Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Ano 6 - Nº <strong>32</strong><br />
Dez/20 à Jan/21<br />
Ano Novo<br />
Esperança Renovada<br />
Brasil, um dos maiores<br />
exportadores de moda<br />
praia do mundo<br />
O que esperar de 2021 ?<br />
<strong>Moda</strong> e Natal, a medida<br />
do bom senso<br />
A passividade do<br />
povo brasileiro<br />
Amarelo e Cinza, nomeadas como as<br />
cores do ano para o verão de 2021
Nesta edição<br />
10<br />
6<br />
Na busca por soluções para<br />
combater o coronavírus a indústria<br />
da moda não apenas produziu<br />
roupas confortáveis, mas deu sua<br />
contribuição lançando tecidos e<br />
peças de vestuário com tecnologias<br />
antivirais, informa o acadêmico<br />
Agildo Galdino.<br />
O sistema de sociedade mudou<br />
e se queremos não sofrer com<br />
isso, devemos nos adaptar.<br />
Afirma o consultor Pedro<br />
Duplaá<br />
12<br />
8<br />
Os mesmos políticos que suspenderam<br />
as atividades econômicas e impuseram<br />
regras draconianas ao povo,<br />
aparecem aglomerados, sem máscara,<br />
confraternizando, uma agressão à<br />
coletividade. Esse é o comentário do<br />
consultor em política e institucional<br />
José Nivaldo Junior.<br />
Uma aposta para esse<br />
verão 2021 são o amarelo<br />
e cinza, nomeadas como<br />
as cores do ano. Saiba<br />
mais pela coluna de<br />
Juelayne Gondim<br />
16<br />
Inusitado! É assim<br />
que o Professor<br />
José Urbano define<br />
o ano de 2020, o<br />
ano da Pandemia do<br />
Coronavírus.<br />
18<br />
O Brasil com sua<br />
temperatura tropical,<br />
diversidade climática<br />
e cultural, se define<br />
como um país em<br />
destaque para a<br />
indústria da moda<br />
praia, diz Any Brasil.<br />
ANO 6 – NÚMERO <strong>32</strong><br />
Dez 2020 a Jan 2021.<br />
Produção: JS Comunicação<br />
js@jspropaganda.com.br<br />
81 3721.3540 - 99122.3917<br />
js@revistamodaenegocios.com.br<br />
<strong>Moda</strong> & <strong>Negócios</strong><br />
@revistamodaenegocios<br />
www.revistamodaenegocios.com.br<br />
Editor: José Severino do Carmo<br />
Dir. Financeira: Cleonice Freitas<br />
Informática: Émerson Freitas<br />
Dir. Admin.: Cecília Freitas do Carmo<br />
Diagramação e Marketing Digital:<br />
Fábio Vasconcelos<br />
Jornalista Responsável:<br />
Eduardo Franco DRT/PE 3859<br />
Revisão: Samuel Lira de Oliveira<br />
Colaboradores desta Edição:<br />
Historiador José Nivaldo Junior<br />
Prof. José Urbano<br />
Editora de <strong>Moda</strong> Any Brasil<br />
Consultor Pedro Duplaá<br />
Psicóloga Shirley Freitas<br />
Editora de <strong>Moda</strong> e Fotógrafa<br />
Juelayne Gondim<br />
Escritora Malude Maciel<br />
Prof. Agildo Galdino<br />
Fotógrafo Leonardo Araújo<br />
Fisioterapeuta Thaisa Pereira<br />
Historiador Hélio Florêncio<br />
Os artigos assinados são de inteira<br />
responsabilidade de seus autores,<br />
podendo não representar o pensamento<br />
da revista.<br />
2 <strong>Moda</strong> & <strong>Negócios</strong> @revistamodaenegocios www.revistamodaenegocios.com.br
Opinião<br />
do Leitor<br />
26<br />
<strong>32</strong><br />
“Mesmo com as ferramentas digitais<br />
incentivando o comércio à distância,<br />
a economia mundial recuou, e um<br />
dos setores mais atingidos pela crise<br />
foi o de turismo”. Está na coluna de<br />
Leonardo Araújo<br />
34<br />
24<br />
O<br />
30<br />
Por um triz, o nome Caruaru,<br />
dado à Capital do Forró, não seria<br />
Caruaru, explica o memorialista<br />
Hélio Florêncio.<br />
racismo, no Brasil é velado.<br />
Faz-se que não existe, mas<br />
o inimigo está ali, bem<br />
presente, porém camuflado.<br />
É assim que pensa a escritora<br />
Malude Maciel.<br />
Somos sobreviventes de um<br />
espetacular reencontro com a fé.<br />
Fé no ser humano. E mesmo com o<br />
surgimento da vacina, ser solidário,<br />
presente, faz toda a diferença,<br />
afirma a Psicóloga e Consteladora<br />
Shirley Freitas.<br />
Saiba pela Fisioterapeuta<br />
Thaisa Pereira a importância da<br />
Fisioterapia Pélvica para pacientes<br />
de Câncer de Próstata.<br />
DE SÃO LUIS-MA<br />
Obrigado pela excelente edição<br />
da Revista <strong>Moda</strong>&<strong>Negócios</strong>!<br />
Emidio Ribeiro<br />
Repres. AAFBB-MA<br />
DE CARUARU<br />
Parabéns por mais uma edição<br />
da <strong>Moda</strong>&<strong>Negócios</strong>.<br />
Engº João Melo Filho<br />
Diretor da Comello Engenharia<br />
A Revista está linda.<br />
Clarissa, a criança, tá linda, pode<br />
ser capa na próxima edição.<br />
Ângela Galindo<br />
DE RECIFE<br />
Leitura suave, agradável e elegante.<br />
Geraldo Cesar<br />
A revista tem caminhado com<br />
uma temática bem abrangente;<br />
parabéns ao corpo editorial.<br />
Gilvandro Macena<br />
Parabéns pela maravilhosa revista.<br />
Já a comparei com a Veja,<br />
uma vez. Hoje, ela deu um passo<br />
à frente, pela diagramação e seu<br />
belíssimo conteúdo.<br />
José Carlos de Oliveira<br />
Agradeço a todos que fazem a<br />
excelente Revista <strong>Moda</strong>s & <strong>Negócios</strong>,<br />
a gentileza da inclusão<br />
do meu nome no rol dos contemplados<br />
com o destacado<br />
informativo, publicação de relevantes<br />
assuntos socioeconômicos,<br />
que engrandecem Caruaru.<br />
Darley Ferreria.<br />
DE MACEIÓ<br />
Parabéns por mais esta edição<br />
da REVISTA MODA & NEGÓ-<br />
CIOS. São temas, cores, ideias e<br />
fotos que aprazem ao leitor.<br />
Lucilio Rosa de Oliveira<br />
3
Editorial<br />
Está chegando pra você a última edição de M&N do ano<br />
de 2020. E aproveitando, lhe convidamos para agradecer<br />
conosco.<br />
Agradecer pela dádiva de estarmos vivos. E, se nossos amigos<br />
mais chegados, nossos familiares também estão, o agradecimento<br />
deverá ser dobrado.<br />
Porque não foi, nem está sendo fácil , chegar onde chegamos<br />
– dezembro de 2020. Mas, com as graças de Deus, haveremos<br />
de chegar e permanecer bem melhores, mais alegres,<br />
