O Aprendiz De Assassino - Saga - Robin Hobb
Encolhi os ombros.– O Bronco o atropelou. E então cansou de me rogar pragas, como se fosse minha culpa, edisse que teria me espancado se a fera tivesse machucado Fuligem. Como se eu pudesse teradivinhado que ela se atiraria em mim. – Hesitei. – Breu, eu sei que o Bobo é estranho. Maseu gosto quando ele vem falar comigo. Fala por enigmas, me insulta, faz pouco caso de mim, ese dá o direito de me dizer coisas que acha que eu devo fazer, como lavar o cabelo, ou nãovestir amarelo. Mas...– Sim? – Breu me incitou a continuar, como se o que eu estava dizendo fosse muitoimportante.– Gosto dele. Zomba de mim, mas, vindo dele, parece uma espécie de bondade. Ele faz comque eu me sinta... bem, importante. O fato de me escolher para falar.Breu reclinou-se na cadeira. Levou a mão à boca para esconder um sorriso, mas nãopercebi qual era a piada.– Confie nos seus instintos – disse sucintamente. – E preste atenção aos conselhos que oBobo te dá. E, como tem feito, mantenha em segredo o que ele fala com você. Alguém poderiaficar descontente com isso.– Quem? – perguntei.– O Rei Sagaz, talvez. Afinal de contas, o Bobo é dele. Comprado e pago.Uma dezena de perguntas me veio à cabeça. Breu viu a minha expressão no rosto, maslevantou uma mão para me interromper.– Agora não. Por enquanto, é tudo o que você precisa saber. Na verdade, é mais do quevocê precisa saber, mas fiquei surpreso com a sua revelação. Não tenho o hábito de contarsegredos que não me pertencem. Se o Bobo quiser que saiba mais, pode falar por si mesmo.Mas, que eu me lembre, parece que estávamos falando de Galeno.Deixei meu corpo cair na cadeira com um suspiro.– Galeno. Pois é. É desagradável com aqueles que não podem desafiá-lo, veste-se bem ecome sozinho. O que mais preciso saber, Breu? Tive professores severos e tive professoresdesagradáveis. Penso que vou aprender a lidar com ele.– É melhor que seja assim. – Breu estava sendo completamente sincero. – Porque ele teodeia. Ele te odeia mais do que amava Cavalaria. A força do sentimento dele por seu pai medava nos nervos. Nenhum homem, nem sequer um príncipe, merece uma devoção tão cega,especialmente quando aparece de uma forma tão súbita. E você, ele odeia com ainda maisintensidade. Isso me assusta.Algo no tom de Breu provocou um calafrio nauseante que percorreu o meu estômago. Sentium mal-estar que quase me fez vomitar.– Como você sabe disso? – perguntei.– Porque ele disse isso a Sagaz, quando Sagaz lhe ordenou que te incluís-se entre os seuspupilos. “O bastardo não deve aprender qual é o seu lugar? Ele não deve se contentar com oque decretou para ele?” E então ele se recusou a te ensinar.– Ele recusou?– Eu te disse. Mas Sagaz foi inflexível. E como é rei, Galeno deve obedecer-lhe, por maisque seja um homem da rainha. E, assim, Galeno se conformou e disse que tentaria te ensinar.Você vai se encontrar com ele todos os dias. Vai começar daqui a um mês. Até lá, vocêpertence a Paciência.
– Onde?– Há o topo de uma torre, chamado Jardim da Rainha. Lá você será admitido –Breu fez umapausa, como se quisesse me dar um aviso, mas não desejasse me assustar. – Tenha cuidado –disse, por fim –, pois entre as paredes do jardim não possuo nenhuma influência. Lá, sou cego.Era um aviso estranho, e eu o guardei bem.
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– Onde?
– Há o topo de uma torre, chamado Jardim da Rainha. Lá você será admitido –Breu fez uma
pausa, como se quisesse me dar um aviso, mas não desejasse me assustar. – Tenha cuidado –
disse, por fim –, pois entre as paredes do jardim não possuo nenhuma influência. Lá, sou cego.
Era um aviso estranho, e eu o guardei bem.