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Patriarcas e Profetas - Ellen G. White

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humanidade.

Depois de seu pecado Adão e Eva não mais deviam habitar no Éden.

Encarecidamente rogaram para que pudessem permanecer no lar de sua

inocência e alegria. Confessaram que haviam perdido todo o direito àquela

feliz morada, mas comprometeram-se para no futuro prestar estrita

obediência a Deus. Declarou-se-lhes, porém, que sua natureza ficara

depravada pelo pecado; haviam diminuído sua força para resistir ao mal, e

aberto o caminho para Satanás ganhar mais fácil acesso a eles. Em sua

inocência tinham cedido à tentação; e agora, em estado de culpa consciente,

teriam menos poder para manter sua integridade.

Com humildade e indizível tristeza despediram-se de seu belo lar, e

saíram para habitar na Terra, onde repousava a maldição do pecado. A

atmosfera, que fora tão amena e constante em sua temperatura, estava agora

sujeita a assinaladas mudanças, e o Senhor misericordiosamente lhes proveu

uma veste de peles, como proteção contra os extremos de calor e frio.

Testemunhando eles, no murchar da flor e no cair da folha, os

primeiros sinais da decadência, Adão e sua companheira choraram mais

profundamente do que os homens hoje fazem pelos seus mortos. A morte das

débeis e delicadas flores era na verdade um motivo para tristeza; mas,

quando as formosas árvores derrubaram as folhas, esta cena levou-lhe

vividamente ao espírito o fato cruel de que a morte é o quinhão de todo o ser

vivente.

O jardim do Éden permaneceu na Terra muito tempo depois que o

homem fora expulso de seus agradáveis caminhos. Gênesis 4:16. Foi

permitido à raça decaída por muito tempo contemplar o lar da inocência,

estando a sua entrada vedada apenas pelos anjos vigilantes. À porta do

Paraíso, guardada pelos querubins, revelava-se a glória divina. Para ali iam

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