saudáveis e com muita paz, ao raiar os primeiros dias de<br />
2021.<br />
E assim permanecer, durante todo o ano, dias, horas<br />
e minutos de nossa vida, sempre com conquistas e<br />
realizações. Acredite.<br />
Depois da tempestade sempre vem a bonança.<br />
Crescemos ouvindo isso e comprovando sua veracidade.<br />
Portanto, repita comigo: “Tudo vem a<br />
mim com facilidade, alegria e glória”. Por que<br />
eu mereço, por que nós merecemos.<br />
E por que Deus existe.<br />
Boas Festas, Feliz Natal e<br />
próspero Ano Novo – 2021!<br />
São os votos de toda a equipe<br />
<strong>Moda</strong> & <strong>Negócios</strong>.<br />
Com o forte abraço de seu editor<br />
José Severino do Carmo.<br />
4
Que este Natal seja repleto de<br />
alegria, paz, amor e muita música.<br />
Desejamos um 2021 de prosperidade<br />
e momentos inesqueciveis.<br />
São os votos de todos que fazem SBNC .<br />
CARUARU - 101,3
Agildo Galdino<br />
MODA E NATAL<br />
A MEDIDA É DO BOM SENSO<br />
Gente!, o Natal está aí batendo a nossa porta, mas<br />
É não podemos fechar os olhos com a peneira, não dá<br />
para baixar a guarda da segurança. A realidade é que<br />
o coronavírus continua entre nós e faminto, vacilou, o<br />
bichinho abocanha, não tem idade nem condição socioeconômica.<br />
Paciência, precisamos aceitar que 2020<br />
foi um ano atípico e que vivemos em um mundo real<br />
com suas potencialidades, mas também com suas fragilidades.<br />
Sim! É uma pena, mas o que fazer? Seria bom se esse<br />
bichinho estivesse de malas prontas para sucumbir<br />
nas profundezas abissais submergido por rocha plutónica,<br />
e a alegria voltando ao nosso convívio como diz a<br />
canção: “vindo no clarão da lua montando um alazão<br />
da noite espalhando música no ar”.<br />
Deixemos de lado a poesia e voltemos a nossa realidade,<br />
ou seja, o que gostaríamos é que pudéssemos<br />
impulsionar o comércio, a retomada da economia, a<br />
nossa liberdade. Para tanto, toda a atenção é pouca,<br />
o afrouxamento dos procedimentos de proteção nesse<br />
momento pode levar a consequências irreparáveis.<br />
Segundo médicos infectologistas, este ainda não é o<br />
momento de relaxar e promover aglomerações mesmo<br />
que em ambiente familiar.<br />
Não obstante chegamos a nossa tão sonhada e importante<br />
época natalina, em clima de insegurança decorrente<br />
de estarmos em pleno augúrio pandêmico. Mas o<br />
Natal é tradição, faz parte da cultura brasileira e mes-<br />
6
FOTOS DUVULGAÇÃO<br />
mo que de maneira diferente, as comemorações não<br />
deixarão de acontecer, mesmo que esse ano de 2020<br />
tenha sido recheado de problemas e desafios face ao<br />
advento da pandemia da covid-19.<br />
A maioria das pessoas não irão se contentar nessa época<br />
com as celebrações a distância, pretendem comemorar<br />
o Natal na companhia da família e de amigos, portanto<br />
ficar em casa não significa deixar de comemorar<br />
o Natal, as festas familiares sim deva ocorrer em um<br />
novo formato, daí vale combinar ponderação e criatividade<br />
aplicando a melhor forma: a do bom senso.<br />
Na busca por soluções para combater o coronavírus a<br />
indústria da moda não apenas produziu roupas confortáveis,<br />
mas deu sua contribuição lançando tecidos<br />
e peças de vestuário com tecnologias antivirais. Segundo<br />
o estilista Jay Boggo e outros a indústria têxtil<br />
brasileira respondeu rápido à pandemia apresentando<br />
ao mercado tecidos antivirais e eis a hora de focar na<br />
produção local, na cultura e no design brasileiro para<br />
“seduzir” aquele consumidor que viajava para consumir<br />
marcas estrangeiras.<br />
É fato que a pandemia impactou a indústria da moda,<br />
mas para os empresários do setor, não será capaz de<br />
tirar a expectativa de vendas de produtos natalinos.<br />
Para boa parte dos lojistas, o Natal deste ano promete”<br />
apesar da pandemia.<br />
Se não dá para ser como gostaríamos, a solução é fazer<br />
uma versão de melhor forma possível de coexistirmos<br />
com a pandemia. Foi assim com o maior evento de<br />
moda da América Latina, o São Paulo Fashion Week,<br />
que comemorou seus 25 anos com festa virtual, reafirmando<br />
a importância da cadeia da moda nacional,<br />
inclusive regulamentando a cota de 50% de modelos<br />
negros no casting dos desfiles, e buscando caminhos<br />
mais sustentáveis para as marcas.<br />
Acreditamos que apesar dos pesares o Natal vai ser<br />
maravilhoso.<br />
Agildo Galdino Ferreira<br />
Membro da Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras, e<br />
da União Brasileiras de Escritores.<br />
7
José Nivaldo Junior<br />
Um dos compromissos da boa imprensa é fornecer<br />
informação qualificada, fazer análises diferenciadas,<br />
mostrar ângulos inéditos. Não deve estar na agenda<br />
de quem faz bom jornalismo, como é o caso do MO-<br />
DA&NEGÓCIOS, tutelar quem quer que seja. A boa im-<br />
E A VIDA CONTINUA...<br />
Ano de pandemia. Tudo inesperado. Mil dificuldades.<br />
E, como se não bastasse, eleições pelo meio. porém considerem relevante sua leitura.<br />
prensa quer leitores que até discordem da publicação,<br />
Insustentável: os mesmos políticos que suspenderam QUALIDADE<br />
as atividades econômicas e impuseram regras draconianas<br />
ao povo, aparecem aglomerados, sem máscara,<br />
confraternizando, uma agressão à coletividade.<br />
CORDEIROS<br />
Ah, como é pacífico o povo brasileiro. Se um povo<br />
nasceu com vocação de cordeiros, fomos nós, brasileiros.<br />
Aceitamos tudo. Da aglomeração à compra de<br />
votos. Vendemos nossas consciências por dois tostões<br />
de mel coado. Vendemos? É forma de expressão. Alguns<br />
vendem. Talvez a maioria não venda por falta de<br />
oportunidade.<br />
TUDO PASSA<br />
As eleições passam, as perguntas ficam. A vida continua,<br />
novos fatos acontecem, os assuntos são esquecidos<br />
ou deixados de lado. Com relação ao recente segundo<br />
