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Patriarcas e Profetas - Ellen G. White

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prova de que o zelo de Saul era por si mesmo, e não pela honra de Deus. Ele

declarou seu objetivo não ser que o Senhor fosse vingado de Seus inimigos,

mas "que me vingue de meus inimigos".

A proibição teve como resultado levar o povo a transgredir o mandado

de Deus. Eles tinham estado empenhados em guerra o dia todo, e

desfaleciam pela falta de alimento; e apenas se passaram as horas da

restrição, caíram sobre o despojo, e devoraram a carne com sangue, violando

desta maneira a lei que proibia comer sangue.

Durante o dia de batalha, Jônatas, que não tinha ouvido acerca da

ordem do rei, ignorantemente transgrediu comendo um pouco de mel quando

passava através de um bosque. Saul teve conhecimento disto à tarde. Havia

declarado que a violação deste edito seria punida com a morte; e, embora

Jônatas não tivesse sido culpado de pecado voluntário, embora Deus lhe

tivesse miraculosamente preservado a vida, e houvesse operado por meio

dele, o rei declarou que a sentença devia ser executada. Poupar a vida de seu

filho teria sido um reconhecimento da parte de Saul de que ele pecara

fazendo um voto tão precipitado. Isto seria humilhante ao seu orgulho.

"Assim me faça Deus, e outro tanto", foi a sua terrível sentença; "que com

certeza morrerá, Jônatas."

Saul não podia pretender a honra da vitória, mas esperava ser honrado

pelo seu zelo ao manter a santidade de seu voto. Mesmo com sacrifício de

seu filho, queria impressionar seus súditos com o fato de que a autoridade

real tinha de ser mantida. Em Gilgal, pouco tempo antes, Saul tomara a

ousadia de oficiar como sacerdote, contrariamente ao mandado de Deus.

Sendo reprovado por Samuel, obstinadamente justificou-se. Agora, quando

sua própria ordem foi desobedecida -- embora esta ordem não fosse razoável,

e tivesse sido violada por ignorância -- o rei e pai sentenciou o filho à morte.

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