A pós-graduação Brasileira na luta contra a COVID-19
Primeira edição da Revista CAPES em Foco e depois alteramos, pode ser
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nº 1/2021
Adaptação de medicamentos
para combater COVID-19
Pesquisadores da USP tentam adaptar remédios usados no tratamento
de outras doenças para o enfrentamento ao coronavírus.
Adaptar medicamentos já utilizados contra outras doenças é uma
das propostas da Universidade de São Paulo (USP) no enfrentamento
ao coronavírus. Selecionado no Programa de Combate a Epidemias
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), o projeto é de um laboratório especializado na tecnologia
de triagem fenotípica, que identifica a utilidade de fármacos existentes
contra diversos patógenos, como vírus e bactérias.
O projeto se encontra em um estágio de testes celulares, o primeiro
de três passos. As células são infectadas e depois são colocadas
em contato com os remédios. As drogas que agem contra o vírus
de forma eficaz e não são tóxicas seguem para testes em animais.
Caso aprovadas nessa etapa, serão testadas em pequenos grupos de
humanos.
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“O que queremos fazer é o que já conseguimos com a febre amarela, que foi
disponibilizar um tratamento de reposicionamento. Nós descobrimos que
a droga Sofosbuvir, originalmente produzida para a hepatite C, funciona
contra a febre amarela”, explica Lucio Freitas-Junior, coordenador do
projeto e pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.
Uma característica do laboratório no qual se desenrolam as atividades
é a proximidade com a indústria farmacêutica. A relação com a
iniciativa privada facilitou a reforma da estrutura e o acesso a diversos
medicamentos. Os recursos repassados pela CAPES viabilizaram
a presença de bolsistas no projeto.
Bianca Peres é uma das pesquisadoras que integram a equipe. Bolsista
de pós-doutorado, ela conta que a gama de vírus e remédios
disponível no laboratório permite uma diversificação no trabalho.
“O SARS-CoV2 (coronavírus) é o carro-chefe, mas testaremos os fármacos
em outros vírus, como os causadores de dengue, zika e chikungunya.”