turno das eleições, não vai acontecer tão fácil.<br />
Ficaram marcas profundas de manipulação das consciências,<br />
nas capitais e cidades onde aconteceram segundos<br />
turnos De tentativas de compra de votos. De<br />
falsos profetas. Pelo menos, se depender de alguns órgãos<br />
de imprensa que cumprem o seu dever, as mutretas,<br />
bem ou mal sucedidas, não ficarão no esquecimento<br />
. Mas, falando francamente, alguém está interessado<br />
nisso?<br />
OLHAR DIFERENTE<br />
Esse é o propósito de José Severino do Carmo e tantos<br />
outros que fazem comunicação de qualidade no Agreste.<br />
Indagar. Ajudar a pensar. Jornalista não é mais inteligente<br />
do que ninguém. Só que informação é o nosso<br />
negócio. Do mesmo jeito que o marceneiro sabe fazer<br />
moveis, nós sabemos fazer comunicação. E, sinceramente,<br />
MODA&NEGÓCIOS faz isso como poucos.<br />
MANIPULAÇÃO<br />
MODA&NEGÓCIOS tem um estilo. Uma filosofia. Uma<br />
missão. Faz um jornalismo otimista, beneficente, justo,<br />
propositivo. Ressalta e facilita a convivência social.<br />
Como a vida não é só feita de agruras, apoio esse estilo<br />
e essa forma de fazer de desde sempre.<br />
Isso não quer dizer que abrimos mão dos princípios<br />
do bom jornalismo. O fato é sagrado. A interpretação é<br />
livre. A versão, bem, aí depende da imaginação.<br />
MODERNIDADE<br />
Investigamos. Questionamos. Perguntamos.<br />
Mas também, de acordo com a visão pioneira de José Severino<br />
do Carmo, conciliamos. Divulgamos o que é positivo.<br />
A crítica é importante, o reconhecimento é fundamental.<br />
Assim é a vida. Assim é MODA&NEGÓCIOS.<br />
Assim é a imprensa moderna, no mundo desenvolvido<br />
e civilizado.<br />
José Nivaldo Junior<br />
Publicitário com atuação nacional. Consultor em comunicação<br />
política e institucional. Da Academia Pernambucana<br />
de Letras.<br />
8
Pedro Dupláa<br />
O seu ponto de vista<br />
nunca foi tão importante para<br />
o seu sucesso como é AGORA<br />
FOTOS DUVULGAÇÃO<br />
Apesar de não ser a primeira Pandemia da história,<br />
está sendo a primeira de real impacto global em<br />
pleno século 21, freando até mesmo o capitalismo e colocando<br />
todos os habitantes do planeta em isolamento.<br />
Por isso, atire a primeira pedra quem nunca esteve ou<br />
está sob a influência dos efeitos colaterais causados<br />
por toda essa transformação de realidade que estamos<br />
experimentando desde o início da era digital.<br />
Para ficar claro, os efeitos colaterais são as chamadas<br />
doenças modernas como ansiedade, estresse, raiva,<br />
impaciência, intolerância, radicalismo de diversos tipos,<br />
exclusão social, angústia, infelicidade, sobrecarga<br />
mental, TOC, taquicardia, arritmia, crise de pânico, desânimo,<br />
depressão, esgotamento físico etc.<br />
Onde eu quero chegar com essa reflexão é que, está<br />
tudo bem se você, eu, alguém próximo ou distante estiver<br />
com dificuldade em se manter de pé frente a toda<br />
essa movimentação que está acontecendo. Estamos<br />
fazendo o melhor que podemos e o momento pede<br />
temperança e reflexão para sairmos dessa vitoriosos<br />
e fortalecidos.<br />
As mudanças são reais e definitivas, o mundo está se tornando<br />
outro e como consequência o sistema de sociedade<br />
também está passando por profundas transformações.<br />
10
Preste atenção nesta frase que você acabou de ler e se não<br />
entendeu, relei-a.<br />
Portanto é vital reconhecer e aceitar o fato de que a humanidade<br />
está vivenciando um ponto de inflexão onde<br />
iremos viver por um<br />
determinado período,<br />
ouso dizer algumas décadas,<br />
intensas mudanças<br />
em nossa realidade.<br />
Esse é o primeiro passo<br />
para se reestabelecer na<br />
vida e voltar a prosperar<br />
em meio a esta nova<br />
realidade.<br />
Quando aceitamos que a<br />
mudança é real, nós somos<br />
capazes de superar<br />
os antigos paradigmas que não servem mais e abrirmos<br />
as portas mentais para novos serem edificados.<br />
Perceba que nas entrelinhas desse fato, você encontrará<br />
a resposta para o equilíbrio em meio a todas essas<br />
mudanças.<br />
É simples, efetivo e não lhe custará nada além de consciência,<br />
vontade e reflexão. Em troca você conseguirá<br />
ressignificar a sua forma de enxergar a vida,<br />
alinhando a sua visão acerca do funcionamento<br />
da vida nesta nova<br />
realidade.<br />
Se você realmente quer ter<br />
uma vida melhor e viver<br />
uma realidade mais<br />
abundante, experimente<br />
refletir sobre a<br />
sua vida e reprogramar<br />
a sua realidade...<br />
isso inclui reescrever<br />
seus planos<br />
pessoais, profissionais<br />
e metas para o<br />
futuro... Indo muito<br />
além disso, reescrevendo<br />
também o seu<br />
jeito de pensar e compreender<br />
a vida, pois a<br />
realidade do mundo está<br />
muito diferente do que era<br />
em 2019... O sistema de sociedade<br />
mudou e se queremos não<br />
sofrer com isso, devemos nos adaptar.<br />
“As mudanças são reais e definitivas,<br />
o mundo está se tornando outro e<br />
como consequência o sistema de<br />
sociedade também está passando por<br />
profundas transformações”.<br />
Caso você ainda não tenha começado a olhar para esse<br />
outro lado da vida, menos aparente e mais profundo...<br />
Aqui fica o conselho do seu amigo Pedro Dupláa...<br />
Uma árvore só se sustenta em pé devido às suas raízes<br />
bem estabelecidas em terra firme... Isso também é<br />
válido para o ser humano,<br />
só nos mantemos de<br />
pé quando nossas raízes<br />
estão bem estabelecidas<br />
em terra firme... A Terra<br />
em que vivíamos não<br />
existe mais... tudo está<br />
mudando e devemos<br />
aprender novamente<br />
como enraizar nossas<br />
raízes nela... Forçando<br />
a nossa adaptação para<br />
gerar novos tipos de raízes<br />
para este novo tipo de terra.<br />
Desejo que este fim de ano seja saudável para você,<br />
