10.03.2021 Views

Patriarcas e Profetas - Ellen G. White

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

se lhes permitia comer livremente de todas as outras árvores, era-lhes

proibido provar desta, sob pena de morte. Deviam também estar expostos às

tentações de Satanás; mas, se resistissem à prova, seriam finalmente

colocados fora de seu poder, para desfrutarem o favor perpétuo de Deus.

Deus pôs o homem sob a lei, como condição indispensável de sua

própria existência. Ele era um súdito do governo divino, e não pode haver

governo sem lei. Deus poderia ter criado o homem sem a faculdade de

transgredir a Sua lei; poderia ter privado a mão de Adão de tocar no fruto

proibido; neste caso, porém, o homem teria sido, não uma entidade moral,

livre, mas um simples autômato. Sem liberdade de opção, sua obediência não

teria sido voluntária, mas forçada. Não poderia haver desenvolvimento de

caráter. Tal maneira de agir seria contrária ao plano de Deus ao tratar Ele

com os habitantes de outros mundos. Seria indigna do homem como um ser

inteligente, e teria apoiado a acusação, feita por Satanás, de governo

arbitrário por parte de Deus.

Deus fez o homem reto; deu-lhe nobres traços de caráter, sem nenhum

pendor para o mal. Dotou-o de altas capacidades intelectuais, e apresentoulhe

os mais fortes incentivos possíveis para que fosse fiel a seu dever. A

obediência, perfeita e perpétua, era a condição para a felicidade eterna. Sob

esta condição teria ele acesso à árvore da vida.

O lar de nossos primeiros pais deveria ser um modelo para outros lares,

ao saírem seus filhos para ocuparem a Terra. Aquele lar, embelezado pela

mão do próprio Deus, não era um suntuoso palácio. Os homens, em seu

orgulho, deleitam-se com edifícios magnificentes e custosos, e gloriam-se

com as obras de suas mãos; mas Deus colocou Adão em um jardim. Esta era

a sua morada. O céu azul era a sua cúpula; a terra, com suas delicadas flores

e tapete de relva viva, era o seu pavimento; e os ramos folhudos das

formosas árvores eram o seu teto. De suas paredes pendiam os mais

magnificentes adornos -- obra do grande e magistral Artífice. No ambiente

20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!