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Humano-Demasiado-Humano

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Quanto ao substantivo Zweckmäßigkeit, preferimos vertê-lo por

"pertinência"; Zweck significa "fim, finalidade"; o adjetivo mäßig

vem de Maß, "medida"; logo, zweckmäßig designa o que é

adequado aos fins, apropriado, conveniente. Como era de esperar, a

frase adquiriu formas diversas nas traduções: "Aqui concluímos da

capacidade de viver à apropriabilidade, da apropriabilidade à

legitimidade"; En este caso se infiere de la capacidad de existir, de

la adaptación a un fin, su legitimidad [sic; erro de tradução (ou

edição) da frase francesa adiante]; Qui si conclude dall'attitudine

alla vita all' opportunità e dall' opportunità alla legittimità; En ce

cas l'on infère de la capacité de vivre à l'adaptation à une fin, de

l'adaptation à une fin à sa légitimité; On conclut ici de la capacité

d'existence à la finalité, de la finalité à la legitimité; Here the

conclusion is from the capacity to live to the fitness to live, from

the fitness to live to the right to live; Here one is concluding

functionality from viability, and legitimacy from functionality ; The

purposiveness of a thing is here deduced from its viability, its

legitimacy from its purposiveness.

(24) Sobre a tradução de Trieb por "impulso" no texto de

Nietzsche, ver nota em ABM, pp. 216-20; bolso, pp. 195-9, e

capítulo sobre o termo em Paulo César de Souza, As palavras de

Freud — O vocabulário freudiano e suas versões (São Paulo,

Ática, 1998 [o ano de 1999 aparece equivocadamente no livro]).

Nos textos de Freud preferimos traduzi-lo geralmente por

"instinto"; em Nietzsche temos dado preferência a "impulso",

porque é freqüente ele usar, além de Trieb, o termo Instinkt, em

sentidos vários, às vezes figurados, pelo que reservamos "instinto"

para esses casos.

(25) Dichter, em alemão; a palavra designa o autor de obras de

arte literárias em geral, não apenas o autor de poemas.

(26) Emphasis, no original. É digno de nota que uma tradutora,

a professora americana Marion Faber, preferiu usar o termo

appearance, diferentemente dos outros tradutores, que também se

satisfizeram com a versão literal. Assim fazendo, e reproduzindo no

pé da página o termo alemão, ela destacou o sentido primordial da

palavra grega emphasis: "aparência, exterior" (do verbo emphaino,

"fazer ver, fazer-se visível").

2. CONTRIBUIÇÃO À HISTÓRIA DOS SENTIMENTOS

MORAIS

(27) O autor de Observações psicológicas é Paul Rée (1845-

1901).

(28) Nietzsche se refere novamente a Paul Rée; Sobre a origem

dos sentimentos morais foi escrito na mesma época em que ele

redigia as anotações que viriam a ser parte de Humano, demasiado

humano, em meados da década de 1870.

(29) "liberdade inteligível": intelligibele Freiheit.

Transcrevemos a nota do tradutor Gary Handwerk: "Essa

expressão era usada na Antigüidade, por Platão e outros autores,

em referência a um mundo de idéias que podia ser apreendido

apenas pela mente, e que servia de modelo [pattern] para as coisas

do mundo da aparência. Em sua reformulação desse conceito, Kant

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