MEMÓRIAS DE UMA QUARENTENA-9.º C_2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
2.º LUGAR
Querido sobrinho, espero que esteja tudo bem contigo e que as férias
estejam a ser boas!
A tua mãe disse-me ontem que estavas muito zangado por estar a
chover há uma semana e não conseguirem ir à praia. Espero que ela te tenha
contado o que nos aconteceu em 2020.
Sabes aqueles filmes em que as pessoas estão todas fechadas em casa
e o mundo acaba lá fora? Foi mais ou menos isso que nos aconteceu. Não
acreditas? Vou contar-te!
No final de 2019, ouvimos pela primeira vez falar de um novo vírus
chamado covid-19. Na altura este vírus, que já se dizia ser altamente
contagioso, estava circunscrito à China e julgávamo-lo longe de chegar a
Portugal. Dizia-se que este vírus tinha começado num mercado na cidade
chinesa de Wuhan e chegaram a dizer que tinha sido um morcego a pegar a
um humano (como se isso fosse possível!).
Já deves ter ouvido falar deste vírus, atualmente para vocês é uma
simples gripe, mas na altura não havia cura. O coronavírus, como o deves
conhecer, tinha como principais sintomas febre e tosse muito forte e era
altamente transmissível a partir das gotículas de saliva.
Quando vi as notícias achei que o vírus nunca chegaria a Portugal,
cheguei até a invejar os chineses por não terem de ir à escola. Até que, no
início de março, o vírus chegou a Portugal. No início até achei engraçado,
pensava que não era nada de grave e que, com o vírus, ia ter um descanso da
escola. No entanto, passado algum tempo, quando já estávamos fechados em
casa há um mês, apercebi-me da gravidade e comecei a ficar muito
preocupado.
Durante o confinamento o teu avô montou-me um ginásio para eu poder
continuar a treinar e manter-me em forma. Como deves saber, naquela altura
competia no campeonato nacional de surf, não podia arriscar ficar sem treinar,
se o fizesse ia ser muito difícil voltar a surfar com o mesmo nível.
Graças à tecnologia, consegui manter-me em contacto com a minha
família e os meus amigos, mas mesmo assim senti muitas saudades de estar
com eles presencialmente.
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Memórias de uma Quarentena
Mas sabes, durante este estado de confinamento apercebi-me que
temos de aproveitar mais a vida porque não sabemos o dia de amanhã. Com
este estado de confinamento, aprendi, como qualquer um, que não podemos
ter a nossa vida como garantida porque a qualquer momento tudo pode mudar.
Por isso, não te zangues com a tua mãe e aproveita esses dias de chuva
para fazer jogos e brincar com a tua família, a praia e as ondas esperam por ti!
Rodrigo Rocha 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Tudo começou no início de 2020, quando um coronavírus (Covid-19)
começou na China em dezembro de 2019 e se espalhou pelo mundo inteiro,
originando uma pandemia que consiste na propagação de uma doença nunca
conhecida e tendo muitos casos mortais, pois não existe ainda uma cura. O
vírus transmite-se por contacto próximo através de gotículas que contém
partículas virais que são libertadas pelo nariz ou boca de pessoas infetadas,
quando tossem ou espirram e que podem atingir diretamente a boca, nariz e
olhos de quem estiver próximo. A sua propagação é muito rápida e devido a
isso as escolas fecharam no dia 16 de março. Estivemos em estado de
emergência logo e estivemos muito tempo em casa, pois ficaram suspensos
alguns dos nossos direitos em benefício da saúde pública.
Nos primeiros dias de quarentena, foi muito estranho não ver os meus
amigos e ter medo, receio de sair de casa, até que foi passando um tempo, há
cerca de um mês apercebi-me de que esta rotina sedentária iria continuar.
Durante o confinamento, a minha rotina não mudou, quando não estava a
estudar, estava a jogar. Pelo início de maio, comecei a sair, ia para uma
segunda habitação com piscina onde ficava mais relaxado e esquecia tudo o
que se passava.
A relação com os meus amigos foi muito importante, pois naquelas horas
que estávamos a jogar e a falar também esquecemos, parcialmente, o que se
passava. Uma situação que me causou alguma impressão é que fiz anos
durante o confinamento e não pude comemorar, não ver os meus amigos e
familiares causou-me um grande desgosto.
Com toda esta pandemia aprendi que temos de ser mais fortes do que as
situações adversas que nos surgem, neste confinamento percebi que sou muito
rezingão e que me irritava muito rapidamente. De forma positiva percebi que
sou um bom aluno, que não tive dúvidas e aprendi a matéria com alguma
facilidade.
Alexandre Rocha 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Há cinco anos, o mundo e Portugal foram afetados por uma pandemia, o
Covid-19, também conhecido por coronavírus naquela altura. Esta doença
trouxe muitas lembranças negativas consigo naquela época.