com bastante reflexão sobre a vida e que as suas decisões<br />
estejam mais alinhadas com a nova realidade que<br />
estamos iniciando como espécie humana.<br />
Pedro Dupláa S. Ferreira<br />
Empresário Internacional<br />
Coach Integral Sistêmico<br />
11
Verão<br />
2021:<br />
cores,<br />
formas<br />
e looks<br />
Juelayne Gondim<br />
Como de costume o<br />
verão chega trazendo<br />
mais cor e leveza aos<br />
looks, garantindo assim<br />
que a alegria da estação<br />
se faça presente no nosso<br />
dia-a-dia.<br />
12
Nessa estação as cores ficam mais<br />
vibrantes, alegres e leves. Uma aposta<br />
para esse verão 2021 é a união do<br />
resiliente Ultimate Gray com o amarelo<br />
vibrante Illuminating.<br />
O neon segue na nossa lista de<br />
tendências, já fazem alguns verões que<br />
o neon aparece com tudo, mas sempre<br />
inovando nas suas aplicações, garantindo<br />
assim a atualidade do look, dessa vez<br />
ele chega no look monocromático, ou<br />
fazendo uma pequena aparição numa<br />
peça mais clássica.<br />
Modelagens amplas também são uma<br />
aposta dessa estação, looks com essa<br />
modelagem nos passam a mensagem de<br />
conforto e leveza característicos do verão.<br />
Uma tendência que já esteve super em<br />
alta e que vem ganhando muita força<br />
ultimamente é a das peças românticas<br />
e, agora, também com estilo girly (que<br />
são peças que possuem um estilo muito<br />
feminino e delicado com uma pegada<br />
13
CORES PANTONE<br />
2021<br />
mais jovial). Nessa tendência uma peça<br />
chave para esse estilo, são os vestidos.<br />
Nele podemos reunir vários elementos<br />
que são trend da estação e criar um look<br />
bonito, com informação de moda e super<br />
confortável.<br />
Mais uma peça que bomba nessa estão é<br />
o top cropped, ele aparece em diversas<br />
produções e passeia com facilidade entre<br />
o universo mais casual e o mais elegante.<br />
E agora vamos falar das estampas! Afinal<br />
são elas que garante cor e vida aos<br />
nossos looks, não é mesmo?! Como de<br />
costume, a estação ais quente tem uma<br />
predileção por formas mais orgânicas,<br />
que nos lembre natureza, sendo assim<br />
as flores tem sempre um espacinho nas<br />
coleções e look de verão. Nesse ano elas<br />
irão aparecer em grandes formatos e<br />
misturados a folhagens, criando um ar<br />
mais tropical.<br />
Por fim, temos a transparência. Essa<br />
tendência foi resgatada lá dos anos 90,<br />
se bem que ela nunca esteve realmente<br />
fora de moda, mas teve seu auge durante<br />
os anos 90-2000. Grandes marcas como<br />
Christian Dior e Givenchy apostaram<br />
em peças com transparências em seus<br />
últimos desfiles. A transparência tem<br />
como objetivo valorizar e mostrar o que<br />
você mais gosta em seu corpo, ou seja,<br />
suas partes privilegiadas.<br />
Juelayne Gondim<br />
Graduada em Administração pela UPE e<br />
Graduanda em Design pela UFPE<br />
+55 81 9189.5068 | 9765.1574<br />
Fotografia: @juelaynegondim<br />
Looks: @usecloset<br />
Modelo: @manutimoteo<br />
Produção: @reenatatrajano<br />
14
José Urbano<br />
FOTO DUVULGAÇÃO<br />
Dias melhores para todos nós<br />
ano de 2020, no meu ponto de<br />
O vista, pode ser definido por vários<br />
adjetivos, porém eu escolho um<br />
para dialogar com os amigos desta<br />
coluna: inusitado. Não é a primeira<br />
vez que o mundo enfrentou uma<br />
pandemia – a história registra outros<br />
momentos – mas seguramente nesta<br />
pós modernidade, onde ciência e tecnologia<br />
caminham de mãos dadas,<br />
nos surpreendeu um mísero vírus ter<br />
envolvido o planeta todo, nessa seara<br />
de aproximadamente 7,5 bilhões de<br />
seres humanos, passageiros que somos<br />
neste planeta azul. Até o fechamento<br />
deste artigo 1.401.000 óbitos<br />
no mundo, uma média de 175.138<br />
pessoas faleceram a cada mês desde<br />
março de 2020.<br />
Eu também perdi várias pessoas,<br />
ao menos uma dúzia delas. E ponto.<br />
Não vou ficar me lamentando<br />
nem construindo texto sobre esta<br />
tragédia coletiva. Estamos sobrevivendo<br />
e aprendendo diariamente<br />
as lições do novo normal, regras<br />
de convivências tão ressaltadas<br />
ultimamente.<br />
Enxergo a vida numa dimensão<br />
muito maior do que qualquer pandemia.<br />
A mágica da vida que começa<br />
no milagre da concepção no<br />
útero! No sorriso de uma criança<br />
que exala esperanças, no olhar dos<br />
idosos, sempre saudosistas, na sensibilidade<br />
das mães, seres caracterizadas<br />
pelo amor puro, transparente,<br />
refinado, cristalino, às vezes<br />
incompreendidas, mas muito mais<br />
avançadas que os homens na arte<br />
de amar!<br />
16
Humanistas que se tornaram personalidades<br />
históricas da grandeza<br />
de Chaplin, Mahatma Gandhi, Martin<br />
Luther King, nosso brasileiríssimo<br />
Dom Helder Câmara – entre<br />
tantos outros – viveram e morreram<br />
dedicados ao grito de combate<br />
às injustiças sociais, e nos apontaram<br />
os caminhos para um mundo<br />
melhor, que nasce de dentro para<br />
fora de cada um de nós!<br />
A dimensão da vida, que nos une<br />
pela mesma árvore genealógica,<br />
sem as divisões criadas pelas religiões,<br />
ideologias políticas, sistemas<br />
econômicos... e outras invenções<br />
que nos impõem para nos dividir e<br />
assim nos dominar. Um não a tudo<br />
isso, uma limpeza na nossa mente,<br />
para que a semente da solidariedade<br />
encontre terra fértil e possa<br />
render os frutos da tolerância, solidariedade,<br />
e a união seja a marca<br />
maior como uma liga a nos juntar<br />
no mesmo espaço, mesmo com nossas<br />
diferenças, se positivas, todas<br />
são válidas! Tanto se fala em céu e<br />
eternidade pós túmulo... se a gente<br />
não pisar aqui o primeiro degrau, a<br />
meu ver nunca alcançaremos numa<br />
dimensão superior.<br />
Para não alongar e em respeito ao<br />
