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Directório Global das TIC | Empresas e Profissionais | 2016/2017

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42 | PUBLIREPORTAGEm diretório global <strong>das</strong> tic | 43<br />

Transformação Digital - Tudo está<br />

a ser transformado:<br />

cada cidade, país e negócio está a tornar-se digital<br />

entrevista a sofia tenreiro, diretora geral da cisco portugal<br />

Sofia Tenreiro<br />

Diretora Geral da Cisco Portugal<br />

<strong>2016</strong> está a ser um ano<br />

da transformação digital?<br />

<strong>2016</strong> está a ser, sem dúvida, o ano da transformação<br />

digital, muito impulsionada<br />

pela Internet of Things (IoT).<br />

E isto acontece por dois motivos:<br />

O valor em jogo – que a Cisco estima que<br />

ronde os 14,5 biliões de euros de potencial<br />

económico até 2023 para as empresas e<br />

Governos de todo o mundo. Destes, calculamos<br />

que 27.000 milhões de dólares à escala<br />

global estejam, ainda este ano, ao alcance<br />

da Cisco e parceiros.<br />

As mudanças impostas ao negócio - de<br />

acordo com o “Digital Vortex”, apresentado<br />

pelo Centro <strong>Global</strong> de Transformação Digital<br />

dos Negócios (uma iniciativa da Cisco e<br />

do International Institute of Management<br />

Development de Lausanne, na Suíça), nos<br />

próximos cinco anos a transformação digital<br />

fará com que cerca de 40% <strong>das</strong> empresas<br />

desapareçam do Mercado por não estarem<br />

devidamente prepara<strong>das</strong>, nem promoverem<br />

internamente a sua própria transformação<br />

digital.<br />

Neste cenário, as empresas digitalmente mais<br />

avança<strong>das</strong> são aquelas que serão capazes de<br />

encontrar o seu próprio caminho e definir<br />

uma estratégia sólida, que lhes permita<br />

transformar até os setores em que operam,<br />

com modelos de negócio disruptivos. Aqui já<br />

se incluem empresas como a Amazon, Uber,<br />

Spotify, Airbnb – mas também startups e<br />

novos concorrentes digitalmente proativos.<br />

O que é então necessário para enfrentar<br />

a digitização?<br />

Uma combinação de tecnologia e estratégia<br />

de negócio capaz de conectar tudo, capaz<br />

de extrair o valor proveniente <strong>das</strong> conexões<br />

através de analítica e ainda de adotar uma<br />

abordagem de segurança integral e ubíqua.<br />

Uma em cada quatro empresas de todos os<br />

setores – incluindo fabril, retalho, energia<br />

ou serviços financeiros – estão já a apostar<br />

proativamente na digitalização, captando<br />

um valor que, na Europa, ascenderá os 6,4<br />

biliões de euros (4,3 para o Setor Privado<br />

e 2,1 para o Setor Público) até 2023.<br />

Este valor resulta da melhor utilização dos<br />

ativos, maior produtividade dos colaboradores,<br />

cadeias de abastecimento e logística<br />

mais eficientes, melhores experiências<br />

dos consumidores e inovação (incluindo<br />

um menor time-to-market e novas ofertas<br />

de produtos e serviços). Os Governos, por<br />

seu lado, podem apoiar-se na digitalização<br />

para aumentar o PIB e reduzir os custos,<br />

gerando novas atividades económicas,<br />

empregos e fomentando o empreendedorismo.<br />

Também permite otimizar os serviços<br />

públicos e aumentar o acesso à educação<br />

e saúde, resultando daí países mais competitivos<br />

e inclusivos.<br />

O que pode comprometer essa<br />

transformação <strong>das</strong> empresas?<br />

O que pode comprometer é não ter as ferramentas<br />

certas para utilizar a transformação<br />

digital a favor do negócio, tirando partido<br />

da Cloud, SDN, Big Data e Analytics. Outro<br />

forte entrave que se verifica também são<br />

as preocupações de segurança. Com efeito,<br />

à medida que as organizações avançam nos<br />

seus processos de digitalização, as preocupações<br />

com cibersegurança aumentam<br />

proporcionalmente, o que pode comprometer,<br />

por vezes, o sucesso da transformação<br />

digital. E estas preocupações não são apenas<br />

dos responsáveis de TI mas tocam também<br />

as Administrações <strong>das</strong> organizações,<br />

podendo interferir na sua capacidade de<br />

crescimento e de inovação.<br />

... é necessário um trabalho que impulsione a digitalização <strong>das</strong><br />