O vírus propagou-se, principalmente, pela saliva e pelas mãos, ou seja,
se espirrássemos, se tocássemos numa superfície contaminada podíamos ficar
infetados com a doença, que era mais perigosa para os mais velhos e para as
pessoas que já têm uma saúde mais frágil.
No início da quarentena, fecharam-se escolas, as pessoas não iam mais
trabalhar, as famílias ficaram fechadas em casa e eu estava a ficar cada vez
mais preocupada com a dimensão da propagação do vírus e a ver que cada
vez mais pessoas morriam pelo mundo. E quando percebi que o problema era
grave e o tempo ia passando, comecei a levar o assunto mesmo a sério e a
tomar sempre as medidas de segurança para evitar a infeção e a propagação
do vírus.
Durante o tempo em que não podíamos sair de casa, eu fui fazendo os
trabalhos de casa e passei a ter aulas à distância, treinava para me manter em
forma e sobretudo passava mais tempo com a minha família, a fazer jogos e a
divertirmo-nos. Falava com os meus amigos e familiares através do telefone e
das minhas redes sociais.
O que aprendi durante aquele tempo foi que é muito difícil fazer as
tarefas do dia a dia sem ter uma rotina, pois tinha de ter força de vontade e ser
organizada, e também manter uma rotina saudável foi complicado, sem
ninguém para nos motivar e orientar melhor sem ser a nossa família. Aprendi a
ser mais organizada e a dar valor a coisas básicas, como a simples
possibilidade de poder passear na rua, de manter o contacto físico, ver as
pessoas que nos são próximas.
Assim, 2020 foi um ano muito estranho e complicado. Sem escola, sem
amigos por perto, sem barulho, sem liberdade, sem tanta coisa que fazia parte
do nosso dia a dia normal.
Carolina Gomes 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Na altura, o mundo estava em alerta com o surgimento de uma nova
doença causada pelo vírus Covid-19 cuja transmissão era feita de pessoa para
pessoa, e em poucos meses esta tornou-se numa pandemia propagando-se
por diversos países.
Nós tivemos que ficar em casa em confinamento obrigatório e por isso
fecharam-se escolas, empresas, centros comerciais e outras lojas. Houve um
aumento alarmante de pessoas infetadas e mortes com o vírus, o que deixou
os hospitais de todo o mundo sobrecarregados onde enfermeiros e médicos
foram considerados os super-heróis da época. Só podíamos sair de casa para
comprar bens de primeira necessidade, e para isso éramos obrigados a usar
máscara e luvas e ficávamos horas nas filas para podermos entrar nos
estabelecimentos.
No início, eu em particular senti-me bem, pois não sabia ao certo a
gravidade da situação, mas passado alguns dias, com a evolução das notícias,
percebi que era um vírus mortífero. Durante este confinamento, o único senão
foi não poder abraçar alguns familiares, mas senti-me sortuda em comparação
a amigos e colegas, pois como vivo numa quinta não me sentia “prisioneira em
quatro paredes” como muitos.
Na altura, para me distrair, ajudava a minha mãe na preparação de
encomendas de frutas e legumes para entrega ao domicílio, praticava exercício
físico e os professores enviavam-nos “paletes” de trabalhos e exercícios com
data limite de entrega, pois as escolas e as aulas encontravam-se encerradas
devido ao vírus. O contacto com colegas, amigos e familiares era quase
inexistente, só pelas tecnologias é que conseguíamos ter contacto virtual.
Esta pandemia mostrou ao mundo, que apesar das guerras, do ódio, do
racismo, somos um povo unido com sentimentos e preocupação com o
próximo. Em particular senti que tínhamos capacidade de renovação e energia
para superar qualquer adversidade que nos venha a acontecer.
Catarina Rangel 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Uma pandemia é uma doença que afeta todo o mundo. Hoje em dia, os
vírus propagam-se muito, mas mesmo muito rapidamente e, em pouco mais de
um mês, todos os países do mundo tinham o vírus, devido a uma série de
razões, mas a principal foi as viagens, pois para irmos para o outro lado do
mundo demoramos apenas 24 horas.
O vírus propaga-se por contacto direto, ou seja, pela disseminação de
gotículas respiratórias produzidas quando, por exemplo, uma pessoa infetada
tosse, espirra ou fala. Essas gotículas podem ser inaladas ou pousar na boca,
nariz ou olhos de pessoas que estão a menos de 2 metros de nós. A doença
pode também propagar-se por contacto indireto, ou seja, através do contacto
das mãos com uma superfície ou objeto contaminado com o vírus, e que a
seguir contactam com a boca, olhos ou nariz.
Foi necessário ficarmos de quarentena para não haver uma maior
propagação do vírus. No início estava um bocado assustada, mas depois
acabei por perceber que se seguirmos todos os cuidados vai ficar tudo bem.
