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Patriarcas e Profetas - Ellen G. White

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morria o libertador, e o povo ficava livre de sua autoridade, voltavam

gradualmente aos seus ídolos. E assim a história de apostasias e castigos, de

confissão e livramento, repetia-se reiteradas vezes.

O rei da Mesopotâmia, o rei de Moabe, e depois destes os filisteus e os

cananeus de Hazor, guiados por Sísera, tornaram-se por seu turno os

opressores de Israel. Otniel, Sangar, Eúde, Débora e Baraque foram

levantados como libertadores de seu povo. Mas, de novo, "os filhos de Israel

fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e o Senhor os deu na mão

dos midianitas". Até ali a mão do opressor não havia caído senão levemente

sobre as tribos que moravam ao este do Jordão; mas na presente calamidade

foram os primeiros a sofrer.

Os amalequitas ao sul de Canaã, bem como os midianitas na sua

fronteira oriental e nos desertos além, eram ainda os implacáveis inimigos de

Israel. Esta última nação havia sido quase destruída pelos israelitas nos dias

de Moisés; mas desde então aumentaram grandemente, e se tornaram

numerosos e poderosos. Tinham tido sede de vingança; e agora que a mão

protetora de Deus se retirara de Israel, chegara a oportunidade. Não somente

as tribos ao este do Jordão, mas todo o país sofreu com suas devastações. Os

habitantes selvagens e cruéis do deserto, numerosos "como gafanhotos"

(Juízes 6:5), vinham como enxame sobre a terra, com seus rebanhos e gado.

Como uma praga devoradora, espalhavam-se pelo país, desde o rio Jordão

até à planície filistéia. Vinham logo que as searas começavam a amadurecer

e ficavam até que os últimos frutos da terra fossem colhidos. Despojavam os

campos de seus produtos, e roubavam e maltratavam os habitantes; e então

voltavam aos desertos. Assim os israelitas que moravam em território aberto

eram obrigados a abandonar suas casas, e a congregar-se nas cidades

muradas, a fim de procurar refúgio nas fortalezas, e mesmo a encontrar

abrigo nas cavernas e no recesso das rochas, entre as montanhas. Por sete

anos continuou esta opressão, e então, como o povo em sua angústia

atendesse à reprovação do Senhor, e confessasse seus pecados, Deus

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