empresas, o ecossistema de empreendedorismo, a inovação aberta,<br />

o desenvolvimento <strong>das</strong> cidades inteligentes e a formação.<br />

No recente estudo desenvolvido pela IDC<br />

Portugal em colaboração com a Cisco Portugal<br />

“Segurança da Informação nas Organizações<br />

Portuguesas <strong>2016</strong>”, tornou-se evidente agora,<br />

mais do que nunca, que, para conseguir um<br />

negócio digital, os decisores de TI devem ter<br />

em conta as tendências da indústria de segurança<br />

e as táticas utiliza<strong>das</strong> pelos cibercriminosos,<br />

unindo esses fatores à tolerância<br />

dos riscos organizacionais, maturidade do<br />

programa de segurança e, mais importante,<br />

à estratégia de negócio.<br />

Qual a relevância que as empresas<br />

portuguesas conferem à Segurança de TI?<br />

O estudo mencionado atrás trouxe-nos alguns<br />

indicadores importantes sobre a realidade<br />

<strong>das</strong> empresas nacionais.<br />

Destacamos os dois principais pontos que<br />

foram identificados neste estudo da IDC<br />

com a Cisco e que apontam, como maiores<br />

entraves à implementação de uma estratégia<br />

de segurança de informação nas<br />

empresas, fatores como um Orçamento<br />

Insuficiente (62%) e um Aumento da<br />

Complexidade <strong>das</strong> Ameaças (47%).<br />

E esta tem sido também a perceção que temos<br />

vindo a recolher junto dos nossos clientes e<br />

parceiros. Cada vez mais, os ataques estão<br />

mais industrializados, gerando uma economia<br />

criminal célere, eficaz e eficiente que<br />

beneficia também dos ataques a infraestruturas<br />

de TI. Por isso, na Cisco procuramos<br />

antecipar as necessidades dos nossos clientes<br />

nesta área, dotando-os de informação,<br />

formação e tecnologia necessárias para precaver<br />

situações de risco. Como o fazemos?<br />

Assegurando uma monitorização constante<br />

à sua rede, desde a ponta até aos terminais.<br />

As empresas portuguesas não são diferentes<br />

de empresas de outros países:<br />

as que estão a preparar-se para a transformação<br />

digital são empresas globais e,<br />

para to<strong>das</strong> elas, a segurança não é apenas<br />

um mecanismo para proteger o seu<br />

negócio, mas funciona sim como um facilitador<br />

para o sucesso de todo o processo<br />

de digitalização.<br />

Que recomendações tem a Cisco para<br />

empresas que pretendem digitalizar-se?<br />

Primeiro que tudo, é necessário um trabalho<br />

que impulsione a digitalização <strong>das</strong> empresas,<br />

o ecossistema de empreendedorismo,<br />

a inovação aberta, o desenvolvimento <strong>das</strong><br />

cidades inteligentes e a formação. Não<br />

podemos esquecer ainda as soluções digitais<br />

para indústrias específicas como o fabril,<br />

os transportes ou utilities, permitindo interligar<br />

máquinas, eliminar silos de informação,<br />

digitalizar os dados de forma integrada e<br />

reforçar a segurança.<br />

Depois, e continuando a falar de segurança,<br />

a transformação digital acarreta riscos.<br />

O trabalho que as nossas equipas desenvolvem<br />

na Cisco, em diferentes áreas e para um<br />

conjunto alargado de clientes e parceiros,<br />

acontece para que esses riscos e a cibersegurança<br />

em si não constituam um travão<br />

à digitalização <strong>das</strong> empresas.<br />

Por outro lado, ter em conta que também<br />

o setor público tem muito a ganhar com a<br />

transformação digital. Segundo a McKinsey,<br />

a digitalização da Administração Pública<br />

poderia gerar um bilião de euros anuais<br />

à escala global, ao passo que a Comissão<br />

Europeia estima que permitirá aumentar<br />

o PIB da UE em 2,1% adicionais em 2020.<br />

Países como França e Reino Unido já estão<br />

a enfrentar esta revolução, criando um<br />

ecossistema inovador que inclui soluções de<br />

IoT, Cloud, mobilidade, analítica e segurança,<br />

por exemplo.<br />

Sofia Tenreiro<br />

Diretora Geral da Cisco Portugal<br />

Sofia Tenreiro é Diretora Geral da Cisco<br />

Portugal, assumindo a liderança<br />

após oito anos na Microsoft.<br />

Formada em Gestão e Administração<br />

de <strong>Empresas</strong> pela Universidade Católica,<br />

Sofia Tenreiro conta com mais de 10 anos<br />

de experiência na área de Tecnologias<br />

de Informação. Iniciou a carreira<br />

em Fast Moving Consumer Goods,<br />

na Procter & Gamble e na L’Oreal<br />

em Marketing, com responsabilidades<br />

nos mercados Português e Espanhol, baseada<br />

em Lisboa e em Madrid, e em funções globais<br />

estratégicas para o mercado europeu,<br />

baseada em Genebra. De regresso a Portugal,<br />

diversificou a sua experiência ao criar<br />

o departamento de marketing estratégico<br />

da Optimus, focado na abordagem<br />

ao segmento jovem. De seguida, abraçou<br />

um projeto de transformação comercial<br />

e de marketing no Jornal Público, antes de<br />

ingressar na Microsoft como Diretora do Canal<br />

de Retalho.<br />

Depois de 5 anos a liderar uma equipa que<br />

mais do que triplicou o negócio de Retalho da<br />

Microsoft, acrescentou a esta responsabilidade<br />

a do restante negócio de consumo<br />

(canal de Telcos), bem como o negócio on<br />

premise de PMEs e a estratégia de dispositivos<br />

de todo o mercado (consumo e empresarial)<br />

ao assumir a direção dos Canais de Consumo<br />

da Microsoft.<br />

É caracterizada por uma enorme energia<br />

e grande paixão por tudo o que faz.<br />

Está continuamente ao serviço <strong>das</strong> suas<br />

equipas, por forma a ajudar a endereçar<br />

oportunidades e a ultrapassar barreiras,<br />

sempre com grande foco nos resultados<br />

e no crescimento do negócio. Para ela o lema<br />

é “The sky is the Limit”, não acreditando que<br />

existam impossíveis.

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