Passados 15 dias já estava habituada e, sinceramente, com as videochamadas
e tudo o mais, não tenho apanhado grande seca em casa. Passado um mês,
comecei a sair quase dia sim, dia não, com a minha vizinha. Passados dois
meses, comecei a sair mais, e um pouco antes dos dois meses fui a casa da
Paloma. Há um mês comecei a ir à praia. A Paloma esteve cá a dormir no fimde-semana,
e pronto, é isso... A pouco e pouco começamos a estar com as
pessoas novamente.
Acho que nunca vi tantas séries na vida como agora, estando em casa.
Também vou à praia com a minha vizinha, passo muito tempo no tiktok e faço
os trabalhos da escola, o meu dia resume-se a isso.
Eu continuei em contacto com os meus amigos e família, por
mensagens, telefonemas, mas maior parte das vezes por videochamadas.
Na quarentena aprendi a dar mais valor aos meus amigos e família. O
aspeto mais negativo de estar em casa foi mesmo a escola, não se consegue
aprender lá grande coisa. Nós fazemos os exercícios com os manuais e os
PowerPoint, mas, se for preciso, no minuto a seguir já́ não sabemos nada do
que escrevemos.
Diana Coutinho 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Tudo começou no início de março, quando o Covid-19 ainda estava a
espalhar-se por todo o mundo numa velocidade assustadora. Em poucas
semanas a minha escola informou-me acerca da reunião que iria ser realizada
para abordar o tema da quarentena (se iriamos ficar em quarentena ou não).
Acontece que, com as noticiais aterrorizantes e com a agitação das pessoas, o
governo tomou a decisão que as escolas iriam fechar para as pessoas ficarem
em quarentena (no entanto, outras pessoas continuaram a trabalhar).
Todos os dias, os meus colegas comentavam acerca do vírus, que se
propagava através do ar, entre outras coisas. No início de tudo eu fiquei com
receio, creio eu que todos ficaram. Depois de algum tempo, eu habituei-me
facilmente à época que estamos a passar e não tenho mais passado um
minuto de tédio sequer, inclusive, arranjei um hobby interessante! Esta época
deu-me um clique de criatividade, comecei a escrever até mesmo uma história
épica no qual o tema é a mitologia grega.
Enfim, assim como todos os meus amigos, eu estou a aproveitar este
tempo todo para tentar ser produtivo. Além de ter jogado muito, conversado
muito e feito trabalhos, estou a investir algum tempo para pensar acerca do que
quero para mim (acerca do meu futuro, o que desejo tirar de curso, etc.),
cheguei à conclusão que quando atingir os meus dezasseis anos vou começar
a trabalhar (ainda me irei manter na escola, mas irei trabalhar em outros
horários para ganhar o meu dinheiro), juntar o meu dinheiro para as minhas
próprias coisas sem ter de pedir nada aos meus pais, e até mesmo ajudá-los
nas contas de casa, etc.
Eu, os meus amigos e a minha família temo-nos contactado todos os
dias e tudo corre bem. Assim como eu, eles têm-se descoberto e acredito que
eles amadureceram bastante, por outro lado a minha relação com os meus pais
também está muito melhor! Eu descobri-me, melhorei como pessoa e tenho
trabalhado para superar os meus defeitos. Resolvi desentendimentos, perdoei
e fui perdoado, e isso sem dúvidas tornou-me uma pessoa melhor.
Filipe Henriques 9.º C
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Memórias de uma Quarentena
Este vírus que veio da China foi-se propagando através do contacto
físico e de saliva que sem querer podemos cuspir enquanto falamos, este vírus
propagou se por todo o lado e em grande escala sendo assim considerada uma
pandemia mundial.
Esta pandemia obrigou-nos a ficar em casa. No princípio nem era muito
mau, mas foi piorando, pois não se vê ninguém, não se sai e estás sempre com
as mesmas pessoas. É bom passar tempo em família, mas também temos de
estar com outras pessoas.
Em casa só faço os trabalhos, jogo e treino e isso é demasiado
monótono, sinto que falta algo.
As minhas relações pessoais agora são por mensagem/telefone não há
uma interação a sério e isso é muito mau.
Nesta quarentena percebi que devia dar mais valor aos momentos que
passo com os meus amigos, pois tudo pode acabar dum minuto para o outro, e
aprendi que não sou feito para ficar em casa.
Francisco Jordão 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Uma pandemia é uma doença que se propaga em grande escala por
muitos países, uma das maneiras de se propagar um vírus destes é por exemplo
por objetos. No início a minha família estava mais preocupada do que agora, mas
claro que ainda temos de manter algumas precauções e cuidados, como tentar
não sair muito para sítios com muita gente, e desinfetarmo-nos.
