O Aprendiz De Assassino - Saga - Robin Hobb
seguro para o herdeiro.– É provável que, nessa ocasião, os nossos problemas com os Navios Vermelhos tenhamacabado há muito tempo. Veracidade terá liberdade para virar a atenção para outras coisas.– É provável – concordou calmamente o Rei Sagaz. Os seus olhos finalmente encararam osmeus. – Quando Veracidade for reivindicar a noiva, irá com ele – disse outra vez. –Compreende qual será a sua tarefa? Confio que seja discreto.Inclinei a cabeça para ele.– Como desejar, meu rei.
CAPÍTULO DEZENOVEViagemFalar do Reino da Montanha como um reino é começar com um equívoco básico em relaçãoà área e ao povo que vive lá. É igualmente errado referir-se à região como Chyurda,embora os Chyurda sejam a etnia dominante nesse lugar. Em vez de ser um território deárea única, o Reino da Montanha consiste em diversos pequenos povoados junto dasencostas de montanhas, em vales de terra arável, em povoados de mercadores que sedesenvolveram ao longo de estradas difíceis que dão para os desfiladeiros, e em clãs depastores e caçadores nômades que vagueiam pelas terras inóspitas que ficam entre essespovoados. É pouco provável que pessoas tão diferentes se unam, porque os seus interessesestão frequentemente em conflito. Contudo, estranhamente, a única força mais poderosa doque a independência e os costumes insulares de cada grupo é a lealdade que dedicam ao“rei” do povo da montanha.As tradições nos dizem que esta linhagem foi iniciada por uma profeta-juíza, uma mulherque não era apenas sábia, mas também uma filósofa, e que fundou uma teoria de governocujo conceito-chave é a ideia de que o líder é o servidor supremo do povo e deve sercompletamente altruísta quanto a isso. Não houve um momento definido em que o juiz setornou rei; em vez disso, ocorreu uma mudança gradual, à medida que a justiça e asabedoria da pessoa abençoada que vivia em Jhaampe foram se espalhando. À medida quemais e mais gente ia até lá à procura de conselho, aceitando acatar a decisão da juíza,tornou-se natural que as leis daquele povoado passassem a ser respeitadas em toda partedas montanhas, e que mais e mais pessoas adotassem as leis de Jhaampe como sendo assuas. E assim os juízes tornaram-se reis, mas, surpreendentemente, mantiveram seusdecretos de servidão e autossacrifício pelo seu povo. A tradição de Jhaampe está repleta denarrativas de Reis e Rainhas que se sacrificavam pelo povo, de todas as formasconcebíveis, desde proteger os filhos dos pastores de ataques de animais selvagens até seoferecer como reféns em tempo de conflitos.Há várias narrativas que sugerem que o povo da montanha seja rude, quase selvagem.Na verdade, a terra que habitam é intransigente, e as suas leis refletem essa condição. Éverdade que crianças malformadas são expostas ou, como é mais comum, afogadas oumortas por envenenamento. Os anciãos frequentemente optam pelo Isolamento, um exílioautoimposto em que o frio e a fome acabam com todas as enfermidades. Um homem que nãohonre a sua palavra pode ter a língua entalhada, além de ser forçado a entregar à outraparte o dobro do valor do acordo original. Tais costumes parecem exoticamente bárbarosàqueles que vivem nas regiões menos agrestes dos Seis Ducados, mas são irregularmenteapropriados ao universo do Reino da Montanha.Por fim, Veracidade conseguiu o que queria. Não sentiu o doce sabor do triunfo, tenho certeza,pois sua própria teimosia foi amparada por um súbito aumento na frequência dos ataques. No
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seguro para o herdeiro.
– É provável que, nessa ocasião, os nossos problemas com os Navios Vermelhos tenham
acabado há muito tempo. Veracidade terá liberdade para virar a atenção para outras coisas.
– É provável – concordou calmamente o Rei Sagaz. Os seus olhos finalmente encararam os
meus. – Quando Veracidade for reivindicar a noiva, irá com ele – disse outra vez. –
Compreende qual será a sua tarefa? Confio que seja discreto.
Inclinei a cabeça para ele.
– Como desejar, meu rei.