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Capítulo sétimo
A MULHER E A CRIANÇA
377. A mulher perfeita. — A mulher perfeita é um tipo de ser
humano mais elevado que o homem perfeito; e também algo muito
mais raro. — A ciência que estuda os animais oferece um meio de
se tornar provável esta afirmação.
378. Amizade e casamento. — O melhor amigo terá
provavelmente a melhor esposa, porque o bom casamento tem por
base o talento para a amizade.
379. Sobrevida dos pais. — As dissonâncias não resolvidas na
relação entre o caráter e a atitude dos pais124 ressoam na natureza
da criança e constituem a história íntima de seus sofrimentos.
380. Vindo da mãe. — Todo indivíduo traz em si uma imagem
de mulher que provém da mãe: é isso que o leva a respeitar as
mulheres, a menosprezá-las ou a ser indiferente a elas em geral.
381. Corrigindo a natureza. — Quando não se tem um bom
pai, convém providenciar um.
382. Pai e filho. — Os pais têm muito o que fazer, para
compensar o fato de terem filhos.
383. Erro das mulheres nobres. — As mulheres nobres pensam
que algo não existe absolutamente, quando não é possível falar dele
em sociedade.
384. Uma doença masculina. — Para a doença masculina do
autodesprezo o remédio mais seguro é ser amado por uma mulher
inteligente.
385. Uma espécie de ciúme. — É fácil as mães sentirem ciúme
dos amigos de seus filhos, quando eles têm sucesso extraordinário.
Habitualmente a mãe ama, em seu filho, mais a si mesma do que ao
próprio filho.
386. Sensata insensatez.125 — Na maturidade da vida e da
razão, sobrevém ao indivíduo o sentimento de que seu pai errou ao
gerá-lo.
387. Bondade materna. — Algumas mães necessitam de filhos
felizes e respeitados; outras, de filhos infelizes: senão, sua bondade
de mãe não pode se mostrar.
388. Suspiros diversos. — Alguns homens suspiraram pelo
rapto de suas mulheres; a maioria, porque ninguém as quis raptar.