Nas primeiras semanas foi fácil ficar em casa, íamos à piscina e fazíamos
caminhadas entre outras coisas. Por isso tentámos sempre não ficar em casa
sem fazer nada, ou seja, optámos por sair e ir andar pelas matas, para
espairecermos e não “adoecermos" a nossa saúde mental. Nesta quarentena a
minha família sentiu-se ligeiramente farta ou até mesmo cansada da rotina que
estávamos a tomar, até porque a minha família não é nada de permanecer em
casa e apenas sair para caminhar na mata à volta de casa, por isso estarmos a
aguentar este confinamento é uma Vitória! Nesta quarentena somos seis em
minha casa, e como já estávamos todos a ficar um bocado “chatos", o meu pai, o
chefe de família, decidiu e achou por bem, irmos às vezes à praia ver o pôr-dosol,
passear os cães e até mesmo respirar aquele ar com cheiro a maresia que
nós amamos, e tem vindo a resultar como “terapia".
Ando a falar com os meus colegas e amigos por mensagens ou até mesmo
videochamadas, com a família da parte da minha mãe nós falamos todas as
quintas em videochamadas, já com a família da parte do meu pai, como moramos
perto eles vêm cá ou nós vamos lá, mas sempre com proteção. Penso que muitos
de nós nesta quarentena conseguiram perceber bem que precisamos uns dos
outros para crescer e viver em harmonia. Acho que não é difícil manter uma
relação de amizade neste estado de confinamento devido aos meios de
comunicação que temos hoje em dia, e até porque se somos mesmo amigos não
vamos deixar de falar ou até mesmo deixar de ser amigos por causa desta
situação, isso não faria sentido algum, e fico mesmo muito feliz por saber que os
meus amigos pensam o mesmo.
Nesta quarentena aprendi e reparei que sou uma pessoa que gosta muito
de divagar, e não sou muito de rotinas de ficar em casa ou ir sempre aos mesmos
sítios, o que é mau e bom ao mesmo tempo. Aprendi também o que realmente é a
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Memórias de uma Quarentena
saudade, em vários aspetos. Refleti muito sobre vários assuntos como é bom
vivermos, também refleti muito sobre a natureza que temos à nossa volta, flores
tão lindas, paisagens maravilhosas e parece que não damos o devido valor, e isso
é mesmo triste! Só de pensar que a juventude atualmente já não aproveita bem
estes momentos e toda a beleza à sua volta, que têm tudo e por vezes pensam
que não têm nada.
Por tudo isto, a frase que me vem à cabeça sobre esta situação mundial é
“aproveita tudo ao máximo enquanto podes, porque amanhã ninguém sabe o que
pode acontecer!”
Inês Cristino 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Pandemia é um nome utilizado para descrever uma situação em que
determinada doença apresenta uma distribuição em grande escala assim como
aconteceu com a pandemia de COVID-19. Começou na China pelo final de
dezembro de 2019 e espalhou-se oficialmente aqui em Portugal em 2 de março
de 2020, e no dia 19 de março começou o estado de emergência.
A necessidade do confinamento era gigantesca para evitar que o
número de mortos não fosse tão grande quanto ao de alguns países vizinhos,
uma vez que o coronavírus se propaga com muita facilidade, por gotículas (de
saliva, espirros, tosse, contacto próximo...) podendo propagar-se pelo ar ou um
mero aperto de mãos.
Nos primeiros dias de confinamento eu não tinha noção da gravidade da
situação. Passados uns quinze dias, passei a refletir muito, porque vi a grande
escala que a pandemia tomou e o número absurdo de pessoas que morriam
por dia. Ao fim de um mês, as escolas não iriam abrir mais e quando se
completou dois meses, foi nesse instante que notei a angústia que sentia por
não saber o que viria a seguir.
Apesar de tentar lutar contra esse sentimento, lembro-me que não tinha
muita vontade de sair de casa. Possivelmente por não ter tido contato nenhum
com os meus colegas ou amigos por ter tido a “sorte” de partir o telemóvel no
começo de março.
Passar por essa pandemia foi muito difícil, para mim, talvez por ter
ansiedade e não ter visto os pontos positivos e julgar sempre que nada estava
bem. Hoje consigo ver que aprendi muito. Eu sempre tive boa higiene, mas
com a pandemia muitas pessoas viram a importância de ter uma boa higiene,
lavar as mãos e etc…
Por outro lado, pudemos passar mais tempo com a família e,
consequentemente, dar a devida importância à mesma. Pudemos também ver
a fragilidade do ser e da vida humana. E apesar de tantos pontos negativos, foi
um tempo de bons ensinamentos. Pude ganhar a responsabilidade que não
teria ganho se não tivesse passado por tudo isto.
Isabella Santos 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Tudo começou na China, mais propriamente em Wuhan. Uma
pandemia, segundo a OMS, é a disseminação mundial de uma nova doença. O
termo indica que a enfermidade se espalhou por diferentes continentes com
transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
O vírus propaga-se da seguinte maneira: se uma pessoa está
infetada, e se se encontrar com duas pessoas sem saber se está infetada ou
não, infeta essas duas pessoas com quem esteve, e por aí em diante, a
necessidade de confinamento é demasiado importante porque assim estamos
todos em casa e não estamos em contacto com as outras pessoas, para
diminuir o contágio
Durante este confinamento social eu fiz os trabalhos da escola,
joguei playstation e fiz exercício, aproveitei também para aprender a fazer
coisas novas que antes não sabia fazer.