limite textual, gostaria de lançar<br />
mão de uma mensagem que nos<br />
compromete à construção de um<br />
mundo melhor, na beleza poética<br />
de Ivan Lins e Vítor Martins:<br />
Depende de nós<br />
Quem já foi ou ainda é criança<br />
Quem acredita ou tem esperança<br />
Quem faz tudo pra um mundo melhor<br />
Depende de nós<br />
Que o circo esteja armado<br />
Que o palhaço esteja engraçado<br />
Que o riso esteja no ar<br />
Sem que a gente precise sonhar<br />
Que os ventos cantem nos galhos<br />
Que as folhas bebam orvalhos<br />
Que o sol descortine mais as manhãs<br />
Depende de nós<br />
Se este mundo ainda tem jeito<br />
Apesar do que o homem tem feito<br />
Se a vida sobreviverá<br />
(Depende de nós)<br />
2020 se vai e leva todas as complicações com ele.<br />
2021, a esperança de dias melhores para todos nós!<br />
Feliz ano novo!<br />
FOTO DUVULGAÇÃO<br />
José Urbano<br />
Prof. de história, palestrante, cordelista,<br />
radialista, técnico em educação.<br />
17
Any Brasil<br />
<strong>Moda</strong><br />
Praia,<br />
do<br />
Brasil<br />
para o<br />
Mundo<br />
18
Vamos falar de uma moda que amamos<br />
e fazemos muito bem???<br />
O Brasil com sua temperatura tropical,<br />
diversidade climática e cultural, se define<br />
como um país em destaque para a<br />
indústria da moda praia.<br />
Esse segmento da indústria têxtil que<br />
ganhou grande relevância na década<br />
de 90, hoje, tem o Brasil como um dos<br />
maiores exportadores de moda praia<br />
no mundo.<br />
Já não falamos mais somente de biquíni<br />
e maiô. A moda praia evoluiu e<br />
agora temos saídas, conjuntos e acessórios<br />
que são um verdadeiro look<br />
completo com muito estilo.<br />
19
Com estampas, tecidos e cores que acompanham<br />
as tendências de moda e elevam<br />
o uso da moda praia para outros lugares e<br />
momentos do dia.<br />
O mais interessante disso tudo (e descrevo<br />
isso com maior orgulho) é que o melhor<br />
da moda praia é nosso, é do Brasil.<br />
Any Brasil<br />
Modelo: @vanessagualberto<br />
Veste: @marerosaoficial<br />
20
WORKWEAR<br />
22<br />
Ponto alto dessa tendência<br />
são os Jumpsuits<br />
(macacões) feminino<br />
e masculino. Mas claro<br />
que tudo isso seja com<br />
muito estilo pra deixar<br />
com uma cara de moda<br />
atual.<br />
E aí curtiram?<br />
Any Brasil<br />
Produção Any Brasil<br />
Foto @fotomedeiros<br />
Modelos @bruno_pity @<br />
luiz.altenfelder<br />
Looks @dna_masculino<br />
Any Brasil<br />
Segura essa tendência<br />
que tem deixado<br />
todo mundo enlouquecido.<br />
A moda é, literalmente,<br />
usar roupa de trabalho.<br />
Especialmente roupas<br />
que envolvem trabalho<br />
manual, aquelas que<br />
você olha e se remete<br />
logo aos empregados<br />
de indústria. Os tecidos<br />
têm aspectos mais<br />
resistentes e detalhes<br />
refletivos (como os trabalhadores<br />
de trânsito).
Malude Maciel<br />
IMAGEM DUVULGAÇÃO<br />
ONTOS DE VISTA<br />
24<br />
As palavras expressam os pensamentos mais diversos<br />
da humanidade e se “cada cabeça é um mundo”,<br />
haja verbetes para explicar o inexplicável; porque<br />
também se afirma que: palavras são palavras, nada<br />
mais do que palavras.<br />
Há pessoas que não têm a menor capacidade para se<br />
fazerem entender. Não é todo mundo que sabe transmitir<br />
exatamente aquilo que quer dizer, sendo aí onde<br />
mora o perigo, pois a má interpretação pode gerar<br />
situações embaraçosas; por isso todo cuidado é pouco,<br />
especialmente para quem fala em público e tem a<br />
incumbência de discursar em nome de um grupo, um<br />
povo, como autoridade.<br />
Nesse último dia dedicado à Consciência Negra, escutei<br />
um pronunciamento do Vice-presidente do Brasil,<br />
em cadeia nacional apregoando que não existe racismo<br />
nessa Nação. Logo ele, de quem aprecio os comentários<br />
por serem geralmente coerentes e sensatos muito<br />
mais do que as falas improvisadas do Presidente, que<br />
não tem o dom da palavra, nem se esforça por isso.<br />
No primeiro momento estranhei tal posicionamento,<br />
porém compreendi que ele estava fazendo uma comparação<br />
entre o problema do racismo aqui e nos Estados<br />
Unidos, onde essa prática é, sem dúvida, mais<br />
acirrada e extremista. Ele mencionou sua experiência<br />
de quando morou na América do Norte e citou algumas
proibições que os indivíduos negros sofrem ali há longos<br />
anos, onde há separação em tudo e todo um sistema<br />
hostil à união das raças que só tem aumentado nos<br />
últimos dias com assassinatos em plena via pública<br />
por policiais brancos em detrimento de pessoas pretas.<br />
Com toda essa “guerra” civil, lá já tiveram um Presidente<br />
negro, enquanto aqui, nem isso. Entendi que<br />
o Gen. Hamilton Mourão usou o método comparativo,<br />
quando se faz analogias verbais para compreensões<br />
reais. Nisso ele não pecou. Por outro lado ele também<br />
utilizou sua fala como “profética”, quando se diz aquilo<br />
que se deseja como<br />
realidade. Seria bom<br />
que essa declaração<br />
fosse autêntica, mas<br />
fica muito a desejar.<br />
Sabemos que no<br />
Brasil o racismo é<br />
velado. Faz-se que<br />
não existe, mas o<br />
inimigo está ali,<br />
bem presente, porém<br />
camuflado. Só<br />
sabe quem passa<br />
por situações constrangedoras<br />
tal sofrimento.<br />
Não há<br />
motivos pra racismo nesse país, pois a miscigenação<br />
é tão intensa que o sociólogo FHC declarou que<br />
não há raça pura no Brasil, toda família tem “um pé<br />
na senzala”.<br />
Numa circunstância de levar vantagem, como nas cotas<br />
de universidades, muitos se inscrevem como “negro”<br />
falso.<br />
Pessoalmente entendo que o preconceito social com o<br />
“pobre” é bem mais escancarado. Um negro rico é respeitado,<br />
porém até um branco pobre é discriminado e<br />
inferiorizado.<br />
Conheço um caso onde crianças negras estavam numa<br />
