir favor do rei, informaram a este do esconderijo de Davi. Tal

conhecimento despertou o demônio da paixão que estivera a dormir no peito

de Saul. Mais uma vez convocou seus homens de armas, e os levou à

perseguição de Davi. Espias que lhe eram amigos, porém, levaram ao filho

de Jessé a notícia de que Saul de novo o estava a perseguir; e com alguns de

seus homens Davi partiu para saber o lugar em que estava seu inimigo. Era

noite, quando, avançando cautelosamente, chegaram ao acampamento, e

viram diante de si as tendas do rei e de seus auxiliares. Não foram notados;

pois o arraial estava a dormir em silêncio. Davi chamou seus amigos, para

irem com ele ao próprio meio de seus adversários. Em resposta à sua

pergunta: "Quem descerá comigo a Saul ao arraial?" respondeu prontamente

Abisai: "Eu descerei contigo". 1 Samuel 26:6.

Ocultos pelas densas sombras das colinas, Davi e seu auxiliar entraram

no arraial do inimigo. Procurando certificar-se do número exato de seus

adversários, chegaram a Saul, adormecido, estando sua lança cravada no

solo, e uma bilha de água a sua cabeceira. Ao lado dele estava deitado

Abner, chefe do exército, e ao redor deles estavam os soldados, entregues ao

sono. Abisai levantou sua lança e disse a Davi: "Deus te entregou hoje nas

tuas mãos a teu inimigo; deixa-mo, pois, agora encravar com a lança duma

vez na terra, e não o ferirei segunda vez." Esperou a palavra que lhe desse

permissão; caíram, porém, em seus ouvidos estas palavras cochichadas:

"Nenhum dano lhe faças; porque quem estendeu a sua mão contra o ungido

do Senhor, e ficou inocente? [...] Vive o Senhor, que o Senhor o ferirá, ou o

seu dia chegará em que morra, ou descerá para a batalha e perecerá; o Senhor

me guarde, de que eu estenda a mão contra o ungido do Senhor; agora,

porém, toma lá a lança que está à sua cabeceira e a bilha da água, e vamo-

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