Mantive contacto com alguns colegas da turma, fiz amizades
novas, não estive com os meus avós, pois eles são pessoas de risco.
Mudei a minha maneira de pensar em algumas coisas, tive
algumas dificuldades nos trabalhos e etc.
Os aspetos negativos de tudo isto é que não posso estar com os
meus amigos, de resto mantenho-me em casa para me proteger.
João Miranda 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Uma pandemia acontece quando uma epidemia se espalha entre a
população a nível mundial. O novo vírus propaga-se bastante rapidamente,
pois conseguiu passar de alguns casos em dezembro a uma pandemia mundial
em março; o vírus transmite-se através do contacto das mãos com um objeto
contaminado, dos espirros, das gotículas de saliva, etc. Calculou-se que uma
pessoa infetada pode transmitir o vírus a outras duas ou três. O confinamento é
uma medida de afastamento social essencial para a saúde pública que foi
tomada devido ao acelerado desenvolvimento do vírus COVID-19 e para o
combater.
No Início da quarentena sentia-me levemente incomodada e
atormentada devido à alteração súbita da minha rotina. A pouco e pouco,
enquanto o confinamento decorria encontrava-me cada vez mais sufocada por
ter de permanecer enclausurada sem ser capaz de desprender-me desta
aflição, mas o pior foi essa angústia de olhar, a cada dia, os casos e mortes a
multiplicarem-se, e perguntar-me se algum dia os meus amigos ou parentes
iam sucumbir ao mesmo destino trágico. Neste tempo de quarentena adapteime
a essa nova rotina, continuando os trabalhos em casa, efetuando qualquer
tipo de coisa que me poderia distrair ou ocupar, ao fazer deste modo o tempo
acabou por passar mais depressa.
Ao longo deste período mantivemo-nos conectados independentemente
das complexidades que ocorrem, apoiamo-nos moralmente para que a
distância pareça inexistente e assim apoiamo-nos uns aos outros a fim de
lograr este período de crise e consolidar as nossas belas relações.
Essa pandemia provocou muitos danos, todavia abriu-me os olhos
acerca da importância do valor do contacto social entre a população, é uma
comunicação indispensável para a saúde moral e mental. Assim, devemos
manter-nos ainda mais unidos para ultrapassar este período de dificuldades.
Lina Rodrigues 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Esta quarentena mudou muitas coisas no mundo e para mim também
mudou. No início as pessoas andavam todas preocupadas e stressadas com o
que ia acontecer na quarentena, e por isso eu tive de me afastar dos meus
amigos e temos de estar todos em casa agora.
Contudo esta quarentena fez com que houvesse menos poluição, fez
com que a camada de ozono melhorasse e fez com que os glaciares parassem
de derreter e que eles voltassem a congelar.
Com o passar do tempo os países foram abrindo os trabalhos de volta,
mas houve uns em que o vírus voltou a propagar-se e tiveram de fechar tudo
outra vez. Uns meses depois disto tudo os países abriram mais atividades e as
pessoas começaram a abusar e a sair sem poderem.
Para mim custou-me um pouco ao início, mas já me habituei, ficar sem
os amigos e sem me poder divertir, foi difícil. De qualquer maneira isto foi um
incentivo para algumas pessoas encontrarem outras formas de trabalho, de
comunicação e para as pessoas arranjarem novos passatempos.
E é assim que tem estado tudo, com o mundo e o ser humano meios
parados e alguns animais a terem tido mais liberdade para andarem pelo
mundo fora. E é assim que eu tenho visto esta quarentena.
Lourenço Ribeiro 9.º C
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Memórias de uma Quarentena
Pandemia é uma epidemia de uma doença contagiosa que se espalha
entre a população, localizada numa grande região geográfica, tal como um
continente ou até mesmo todo o planeta.
O século XX trouxe à humanidade algumas pandemias: a Gripe
Espanhola em 1919, a gripe suína, Pandemia da Gripe A 2009, Influenza A
H1Nq. No século XXI apareceu o Coronavírus, Covid 19 que se iniciou com um
surto na China, em janeiro de 2020.
O coronavírus é transmissível e manifesta-se com os seguintes
sintomas, tosse e febre. Pode ser transmitido, por espirros, tosse, falta de
higiene das mãos.
Para ser contido foi necessário que as pessoas se confinassem em casa. Para
sair tinham de usar máscaras e lavar as mãos com frequência, por pelo menos
20 segundos.
Os grupos de risco são: homens, minorias étnicas e pessoas mais
velhas.