livraria da cidade remexendo as prateleiras de livros<br />
infantis. O dono da loja mandou seu funcionário afugentar<br />
os “moleques’’; mas os meninos eram filhos de<br />
gerente de Banco e, ao saber da condição financeira<br />
deles, mudou imediatamente de tratamento.<br />
Em resumo, todos sabemos das terríveis mazelas deixadas<br />
pela escravidão entre nós; inclusive o maior mal<br />
foi tirar do negro sua identidade; há negros que têm<br />
preconceito com irmãos de cor. Essa questão das páginas<br />
mais vergonhosas da nossa História contemporânea,<br />
pois a abolição em 1888 não faz nem 200 anos,<br />
marcou como ferro em brasa, nossas almas, mentes e<br />
corações e, sempre haverá subsídios pra comentários<br />
críticos; uma lauda é pouco espaço pra tantos assuntos<br />
correlatos.<br />
FOTO DUVULGAÇÃO<br />
No entanto, aconselho não se ficar remoendo casos<br />
passados sem perspectivas de transformação, pois isso<br />
fomenta a raiva, o ódio e as desavenças gratuitamente.<br />
Todo colonizador usou de crueldade inesquecível, porém<br />
tudo passa; até<br />
o Holocausto. Urge<br />
viver o presente; os<br />
afetados devem ser<br />
os melhores onde<br />
estiverem e buscar<br />
sempre oportunidades:<br />
estudar muito,<br />
trabalhar muito e<br />
bem, ocupar postos<br />
de lideranças, mesmo<br />
nadando contra<br />
a corrente; dando<br />
exemplo de honradez<br />
e inteligência;<br />
ter perseverança e<br />
determinação; provando sua capacidade e segurança<br />
sem perder tempo com histerias. Avançar e cobrar a<br />
aplicação da Lei de igualdade pra todos; denunciar<br />
sim; lutar pelo seu lugar ao sol; protestar com dignidade.<br />
Sem arruaças, nem baixarias.<br />
“Não somos inimigos uns dos outros. Os<br />
verdadeiros inimigos são aqueles que<br />
tentam nos dividir em todos os tipos<br />
possíveis de grupos para criar guerras de<br />
gênero, raças, rendas e idades”.<br />
Ben Carson<br />
“Aprendemos a voar como os pássaros,<br />
a nadar como os peixes; mas não aprendemos<br />
a simples arte de viver como<br />
irmãos”.<br />
Martin Luther King<br />
Malude Maciel<br />
ACACCIL – Cadeira 15 – Patroness: Profa. Sinhazinha.<br />
25
Leonardo Araújo<br />
DESTINO: 2021...<br />
O QUE ESPERAR?<br />
ano de 2020 não passou nem perto das expectativas<br />
que o mercado projetava. A pandemia do novo<br />
O<br />
Coronavírus gerou grandes impactos na vida de todos.<br />
Uma enorme crise sanitária se instalou, acarretando,<br />
ainda, uma enorme crise econômica. Com o setor de<br />
turismo não foi diferente. Mas o que se espera para o<br />
turismo pós-pandemia?<br />
Há um ano, em dezembro de 2019, o mundo girava em<br />
seu ritmo normal. O comércio aquecido com as vendas<br />
de final de ano, os bares e restaurantes lotados e com<br />
filas de espera para as tradicionais confraternizações de<br />
empresas e grupos de amigos, e as companhias de turismo<br />
propagando a venda de seus pacotes de férias. Em<br />
dezembro de 2019, eu mesmo escrevera uma matéria<br />
para a <strong>Moda</strong> & <strong>Negócios</strong> sugerindo um destino para as<br />
férias dos leitores, e, ainda, comprara para mim mesmo<br />
uma viagem. Mas de repente, tudo mudou.<br />
Ainda em dezembro, na China, surgiu o novo Coronavírus,<br />
que aos olhos do mundo não parecia tão ameaçador.<br />
No entanto, já em janeiro de 2020 o novo vírus começou<br />
Praia do Jacaré, Paraíba. O turismo foi um dos setores da economia mais afetados pela pandemia, no Brasil e no mundo inteiro.<br />
26
Nova Jerusalém, Pernambuco.<br />
Buenos Aires, Argentina. A Argentina foi um dos países que teve a<br />
economia mais fragilizada pela pandemia. No entanto, foi um dos<br />
primeiros da América do Sul a apresentar um plano de vacinação da<br />
população.<br />
São João de Caruaru, Pernambuco. Foto Divulgação<br />
Diversos eventos de grande importância para a economia de<br />
Pernambuco, como A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, as Festas<br />
de São João, a Missa do Vaqueiro e a Regata Recife-Fernando de<br />
Noronha foram cancelados em 2020 devido à pandemia de Covid-19.<br />
a se espalhar para a Europa e, em março, chegou ao Brasil.<br />
Hoje, nove meses depois de sua chegada às terras tupiniquins,<br />
o Covid-19 já infectou quase sete milhões de<br />
brasileiros e tirou a vida de mais de 180 mil. Quase quatro<br />
vezes mais que o número de vidas perdidas para a<br />
Gripe Espanhola, cem anos atrás, quando não havia dez<br />
por cento da estrutura de saúde pública ou suplementar<br />
que temos atualmente.<br />
Além das vidas ceifadas, e da politização de uma crise<br />
sanitária nunca antes vista, a economia do mundo inteiro<br />
também foi atingida pelo vírus. Mesmo com as ferramentas<br />
digitais incentivando o comércio a distância, a<br />
economia mundial recuou, e um dos setores mais atingidos<br />
pela crise foi o de turismo.<br />
Viagens desmarcadas, voos cancelados, aeroportos<br />
fechados, funcionários de hotéis em férias coletivas,<br />
Sintra, em Portugal tem no turismo sua principal fonte de geração<br />
de renda. No país europeu foi um dos lugares onde mais se viu ruas<br />
desertas durante a crise sanitária.<br />
27
Roma é o segundo destino mais procurado por turistas que visitam<br />
o Velho Mundo. A Itália foi o segundo país com maior número de<br />
mortos naquele continente.<br />
vouchers para daqui a um ano. O resultado disso foram<br />
destinos turísticos do mundo inteiro que se transformaram<br />
em cidades fantasmas. Como o isolamento social se<br />
mostrou ser a forma mais eficaz de prevenir a contaminação<br />
pelo Covid-19, os mais diversos destinos turísticos<br />
e empresas do setor se tornaram incertos.<br />
No segundo semestre, após um gigantesco sacrifício de<br />
boa parte do mundo, o número de casos do novo Coronavírus<br />
começou a cair, e na Europa, onde diversas fronteiras<br />
foram fechadas, a circulação de pessoas, aos poucos,<br />
