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O Aprendiz De Assassino - Saga - Robin Hobb

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observou Bronco, como se eu fosse um idiota.

– Então teremos de forçá-lo, de alguma maneira. Veracidade tem de ser avisado.

– Claro. Eu simplesmente entro ali, encosto uma faca nas costas de Augusto e o arrasto aqui

para fora. Ninguém nos incomodará.

Eu penava para ter alguma ideia.

– Suborne alguém para atraí-lo aqui para fora. E então o ataque.

– Mesmo que eu conhecesse alguém subornável, o que é que poderia usar?

– Tenho isto.

Toquei no brinco na minha orelha.

Bronco olhou para ele e quase deu um pulo.

– Onde é que você arranjou isso?

– Paciência me deu. Pouco antes de eu partir.

– Ela não tinha o direito de fazer isso! – e depois, mais tranquilo: – Pensei que tivesse ido

com ele para a cova.

Fiquei em silêncio, à espera.

Bronco olhou para o lado.

– Era do seu pai. Eu dei isso para ele – ele falava calmamente.

– Por quê?

– Porque eu queria dar, é óbvio – disse, encerrando o assunto.

Estendi a mão e comecei a desatarraxá-lo.

– Não – disse Bronco com rudeza. – Deixe-o onde está. Não é coisa que se gaste num

suborno. De qualquer maneira, esses Chyurda não podem ser subornados.

Sabia que ele tinha razão quanto a isso. Tentei pensar em outros planos. O sol estava

nascendo. De manhã, era quando Galeno agiria. Talvez já tivesse agido. Desejei saber o que

se passava no palácio. Teriam já descoberto que eu havia desaparecido? Estaria Kettricken se

preparando para professar os seus votos a um homem que odiava? Estariam Severino e Bulho

já mortos? Se não estivessem, eu poderia virá-los contra Majestoso avisando-os do que ele

planejava fazer com eles?

– Alguém vem aí!

Bronco se abaixou. Eu me deitei, conformado com o que quer que acontecesse. Eu não tinha

mais forças físicas para lutar contra o que quer que fosse.

– Você a conhece? – murmurou Bronco.

Virei a cabeça. Era Jonqui, precedida por um cão pequeno que nunca voltaria a subir numa

árvore a pedido de Rurisk.

– A irmã do rei.

Não me dei ao trabalho de murmurar. Ela trazia uma das minhas camisolas e, um instante

depois, o minúsculo cão saltava alegremente à nossa volta. Tentou convidar Narigudo para

brincar com ele, mas Narigudo simplesmente olhou para ele com olhos tristes. Logo em

seguida, Jonqui dirigiu-se até nós.

– Você tem de voltar – ela me disse, sem qualquer preâmbulo. – E tem de ser rápido.

– É bastante difícil voltar – eu disse a ela – sem correr em direção à própria morte.

Estava olhando para trás dela, tentando avistar outros perseguidores. Bronco tinha se

levantado e assumido uma postura defensiva sobre mim.

– Nada de morte – ela me prometeu calmamente. – Kettricken te perdoou. Fiquei

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