Lembro-me que o confinamento foi declarado a 18 de março. A razão
por que sei a data com precisão é porque o meu aniversário foi no dia 15 de
março. A minha mãe veio de Inglaterra para passar o meu aniversário comigo.
Passámos uns dias num resort em Tróia. Fomos na sexta e pela primeira vez
usei máscara num carro. Achei esquisito…No dia seguinte fomos à praia,
apanhámos conchas e jantámos num restaurante Italiano. No Domingo ao
almoço fomos ter com uma prima que tem casa na Costa da Caparica,
almoçámos numa esplanada ao ar livre e demos um longo passeio pela praia.
Depois disso fiquei essencialmente em casa, saio ocasionalmente para ir
com a minha tia às compras. Falo com a família por videochamada ou áudio
chamada. Com os colegas mantenho contacto pelo grupo de whatsapp ou
através dos jogos que jogamos online.
Neste tempo aprendi sobre mim que facilmente posso entregar-me aos
jogos online, que senti a falta do contacto com os meus colegas cara a cara.
Em casa fechei-me muito no meu quarto, faço as minhas pesquisas e vejo
filmes e séries.
Lucas Cabral 9.º C
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Memórias de uma Quarentena
Tudo começou com uma doença originada na China, foi denominada
oficialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como Covid-19, em 11
de fevereiro. Ainda não está claro como ocorreu a mutação que permitiu o
surgimento do novo vírus, a doença foi identificada em 1 de dezembro de 2019,
mas o primeiro caso só foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano.
Uma pandemia é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre
a população, localizada numa grande região geográfica como, por exemplo,
um continente, ou mesmo o Planeta Terra. A doença transmite-se através de
gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas infetadas. Ao espirrar
ou tossir, essas gotículas podem ser inaladas ou atingir diretamente a boca,
nariz ou olhos de pessoas em contacto próximas. Essas gotículas podem
também depositar-se em objetos e superfícies que podem infetar quem nelas
toque e leve a mão aos olhos, nariz ou boca. Para prevenção do tal vírus
devemos manter distância de pelo menos dois metros, deve-se sempre usar
máscara e lavar as mãos sempre que possível.
Para mim não foi difícil lidar com o confinamento, apesar de termos de
ficar imenso tempo em casa acabei por ter mais tempo livre e tinha bastantes
coisas com que me entreter. Quando concluía os meus trabalhos da escola,
com tanto tempo livre deu-me a oportunidade de ajudar os meus pais na quinta
e na restauração de uma pequena casa e realizar os meus desenhos. É óbvio
que sinto falta dos meus amigos, mas mantenho-me em contacto com eles por
mensagem e mal posso esperar para estar reunida com eles. Pelo menos já
tive a oportunidade de estar com a minha família.
Penso que o que nós podemos aprender com isto é uma lição de vida e
uma história para contarmos mais tarde e acabámos todos por aprender certos
perigos de doenças transmissíveis. O que custa mais nisto tudo é estarmos
todos afastados e não podermos partilhar certos momentos. Tem sido um ano
muito agitado, mas vai ficar tudo bem!
Matilde Mendonça 9ºC
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Memórias de uma Quarentena
Como todos já sabemos, o Coronavírus (COVID-19) começou num
mercado chinês de venda de animais vivos e cujo vírus deve ter origem em
vírus de morcegos que passaram para o homem, tornando-se atualmente uma
grande pandemia (disseminação mundial de uma nova doença) que obrigou o
mundo numa forma quase total de confinamento.
Desde o começo eu simplesmente senti que isto não era bom, mas era
necessário, e sinto o mesmo depois de três meses.
Ao longo do confinamento tenho tentado ver o lado positivo e tenho-me
esforçado no que posso quando o assunto é a escola. No entanto, sinto que
tenho ainda mais dificuldades em casa, mesmo com a internet e todos esses
meios de pesquisa para conhecimento e realização dos trabalhos escolares,
mas como já disse antes, tenho feito o possível.
Em relação aos meus amigos e colegas, não me relacionei de forma
alguma com eles, mesmo agora no começo de junho quando as pessoas já
podem finalmente sair na rua, não me relacionei ou me encontrei com alguém,
só via Classroom (nas aulas síncronas) e em ligações quando geralmente
jogamos videogames.
Aprendi bastante nesta quarentena, tanto em aspetos positivos como
negativos. Aprendi que passar tempo sozinho não é mau, há pessoas que
dizem que muito tempo isolado podem tornar-nos antissociais, mas na minha
opinião não, pois após passar bastante tempo sozinho, acabo por entender e
aprimorar a minha personalidade.
Claro que sinto falta de poder sair e me encontrar com pessoas, mas
não reclamo mais do que antes reclamava quando o assunto era o
confinamento, aprendi como viver nesta situação atual sem passar mal ou
reclamar.
