Directório Global das TIC | Empresas e Profissionais | 2016/2017
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18 | Opinião diretório global <strong>das</strong> tic | 19<br />
COM A IDC, PRETENDEMOS CONTRIBUIR PARA FAZER<br />
E MANTER VIVO E ATUALIZADO UM DIRETÓRIO<br />
DE INSTITUIÇÕES E PERSONALIDADES RELEVANTES<br />
NA ECONOMIA DIGITAL.<br />
tem de responder. Tem que preparar o seu<br />
ecossistema de inovação para jogar este jogo<br />
da transformação digital de uma forma<br />
ganhadora. Portugal, e as suas comunidades<br />
urbanas, têm de se posicionar. As nossas<br />
políticas públicas têm de ser dirigi<strong>das</strong> para<br />
a qualificação e requalificação dos Cidadãos,<br />
para a criação de um ecossistema que<br />
permita criar, e sobretudo, reter atividade<br />
económica que crie riqueza para o país.<br />
Não nos basta lançar novos negócios, acelerar<br />
novos empreendedores, transformar<br />
os negócios existentes. É necessário internacionalizar<br />
as nossas empresas. Ao mesmo<br />
tempo, é necessário retermos no país muito<br />
da atividade económica gerada, atraindo<br />
novos empreendedores, nacionais e internacionais,<br />
para o nosso território e para as<br />
nossas cidades. Enfim, é imperativo que a<br />
inovação que cá se crie ou que cá se instale<br />
faça o nosso PIB crescer e criar mais emprego.<br />
Isso faz-se atuando ao nível de todo o ecossistema,<br />
atraindo investimento estrangeiro,<br />
apoiando o empreendedorismo, potenciando<br />
o network desses empreendedores<br />
com os de outras regiões.<br />
Conhecer PORTUGAL<br />
NA ECONOMIA DIGITAL<br />
É fundamental conhecer o estado da<br />
Economia Digital em Portugal, de forma<br />
a conhecer melhor quais as nossas vantagens<br />
competitivas e onde temos de<br />
melhorar para nos posicionar face a esta<br />
oportunidade. Por isso, uma caracterização<br />
global, quantitativa e qualitativa, e depois<br />
sectorial mais fina, é fundamental.<br />
Conhecer quem é quem na economia<br />
digital é algo essencial no âmbito da<br />
caracterização <strong>das</strong> empresas e profissionais<br />
que são agentes de mudança, neste<br />
grande processo de transformação digital.<br />
A APDC pretende contribuir para o conhecimento<br />
do que está a acontecer no terreno<br />
no dia-a-dia, quais são as tendências<br />
e as realizações mais marcantes. Elegemos<br />
assim a Economia e Cidadania Digitais<br />
como tema central do novo mandato de<br />
<strong>2016</strong>/2018, que se iniciou em abril.<br />
Conjuntamente com a IDC, pretendemos<br />
também contribuir para fazer e manter vivo<br />
e atualizado um diretório de instituições e<br />
personalidades relevantes nesta área.<br />
Pretendemos assim continuar a acompanhar<br />
o que vai acontecendo neste processo<br />
de transformação de toda a Economia<br />
e da Sociedade para o digital, sabendo<br />
que é uma oportunidade que não se pode<br />
perder. As habituais vantagens competitivas<br />
de Portugal, como a abertura ao exterior,<br />
a multiculturalidade, as boas infraestruturas<br />
e as melhorias do ponto de vista de<br />
qualificações da nossa população ativa<br />
jovem conseguidos nos últimos anos dão-nos<br />
alguma esperança. Mas não chegam!<br />
É necessário construir um ecossistema<br />
de inovação equilibrado, profundamente<br />
integrado no espaço europeu e internacional.<br />
Ninguém escolherá Portugal para<br />
lançar o seu negócio por causa do clima<br />
ou da atratividade do território e da nossa<br />
posição geográfica, mas sim pelo ambiente<br />
de negócios: justiça rápida e eficaz, pouca<br />