foi voltando. Mas várias eram as restrições. Passou a<br />
ficar em evidência o termo “turismo de isolamento”. No<br />
Brasil começou um afrouxamento das medidas de isolamento<br />
pelos governos estaduais, e, aos poucos, as pessoas<br />
foram voltando a sair de casa e procurar destinos<br />
próximos e que fossem relativamente seguros.<br />
A turismóloga Patrícia Magalhães, formada em 2008 e<br />
com MBA em Planejamento e Gestão Ambiental, trabalhou<br />
durante anos em empresas na área de comércio de<br />
tecnologia, quando começou a organizar pequenas excursões<br />
para eventos em cidades do interior de Pernambuco,<br />
até que em dezembro de 2019 iniciou as atividades<br />
de sua própria agência de turismo: a Avant Turismo<br />
PE (@avantturismope no Instagram).<br />
Patrícia conta que três meses após abrir a agência,<br />
quando começou a pandemia, passou outros três sem<br />
qualquer faturamento. Foi quando decidiu não ficar parada<br />
e investir em participação em eventos online e conteúdo<br />
sobre o potencial turístico do estado em seu perfil<br />
no Instagram, passando, mesmo a distância, a estar próxima<br />
de seus clientes. Então, com o afrouxamento das<br />
medidas restritivas, a Avant Turismo PE voltou a operar,<br />
trabalhando sempre com pequenos grupos, de no máximo<br />
oito pessoas e, preferencialmente, do mesmo ciclo<br />
social. A agência tem seu principal foco no turismo local<br />
no estado de Pernambuco, no turismo criativo e de experiência,<br />
muito voltado para grupos de outros estados<br />
e países.<br />
Para o pós-pandemia, a empreendedora diz que o turismo<br />
de massa vai continuar existindo, mas acredita que<br />
os destinos locais e com grupos reduzidos é algo que<br />
será cada vez mais procurado pelas pessoas, e é nisso<br />
que a Avant Turismo PE tem apostado.<br />
Hoje, um ano após o surgimento do vírus, um horizonte<br />
é vislumbrado: parte do mundo está começando a vacinar<br />
ou planejando a vacinação de sua população. Embora<br />
ainda não haja tal perspectiva aqui no Brasil, parece<br />
haver uma luz no fim do túnel, e a nós resta torcer muito<br />
e acreditar que 2021 será um ano melhor que foi 2020.<br />
Leonardo Araújo<br />
Fotografias e texto (@leoaraujofoto)<br />
Vale do Catimbau, Pernambuco. Uma das principais tendências para<br />
o turismo pós-pandemia são viagens com pequenos grupos e para<br />
lugares mais isolados e longe de aglomerações.<br />
No mundo inteiro as orientações para ficar em casa e evitar<br />
aglomerações foram as principais ações para evitar a disseminação<br />
do novo Coronavírus.<br />
28
Terapias Integrativas<br />
Shirley Freitas<br />
CAMINHO SEM VOLTA.<br />
AGORA É COM VOCÊ<br />
Nesses dias entre o que é sombrio e o que é criatividade.<br />
Entre mais de 180 mil mortos até o fim<br />
dessa matéria, no Brasil, vítimas do COVID-19 e um<br />
aumento bilionário nas vendas online, somos sobreviventes<br />
de um espetacular reencontro com a fé. Fé<br />
no ser humano. Todas as vezes que atendo online,<br />
uma pessoa que busca sair de emaranhados de vida,<br />
a esperança se faz presente.<br />
O aprendizado ainda leva tempo, e, por certo, mesmo<br />
com o surgimento da vacina, ser solidário, presente,<br />
uma ajuda, um apoio terapêutico, mesmo que virtual,<br />
fará toda diferença.<br />
100% das pessoas, que dispõem de um aparelho<br />
celular, podem ser atendidas, virtualmente, por um<br />
profissional de terapia integrativa, seja ela:<br />
• Reiki,<br />
• Floral,<br />
• Radiestesia,<br />
• Constelação Sistêmica,<br />
• Theta Healing,<br />
entre tantas terapias,<br />
essas vão além do<br />
atendimento presencial.<br />
Vamos expandir, ampliar o campo de alcance de<br />
como chegar ao maior número de pessoas. Sem falar<br />
nos cursos, workshops, treinamentos e distribuição<br />
de conteúdo com dicas em forma de força.<br />
É um caminho sem volta. Agora é com você, escolher<br />
qual caminho a seguir, pois estamos em um<br />
novo mundo de inúmeras possibilidades.<br />
Shirley Freitas do Carmo<br />
Psicóloga, Trainner em Programação Neurolinguística (Pnl), Consteladora<br />
Sistêmica e Thetahealing.<br />
shirleyconstela@hotmail.com<br />
81 99555.1309<br />
30
Memória<br />
Hélio Florêncio<br />
A quase mudança<br />
do nome de Caruaru<br />
em 1905<br />
No dia 01 de setembro de 1901, o editorial de 1ª<br />
página do Diário de Pernambuco começava afirmando<br />
que “a bela Caruaru, situada 30 léguas acima do<br />
Recife, bem poderia se chamar Portopolis, a cidade do<br />
coronel Rodrigues Porto.”<br />
O editorial continuava enumerando as belezas e virtudes<br />
da cidade, sempre associando-as com as qualidades<br />
do cel. Neco Porto “que embora com recursos<br />
diminutos em relação a outros municípios, diante dos<br />
quais Caruaru é bem pobre, consegue deixar os traços<br />
inapagáveis do seu patriotismo.”<br />
Citando as obras de iniciativa<br />
do coronel com<br />
recursos próprios, registrava<br />
as construções:<br />
“do excelente prédio<br />
com aspecto moderno<br />
e elegante do PAÇO<br />
MUNICIPAL (se referia<br />
a construção do prédio<br />
primitivo, ainda térreo,<br />
do atual Palácio do Bispo,<br />
inicialmente pensado<br />
para ser um hospital, que em verdade, contou com<br />
forte aporte de recursos estaduais); do AÇOUGUE (essa<br />
construção não se tratava do belíssimo prédio de 1919,<br />
se referia a um açougue anterior); do PAREDÃO, poderosa<br />
represa das água do rio Ipojuca, oferecendo excelente<br />
banho (provavelmente se referia a algumas obras<br />
de restauração, desde que o Paredão vinha do ano de<br />
1853); o início da construção da 1ª PONTE sobre o Rio<br />
Ipojuca (a que ficaria conhecida como a Ponte Velha,<br />
inaugurada em 1902), com fins de facilitar a chegada<br />
de cargueiros dos municípios limítrofes, obrigados a<br />
travessia do rio e no desejo certamente de expandir<br />