Nathaniel Ribeiro 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Paloma Oliveira 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Uma pandemia é uma praga mundial muito contagiosa, o vírus propagase
por contacto físico e através de espirros e tosse. A necessidade de
confinamento foi para proteger as pessoas da pandemia. De início pensei”
Como é que me vou motivar a fazer os trabalhos pedidos?”, mas depois vi que
não era assim tão difícil motivar-me, embora nas primeiras semanas tenha sido
um bocado difícil, pois tinha as minhas distrações e não me conseguia
concentrar, mas passado dois meses já estou habituado.
Nesse confinamento eu senti que precisava de ser mais responsável e
autónomo, pois tinha trabalhos para fazer e entregar, também por vezes sentia
um sossego interminável, até porque não havia mais ninguém à minha volta
sem ser a minha avó. Por um lado, fez-me bem estar em confinamento, já que
consegui resolver alguns problemas que tinha em mente, por outro lado fiquei
triste porque não consegui despedir-me de algumas pessoas, nomeadamente
“a covinhas”. Neste confinamento eu joguei muito mais do que o habitual, pois
tinha a escola durante o dia, ajudava a minha avó nos trabalhos domésticos,
mas passado um tempo voltei para casa, passei um bom bocado com a minha
cadela, pois é a maior companhia da minha vida e por fim também passei
tempo com a minha mãe, mais do que o habitual.
Relativamente aos colegas, eu jogava e falava quase todos os dias com
eles, também falei com a minha família quando faziam anos e com os meus
amigos, falávamos de vez em quando.
A maior dificuldade que senti foi controlar a vontade de querer ir para o
computador em vez de fazer os trabalhos da escola, o aspeto positivo foi que
consegui fazer quase todos os trabalhos, sendo que a maioria foi com atraso, o
aspeto negativo foi esse mesmo, porque a maioria dos meus trabalhos foram
entregues com atraso, sendo assim penalizado em todas as disciplinas.
Quanto aos ensinamentos percebi que devemos ser responsáveis, ter
autonomia e força de vontade, pois sem isso não podemos fazer nada, e por
vezes devemos pedir ajuda, pois nós não sabemos tudo, na verdade todos os
dias aprendemos algo.
Rafael Lopes 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Ninguém ainda sabe como esta pandemia começou, o que se especula
é que foi porque os chineses comeram um morcego doente. A partir daí o vírus
foi-se propagando desde a respiração até ao contacto entre pessoas e objetos.
Passado um tempo as pessoas começaram a morrer em grande escala, logo
começaram a sentir a necessidade de um confinamento e até se chegou ao
estado de emergência durante um tempo.
Nesta quarentena não temos muito que fazer porque estamos em casa,
mesmo assim para mim tenho tudo o que preciso em casa. Adoro ficar em
casa e nesta quarentena joguei ps4, assisti a vídeos no Youtube/lives na drive,
comi, dormi e também trabalhei, parecia estar de férias, mas com um pouco de
trabalhos e eu até gosto disto!
Mesmo de quarentena continuei a conversar e interagir com os meus
amigos e família por chamada de WhatsApp, Discord ou por grupos de
chamada na ps4.
Os ensinamentos que obtive durante esta quarentena foram que o único
aspeto negativo de estar de quarentena é que não podemos estar
pessoalmente com os nossos amigos, mas que de resto é tudo melhor, pois eu
adoro estar de quarentena ou melhor eu adoro estar em casa!
Ricardo Garcia 9ºC
Ano letivo 2019_2020
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Memórias de uma Quarentena
Tudo começou em dezembro de 2019 quando a comissão municipal de
saúde de Wuhan, informou que existiam 27 casos de uma pneumonia cuja
causa era desconhecida. Inicialmente relacionou-se esta pneumonia com o
consumo de animais vivos. À medida que o tempo foi passando o número de
pessoas infetadas foi aumentando de uma forma descontrolada por todo o
mundo tendo dado origem a uma pandemia.
Entende-se por pandemia, uma epidemia de qualquer doença infeciosa
e que se espalha entre a população, localizada numa grande área geográfica
ou num continente. Neste caso específico, a pandemia espalhou-se pelo
mundo inteiro de uma forma descontrolada.
O responsável por esta pandemia denominado cientificamente Covid-19
continua em investigação, tendo feito milhares de vítimas mortais. Está nesta
altura comprovado que este é transmitido de pessoa para pessoa. O vírus
transmite-se por via respiratória através de pequenas gotículas do nariz ou da
boca que são projetadas através dos espirros e tosse. Pensa-se que este
também possa ser transmitido através de objetos ou superfícies que pessoas
infetadas tenham estado em contacto.
Numa tentativa de conter a transmissão do vírus e de proteger toda a
população, o governo português (e outros países), tomou algumas medidas de
saúde pública. Foram decretadas orientações gerais de comportamento,
nomeadamente o confinamento. Toda a população foi orientada no sentido de
ficar em casa e só sair em casos de extrema necessidade.