burocracia, política fiscal atrativa e previsível,<br />
disponibilidade de recursos humanos de<br />
qualidade e políticas públicas adequa<strong>das</strong>.<br />
A realização em Portugal de eventos<br />
importantes, como o Web Summit, é um<br />
reconhecimento da excelência <strong>das</strong> nossas<br />
infraestruturas e da boa imagem do País<br />
para acolhimento deste tipo de grandes<br />
eventos. E é fruto do trabalho de quem<br />
conseguiu mostrar essas nossas vantagens<br />
aos respetivos promotores. Mas não é a presença<br />
destes eventos que garante, por si só,<br />
a construção do ecossistema de inovação<br />
que precisamos. Eles são uma ajuda importante<br />
para pôr o País no mapa. Falta o resto!<br />
É fundamental ainda tirar partido dos apoios<br />
existentes, como os que foram desenhados<br />
no âmbito dos programas comunitários<br />
e do programa Portugal 2020. Já estão<br />
em marcha os programas de incentivo às<br />
empresas - Startup Portugal e Portugal –<br />
Indústria 4.0. Esperemos que as empresas<br />
possam deles tirar o melhor partido. É fundamental<br />
o trabalho feito pelos empreendedores<br />
e pelas empresas do nosso tecido<br />
económico em geral. São eles que criam<br />
riqueza. As políticas públicas são alguns<br />
dos instrumentos.<br />
APDC COMO CATALIZADOR<br />
DAS MUDANÇAS NACIONAIS<br />
A APDC pretende ser um catalisador destas<br />
mudanças. Divulgando as boas práticas,<br />
discutindo o que se está a passar nos<br />
vários sectores, apostando também no<br />
empreendedorismo de base tecnológica,<br />
discutindo temas específicos da transformação<br />
digital, contribuindo para o processo<br />
de qualificação dos nossos profissionais.<br />
Angariando apoios, fazendo o ponto da<br />
situação, ou, como gostamos de dizer, o<br />
“estado da nação” dos vários campos de<br />
atuação dos nossos associados: Comunicações,<br />
Media, TI.<br />
Desta forma, pretendemos intensificar as<br />
atividades já desenvolvi<strong>das</strong> no mandato<br />
anterior, em que a APDC abriu o setor <strong>das</strong><br />
<strong>TIC</strong> e Media aos demais setores da economia,<br />
analisando as suas tendências e a forma<br />
como se poderá dar resposta às mesmas.<br />
Há ainda dois outros eixos estratégicos do<br />
novo mandato a destacar: a sustentabilidade<br />
da APDC e a aposta no reforço da proposta<br />
de valor aos Associados, alargando desta<br />
forma a base associativa e atraindo e conquistando<br />
outras empresas da Economia<br />
Digital. Consolidar os projetos <strong>das</strong> duas secções<br />
temáticas já cria<strong>das</strong> – Portugal Outsourcing<br />
e Smart Cities - e procurar novas áreas<br />
de interesse específico; procurar outras<br />
tipologias de intervenção d a Associação;<br />
rever e aperfeiçoar o modelo de financiamento<br />
da Associação são outros objetivos.<br />
To<strong>das</strong> as atividades da Associação estarão<br />
nos próximos três anos alinha<strong>das</strong> com os<br />
temas da Economia e Cidadania Digitais.<br />
Começamos com o 26º Digital Business<br />
Congress, a nova designação do Congresso<br />
da APDC, que se realizará este ano a 28<br />
e 29 de setembro. Esta iniciativa, que marca<br />
decisivamente a agenda do País neste sector,<br />
conta este ano com o alto patrocínio<br />
de sua Excelência o Presidente da República,<br />
Marcelo Rebelo de Sousa, que será<br />
também Presidente do Congresso.<br />
Para dar o mote e fazer um diagnóstico da<br />
situação atual, a APDC avançou já com a<br />
realização do estudo “A Economia Digital<br />