a cidade para a zona sul”. Por fim, citava “o belíssimo<br />
GRUPO ESCOLAR JOAQUIM NABUCO e a moderna CA-<br />
“Eis porque dissemos que<br />
Caruaru bem poderia se chamar<br />
PORTOPOLIS, a cidade do<br />
coronel Rodrigues Porto.”<br />
DEIA PÚBLICA da cidade, conseguidos pelo prestígio<br />
do coronel Neco Porto junto ao governo estadual”.<br />
Mencionava também a “admirável limpeza das ruas e a<br />
iluminação noturna abundante a querosene, mantido<br />
pela municipalidade”; lembrava “que carroças públicas<br />
percorriam todos os pontos da cidade para receberem<br />
o lixo do varrimento das ruas e, de porta em porta, os<br />
depósitos das casas de famílias”; além de também estar<br />
iniciando “um serviço de higiene e vacinação popular”.<br />
A seguir, afirmava “que tudo era fruto de grande tenacidade<br />
e decidido empenho<br />
em servir a causa pública,<br />
que mantinha boa<br />
camaradagem até com os<br />
adversários e, inclusive,<br />
que estes eram os primeiros<br />
a lhe fazerem justiça”,<br />
para finalmente, após várias<br />
outras linhas, sempre<br />
elogiando os trabalhos<br />
realizados, concluir: “eis<br />
porque dissemos que<br />
Caruaru bem poderia se<br />
chamar PORTOPOLIS, a cidade do coronel Rodrigues<br />
Porto.”<br />
E a coisa foi tomando vulto, o coronel Neco Porto, chefe<br />
político indiscutível do lugar, foi eleito e reeleito 06<br />
(seis) vezes consecutivas, afora a eleição anulada de<br />
1891 - os mandatos eram de 03 (três) anos, com o político<br />
precisando renunciar no último ano, para poder<br />
se candidatar novamente - sempre com apoio da oligarquia<br />
implantada em Pernambuco pelo conselheiro<br />
Francisco de Assis Rosa e Silva, aliás, que também era<br />
o dono do Diário de Pernambuco, o jornal que lhe tinha<br />
coberto de elogios.<br />
Em 1905 aconteceu dos B.O. (que vou traduzir aqui<br />
<strong>32</strong>
EM PRIMEIRO PLANO, NESSA FOTO DE CARUARU, QUE QUASE JÁ SE CHAMOU PORTOPOLIS OU CIDADE DO PORTO, CLICADA DA RESIDÊNCIA DE MANOEL<br />
DE FREITAS, SE VÊ O CHARCO QUE NAS INVERNADAS SE TRANSFORMAVA EM UMA LAGOA, A FAMOSA LAGOA DA PORTA.<br />
EM SEGUNDO PLANO, NO LADO OPOSTO DA LINHA DO TREM, SE VÊ A AVENIDA RIO BRANCO NO ANO DE 1925, RUA QUE JÁ FOI CHAMADA DE RUA DOS<br />
ESCRAVOS, RUA DE ANGOLINHA E RUA CORONEL PORTO.<br />
por bajuladores) da sociedade local, incentivados, por<br />
baixo dos panos, pelo próprio coronel, tentaram efetivamente<br />
mudar o nome de Caruaru para Portopolis ou<br />
Cidade do Porto, inclusive com a aprovação já garantida,<br />
desde que contavam com o apoio de 08 (oito) dos<br />
09 (nove) vereadores.<br />
Mas a repercussão negativa foi muito forte, pois além<br />
de não contar com um bom apoio popular, começaram<br />
também a pipocar críticas vindas de vários setores e<br />
lugares, a ponto de não restar ao coronel, embora se<br />
dizendo lisonjeado, que não a de desautorizar a proposta.<br />
Como compensação, a Rua da Matriz (Avenida<br />
Rio Branco e Praça Henrique Pinto) recebeu, na época,<br />
o nome de Rua Coronel Neco Porto.<br />
O coronel Neco Porto comandou direta ou indiretamente<br />
(período que os vice prefeitos assumiam quando<br />
precisava renunciar para se candidatar à reeleição) os<br />
destinos de Caruaru de 15/11/1895 até 02/02/1912,<br />
ocasião que foi obrigado a renunciar após os episódios<br />
que ficaram conhecidos como “Revolução Pernambucana<br />
de 1911” e que aconteceram após a eleição fraudada<br />
para o governo estadual de 05/11/1911, que<br />
teve como consequência imediata o fim da oligarquia<br />
do Conselheiro Rosa e Silva.<br />
Foi assim que Caruaru manteve o seu nome, por pouco<br />
não se chamando Portopolis ou cidade do Porto. Haja<br />
palco!<br />
Hélio Fernando de Vasconcelos Florêncio<br />
Engenheiro civil<br />
Pesquisador e historiador<br />
33
Fisioterapia<br />
Thaísa Pereira<br />
Câncer de<br />
próstata<br />
Saiba a importância da fisioterapia pélvica<br />
para esses pacientes.<br />
Novembro azul já passou e muito se falou sobre a<br />
importância de realizar os exames para detectar<br />
um possível câncer de próstata, mas pouco se fala sobre<br />
o que acontece depois que o paciente é diagnosticado<br />
com câncer.<br />
A próstata se localiza bem abaixo da bexiga (onde guardamos<br />
a urina) e na frente do reto (onde guardamos<br />
as fezes), além disso a uretra (por onde sai a urina) é<br />
“abraçada” pela próstata, certo? Agora vamos falar sobre<br />
uma parte do tratamento. Existem várias formas<br />
de tratar o câncer de próstata que serão escolhidos<br />
pela equipe médica e o paciente, levando em conta<br />
vários fatores, e uma delas é a prostatectomia radical,<br />
ou seja, a próstata será completamente retirada, o que<br />
pode deixar sequelas como:<br />
• Incontinência urinaria (perde<br />
xixi);<br />
• Disfunção erétil (impotência<br />
sexual);<br />
• Alterações na bexiga<br />
como Hiperatividade e/ou<br />
Hipoatividade (bexiga que fica<br />
contraindo fora de hora e/ou<br />
bexiga que não contrai na hora<br />
que deveria para liberar o xixi).<br />
Poucos pacientes que são submetidos à prostatectomia<br />
sabem que precisam de acompanhamento da<br />
fisioterapia pélvica, até antes mesmo de passar pelo<br />
procedimento cirúrgico. A fisioterapia possui recursos<br />
e exercícios específicos para o tratamento das sequelas<br />
que surgem e podem começar no pós-operatório imediato,<br />
ajudando até mesmo no processo de cicatrização<br />
da ferida cirúrgica.<br />
Se você se encontra nessa situação ou conhece alguém<br />
que irá passar ou já passou pela retirada da próstata,<br />
mostre esse artigo para ele. Acredito que será de grande<br />
ajuda.<br />
Drª Thaisa Pereira<br />
Fisioterapeuta Pélvica; Especialista em Fisioterapia<br />
Uroginecológica, Proctológica e Obstétrica; Especialista<br />
no método de Linfotaping; Especialista em Estética<br />
Intima.<br />
@dra.thaisapereira<br />
34