No início devido à falta de informação senti-me um pouco receosa,
confusa e desmotivada. Não se podia fazer nada do que era habitual, era
esquisito estar tanto tempo em casa, e o silêncio que se fazia sentir também
era igualmente estranho e o tempo parecia não passar.
Na tentativa de minimizar as saudades que tinha dos meus amigos,
recorri às redes sociais, e videochamadas. Não era a mesma coisa, mas servia
para encurtar a distância.
Para me tentar abstrair desta situação toda e para passar o tempo
aproveitei para ver mais séries, confecionei receitas novas com a minha mãe,
joguei alguns jogos também com a minha mãe, li livros e aproveitei para
organizar algumas coisas que já estava a precisar e nunca tinha tempo.
A principal coisa que aprendi neste confinamento foi a dar mais valor a
pequenas coisas que fazia e que nem sabia a importância que tinham e
também aprendi a ser mais autónoma e organizada por causa do ensino à
distância.
Rita Antunes 9.º C
Ano letivo 2019_2020
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EXPOSIÇÃO DO PLANO NACIONAL DE CINEMA EM ARTICULAÇÃO COM
A DISCIPLINA DE PORTUGUÊS
“Quando o Mundo Parou: Memórias de uma Quarentena”
No dia 13 de março de 2020 fomos confrontados com a inevitabilidade de
entrarmos em confinamento devido à pandemia provocada pelo Sars-Cov2, que se
tinha disseminado pelo mundo desde finais de 2019.
Fomos para casa e, de uma forma abrupta, tivemos de
iniciar um ensino de emergência à distância. Foi
devastador, porque todo um ciclo de progressão, de saber,
de partilha e de relações afetivas que o ensino presencial
proporciona foi interrompido. Ficámos desorientados e
tristes.
Por isso, pensei numa maneira de os nossos alunos nos contarem o que se
passava com eles durante esta inesperada pandemia, através de um texto meio
confessional, meio reflexivo em que pudessem expor algumas das dúvidas, medos,
sucessos e glórias. Basicamente, queria pô-los a escrever sobre o que sentiram durante
este confinamento que nos isolou fisicamente uns dos outros.
Os textos foram para mim inesperados pela sua
intensidade e pela sua intimidade, por serem divertidos
ou por esconderem uma enorme ansiedade, por nos
colocarem questões pertinentes como as questões
ambientais, questões afetivas, de preocupação pelos
outros. Enfim, percebi que os meus alunos estavam
deveras preocupados com o mundo e com o que se
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passava à sua volta. Foi nesse sentido uma agradável surpresa que como é evidente
teria de partilhar com a escola. Nasceu, assim, esta compilação que espelha as
emoções, os sentimentos, as dúvidas e as certezas dos nossos alunos, numa altura das
nossas vidas que jamais esqueceremos.
Por outro lado, enquanto estivemos em confinamento, continuámos com o
projeto do Plano Nacional de Cinema desenvolvido pela Biblioteca Escolar D. Carlos I,
na pessoa da Professora Sandra Pratas, e os alunos envolvidos no projeto. Orientados
pela nossa realizadora Nathalie Mansoux, fomos filmando pequenos filmes através de
propostas que ela nos foi fazendo, refletindo sobre a nossa solidão, sobre como é que
o mundo se encontrava e encontrando paralelo em outros produtos artísticos que nos
confrontassem com o que estávamos a viver.
E foi esta vivência única, aterradora, mas
enriquecedora ao mesmo tempo, que fez surgir a ideia
de, no âmbito do Plano Nacional de Cinema, conceber
uma exposição conjunta de todos estes trabalhos de
textos e de filmes com a intenção de nunca nos
esquecermos o que experienciámos, mas ao mesmo
tempo mostrando como vivemos de forma solidária e
criativa esta pandemia.
Posteriormente e para além desta exposição, desenvolvemos um conjunto de
sessões de promoção de leitura junto de todas as turmas do 7.º e do 9.º ano com base
nos exercícios fílmicos e de escrita criativa.
Dada a qualidade dos textos, decidimos ainda atribuir prémios aos três melhores
textos. Assim, o primeiro lugar foi atribuído ao aluno Tiago Lourenço do antigo 9ºA e o
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segundo lugar foi arrecadado pelo aluno Rodrigo Rocha do antigo 9.º C. Foi ainda
atribuído um prémio originalidade ao aluno Eduardo Dias, antigo 8ºF, que imaginou
uma entrevista imaginária no Clube de rádio da escola. Todos os premiados receberam
um exemplar do livro Uma Escuridão Bonita de Ondjaki.
Por fim, uma palavra de muito apreço ao professor
Afonso Carrolo sem o qual esta exposição não seria possível,
nem teria o impacto visual e artístico que se pretendia desde o
início.
Um outro agradecimento é também devido à
Professora Sandra Hormigo que concebeu a capa desta
publicação que poderá ser consultada na Biblioteca D. Carlos I.
Professora Cristina Didelet
Ano letivo 2020_2021
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