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Patriarcas e Profetas - Ellen G. White

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Salvador não deveria ser sacrificado segunda vez; e é tão-somente necessário

àqueles que buscam as bênçãos de Sua graça pedi-las em nome de Jesus,

derramando o desejo de seu coração em uma prece feita no espírito de

arrependimento. Tal oração levará perante o Senhor dos exércitos os

ferimentos de Jesus, e então de novo fluirá o sangue doador de vida,

simbolizado pelo fluir da água viva para Israel.

A emanação da água da rocha do deserto foi celebrada pelos israelitas,

depois de seu estabelecimento em Canaã, com demonstrações de grande

regozijo. No tempo de Cristo esta celebração se tornara uma cerimônia muito

impressionante. Ocorria por ocasião da Festa dos Tabernáculos, quando o

povo de toda a terra se congregava em Jerusalém. Em cada um dos sete dias

da festa, os sacerdotes saíam com música e coro dos levitas a tirar água da

fonte de Siloé, em um vaso de ouro. Eram seguidos pelas multidões de

adoradores, em tão grande número quanto podiam ficar perto da fonte, dela

bebendo, enquanto surgiam os acordes jubilosos: "Vós com alegria tirareis

águas das fontes da salvação". Isaías 12:3. A água tirada pelos sacerdotes era

então levada ao templo, por entre sons de trombetas e o canto solene:

"Nossos pés estarão dentro dos teus muros, ó Jerusalém". Salmos 122:2. A

água era derramada sobre o altar do holocausto, enquanto repercutiam

cânticos de louvor, unindo-se as multidões em coros triunfantes com

instrumentos musicais e trombetas de baixo diapasão.

O Salvador fez uso desse cerimonial para encaminhar a mente do povo

às bênçãos que Ele lhes viera trazer. "No último dia, o grande dia da festa",

foi ouvida Sua voz em tons que repercutiam pelos pátios do templo: "Se

alguém tem sede venha a Mim, e beba. Quem crê em Mim, como diz a

Escritura, rios d'água viva correrão de seu ventre." "Isto", declarou João,

"disse Ele do Espírito que haviam de receber os que nEle cressem". João

7:37-39. A água refrigerante, borbulhando na terra ressequida e estéril,

fazendo com que o deserto floresça, e fluindo para dar vida aos que perecem,

é um emblema da graça divina que apenas Cristo pode conferir, e é como

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