em Portugal”, cujas primeiras conclusões<br />
serão apresenta<strong>das</strong> no Congresso. Este<br />
trabalho, que envolve todos os patrocinadores<br />
e parceiros da Associação, está<br />
dividido em sete áreas distintas: estratégia<br />
digital; qualificações digitais; plataformas<br />
digitais; serviços alavancados pelo digital:<br />
outsourcing e nearshoring; cidades e territórios<br />
digitais; empreendedorismo digital;<br />
e transformação digital dos negócios, que<br />
abrangerá os vários setores da economia<br />
portuguesa e o respetivo processo de<br />
transformação para o digital.<br />
Pretende-se no 26º Digital Business Congress<br />
aprofundar todos estes temas, no contexto<br />
da Economia e Cidadania Digitais. Contando<br />
para isso com a participação dos players ligados<br />
à revolução do digital.<br />
Sendo hoje todos nós membros da mesma<br />
Economia e Sociedade Digitais, só um aprofundamento<br />
da colaboração e da cooperação<br />
neste ecossistema garantirá o sucesso<br />
e a transição para uma nova era. Potenciando<br />
o papel do digital enquanto motor<br />
de crescimento e de criação de emprego<br />
e dando à economia portuguesa a dinâmica<br />
necessária para ultrapassar os constrangimentos<br />
atuais, ganhando crescente relevo<br />
no panorama internacional.<br />
Mas temos de nos manter conscientes e<br />
alerta para algumas armadilhas típicas da<br />
nossa forma tradicional de pensar. Interessa<br />
definir claramente os nossos objectivos,<br />
montar estratégias para os atingir,<br />
reunir os ingredientes e lançar mão ao<br />
trabalho. Pouco interessa o esforço despendido,<br />
interessam os resultados! Pouco<br />
interessa se fazemos muitas ou poucas iniciativas.<br />
Interessa o que conseguimos realizar,<br />
como conseguimos crescer. Interessa<br />
aumentar a criação de riqueza em Portugal<br />
pela via do aprofundamento da Economia<br />
e Cidadania digitais.<br />
A realização em Portugal de eventos<br />
importantes, como o Web Summit, é um<br />
reconhecimento da excelência <strong>das</strong> nossas<br />
infraestruturas e da boa imagem do País para<br />
acolhimento deste tipo de grandes eventos.<br />
Rogério Carapuça<br />
Presidente da APDC<br />
É Presidente da APDC desde Janeiro de 2013,<br />
tendo iniciado o seu segundo mandato de três<br />
anos à frente da Associação a 4 de abril deste<br />
ano. É administrador de várias empresas do<br />
grupo Novabase. O seu percurso profissional<br />
esteve desde sempre ligado às Tecnologias<br />
de Informação e Comunicação. Foi assistente<br />
e professor do IST entre 1981 e 1994.<br />
Na Novabase, foi administrador desde 1994,<br />
Presidente do Conselho de Administração<br />
entre 1998 e 2015, tendo entre 1998 e 2009<br />
acumulado funções de Presidente do CA<br />
e CEO. Com Licenciatura em Engenharia<br />
Electrotécnica, Mestrado e Doutoramento em<br />
Engenharia Eletrotécnica e Computadores<br />
pelo IST, desenvolveu ainda a atividade<br />
de investigador do INESC (1984/94), onde<br />
foi responsável pelo Grupo de Sistemas de<br />
Informação. Actualmente é ainda Membro<br />
do Conselho de Faculdade da Faculdade de<br />
Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de<br />
Lisboa, Membro do “Management Committee”<br />
do Programa CMU/ Portugal, Membro<br />
da Ordem dos Engenheiros, da Academia<br />
de Engenharia e do Instituto Português<br />
de Corporate Governance. Foi condecorado<br />
pelo Presidente da República, Jorge Sampaio,<br />
como Grande Oficial da Ordem do Mérito<br />
Agrícola, Comercial e Industrial, na classe<br />
de mérito Industrial, em Fevereiro de 2006.