A pós-graduação Brasileira na luta contra a COVID-19
Primeira edição da Revista CAPES em Foco e depois alteramos, pode ser
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nº 1/2021
Medicamento de plantas comestíveis
Estratégia da UFSC é criar um remédio antiviral híbrido
que neutralize a ação da COVID-19
Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
quer criar um medicamento contra o novo coronavírus a partir de
plantas comestíveis. O trabalho, feito em parceria com a Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Federal do ABC
(UFABC), foi financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A pesquisa analisa os princípios ativos de cada vegetal, com testes
químicos em laboratórios e avaliação dos dados. A partir daí será
feito um produto híbrido, a ser transformado em medicamento antiviral,
capaz de neutralizar o poder da COVID-19, bloqueando a principal
enzima do novo coronavírus, chamada de protease Mpro. Até
o momento, 15 plantas já foram estudadas.
“Sozinhas, as plantas não têm poder
de anular o vírus. Mas, juntas,
elas poderão deter e controlar a
disseminação desta nova doença a
longo prazo”, detalha o professor
Antonio Luiz Braga, do Departamento
de Química da UFSC que coordena o
trabalho.
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O segredo, explica ele, é encontrar a combinação certa das plantas.
Por isso, os pesquisadores estão trabalhando de maneira intensiva,
para conectar vários tipos de vegetais ao mesmo tempo em que fazem
simulações no computador. Este trabalho, de modelagem molecular,
testa a eficácia de cada um dos compostos criados. A pesquisa
química, chamada de biodirigida, está na fase de prospectar laboratórios
que possuam o vírus inteiro para realizar os testes de maneira
massiva. A estimativa é ter compostos híbridos para serem testados
já no início de 2021.