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Patriarcas e Profetas - Ellen G. White

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mundo diante de si, teve a força moral para recusar as lisonjeiras

perspectivas da riqueza, grandeza e fama, "escolhendo antes ser maltratado

com o povo de Deus do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado".

Moisés fora instruído com relação à recompensa final a ser dada aos

humildes e obedientes servos de Deus, e as vantagens mundanas tombaram

na insignificância que lhes é própria em comparação com aquela

recompensa. O palácio luxuoso de Faraó e seu trono foram apresentados

como um engano a Moisés; sabia ele, porém, que os prazeres pecaminosos

que fazem os homens se esquecerem de Deus, achavam-se nos palácios

senhoriais. Ele olhava para além do magnífico palácio, para além da coroa do

rei, para as altas honras que serão conferidas aos santos do Altíssimo, em um

reino incontaminado pelo pecado. Viu pela fé uma coroa incorruptível que o

Rei do Céu colocaria sobre a fronte do vencedor. Esta fé o levou a desviar-se

dos nobres da Terra, e unir-se à nação humilde, pobre e desprezada que

preferira obedecer a Deus a servir ao pecado.

Moisés ficou na corte até a idade de quarenta anos. Seus pensamentos

volviam muitas vezes à condição vil de seu povo, e visitava os irmãos em

sua servidão, e os animava com a segurança de que Deus agiria em seu

livramento. Muitas vezes, compungindo até à indignação à vista da injustiça

e opressão, ardia por vingar suas afrontas. Um dia, em que estava fora, vendo

um egípcio ferir um israelita, lançou-se entre eles e matou o egípcio. Exceto

o israelita, não houvera testemunha dessa ação; e Moisés imediatamente

sepultou o corpo na areia. Ele se mostrara agora pronto para sustentar a causa

de seu povo, e esperava vê-los levantar-se a fim de recuperar sua liberdade.

"Ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a

liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam". Atos dos Apóstolos 7:25.

Ainda não estavam preparados para a liberdade. No dia seguinte Moisés viu

dois hebreus que contendiam entre si, estando um deles evidentemente em

falta, Moisés reprovou o delinqüente, que logo se desforrou daquele que o

reprovava, negando o seu direito de intervir, e vilmente acusando-o de crime.

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